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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Marcelo Rebelo de Rans









2016 é um ano que nasce desde já em glória, pelo facto simples de que, aconteça o que acontecer, será o ano em que nos vamos livrar de Aníbal de Boliqueime. Há correntes que apontam para um livrar simples, e outras que antes apostam num livrar na generalidade; há mesmo os mais radicais, que chegam a falar de um livrar do Cavaco em profundidade, mas isso é improvável e quase impossível, já que a ligação entre o idiossincrático nacional e o sarro de boliqueime está ao nível do siamesismo incompleto das narcisas que nasceram unidas pelos falópios. Fiquemos, pois, pelo livrar simples, já que o próprio livrar na generalidade tem o que se lhe diga, e também lá iremos, um pouco mais tarde, quando lá chegarmos.

O Vacão de Boliqueime, uma coisa parda e cinza, que os vindouros virão a adorar dourar, ou ainda ensombrecer mais, conseguiu alguns dos feitos mais espantosos da Democracia, o último dos quais o de lograr degradar o seu posto de Presidente ao ponto de o tornar quase irrelevante. Assim sendo, e tanto quanto se percebe, só algumas afinações mais afinadas tiveram a coragem de dizer que a "campanha" em curso era um desastre, e é, já que, pela primeira vez na curta história do parlamentarismo restaurado, os figurantes que se apresentaram a concurso não demostravam virtude alguma e apenas um prolongado lençol de ausência de qualidadesPor outro lado, conseguiu algo de notável, o de mostrar que quem aguentou dez anos de Presidência em sede vacante poderá ainda aguentar os mais dez que agora se prefiguram.

Como não sou comentador político, posso-me permitir focar a coisa por onde bem entendo, e vamos já para uma perspetiva aritmética, posto que contar pelos dedos continua a ser a melhor defesa ancestral. Desse modo, se começarmos a folhear falanges, poderemos dividir os "candidatos" em três, se não quatro, categorias elementares: há os que vão conhecer as dezenas, os que nunca vão descolar das unidades, e aqueles que se poderão dar por muito felizes, se chegarem ao fim medidos pelas décimas. Creio que poderá ainda haver os das centésimas, mas o custo das lupas torna-os , neste momento, insignificantes, embora talvez lá passemos, se sobrar algum tecido para tais bainhas.

Comecemos, pois, pelas damas de honor desta Masque, e não preciso de as apresentar, já que diariamente se esgatanham, na sua imparável irrelevância: Maria de Belém é pequena e tem uma voz fininha, ou talvez não, é mais um timbre curto de latas, uma voz maneirinha, que, nos filmes de má captação de outrora, estava reservado às telefonistas, o dia inteiro sentadas num naperon de poltrona, com os pezinhos a abanar, e dar que dar, a dois palmos de distância de uma chauffage enferrujada. Aparentemente, ninguém sabe de onde a mulher veio, mas há uma sólida unanimidade sobre onde se irá apagar, e isso é bom, já que testemunha uma certa maturidade da nossa opinião coletiva. Com tal certeza de Opinião Pública, nada mais quero, pois, acrescentar, exceto um breve comentário musical: sendo a meã de voz contida e pouco fôlego, cantadora pouco extensa, talvez pudesse ter tido a sorte de um Walter Legge que a fizesse schwartzkopffizar, mas não teve, e vai acabar mesmo nas pastelarias, com um caniche pela trela, e uma torrada à frente, ou a fazer de guia turístico de visitas de chefes de estado a lares de velhinhos. Do outro lado, não melhor, nem pior, temos o Nódoa, uma coisa despejada dos aventais, e convictamente convencida de que vai ganhar. Continuo sem perceber o que é que ele vai ganhar, e quando e onde, mas nestas coisas, a fé é muito importante, já que continua associada a todas as curas de males desenganados, ou seja, jogando com as palavras, se o Nódoa está assim tão convicto de qualquer coisa que eu não entendo, que desagradável iria eu ser, nesta fase do campeonato, a vi-lo aquilo desenganar, não é?.... Servem, para isso, as urnas. Do lado da clínica, a coisa é mais severa, já que os doutores do gótico, quando o ouvissem falar, empurrariam, com o indicador, as lunetas para a cana do nariz, um profundo "hummm", e estava feito o diagnóstico, já que os pátios de todos os júlios de matos do planeta estão cheios destas síndromas napoleónicas. A verdade é que nunca se investiu tanto para se ser derrotado. Sei que me estão a fazer sinais, já que não esclareci qual, destes dois, incarnará a primeira e a a segunda dama, e realmente não sei, mas posso dar uma pequena pista, singularmente cínica: tudo o que o Manuel Alegre apoia perde sempre, pelo que se devem informar sobre se apoiou algum dos dois. Desconheço e ignoro, mas deverá bater certo.

A terceira dama é mais interessante, já que foi, ou ainda é -- desculpem-me a ignorância -- padre. Creio que a sua eleição corresponderia a um ensaio de transformar a presidência numa teocracia, o que seria original, e, por que não, uma experiência do "tempo novo", como diz o Nódoa, entre cilícios e aventais, a mostrar que aprendeu bem a lição do Balaguer, regurgitado pelo Hirto e Firme Eanes, outra sombra que "tarde" em desaparecer. Como não será eleito, fica o seu contributo para esta campanha penosa: é um homem que não sabe, e um padre que não crê -- ele, pecador, se confessa -- e o que não sabe vai ao ponto de não saber se a Coreia do Norte é uma ditadura. Quando, depois de Cavaco, pensamos ter batido nos mínimos, descobrimos agora que ainda faltava este mínimo dos mínimos: seria fantástico chegar a um presidente cuja geopolítica até ignorasse os sinais tintos coreanos. Edgar deve ser o nosso Donald Trump, e assim já está cumprido, e iremos, pois, passar adiante. Parece que o seu destino será, para o final do mês, depois de vir a terreno contar espingardas, ir dançar a rumba em Periscoxe, na linhagem dinástica do velho Cunhal.

