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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

As legislativas de outubro de 2015, como partido generalizado dos animais






Imagem do Kaos




Não tenho assistido a nada da campanha eleitoral, pelo que estou perfeitamente à vontade para dizer que não gostei, o que, creio, seria indiferente desta, ou de qualquer campanha, e até da estação. Hoje, todavia, entre duas gambas e uma flute do El Corte Ingles, vi um gajo sentado debaixo de uma árvore, e pensei que fosse o Armstrong a cantar What a wonderful world, mas não era, era um de uma coisa chamada Partido dos Animais. Depois de ter estado três segundos a descodificar a imagem e o subliminar dela, percebi por que não via qualquer campanha eleitoral, mas, mesmo assim, nunca gostava: pela razão pouco evidente de que, em vez de perceber a literalidade das mensagens, imediatamente era invariavelmente mergulhado numa insustentável metafísica, que me conduzia aos empíreos da mente. Sei que a frase pode ser confusa, mas, ao saber que existe um partido dos animais e da natureza, imediatamente me questionei sobre a sua justificação natural para ser o partido natural de, por exemplo, o Valentim Loureiro, e volto a explicar, o Valentim Loureiro, dependendo da hermenêutica utilizada, poderia desde logo entrar nesse partido, quer como pessoa, animal, ou simples hipóstase da Natureza, o que faria com que essa frente política imprevistamente se tornasse numa via, una e plural, para a ascensão do Vacão de Gondomar a uma tríade consensual.

Como poderão imaginar, desliguei aqui o plasma, e entrei numa divagação, sei lá, um êxtase teresa davílico, no qual, por indução, o partido dos homens, dos animais e da natureza também poderia ser o partido de Sócrates, e, se incluísse as nuvens, da própria Sofia Fava, e, se descesse um pouco aos infernos, poderia representar politicamente o Dias Loureiro, e se fosse o partido das sucatas, o do Godinho Sucateiro, e, pelo lado dos vampiros noturnos, o da "Nosferata" Nobre Guedes, mas ninguém iria votar no Partido dos Homens, dos Animais, da Natureza, das Nuvens, do Inferno e dos Vampiros, até por que as galholhas do Jornal da Noite teriam muita dificuldade em pronunciar a sigla PANNIV, uma espécie de Syriza do Barreiro, e os parasitas barbados que fabricam as sondagens telefónicas já se teriam muito antes enganado, e arrumado isso naquela confortável categoria dos "Outros".

A história poderia ter terminado aqui, se eu não me tivesse decidido tornar num eleitor consciente e consciencializado e ido à Comissão Nacional de Eleições, e ver que esta síndroma do universal se tinha espalhado por muitas mais formações políticas. Com o carinho com que nos mandam tratar os idosos, o meu voto do coração até iria para o PURP, uma coisa profundamente porfirogeneta, se não fosse no país de Barrancos, e votaria nos reformados, o mais volátil dos partidos, já que hoje, quinta, não sabe quantos estarão vivos, para votar no domingo, quantos assistirão às projeções, na madrugada de segunda, e, mais grave do que isso, quantos dos eleitos poderão ficar pelo caminho, e ocupar os seus lugares, nos alvores da nova legislatura. Creio ser este o Partido de Heraclito, e seria o meu, se algum tivesse, mais pelo lado de estar reformado, do que de ter enturmado nalguma filiação da pata que me pôs.

Todavia, os pequenos transportam consigo muito do carinho que devemos à infância, o Agir, que nos dita a posição das mamas e do útero, o PNR, que anuncia a burka como momento seguinte da praga das barbas, e lá deverá andar perto da razão, o MRPP, que queria matar todos os traidores, ou seja, esvaziar o país ainda mais do que já está; o Deus nos Livre, e o da Terra, que deveria fazer uma coligação pré eleitoral, meu deus tantos outros, mas, para evitar que este texto se eternize, vamos já ao centro da questão: contrariamente, ou talvez em consonância com muitos portugueses, o meu guião político não se prende com tendências, ou oscilações políticas, mas antes com a qualidade dos estragos que os sobressaltos deste escrutínio possam provocar na pessoa que mais execro no cenário português, Aníbal de Boliqueime. Na generalidade, dizem-me, de imediato, que esse já não conta e está acabado, mas justement, este é o último momento em que lhe podemos dar um carinho, e aqui entra a análise fina, já que impera saber o que lhe será, dos cenários possíveis, o mais nocivo. Uma resposta, na generalidade, aponta para aquilo que ele não quer, a maioria relativa, pelo que lhe devemos dar, de qualquer das formas possíveis, uma maioria relativa, seja ela a do casalinho do rosário, ou a do lobby dos galambistas. Deixo aos comentadores de bancada a aferição dos pormenores, o saber o que lhe será de maior desgosto, um Costa, com as bainhas curtas, ou um Coelho, vencedor só por um pouco. Para mim, que anseio para que ambos percam, a tesão é a mesma, sendo que, pelo lado das minudências, a coisa já não é tão elementar, e, embora ache que a última fatia de ruína de Portugal deveria ser penalizada, muito mais me custa imaginar a vozinha do Galamba, ao telemóvel, a anunciar, "pai, já sou ministro de estado!..."

