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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Miguel Relvas e o medo do "inconseguimento" de Passos Coelho perder as Eleições em forma de onda de Coca, da Nazaré






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Como é sabido, eu adoro teorias da conspiração, sobretudo, quando, três meses depois, se mostram muito mais realistas do que a pior das realidades. Presentemente, há uma muito em voga que diz que, depois de ter sido a Troika o bode expiatório de toda a rebaldaria que se fez em Portugal, ao ponto de o colocar ao nível de protetorado de estados párias, ou contrários aos mais elementares direitos e deveres das cartas e convenções assinados por um país do hemisfério civilizado, dizia eu, depois de a Troika ter sido culpabilizada pela culpa das consequências de uma multidão de crimes lesa pátria cometidos ao abrigo do eco sistema de Pedro Miguel Cruz, quando, ou se, a Troika se for, o Polvo Português fica entregue a si mesmo, e sem mais possibilidades de desculpa.

Exemplificando, que será das Parcerias Público Privadas, que continuarão na mesma, e como explicar a sua continuidade, face à permanência dos cortes salariais dos Portugueses que menos ganham?...
Que desculpas irá encontrar Paulo Macedo, para demolir hospitais públicos, de modo a que os construtores ligados à Opus Dei façam condomínios para condominados do cilício?...
Que explicação haverá para o aumento exponencial dos cargos nos gabinetes, com a loura burra, da extinta Universidade Moderna (uma coisa horrível, que metia mulheres armas e drogas), de Setúbal, a "Miss Swaps", a fazer contas de sumir de reformas de 200€, a par com os salários intocáveis do Mexia, do Catroga ou do Bavas-te todo?...
Que será das praxes de Nuno Crato e da analfabetização global da sociedade portuguesa?...

Pelo princípio do cabeça de turco, tudo rola bem, enquanto se pode encontrar um presumível culpado, embora se saiba, pela lição da História, que, na ausência do bode expiatório, se cai de cu na mais dorida das realidades.

As Europeias, como já se percebeu, vão ser um laboratório de explosivos, eventualmente tão letal como só a Crimeia, onde o Shostakovich viveu os seus anos de ouro do Jazz, antes de o espetro soviético mergulhar a região em cinquenta anos de trevas. Vamos ver o bailinho das Extremas, com tendência para as Direitas, o colapso do Bloco de "Esquerda", o reumático do PC, esticado numas décimas de artrose, e o PS vai ver o custo das suas Nádegas, face à ligeireza com que o Rangel, apoiado pelas velhinhas do Cavaco e mais aquelas que acham que o mal dos outros é uma alegria para elas, irá lançar o panorama português num pântano muito parecido com o Guterrista. Vai ser divertido, e nós vamos gostar de ver, embora isso não seja senão o ensaio geral para aquilo que os gajos que estão ao serviço dos interesses internacionais, que governam Portugal, temem. Estou a falar, obviamente, do pavor que Passos Coelho tem de ganhar as Legislativas de 2015, coligado, ou não, com o seu oitavo casamento com a Zsa Zsa Gabor, um decadente upgrade da "Miss Fardas".

Como dito, é aqui que se inscrevem as teorias conspirativas, e deve ter havido um daqueles génios que cercam o "génio" de Massamá, tipo a "Maria Adelaide" Poiares Maduro, que, apavorada com a chegada dos 40 anos do 25 de abril, com a decadência que já mal se consegue ocultar, da Múmia de Boliqueime, com a ameaça dos militares e a caminhada das Forças de Segurança, para forçarem a porta daquilo que já foi a Assembleia da República, e é agora a Câmara Corporativa da Guiné Equatorial e de todos os zimbabwés com que lidamos, e a quem damos palmadinhas nas costas, dizia eu
de que,
apavorados com esta conjuntura assustadoramente negativa, resolveram arranjar um argumento para... perder as Eleições, e nada melhor do que Miguel Relvas, um quarta classado à antiga, ligado, pelo crime, ao lambedor de conas de pretas, Pedro Passos Coelho. Convenhamos que, embora muito maneirinha, a solução até é jeitosa, e fica a meio termo entre ela própria e o galambismo que está em vias de aí vir. Mais diria que, contas feitas, fica ela por ela, é a diferença entre o café curto e a bica meia cheia, embora eu otimista por natureza, e que erro sempre nas minhas previsões, acho que, vitória certa, era mesmo reintegrar, JÁ, o Dias Loureiro no Conselho de Estado, e chamar  a "Giselle" Duarte Lima para chefiar a bancada da Maioria Parlamentar, mas não se pode ter tudo, não é?... :-)