A Marisa, com voz grossa, não tem qualquer estilo para dama de honor, e nem sequer sabe o que irá fazer com as suas poucas unidades, e nós ainda sabemos menos. Parece ter chegado como renovadora, mas esse pano já está irremediavelmente desgastado, e o seu estilo selfie dos cartazes não vai chegar para quaisquer veleidades e arranques mortagueiros, pelo que as suas percentagens não vão servir em nenhuma contabilidade, e muito menos na da própria. E aqui chegamos ao domínio do microscópico, com a última unidade a ser piedosamente dada ao Henrique Neto, um "engenheiro" com o mesmo nível de titularidade e diploma do de Vilar de Maçada. A partir daqui, temos de seguir na longa deriva do cómico, com um primeiro que diz ser contra a corrupção, mas soube servir bem, na Câmara do Porto, um lugar de gente séria, limpa e honrada, e um outro que se apresenta como "orador motivacional", para terminarmos num outro ainda, que deve ser mesmo finalizador, já que nem eu, nem ele, nem ninguém, sabemos sequer quem seja.

Ora, chegados a este momento, fica-nos pouco, mas fica-nos um certo modo do essencial, já que finalmente nos sobram os grandes titãs desta enorme paródia presidencial, o Tino de Rans e o Tino de Celorico de Basto. Em bom abono da verdade, há uma certa dificuldade em distingui-los, já que, para o meu ecossistema, muito egoisticamente confinado ao pendular do metro entre Roma e o Alvalade, Rans e Celorico de Basto são toponimicamente equivalentes, e não são cobertos pelo seguro nem pelo passe urbano... Eu sei que não, e... e... estão-me ali ao fundo a fazer sinais para ter cuidado com o que digo..., e... e... eu vou tentar ser mais cirúrgico: o Tino de Celorico de Basto, que agora se pretende apresentar como politicamente virgem, tem tudo menos virgindade e a sua política é demasiado extensa, perversa e antiga. Há mesmo quem diga que o Tino de Celorico incarna uma sacrossanta trindade, constituída pelo DDT Salgado, o dono disto tudo, passando pois pelo CDT de Boliqueime, o culpado disto tudo, e lá acabando no JDT de Sousa, o justificador disto tudo. Com efeito, tal como eu vos estou aqui, depois dos meus sete longos parágrafos, a sistematicamente enganar, com a coleante mentira da Escrita, também o Tino de Baixo, um sofista, ou "orador motivacional", acabado, anda, há quatro décadas, a enganar, dia após dia, semana após semana, mês após mês, o incauto espectador.

Ninguém, mais do que Marcelo Rebelo de Sousa, nas suas conversas em família do segundo marcelismo, encontrou uma permanente justificação para o permanente desastre nacional. 

Marcelo é como o Atun das cosmologias do Egito Antigo, o deus primordial, onanista, que ejacula e ejaculará todo o devir presente. Iludido na sua permanente retórica, afundado nos miasmas da sofistica, confundindo a forma e essência, verbum sine verbo, ele tornou aceitáveis todas as bancarrotas, toda a falência dos sistemas financeiro, educativo e de saúde, todo o desemprego, a iliteracia, a ignomínia cultural, o esclavagismo do trabalho, o aventalismo e o opusdeismo, o nacional porreirismo, a insolvência, a incompetência, o compadrio e a mediania, a república e até a monarquia. Todo o discurso de Marcelo não consegue ir além de uma permanente teodiceia, sempre explicadora dos sucessivos males do Mundo com uma perpétua expectativa de reencontro com um espantoso Bem inicial: à falta de uma saudosa fusão com a Ação Nacional Popular, Marcelo passa o tempo a convidar-nos para uma perpétua boda envenenada com o Centrão, e, em dias de maior enlevo e volúpia, mesmo com o mais genuíno PPD profundo. Em décadas de orfandade, ele preparou minuciosamente o retorno de um inviável segundo marcelismo. Em 40 anos de campanha, Marcelo conseguiu transformar o declínio da nacionalidade numas permanentes núpcias de Cadmo e Harmonia.

Marcelo não passa de um homem da intriga do período final do Estado Novo, entubado por azar numa Democracia de valores agonizantes.

Se o Regime tivesse continuado, talvez Marcelo tivesse alcançado um lugar invejável, mas só no sopé das montanhas dos titãs, pois, com a queda dessa parda montanha, deu consigo a andar tão só às voltas, em redor da própria cauda. Marcelo é um ator presente de um cenário desaparecido, numa peça mal interrompida, e ameaça arrastar-nos na volúpia do seu desastre. Como Cavaco, teve o azar de o regime se lhe desmoronar aos pés, justamente numa fase inicial de ascensão. Com o tempo, nem precisaram de se esforçar para subir mais, posto que a nova situação se degradara de tal modo, ao ponto de bastar avançar com os dois pés, para lhe poder passar por cima. Cavaco assim o fez, e assim nos arruinou: chegou agora a vez de Marcelo, com a diferença de que o primeiro, anestesiado pela sua doença, nem nunca percebesse o que lhe estava a acontecer, enquanto o segundo, infinitamente mais hábil e palatino, só tem agora um receio, o de que possa ganhar estas eleições, dado o estado de impotência do próprio cenário eleitoral.

Em boa verdade vos digo, este é o tempo das Rans que queriam ser Boys.