Pelas ruas, afirma-se uma atmosfera pesada, com muitas cabeças bem pensantes a irem votar, por fé e militância, na PaF, o tal ruído que a coisa tanto pode fazer, ao cair para baixo, como ao cair para cima, ou pior ainda, a cair para a frente, ou para trás. Creio que esta substituição do preceito lógico pelo irracional da crença deva ser a grande invenção desta miserável campanha, mas dada a degradação do cenário, tal motor torna-se tão irrelevante como qualquer outro. Do ponto de vista dos grande ciclos políticos, esta vitória inesperada, regida, como já se disse, pela Síndroma de Estocolmo, corresponderia a uma inversão das alternâncias, as quais, desde que Aníbal de Boliqueime andou a arruinar, como primeiro ministro, o país, regeram as substituições, pela fuga, políticas. Do ponto de vista de um certo justicialismo, corresponderia a tornar pagador o mesmo consumidor, ou seja, corresponsabilizar pelo estado de ruína a que conduziram o país os cultores de uma política desastrosa. Os restantes cenários começam a tornar-se menos prováveis, mas igualmente justos, já que arrastariam para o beco sem saída da falta de horizontes políticos os galambistas do poder pelo poder, com "livres" e quejandos a reboque. O Marinho Pinto é mais sofisticado, e já anunciou estar recetivo a todas as coligações. O Bloco de Esquerda, depois da sua emasculação, sonha com tornar-se num partido do croché, restando que o Partido Comunista, para muitos, algures no fim do ciclo das ilusões, e no fim do ciclo das desilusões, poderá ter a sua derradeira prova, que é a de o empurrar para aquele célebre cenário em que quem sempre se recusou a alianças se visse na posição de finalmente ser fiel da balança, e dar o empurrãozinho, à justa, a quem precisa, PS ou PSD. Creio que a Câmara de Loures é um exemplo dessa perversidade, mas Estaline, tal como Saramago, certamente teriam uma justificação para tal anomalia. Ao contrário deles, eu, como intelectual, não tenho nem quero ter.

Longo é o texto, e inconclusiva a situação. Politicamente, o cenário é desinteressante, mas não são desinteressantes as conclusões. O que se deseja é, evidentemente, uma segunda feira extremamente difícil para Aníbal, o Carrasco de Portugal. Veremos se a iliteracia de quem vota a tal chega.




(Quarteto do, olha, pá, tanto me faz, mal por mal, já lá está o que não presta, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e no "The Braganza Mothers"

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Rapsódia dos Tempos de Guerra, ou de há alguma coisa pior do que o que aconteceu ao BES?... Pois há, mas tem mesmo de ler o texto até ao fim, para ficar a saber tudo







Imagem do Partido das Cadeiras Vazias, e dedicado ao meu amigo Eduardo Freitas e a todos os Portugueses que ainda acreditam numa coisa extinta, que outrora se chamava "Portugal"