(Quarteto do ai que o nosso querido relvinhas voltou, ai, ai, no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O começo do Relvismo, como enciclíca menor, das enciclícas maiores das fraudes académicas generalizadas, em Portugal





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É com profundo pesar que recebo a notícia da demissão de Miguel Relvas, por razões que são simples, e estão muito limitadas pelo meu inconsolável romantismo: ao contrário das figuras pardas que enformam as comissão de gestão angolana, que rege o enclave de Cabinda Norte (Portugal), e que não me conseguem despertar o menor sorriso, caso do facínora Carlos Moedas, do boca torta do Miguel Macedo ou do sinistro Nuno Crato, o Relvas era uma anedota, e uma referência.

Num país sem humor, haver um palhaço de que nos pudéssemos rir diariamente, era saudável, ao contrário da sensação que nos percorre, de cada vez que o Gaspar vem comunicar, com voz de boneco de corda, as últimas diretivas da seita para que trabalha, a Goldman Sachs, destinadas a mergulhar os níveis de vida dos nossos concidadãos em padrões piores do que os do Salazarismo.

É péssimo que a licenciatura de Relvas venha a ser anulada, porque isso vai pôr em causa o Reitor da Lusófona, Fernando Santos, corrido da FCT da UNL por uma longuíssima série de semestres de faltas -- tal o "Professor" Cavaco, quando o escroque João de Deus Pinheiro o salvou do processo disciplinar que tinha no lombo, na Nova -- e, é isso que me toca ainda mais profundamente, pode vir a pôr em causa as provas de agregação de equivalências por orgasmos, das Vice Reitora, Clara Pinto-Correia, conhecida pela sua ascensão horizontal, ao contrário de Cristo, que subiu aos Céus, de pé, e de braços abertos.


Desde Aristóteles que estas coisas se chamam "catarse", ou seja, uma forma engenhosa de descomprimir panelas de pressão forçadas muito para além das resistências das suas paredes, só que, como os tempos mudaram, e estávamos, e estamos, em riscos de uma intervenção militar, para recompor a ordem constitucional, esta pequenina catarse não vai servir de nada, porque os seus verdadeiros motivos são nulos: o Relvas sair, ou não sair, é totalmente indiferente, porque, de facto, já não estava lá, o que estava lá era um governo de tal forma decomposto e desacreditado que até permitia ter Relvas no seu seio. Muito mais me preocupam os dividendos que Nuno Crato, uma sinistra figura pós (?) maoísta, com licenciatura típica, possa vir a tirar deste enxovalho público, do seu colega, já que um Nuno Crato, fortalecido pelo linchamento do idiota Relvas, pode ser prejudicial para o país inteiro, posto que o Relvas ter licenciatura, ou não, era-me totalmente indiferente. Já não me é indiferente o destino que o pernicioso Crato tenha para multidões de licenciados deste país, e para jovens em busca de formação, meramente regido por critério de economicismo, que, na lógica de Bilderberg, nos querem voltar a fazer afundar numa nova Idade Média.

Numa frase, tudo o que fortaleça o Crato é muito mau para Portugal.

O resto ameaça ser pior, porque a tal ideia da "remodelação", que se pressupunha vir depois do chumbo do Constitucional, mas que, ao ter começado hoje, deixa pouco espaço para remodelações maiores, tirados os rumores da Opus Dei, através de Paulo Macedo, se ir deslocar da Saúde para a Economia, de onde sairá a anomalia Santos Pereira, e outras baixaria afins. Ou seja, uma vez chumbadas as contas no Constitucional, as tais contas que evitaram pegar o touro pelos cornos, esse touro, que se chama encarar o BPN, os "offshores" e as parcerias público privadas, que deveriam já, há muito, ter conduzido à prisão de Aníbal de Boliqueime e de muitos dos facínoras políticos que estiveram em campo, nas últimas décadas, pouco fica para fazer, exceto o essencial. 

Mais sucintamente, se fosse séria, essa tal remodelação deveria incluir Cavaco Silva, Passos Coelho e afins, ou seja, limpar o Regime, e isso, obviamente, só à força, não com paninhos quentes: tudo o resto é andar a entreter os ingénuos.