Iremos acabar com alguma dolência e musicalidade. Com alguma calma, lhe recomendamos, leitor, o bem da serenidade, e, para que não pense que o poderia, ou quereria, deixar com algum sinal de desespero, ou sem esperança, o alerto para o facto de que, mais importante do que uma primeira, ou, sequer, do que uma segunda volta, tudo se irá jogar na terceira, quando, contados os votos, e suicidadas as pequenas vaidades, que, penosamente, tivemos de ver arrastar, o vencedor, ainda mal refeito da vitória, irá assistir a um cenário do improvável, dado que, contou-me um passarinho, todos aqueles restos e sobras que vão ser as percentagens de nove destes dez candidatos, se irão coligar, para constituir uma sólida bolsa de percentagem de vencidos, capaz de derrotar qualquer vencedor. Como diria o PCP, só não se presidenciará o perdedor se não quiser, bastando, para tanto, coligar-se com os outros perdedores, e esta é a mensagem de esperança que vos quero deixar: neste "tempo novo", tempo novíssimo, só muito depois de contados os votos, e de o ganhador ter anunciado a vitória, iremos saber quem realmente triunfou, fruto desta aritmética da congeminação e da conspiração. Podem achar que estou a exagerar, mas não estou: o próprio comentador Marcelo já montou um gabinete de crise, para poder perder, caso o Marcelo Presidente tenha o azar de ganhar, já que essa vitória seria um brutal decréscimo dos seus rendimentos de "Professor", posto que, muito acima, dos 292 000 do Rey de España, parece que anda a ganhar na casa dos  385 000 €/ano. Para ele, o mundo perfeito é já hoje, pardo, estático e imutável.

Se procuravam um justo retrato da decadência plutocrática do país, ele aqui está, cifrado em números, e nestes candidatos, que se confundem com a sua própria caricatura, e tudo o resto são trocos e teatradas, pelo que, em boa verdade vos digo que, assim sendo, no dia 24, será expectável, justo, e merecido, tal como previ, que o Palácio de Belém seja dignamente ocupado por um qualquer impante Tino, capaz de substituir o miserável cadáver adiado de Boliqueime, por que, depois das crises dos BPN, do BPP, do Banif e do Bes, nós precisamos de quem nos acompanhe, nestas horas de angústia da CGD, do Montepio e do BPI.

Já está perto, não está?...



(Quarteto das Rans que queriam ser Bois, no "Arrebenta Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 15 de julho de 2014

Pequena fábula de um Espírito Banco, em forma de Caco Vaco Silva







Imagem do "The Braganza Mothers"




Para mim, um leigo da Teoria da Comunicação, incapaz de escrever um texto, ou uma notícia interessante, faz-me impressão, sempre que me debruço sobre as metamorfoses de ovídio, ocorridas na grande parte dos órgãos de comunicação social. Antigamente, creio que antes de os gases da Flandres terem extinguido os ulmeiros na Europa, os órgãos de comunicação se organizavam assim: a primeira página, onde vinha o essencial do local e do global, a segunda, onde a coisa se diluía pelas vizinhanças, e por aí fora, passando pelos lugares da Serenela Andrade, até voltar a culminar numa pequena excentricidade de rodapé, geralmente confinada ao canto inferior direito da última página. Existia, claro, a secção de anúncios, o necrotério, a meteorologia, a zona reservada ao ténis, ao pólo e aos desportos urbanos, e até as declarações em ponto de honra, de cavalheiros mal casados, que não se responsabilizavam pelos atos praticados pelas suas indomáveis bocas da servidão.

Isto parece do Triássico, mas não foi há tanto tempo assim.

Houve, depois, um período, eventualmente o que o Futuro chamará Era da Gangrena, em que se coligou tudo o que existia de pior à face da Terra: um traste apostólico, que vinha das minas da Polónia; um ator de segunda ordem, Reagan, que os Americanos consideram ser o seu melhor presidente de sempre, o que diz muito sobre os Americanos e nada acrescenta a Reagan..., e a Cona de Ferro, uma sopeira, madrasta da SIDA, de baixíssimo nível, que resolveu acabar com o poder dos sindicatos britânicos, e lançar a especulação global e a miséria globais, amparadas pela Senil de Calcutá. Surgiram, então os magnates da Comunicação, dois ou três filhos da puta, que iam inaugurar o novo paradigma, aquele em que uma ficção, acertadamente repetida no sítio adequado, acabava mesmo no "Diário da República", ou terminava em emenda constitucional. É posterior a isto a CNN, em que a coisa se tornou com mais... "glamour", e a Aljazeera, em que o Emir do Qatar se tornou naquilo que é: uma das sombras mais poderosas do Mundo.

Por cá, Cavaco fechava as minas, vendia a Agricultura, desmantelava a Construção Naval e as vias férreas, tornava Portugal numa fronteira de importação, e dava carta branca à ascensão da mediocridade absoluta, estado que se manteve, em piorado, até aos dias de hoje, onde, para chegarmos a uma notícia, temos de suportar uma hora de lixo futebolístico, e, garanto-vos, o sistema primeiro, estranhou-se, depois, entranhou-se, e há hoje uma multidão, que vai até ao horizonte, que pensa que a Realidade são as perninhas de senil do Cristiano Ronaldo, a barriga de aluguer dele, a mãe que o queria ter abortado -- soubesses, tu, senhora, o bem que tinhas feito ao Mundo... -- as férias de paneleiro, na Ilha de Mikonos, e a eterna Irina, que, como Penélope, foi transformada na ficção daquela que espera eternamente pelo seu macho, para, pelo menos uma vez na vida, ver o padeiro. Homero irina..., perdão, Homero iria adorar, embora, na minha ótica, ela devesse, de vez, mudar de padaria, mas isso seria desviar-me da linha deste texto.

A questão dos bancos, por que é essencial que abandonemos esta pequena viagem pelos últimos 30 anos, e nos centremos no âmago desta fábula, passa por ser fulcral que percebamos que o nome do carcinoma da sociedade atual se chama Capitalismo Selvagem, e é uma coisa praticada, com alguma diferença de temperos, entre Wall Street, a City, Cuba, o Dubai, Berlim, Moscovo, Luanda, Pyongiang, Tóquio, Singapura e Pequim, tudo ótimos destinos de férias para quem queira escravizar o seu igual...