Já não sei quando foi, mas sei que foi, a Professora Marcela quer morcela, num daqueles programas que eu não vejo, mas que sei que está periodicamente a acontecer, e ela está, naqueles deliria tremens que a Fortuna lhe deixa durar muito, ou sendo menos camoniano, quando ela vem, com os olhinhos a brilhar, toda traje de luces, a soltar, como os pirilampos, luminâncias por tudo quanto é trompa de falópio, a fazer lembrar aqueles super camiões, gigantes, do "Massacre no Texas", que atravessam a América extinta, de costa a costa, numa espécie de natal dos arizonas, de grinaldas de luzinhas coloridas, de pôr qualquer um de grelo aos saltos, e, dizia eu de que, quando o Marcelo abre a cloaca, dá às asas, como os extintos pterodáctilos, e solta, como é seu hábito, a bojarda da semana, para ver se cola, eu, geralmente, faço o "zapping", e deixo-o a masturbar-se sozinho em público, diante daquelas velhas que fazem naperons, enquanto o ouvem, desde o milénio passado, enquanto sobem e descem as testas, como os cães articulados de retaguarda, e fazem "hum hum", entre os dentes, por cada alarvidade que o outro solta. Para elas, toda a palavra é uma verdade, e quem me dera ser feliz assim, mas antes acho que devia haver um medidor de decibéis e um detetor de mentiras, sempre que o Marcelo entra em velocidade de cruzeiro, e parece o Vapor do Punheteiro, no tempo em que ainda ligava as Bordas Norte à Borda Sul, e levanta os cotovelos, arreganha a tacha para o entrevistador, deita os olhos para fora, e carimba com um delírio indescritível todas as ficções que desejaria que fossem verdade. Acontece que o Real se tornou de tal modo delirante que os disparates e as previsões que ele solta ficam muito aquém do disparate e conseguimentos da contemporaneidade, toda ela cheia de soft power sagrado, para ser capaz de se tornar ainda mais fenoménica do Entroncamento.

Eu sei que já estão a arfar, mas eu ainda não comecei, e só vou começar, depois de dizer que o Marcelo nem é o pior de tudo, por que agora há um a querer imitá-lo, com a impossibilidade de imitar o inimitável, e não tem ponta de graça nem imaginação: é o cara pálida, e reflexo fosco, da Ruth Briden dos comentadores, Mister Marques "Magoo" Mendes, uma invenção da defunta reserva pedófila do PSD, Eurico de Melo, e que está para o Marcelo como os "pufes" estão para as poltronas: desde que não fale muito, sempre servirá para descansarmos os pés.

E, portanto, aqui vamos, já que, estava eu a roncar, entre um filme porno, pago, e o canal do Marcelo, que não sei qual é, por que confundo-os todos, tirando a CNN chinesa, uma coisa fabulosa, que só passa em África, e ouço, de repente, com aquele tom assertivo de coisa já dada como consumada, sair daquela boca sugadora para fora, "pronto, suponhamos, portanto, António Costa já como primeiro-ministro e Rui Rio como vice primeiro-ministro...", e eu, aí, acordei mesmo, por que pensei, este deve andar a dar na veia..., mas depois recompus-me e pensei que aquilo era o Ovo de Colombo, já que a doida me tinha dado, numa só frase, uma argumentação corretíssima de onde NÃO VOTAR, nas próximas Legislativas, e fiquei a desejar que a profecia se tornasse realidade, já que a grande novidade do momento, até que se pendurem as caras do costume, parece ser o Partido das Cadeiras Vazias, cujo manifesto eleitoral é elementar, já que consiste em deixar desocupado o lugar de cada deputado eleito. Sei que a coisa tem um arzinho de sair da Antologia do Humor Negro, do Breton, mas poderia dar resultado, se não se pendurassem logo os zinks, os joões vieiras, os esteves cardosos, "Livre" e as processionárias habituais, e se, pelo contrário, os deputados vazios, uma vez eleitos, até aparecessem de vez em quando, só para devorar, ou arrancar uma mão ou um bocado da bochecha ao seu parlamentar sentado ao lado, até aquilo ficar totalmente vazio, e a Democracia entrar na sua refundação, de que tanto precisa. Não custa sonhar, mas voltemos à realidade: António Costa, enfim, não tenho nada nem a favor nem contra António Costa, que sei ser uma pessoa muito bem relacionada, desde o célebre "Processo Casa Pia", onde salvou os seus (presentes aliados) Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso da forca.

Da forca dos outros, da minha, não, por que, infelizmente, tenho informação em demasia sobre o tema. Resumamos, portanto, António Costa: é irmão de um dos diretores do "Expresso", e está tudo dito.

Sobre o Rui Rio é melhor eu fechar mesmo a boca, e assestar baterias sobre os chamados "impacientes", que mal ouviram que o Costa ia canibalizar o Seguro apareceram a latir em campo, desalmados, como os cães preparados para a luta, dos bairros proibidos dos subúrbios -- como se "subúrbio" ainda fosse um termo com sentido, no estado a que chegámos... -- e foi um #meet de apavorar onde não faltou tudo, até os defuntos como o Taveira, o que deixaria prever coisas ainda piores, aliás, plausíveis, palpáveis e espectáveis, como o João Galamba, na Administração Interna, de lápis vermelho  na mão, a escrever nomes de gente a quem cortar a cabeça, o João Constâncio, na Educação e a Inês de Medeiros, a mulher mais estúpida de Portugal (Bilderberg-2014), na Cultura. Podem rebaralhar e colocar outros nomes, que fica tudo exatamente na mesma. Claro que nada disto torna o Seguro bom, apenas revela a que ponto ainda poderemos, e vamos, piorar. Salva-nos a segurança da nossa futura Comissária Europeia, Maria Luís Albuquerque, e o apoio de retaguarda do Carlos Moedas, que esperemos fique numa cadeirinha onde consiga escrever os relatórios para a Goldman Sachs, como o seu master, Schäubel.