Não vamos assistir a nada disto: como o Professor Marcelo, o oráculo das banalidades, já anunciou, parece que querem ir buscar o cadáver do Fernando Nogueira, enfiado até ao pescoço nos interesses de Angola, para substituir o Relvas. Em linguagem cinematográfica, vão trocar um canastrão por outro, mantendo o enredo do filme sem qualquer alteração.

Nisto tudo, uma palavra de carinho para Paulo Portas, que Laura "Bouche", através dos oráculos da "Sheila", já antevê no Palácio de Belém. Terá uma vantagem: pela primeira vez, na História de Portugal, não vamos ter de gramar com a galeria de aberrações da "Primeira Dama", e talvez tenhamos acesso a paisagens renovada de escort-boys, ou atletas em pelota.

Outras remodelações, mais modestas, valem-se de truques velhos como o Mundo, como o célebre "golpe da barriga". Quem se atreverá, no meio da ruína da Agricultura, a pôr na rua a prenhe Assunção Cristas, que, depois de cuspir cá para fora o seu pequeno neanderthal, ainda terá direito a licença pós parto, e seis meses de repouso pagos, como mérito de ter despejado para o Mundo mais um foco de poluição humana?... Com um pouco de sorte, continuará Ministra, depois de todo o Governo ter caído.

Ah, o filho vai-se chamar Coreia Cristas, em honra da guerra próxima.

(Quarteto ad majorem angola gloriam, no empancado "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Laura Diogo, Margarida Marante, a Opus Dei e as Eleições Presidenciais antecipadas




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Há uma súbita vertigem, nos órgãos de intoxicação social, através dos notáveis comentadores, que, em nada, contribuíram para a destruição de Portugal, numa necessidade de um Governo de "União", onde "todos os Portugueses se reunissem, para salvar Portugal".

Estou totalmente de acordo, com a ressalva de dois pontos, o primeiro é que a expressão "todos os Portugueses" teria de ser reescrita como "todos os Portugueses, exceto os que trouxeram até este ponto de dissolução da identidade nacional", e é uma ressalva entre o ético e a necessidade política. A segunda é muito mais de natureza técnica: constitucionalmente, os Governos da III República necessitam da existência de um Presidente, que lhes dê posse. Acontece que o mandato de Cavaco Silva é dos eventos mais bem balizados de toda a História de Portugal: começou no dia em que teve o "ataque" e acabou ao som dos gritos da Luísa Trindade, em 5 de outubro de 2012, dia no qual, com toda a dignidade com que sempre soube desempenhar o cargo, nem parou, nem mexeu um músculo, enquanto uma só voz gritava por 10 000 000 de conterrâneos.

Ora, é consequência do anterior que, estando o Palácio de Belém desocupado, urge convocar Eleições Presidenciais antecipadas. Para os "troikistas" ortodoxos, o evento, em nada, desestabilizaria os mercados, bem pelo contrário, mostraria que os Portugueses estão atentos, e que têm autonomia suficiente para proporem os necessários reajustamentos políticos, sempre que tal se revele necessário. A alternativa, como se sabe, é os militares virem para a rua, e obrigarem a uma alteração menos suave da Desordem Constitucional, instituída pelos grupos de pressão em campo, Lojas de cariz maçónico-criminoso, Clubes Angolares, Círculos Sino-Indianos, fanáticos do chicote, da Opus Dei, os Amigos de Chávez, as diferentes mafias, sempre em complexos equilíbrios homeostáticos, e o Aurora Dourada dos medicamentos pela porta furada.

Uma vez eleito o Presidente da República, que não poderia provir do eixo Maçonaria-Opus Dei e estar completamente desvinculado de qualquer atividade política anterior, poderia proceder-se ao levantamento das pessoas capazes de constituir esse "Governo de Salvação Nacional", cujo filtro, por exemplo, também poderia incluir a cláusula de nunca terem sido entrevistados pela Margarida Marante.