Marx, que era um obsoleto, dividia o Mundo em Trabalho e Capital, mal suspeitando ele que viria um dia em que apenas haveria Capital y Capital, bons e maus bancos, ou, parafraseando um dos nossos maiores pensadores contemporâneos, Aníbal de Boliqueime, a Boa e a Má Moeda, ou, ainda, nas minhas palavras de quarta classado de tempos passados, a Péssima e a Inacreditável Moeda.


A Inacreditável Moeda tem algumas singularidades, todas elas arrepiantes: o seu zero, que é o de não existir fisicamente, mas apenas em alucinados e cintilantes dígitos de monitores; a primeira, a de que está em todo o lado; a segunda, que estando em todo o lado, está sempre, predominantemente, nas piores mãos; a terceira, que, para poder existir, tem de minar qualquer (ainda) moeda boa, e tudo o que seja o valor do Trabalho; a quarta, que o faz sempre sem qualquer piedade, desde o extermínio local ao extermínio em massa; a quinta, que já se tornou independente das ideologias e até das religiões; a sexta, que nunca é passível de ser utilizada em qualquer das coisas taxadas como valores, à luz dos antigos parâmetros da Cultura e do Iluminismo; a sétima, que é metastática e tenderá para absorver tudo à sua volta; a oitava, que o seu preço será uma guerra global, sem previsão nem localização.

Estas coisas, todas revistas e somadas, têm depois as suas versões locais: foram, até ontem, um branqueamento de capitais numa das mais gloriosas potências emergentes do Mundo, o Brasil, e pelas mãos de uma bruxa asquerosa, praticante de magia negra e de todo o tipo de prostituições do corpo e da alma, chamada Dilma Rousseff. Passou, e bem, a bola assinada pela sua mãozinha sapuda, para as mãos de Putin, um ex KGB ligado a um país onde, outrora, uma mafia ideológica cobria a mafia dos elos sociais, para agora ficar apenas a teia sinistra, que se estende por todo o lado. Dizem que até o Fidel gosta, e sempre gostou: o fumo dos charutos cria eternas amizades....

Em Portugal, a coisa é mais comezinha, ou nem sei se isso, por que, estando o Regime em agonia, a tal coligação apenas presa pelas chantagens dos passados e presentes sórdidos de Passos Coelho e Paulo Portas; a Oposição inexistente, na forma de um vampirismo do temos-de-despachar-isto-depressa-por-que-há-uma-matilha-privada-de-mama-desde-2011; o país a desintegrar-se por tudo o que é lado, com gente que é incapaz de perceber que a Dívida Pública aumentará até ao infinito, posto que, não existindo Economia, e havendo, por exemplo, um crescente número de desempregados, as verbas do Desemprego crescerão exponencialmente. Felizmente, e aqui volto a citar um dos nossos maiores pensadores da viragem do século, o filósofo Aníbal de Boliqueime, a solução para todos estes males "é esperar que morram", e até lágrimas se me soltam, de tanta sapiência, já que isso se estende à Função Pública e ao Setor Privado, aos Reformados, ao empregados e aos desempregados, aos licenciados e aos não licenciados, aos Doentes e aos Saudáveis, aos homens e às mulheres, enfim, a tudo o que bem quiserem e vos apetecer.

A outra singularidade do momento português é que essa transição entre a Péssima e a Inacreditável Moeda se faz através de "pontes vagais", que tanto podem dar no 10 de junho, como no Natal, como e onde quer que seja.

Nos últimos dias, assistimos a uma "crise vagal" que pode parecer incompreensível, mas é linearmente explicável, se percebermos que o tempo se está a esgotar. Tecnicamente, Cavaco Silva, um criminoso, conseguiu ultrassalarizar Portugal, por exemplo, dando rédea solta a uma coisa que o Vacão, e tinha razão, não queria cá, a Opus Dei, mas o Algarvio enfiou, por todas as portas, por exemplo, na forma do BCP. Quando a Maçonaria de Sócrates atacou o Millennium, ao mesmo tempo que o banco do Cavaquistão se desmoronava, com a cumplicidade de outro, ainda mais criminoso do que Cavaco, chamado Vítor Constâncio, de repente, as sombras pardas que tinham pago, por um preço incalculável, a eleição de Aníbal de Boliqueime para "Presidente" da República, viram-se sem bancos físicos, depois de terem percorrido o BPP, o Banif, aquela coisa sinistra do BPI, com o Santander e o Barclays a fugirem, ou a falirem, enfim, abreviando, o que estava mais a jeito era um banco de família, aliás, o último banco de família, que vinha do "Antigamente". Podia escrever outro texto sobre isso, mas não me apetece: desta vez, ainda mais do que no BPN, foi à descarada, enquanto o Marques "Magoo" Mendes piscava os olhos, por que os calendários eleitorais estão aí, e a situação portuguesa é tecnicamente explosiva. O fenómeno não é único: esta súbita "urgência" dos ratos do Costa Concordia deu em várias frentes, nos solavancos da dieta da Ana Drago, nos abutres que se empoleiraram nos ombros do António Costa (parece que até o Taveira ele conseguiu ressuscitar...) e os gajos do Cavaco, as sombras do Regime, os aflitos que sabem que isto pode mudar imprevistamente de rumo, e têm de arranjar rocha para a sua lapa.

Como se sabe, não há banqueiros santos, exceto o São Balaguer, e aquele Jean-Baptiste Franssu (um Francês chamar-se Franssu é de ir às lágrimas, se não fosse para arrepiar....), chegadinho à Opus Dei, para mostrar que a Santa Sé, na sua longa senda dos seus 2000 anos de contra a natureza, conseguiu agora algo de ainda mais extraordinário, que foi juntar a avidez dos Jesuítas com a fome canibal da "Obra". Nada de diferente seria de esperar de um delirante argentino, e, continuando, como não há banqueiros santos, nada melhor do que pôr as toupeiras sapadoras de informações secretas, para descobrir os podres de Ricardo Salgado, que devem ser muito parecidinhos com os podres de todos os outros da Banca.