Do Costa, apenas espero que,antes deste salto despropositado, deixe obra, alguma coisinha, ao menos, feita na Câmara, que é pregar o Zé-que-faz-falta, e o gajo que se pendurou na espada de Afonso Henriques, no meio dos brasões da Praça do Império, com uma estaca no coração, como se faz aos vampiros.

Isto, todavia, são os trocos dos Amanhãs que Cantam, já que o grande golpe da retaguarda, enquanto estamos entretidos com os derbies e os futebol da manhã, tarde e noite, ou os desmanchos e facadas das bombeiras de terras que nem se sabia que existissem, gente séria, pergaminhada, está-se a preparar, depois do sucesso que foi o assalto ao BES, para um novo assalto, desta vez, a uma fatia inteira do território nacional: estamos a falar da sede vacante e do período de desordem descontrolada que se seguirá ao abandono de Alberto João Jardim, do seu lugar vitalício de Cronista do Regime, ou, por palavras mais claras, da tomada do poder na Madeira, por parte do Grande Aventalinho Lusitano: se Costa e Rio estiveram em Bilderberg, em 2008, a convite do político há mais tempo no Poder, em Portugal, Pinto Balsemão (o Balsemão é o oposto do Marcelo, circula há meio século, mas sempre com silenciadores, luzes apagadas e em contra mão...), e só agora emergem dos bastidores, com este ruído de bater de latas, perguntarão vocês por quê só agora, esquecendo-se de que, se o Bardarbunga só agora também acordou, já os outros há muito que andavam, nos bastidores, a dar a bunda.

Chama-se a isto jet lag político, e é de arrepiar a espinha.

Consta que o Alberto João tem denunciado a entrada, em força, da maçonaria na Madeira, mas desta vez parece que é a sério. Diz-se que o Miguel Albuquerque, ex cacique da Câmara do Funchal, e candidato, em dezembro, à chefia do PSD-Madeira, é um compagnon de route de Bilderberg, como nos arrepia que o "padrinho" Balsemão e ele andem aos kisses, louvando o papel da "informação", na substituição do Real, seja lá isso o que for. Tal como no Costa, a agitação é, todavia, bardarbungasticamente frenética, e já queriam ter empadeirado o calafate de serviço, Alberto João, para as Europeias, mas falhou-lhes o golpe, pelo que terá de ficar agora para dezembro. Ordem direta do avental dos Blandys -- cheira a obediência escocesa --, do "Diário de Notícias da Madeira", e a pressa é tal que o Albuquerque, ou o Cunha e Silva, dos lobbies, têm mesmo de avançar, ordem dos Graus Superiores. No "Cont'nente", o Diretor já foi substituído, e temos agora um de obediência skinhead, depois de o Marcelino ter denunciado os dinheiros da Banca, presentes no crime de lesa-pátria da eleição de Aníbal de Boliqueime, quando o Montez, genro do dito cujo, o decidiu botar para foraDemocracia...

Pois pensou que tinha visto tudo com o assalto descarado do BES?... Estava enganado: eles não só não param, como no país sem reações agem  agora de cara descoberta. O BES são trocos, diante de uma ilha inteira, com uma Maçonaria a bardabungar. Lá para dezembro, o sonho desta gente era ter uma "Madeira boa", e uma "Madeira má", sendo que a primeira não teria qualquer sentido, e só passaria a existir apenas uma Madeira Má.

Claro que tudo o que escrevi para trás é mentira, e NUNCA ninguém se atreveria a dar um golpe da escala de uma ilha monumental, aliás, eles até costumam pedir licença primeiro, como o Putin, na Crimeia, entre os novos nomes da Nova Desordem Mundial...

Alegrai-vos, contudo, por que tudo indica que nessa altura talvez já estejamos mergulhados no apocalipse da III Guerra do Golfo, e na mortandade lançada pela Mafia Russa sobre a velha ordem europeia.

Há quem diga que é a vida, e é capaz de ter razão. A mim, continua a custar-me engolir.





(Quarteto do Aventalinho navega de vela em vela, a caminho do Funchal, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")