Como nos concursos-surpresa, ao contrário da "Casa dos Segredos", onde já se sabe que irá ganhar o "Rosso Escort", Cláudio Fernandes, um Renato Seabra bem comportado, estive a entreter-vos com este texto, quando, na realidade, o que me apetece pôr aqui hoje é um outro texto, que está a fazer furor nos emails, sobre o cariz e o carisma da defunta, atrás citada, e passo a transcrevê-lo, tal como o recebi: "A morte [...] da jornalista Margarida Marante, vitima de um ataque cardíaco fulminante, não deixa de suscitar interrogações sobre a hipocrisia desta vida. Traçam-se agora os maiores encómios à atividade passada de Marante, como entrevistadora corajosa, desde que começou a carreira, aos 20 anos, no semanário o ‘Tempo’, e, mais tarde, na RTP, onde se distinguiu nos programas de grande entrevista política, tendo integrado a equipa fundadora da SIC, onde apresentou programas como ‘Sete à Sexta’, ‘Contra Corrente’, ‘Cross Fire’ e ‘Esta Semana’. Mas esquece-se o maior drama da sua vida, que, provavelmente, levou à sua morte precoce! Fala-se dessa carreira emérita mas esquece-se que o esquecimento a que foi votada por muitos amigos e familiares (houve excepções!) a levou a rumar para os caminhos perigosos do consumo de drogas que arruínaram a sua vida profissional e pessoal. Nem a desintoxicação numa clinica em Navarra,paga pelo seu amigo do Opus Dei, Jardim Gonçalves, a levou a deixar esses caminhos torturosos, ela, que tinha tudo para ser feliz: apresentadora temida em programas de TV, presença habitual nas revistas «cor de rosa» onde surgia ao lado do marido, Emídio Rangel, com amigos influentes – entre os quais, o ex-marido, Henrique Granadeiro, pai dos seus três filhos, homem forte da PT, que sempre a acarinhou, mesmo nas horas infelizes - passando por José Sócrates e a ex- namorada deste (?), Fernanda Câncio, habituais frequentadores de sua casa, tendo-se Fernanda Câncio tornado testemunha presencial de cenas dramáticas a que foi sujeita. Inexplicavelmente, ligou-se a Fernando Farinha Simões, um cadastrado com ligações ao Caso Camarate (que denunciou agora através de uma carta as várias implicações deste crime que continua impune), que dizia ter em seu poder vídeos comprometedores para personalidades influentes do meio social e político, a quem fornecia droga, e apanhara em grandes orgias. Os alvos principais foram Margarida Marante e o marido, Emídio Rangel, o jornalista que conhecera quando ainda estava na prisão, onde cumpria pena por tráfico agravado de droga e que o convidara a participar, como informador, num programa na forja da SIC sobre o Caso Camarate. Repudiado na sua relação amorosa com a jornalista, depois de se ter envolvido nove meses com ela, resolveu contactar o jornal «O Crime» para se vingar. O «tiro» havia de lhe sair pela «culatra»: antigo colega nos anos oitenta de Marante no semanário «Tempo», o jornalista que Simões contactara reatou o contacto com a antiga apresentadora. E foi ela quem acabou por lhe revelar todo o seu drama, recebendo-o, em sua casa, com lágrimas nos olhos, aliviada por saber que «o monstro que lhe atormentara a vida estava de novo preso». Fernando Farinha Simões, que deverá sair muito em breve da prisão, era um cadastrado capaz de se dar bem com Deus e o Diabo. Antigo motorista de Sousa Cintra, foi considerado um «chibo» (informador) nas prisões por onde passou. A sua aparente simpatia e inteligência fizeram com que mantivesse relacionamentos surpreendentes, até junto dos mais altos quadros da PJ, onde gozava o «estatuto» de infiltrado junto do DCIT, o órgão de combate ao narcotráfico. Nos finais dos anos noventa, a passagem pelo estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz tornar-se-ia penosa para este personagem: «Estava sempre a levar estaladas por se chibar», confidenciou um seu antigo companheiro de cárcere. Tony, o ex-namorado de Arlinda Mestre, a concorrente da «1ª Companhia», um indivíduo que esteve ligado ao grupo de traficantes do colombiano Pablo Escobar, foi um dos que afogou as suas mágoas na cara de Simões. Aliás, esta faceta de denunciante e de «fura-vidas» também se revelou no decurso dos trabalhos da V Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso Camarate, quando Fernando Farinha Simões foi