O que assistimos foi a qualquer coisa de extraordinário, chapado como "natural", pelo órgãos de intoxicação social, e que foi a tomada de assalto de um banco privado familiar pelo abutres do passos-cavaquismo, que andavam desesperadamente à procura de pouso. O cenário, aliás, é o ideal, por que estando Cavaco Silva naquela permanente e irreversível levitação vagal, ficou, como nos formigueiros, na posição da rainha-mãe: já tem o cu tão gordo que está impossibilitado de se mexer, deixando todo o terreno livre para os obreiros cavaquistas. Na sua memória apagada, ele ainda sonha, enquanto a matilha age.

Este é o derradeiro sobressalto do Cavaquismo.

Eu adorava dar um pontapé nesse formigueiro e acabar já com o assunto e os protagonistas, mas muita gente acharia que eu estou a delirar, e, como se tornou natural, e a coisa até nos foi apresentada como... salvífica, e talvez até seja, poucos devem ter sido os que deram conta de que, com a pressa, o processo ficou todo à vista: foi como se tivessem subitamente aberto a luz num dos quartos escuros das saunas de Bruxelas, frequentados pelo Morais Sarmento, e toda a gente tivesse sido apanhada com "ele" todo entalado... O resultado é evidente, temos o BES-Nosferatu, e agora vão chover "figuras próximas de", para preencher todas as frestas ainda deixadas em aberto. Ah, como estamos em Portugal, também já foi escrito o livro, na Leya, claro -- como eu adorava saber improvisar um livro em cinco dias, mas essas coisas são para os grandes escritores, como o Miguel Sousa Tavares e a Inês Pedrosa... -- e espera-se que venha ainda o melhor, que é a Mariza a recitar passagens desse diário da sordidez, como os outros cantaram Boaventura Sousa Santos (!); A Pilar del Rio, com algum (novo) "inédito" do defunto, a fervilhar nas bordas, e talvez a Joana Vasconcellos a ser subsidiada pelo meu amigo Barreto Xavier, para fazer uma merda temática e caríssima sobre o assunto.

A minha esperança, no fundo, é ver rolar a cabeça do Zeinal Bava e do Granadeiro, mas acho que o que vem aí é ainda pior: para a "OI", por exemplo, creio que não há mensalões grátis, nem Telecoms que durem sempre.

Olhem, acho que não me apetece escrever mais, pode ser, ficam bem assim?...

Então, boas férias :-)




(Quarteto do escândalo a céu aberto, BES, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers") 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Da desaparição de Oliveira e Costa, e do seu entendimento, quer como causa natural, ou cousa mais devida a milagre da Fé




Imagem do Kaos

Não, não venho falar das decisões do Tribunal Constitucional, porque, como toda a gente já percebeu, trata-se de estalinistas puros, seguidores do camarada Álvaro Cunhal, e dispostos às mais amplas liberdades democráticas, ao serviço da Classe Operária, e rumo ao Comunismo.

Assim sendo, preocupa-me muito mais o inexplicável desaparecimento de Oliveira e Costa, que não sei se deverei enquadrar na Ovnilogia, se naquela sequência de fenómenos entrocamentados, que levam pastorinhas analfabetas a ver o solzinho a dançar, e mulheres de mau porte a apresentarem-se como a defunta mãe de Cristo, em lugares de azinheiras, cheias de melgas e moléstias de raiz.

A coisa preocupa-me, porque, tendo uma formação científica, sei que duas coisas, pelo menos num patamar supraquântico, não podem ocupar o mesmo lugar, ao mesmo tempo, nem deixar de estar, ao mesmo tempo, no lugar em que estavam. Entenda-se que a desaparição de Oliveira e Costa é aquilo que poderíamos designar por desaparição polifónica, já que não foi apenas o corpo que se foi, mas também a moléstia que o corroía, e essa história de estarem todos com um cancro, quando são condenados, é uma coisa que cheira demasiado mal, diria, mesmo, que cheira muito a Clara Ferreira Alves, já para não encarrilhar ainda mais a coisa.

Além disso, a desaparição de Oliveira e Costa, e do seu cancro, num tempo em que atravessamos uma zona de forte contenção orçamental, é totalmente insuportável, e creio que poderá ter graves implicações no orçamento de 2014, o tal que a sopeira da Universidade Moderna -- Pólo de Setúbal, de tráfico de armas, mulheres e droga -- vai tentar fazer passar, antes de ser demitida, por mais uma escandaleira, daquelas de caixão à cova. Falta pouco :-)

Sendo lúcidos, a desaparição de Oliveira e Costa tem um custo diferenciado, como o José Gomes Ferreira poderia explicar melhor do que eu, do daa desaparição de Oliveira e Costa mais o cancro de Oliveira e Costa. Como se sabe, nestas coisas, quando é para cortar, é mesmo a sério, como se fez com o Borges, onde se achou que, entre manter dois cancros vivos, era melhor despachar dois cancros mortos, sendo que continua por apurar quem matou quem, se foi o cancro que levou o Borges, se foi o Borges que levou o cancro. Tenho a minha opinião, muito pessoal, mas, para quem me conhece, escuso de gastar o teclado a escrever, porque vocês chegam lá, por vós sós...

A coisa agrava-se, mas aqui acho que é já a minha imaginação a funcionar, se também desapareceu com o Oliveira e Costa, e o cancro do Oliveira e Costa, a pulseira do Oliveira e Costa, embora me cheire que, no estado de debilidade em que ele se encontrava, o artelho nem pulseira eletrónica suportaria, e seria cruel submeter a penitência um homem em tão adiantado estado de sofrimento, pelo que o melhor foi mesmo deixá-lo andar a apanhar ar, como nós apanhámos com o buraco de 9 000 000 000 € que ele, e o seu gang, Dias Loureiro, Duarte Lima, Rui Machete, Meira Fernandes,  Abdul Vakil, Patricia, Maria e Aníbal Cavaco Silva, a Fundação Luso Americana para colocar os Amigos, o Catroga, o Cadilhe, o alqaedista Abdul Rahman El-Assir, (iam todos para as caçadas do decadente Borbón de España, e depois repartiam-se, uns, para as gajas, os outros, para os putos, os ativos, e os que podiam, que o Cavaco já nem com a língua...).

Continuando nesta sofística, acho que recuperar a pulseira eletrónica de Oliveira e Costa permitiria começar a constituir um fundo de poupança para os bombeiros que perderam as viaturas nos fogos medonhos deste verão, típicos de quando o país está em mudança de ciclo político. Temo, por exemplo, que Oliveira e Costa tenha sido apanhado numa vaga de fogo, quando andava, pelo Caramulo, a buscar inspiração para comprar mais quadros de terceira ordem de gajos imitadores de assinaturas de pintores clássicos. Parece que ele gostava muito de Miró, porque o tinham ensinado a mirar, e adorava moedas do Euro 2004, porque era a cunhagem comemorativa do ponto mais alto -- tirando a nomeação de Rui Machete para os Negócios Traseir... perdão, estrangeiros - do poder da Rede Pedófila que governa Portugal: o senhor Carlos Cruz trazer para Portugal a maior máscara de estupidez humana da nossa contemporaneidade, o Futebol, a troco de uns cus e paus de putos, que depois lá desapareciam, no imenso, vastíssimo, adamastoreano, Mar da Coca.

Era um tempo de desaparições: desaparecia o Padre Frederico, "culpado" de ter morto um "teen" de 15 anos, quando toda a gente sabe que os pedófilos não matam "teens" a não ser através da "pequena morte", coisa que muito agradava ao Bispo resignatário do Funchal, que, mesmo senil, aceitava que lhe os levassem à boca, como o Eurico de Melo, ou, num pouco de elitismo histórico, o Cardeal Rei D. Henrique, já completamente cesarinado e sem dentes, tinha de ser aleitado por moçoilas de bigode, de peitos fartos e conas ainda placentadas de parto recente. Coisas belas que a História feia apagou.

Para que esta divagação não seja totalmente negativa, devemos pensar que, muito mais do que o país das desaparições, como as da escritura da casa do Sócrates, do Cavaco, dos swaps, das gravações do Casa Pia, do Freeport, do Portucale, enfim, de tanta coisa inútil, somos, sobretudo, o país das aparições, e hoje, dia 27, por quê continuarmos no negativismo, e não nos colocarmos, já, todos, de joelhos, e começarmos a arrastar as rótulas pelas nacionais acima -- que as autoestradas estão caras -- para tentar chegar a tempo ao maior espaço de economia paralela, ainda aberto do país, Fátima, altar do Mundo, onde, entre lencinhos brancos, (alguns de ejaculações recentes dos parques de aviamento de casados...), e o hino pederasta de António Botto, "avé, avé, maria", Oliveira e Costa reaparecerá, ressuscitado, e curado da neoplasia, com uma auréola nos cornos, e uma pulseira no pé, no meio de uma bruta dança rap, do solzinho.

Não acreditem em nada disto: lá aparecerá, antes das autárquicas de domingo, porque uma desaparição, nesta altura, poderia ter efeitos colaterais fatais, ou, então, é por que, se a pulseira eletrónica lhe era pesada, já o passaporte eletrónico lhe foi leve: lá nos encontraremos, possivelmente, na Ilha do Sal, durante o "réveilon", que o Mundo é curto, curtíssimo, um porta a porta, tão vizinho, que nem vocês podem imaginar :-)


(Quarteto das desaparições, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 2 de julho de 2013

O render das lêndeas, enquanto o Brasil dá o Segundo Grito do Ipiranga, seguido do faz ó, ó, nené, meu menino Gaspar, e tenta, ao menos, dormir uma noite seguida que seja, tá?... :-)




Imagem do Kaos, e dedicado ao Kaos, sem o oual esta fabulosa imagem não me teria inspirado, e à Kaotica, coitada, que está acusada de tentar demolir (!) a Ponte 25 de  Abril (Deus vos pague, que o Carlos Moedas até os trocos me tirou...) 


No tempo do "Quitoso", um produto ainda mais tradicional do que os pastéis de Belém, do oligofrénico Álvaro Santos Pereira, havia duas espécies de seres, derivadas do descanso, ao Sétimo Dia, de Deus Pai: os piolhos e as lêndeas.

De acordo com Darwin, pessoa que não frequento, as lêndeas devinham em piolhos, os quais, procriando, geravam a segunda geração de lêndeas, e por aí fora, até Jassé, como está na longuíssima linhagem do "Génesis, V", e a história acabava aqui (Acho que já me enganei, mas isso é totalmente irrelevante nos meus textos, como sabem).

Todavia, se formos pelo lado do "Intelligent Design", teoria que frequento, venero e pratico, tal como Bush, o Marco Feliciano, Barack & Michelle Obama, Winnie Mandela e o Papa Francisquinho, no Início, Deus criou as coisas talqualmente queria, e assim ficaram, talqualmente, para sempre. No séc. XIII, São Tomás, ainda levanta uma certa dúvida, "sobre, sendo a lêndea, lêndea, e tendo uma forma adequada à sua própria enteléquia, e não estando provado que tivesse sexo, como os anjos (Questão XXV, 4), se põe a questão de poder devir piolho, e assim se manter, mas já numa outra forma, sexuada".