à Assembleia da República, conduzido sob escolta, fazer revelações surpreendentes. Sem pejo, FFS denunciou José Esteves, seu antigo companheiro nas redes bombistas do chamado «Verão Quente de 75», como tendo sido o homem que fabricou a bomba que fez cair o Cessna que transportava o então primeiro-ministro. Mais tarde, numa entrevista à revista «Focus», Esteves confessou ter sido um dos autores do atentado, lançando as culpas da autoria moral para as chefias militares, sobressaltadas com a iminência da revelação de comprometedora documentação na posse Adelino Amaro da Costa envolvendo-as nos desvios dos dinheiros do Fundo de Defesa do Ultramar – uma espécie de «saco azul» destinado a financiar ações ilegais, entre as quais, soubemos, a compra de armas para a guerra Irão/Iraque. Foi com o intuito de procurar tirar dividendos desses seus conhecimentos sobre o mistério Camarate, pensando num atenuação da pena, que Fernando Farinha Simões testemunhou na Comissão de Inquérito na Assembleia da República. Ao mesmo tempo, ofereceu os seus préstimos a Artur Albarran e a Barata Feyo (então responsáveis do programa «Grande Reportagem» da SIC e que preparavam um trabalho sobre a morte de Sá Carneiro). Foi desta forma que conheceu o director de informação daquele canal: «O Rangel soube que o Fernando Simões estava a par de muitas informações sobre o que aconteceu em Camarate. Resolveu contratá-lo como informador para um documentário com 12 episódios sobre o caso. Chegava a mandar o motorista da estação de TV buscá-lo num Mercedes a Pinheiro da Cruz quando ele saía nas precárias. E de informador passou a ser seu companheiro mais chegado, acompanhando-o nas noitadas», referiu Margarida Marante. O tal seriado sobre Camarate terá custado uma pequena fortuna a Pinto Balsemão – Margarida fala em 50 mil contos na moeda antiga (250 mil euros actuais) – mas a mini-série nunca foi para o ar, e apenas um episódio terá sido produzido. O relacionamento de FFS com a jornalista iria perdurar muito para além do seu divórcio atribulado com o ex-diretor da SIC. Marante explicou os motivos pelos quais acedeu relacionar-se intimamente com um indivíduo de passado mais que duvidoso: «Encontrava-me fragilizada depois de anos e anos de um casamento marcado pela violência com o Rangel. Por outro lado, a minha formação católica – sabe, sou do Opus Dei? – levava-me a acreditar na redenção humana. Todo o homem, por mais miserável que seja, deve ter uma segunda oportunidade. Apreciava a forma com ele, amava a sua neta. E pus-me a pensar: será que eu devo duvidar de um homem que tem este comportamento tão humano, que me ampara a mim e aos meus filhos, que se mostra tão dedicado para connosco?». A alma e a carne são frágeis. E Marante, vulnerável, assumiu esse relacionamento que acabou por se tornar demasiado íntimo. Havia também outros interesses em jogo. Atentemos no que escreveu um dos juízes relatores no acórdão da sentença da 2.ª Vara Criminal, que condenou Fernando Farinha Simões a seis anos e meio de prisão pelos crimes cometidos contra Marante, justificando os motivos pelos quais achava que o arguido deveria também ser penalizado por tráfico de droga: «Foi manifesto das suas declarações que a assistente sempre dependeu de outrem para obter cocaína (primeiro, do seu então marido, depois do arguido) não sendo em meu entender líquido que tivesse recursos para procurar outra fonte de abastecimento, antes se deixando entregar às mãos do seu “fornecedor”, pelo menos enquanto o pudesse fazer, como fez, por ter recursos financeiros para tanto». Fernando Farinha Simões acabou por ser condenado por três crimes de sequestro, dois por coação grave, três por violação de domicílio, os quais praticou quando a apresentadora pretendeu acabar com a relação que se ia tornando cada vez mais obsessiva. E aí começou o terror: «Queria mandar em tudo, até na minha conta bancária, nos cartões de crédito, na escolha dos meus amigos… Assumo que foi um erro ter ido para a cama com ele… talvez o tenha feito por me sentir revoltada. Os dias passavam e cada vez me sentia mais angustiada. Queria vê-lo fora de casa, longe dos meus filhos (que deixaram de a frequentar) e ele não me largava. Até que o proibi de ir a minha casa. Mas ele nem assim desarmou: introduzia-se no meu apartamento, passando pela varanda de um andar ao lado, depois de ter subornado o porteiro do prédio. Comecei a viver dias e noites de autêntico terror. Por várias vezes, acordava durante a noite, com ele no meu quarto, aos pontapés à cama. Cheguei a barricar-me no meu quarto, mas ele partiu a porta aos pontapés», contou Margarida Marante. Das «invasões» do domicílio às agressões e ameaças foi um pequeno passo. A antiga apresentadora chegou mesmo a ser intimidada com uma faca, que FFS lhe encostou ao rosto, e, numa outra ocasião, como nos revelou a jornalista, o cadastrado introduziu-lhe o cano de uma arma «Glock» no sexo. Na 21.ª Esquadra da PSP, de Campolide, choveram várias queixas de Margarida. Mas as suas súplicas não eram atendidas. «Provavelmente, pensavam que eu não estava boa da cabeça», sublinhou. O rapto e sequestro para a Figueira da Foz, onde, durante o trajeto, Margarida -- contou ela. numa carta que enviou a amigos, alertando-os para o seu drama -- chegou a ser a amarrada a uma árvore, enquanto FFS lhe encostava uma arma à cabeça, poderá ter «sensibilizado», de forma definitiva, a Polícia a agir. As brigadas Anti-Crime da PSP e a DCCB da PJ entraram em campo, e foi emitido um mandado de detenção contra o ex-presidiário. Este acabou por ser detido em Cascais, mas, aproveitando uma ida à consulta no Hospital de São José, acabou por se evadir. Foi durante este interregno que Fernando Farinha Simões contactou «o Crime» para um encontro num café nas proximidades do jornal, dizendo estar na posse de provas comprometedoras para Margarida Marante e Emídio Rangel. Mas o único documento que acabou por exibir foi, precisamente, o mandado de detenção emitido por um juiz do TIC, para ser conduzido, sob custódia, no âmbito de uma queixa apresentada pela jornalista. Nos dias seguintes, FFS deixou de dar notícias. Havia uma explicação para o facto: é que fora detido na noite de 28 de Janeiro de 2006, à porta do prédio onde reside Margarida Marante, quando se aprestava, uma vez mais, para invadir o seu domicílio. Mais tarde, Margarida Marante haveria de confessar os motivos que a levaram a tornar públicos estes factos (que criaram muitos «estilhaços» nos meios onde se movimentam as nossas vedetas das TV, entre as quais, o consumo de droga era assunto sigiloso) uma atitude pouco comum nas figuras em destaque nos vários quadrantes da sociedade. «Foi por causa das chantagens que o Farinha Simões me fez, ameaçando incriminar amigos próximos, alguns deles bastante influentes na sociedade portuguesa, ameaças que iam desde o fornecimento de droga, a suspeitas sobre a sexualidade. Por outro lado, quis expiar os meus pecados. Quero voltar à vida». Um propósito que está a ser difícil de concretizar: a jornalista nunca mais foi estrela nos ecrãs da TV.  Morreu agora, triste e só, esquecida pelo grande público, longe dos holofotes da fama que ela tanto ansiava voltar a recuperar. Era de facto uma grande jornalista mas escolheu mal as suas companhias que arruinaram a sua vida. Paz à sua alma!" (Lucas Carré)

O texto é interessante, e até poderíamos criar as verões vegetariana e/ou picante, se acrescentássemos à porcaria dos nomes que aí pairam, os restantes, os do costume, as ferreiras alves, os catrogas, os mexias, os bavas e todas as gentes sérias que têm uma opinião e comentam a nossa desgraça, e até a alimentam, o que, de facto, implica uma limpeza geral, antes da formação de qualquer "Governo de Salvação Nacional".
Há que, de facto, reconstruir, primeiro, a "Nacionalidade", definir o que é "salvar", e, só então, já com um Presidente da República digno desse nome, avançar para uma fórmula governamental. Como estão a ver, é quase elementar, embora os Portugueses se pudessem sentir órfãos de não reconhecerem nenhuma das caras da permanente paródia televisiva.

Sei que me estão a fazer sinais, a dizer que me esqueci da Laura Diogo. Não esqueci, não, foi discretamente substituída por uma camada mais jovem, a recibos verdes, e continuam a ser rebentadas, quando não nos estão a rebentar a nós, pelo "Clube de Angola"


(Quarteto da Margarida Marante, fazes cá tanta falta como uma viola num enterro, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")