Ora, como sou maior frequentador das obras primas de José Rodrigues dos Santos, e de alguns fragmentos de  Clara Pinto Correia, sobretudo do MEU livro de cabeceira, "Adeus, Princesa" -- tenho todas marcadas aquelas páginas em que ela contava como os alemães da Base de Beja lhe pousavam, todas as noites, na pista de aterragem, muitas vezes, às escuras, e sem rodas, nos aviões, só com os eixos todos espetados, a seco -- pouco me intreressa a "Summa Theologica", e vamos já ao problema, do ponto de vista do "Intelligent Design", para explicar a situação de Vítor Gaspar, notoriamente, um piolho, do fracassado Monetarismo, do criminoso Milton Friedman, e a brusca transição para o estado de lêndea, da Maria Luís Albuquerque.

Para que percebam o meu orgulho neste "study case", hoje, dia 1 de julho do ano da desgraça portuguesa de 2013, este epifenómeno não só derrota Darwin, já que deveria ser o piolho a suceder à lêndea, e não o seu inverso, responde a S. Tomás de Aquino, porque acho que o homenzinho não sabe o que é sexo, e, se sabe, ainda é pior, porque isso aponta para as piores parafilias olheirentas dos clubes SM de Berlim, de quem ele tanto gosta (de Berlim, não dos clubes...), e se ele não sabe o que é sexo, a lêndea que lhe sucedeu também tem ar de frígida, o que está para o sexo como os mamutes estão para a gélida tundra da Sibéria.

Acho deselegante tratar por "lêndea" uma senhora que ainda não tomou posse como Ministra das Finanças da Cloaca Portuguesa, de maneira que vou procurar um nível ainda mais baixo, para me poder sentir à vontade, e exprimir todas as coisas santas que por ela sinto.

O problema geral destas gajas que deram aulas na "Lusíada", depois de serem, elas próprias, fruto da mesma, é que, depois, resvalaram, sem transição, para a "Moderna", ("Uma coisa horrível, que metia armas, armas e droga", nas palavras do Reitor Xexé), e só não caíram na "Independente" porque já tinha sido exterminada, no tempo do Apóstolo Sócrates, das bordas baixas, e dos altíssimos comentários, como brevemente será exterminada a "Lusófona".

E uma primeira pergunta, que não é tomista, é como é que ela se aguentou, entre 1991 e 2006, a dar aulas, em Setúbal, numa "coisa horrível, que metia armas, droga e mulheres"?...

A hipótese ingénua, que é a minha, que parto sempre da presunção da inocência, é que dedicava a totalidade do seu tempo de investigação à nobre academia, pelo que nunca teve tempo de saber o que rodava em volta. O Pinto da Costa, entre outros, dizem, também sofre disso portanto, deve ser natural.

Cumpre-me acrescentar que conheci várias gentes honradas que davam aulas na "Moderna", e nem cursos tinham, porque o importante nestas universidades, para lá dar aulas, não é ter habilitações, mas ser, sim, detentor de quotas de propriedade, -- foi assim que o Fernando Santos se safou para Reitor, e a "Vice Reitora" -- Money, Money, Money -- dessa vez, só teve de abrir residualmente as pernas -- o que é, foi e será, sempre, uma mais valia para a qualidade académica, como fica à vista.

Todavia, a travessia do deserto de Maria Luís Albuquerque, foi, mesmo, a "Lusíada", de onde saíram os 18 membros do desastroso Governo de Durão Barroso, e muita da infeção de Passos Coelho.

Não diz quanto tempo lá esteve, mas esteve o tempo suficiente para ter o brilhante aluno Passos Coelho, que era por lá tão visto como Sócrates, pela "Independente". Para que não digam que apenas pratico o sarcasmo, porei aqui um pouco de écloga, e recordarei os tempos em que a pastora foi laudada pela sua ovelha: dizia a ovelha, ou o Coelho, como quiserem, que "das poucas vezes que lá fora, sempre encontrara nas palavras dela cousa muita que não percebera, por vezes, patavina, o que deveria fazer dela senhora de altos saberes", e logo a chamou, pelo Princípio de Peter, para a Governação; quanto à Pastora Albuqueka, das poucas vezes que o viu, entre os prados, os riachos e o frescor da Junqueira, "logo ali sentiu que o génio era pouco, pelo que haveria de ir longe", ou pelo Princípio de Peter, chegar a Primeiro ministro, para que ela, pelo mesmo princípio, hoje chegasse a Ministra de Estado e da desgraça financeira.

Não, não foram eles que subiram, foi o Estado que se degradou, a este ponto.

O problema das "swaps" é marginal, porque, sendo o termo estrangeiro, o crime, em teoria, foi praticado no "estrangeiro", de onde se perceba que a Maria Luís Albuquerque, que devia estar presa, por lesar o Estado, não tenha dado conta da coisa, de tão entranhada que estava a contaminar a Refer, muito conhecida por posicionar cônsules paneleiros, em Bruxelas (peço desculpa por esta direta, mas fica para quem a perceber...), e a semear "swaps", "swapinhos" e "swapões". É, portanto, inocente, e, como mentiram o Teixeira dos Santos e o Sonâmbulo do Monetarismo, só ela falou verdade, e, pelo princípio de quem melhor mente sempre vencerá, já foi promovida.

Quero neste momento da exposição, voltar ao "Intelligente Design" e ao seu papel fulcral, em todo este processo de epifania: se bem repararem, O Pedro Lomba, um lorpa dos blogues, que vai fazer propaganda da estupidez do Governo moribundo, e que é vesgo para dentro, como o Medeiros Ferreira é vesgo para fora..., bom, adiante..., já me ia perder... portanto, tendes de verificar que há uma linha condutora, que vai da "Suricata" Assunção Esteves até Maria Luís Albuquerque: a primeira é profundamente estúpida, e tem de pintar o cabelo de louro, para cumprir o ditado de que todas as louras são burras; a segunda é naturalmente esperta, espertalhona, pelo que o cabelito lhe tombou, naturalmente, para aquela cor. Como não existe "naturalmente" nos desígnios de Deus, eu explicarei que, à luz do Design Inteligente, Deus fez um ensaio geral com a Assunção Esteves, para culminar na forma perfeita da Albuqueka das Finanças (Sei que também poderíamos darwinar a coisa, mas já chega de desgostos, por hoje)

Sei que estão à espera de pormenores, e eu vou dar-vos: sim, não estou certo disso, mas ela é afeta à Opus Dei, e, pelo que, uma vez que já escrevi isto aqui, imediatamente vai passar a ser verdade, independentemente de ser verdadeiro, já podeis começar a espalhar a boa nova, com o testemundo jeová íntimo, que cada um transporta dentro de vós. Sim, ela é da Opus Dei, e aquela frieza de olhar, que a distingue das olheiras do Gaspar, não se deve apenas a uma avançadíssima calcificação da cona, mas a um esforço enorme para que a penitência de arame farpado, que tem permanentemente atada em redor da perna direita, a não rasgue muito, sempre que está a mentir nas comissões parlamentares, não fosse esvair-se em sangue, entre dois "swaps", e com o Galamba a ver, desejoso de lamber uma gaja menstruada.

O segundo patamar de metaverdade vão gostar de ouvir menos, porque esta saída estratégica do sonâmbulo não foi estratégica, foi uma arte da fuga, mesmo à rasquinha, porque o que aí vem é francamente mau, muito pior do que tudo o que já vimos ao longo destes dois anos de destruição da identidade, do tecido, da economia e da coesão nacional: quando se abrir a caixa de pandora do que foram os fabulosos golpes milionários negociados por esta cadela e cadelas afins, podemos mergulhar numa coisa idêntica à crise do "subprime", que afundou a América no pântano obamista da Goldman Sachs, e da escumalha vomitada de lá, o Borges, o Moedas, o Gaspar, e a lêndea Maria Luís Albuquerque.

O a seguir, vai ser muito, muito, mau, e é já este mês.

O terceiro patamar é mais pessoal, e prende-se com uma coisa que eu pensei nunca ter de assumir, que é uma misoginia, a juntar-se à minha típica misantropia, ideosincrática, porque houve um tempo em que eu acreditei em que a presença das mulheres, em certos postos, suavizaria a brutalidade tipicamente masculina dos mesmos. Erro crasso, porque mais vale uma besta bruta do que uma víbora rancorosa, e temos exemplos desgastantes, na Rafeira da Alemanha de Leste, Merkel, um exemplo de estupidez, teimosia e impiedade; na Pilar del Rio, uma cavalgadura ferozmente apostada na necrofilia, e na faturação do logro do seu cadáver, e neste Albuqueka, que vocês vão ver quem é, quando ela se juntar à "Miss Fardas" -- anda doente, e quem a vê de perto já reconhece alguns sinais do Sarcoma de Kaposi...-- para divulgar a carnificina que vai sofrer a Nação Portuguesa. Infelizmente, como diziam os Gregos, há coisas que, não sendo humanas, apenas poderão ser cumpridas por Harpias, como a nova Lêndea das Finanças.

O quarto patamar, sendo o pior, diz respeito a todos nós: se Portugal já não tinha Presidente da República, agora, passou a ter um posludium, com a equipa governamental mais limitada e medíocre de sempre: Passos Coelho, e a sua nova "preta" loura, Maria Luís Albuquerque, o Piolho de Belém, e alguns apêndices, como o anormal da Economia, que ainda não sabe que o Governo caiu, Dias Loureiro e Miguel Relvas, que continuam a aconselhar, telefonicamente, o "Presidente", e o "Primeiro ministro". Novidade, novidade, é mesmo o Brasil a soltar o Segundo Grito do Ipiranga, contra esse lixo tóxico, chamado "Futebol", é a lêndea, Maria de Boliqueime, que, entre tantos presépios, recebeu uma revelação: a de que, como Sara, irá conceber, em breve um filho de Aníbal, para compensar o descrédito em que a Patrícia anda, depois do escândalo do BPN.

Esperemos que nesta gravidez nervosa, que o Professor Lobo Antunes já pensou, e avisou, poder tratar-se de uma "coisa má" nos ovários, o "Professor" de Boliqueime possa ter tempo de voltar a nascer dez, vinte, ou trinta, vezes.

Isto está muito mau, amiguinhos, e é igual ao último grupinho que Hitler reuniu no bunker de Berlim, já os Aliados caminhavam sobre as ruínas fumegantes: a lêndea Albuqueka, vos garanto, não será de vida longa.


(Quarteto da Goldman Sachs continua a decidir da ruína de Portugal, no "Arrebenta SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers") 



Nota: este texto marca igualmente a efeméride do dia negro -- noite de 2 de julho de 2007 -- em que o primeiro "The Braganza Mothers" teve de ser desativado, mercê de uma intriga de serralho de ralé da pior espécie, que só encostada à parede e fuzilada sumariamente... 



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Swaps, swapinhos e swapões





Imagem do Kaos


Há uma velha verdade, das mezinhas,  sobre a erisipela que que diz que a erisipela começa por ser uma manchinha, e convém que dela se trate cedo, antes quede lá  derive uma manchona.

Manchona, com o devido respeito pelas fufas, não é uma machona -- uma fufa ativa -- mas mesmo uma manchona, uma coisa que se agiganta, em forma de assim, ao ponto de poder engolir um Estado inteiro, e o levar ao mais relapso colapso.

Como a Ciência ensina, mesmo as coisas mais inverosímeis têm começo, seja ele uma fábula, como a do Big Bang, ou a do Génesis.
Por mim, que sou pagão, faz-me sempre sonhar mais alto a Cosmologia Aborígene, que diz que, no Começo, era o Sonho.

Para mim, tem continuado a ser, embora haja uma série de anomalias das ondas betas que me o tenham tentado interromper, e poderia enumerar algumas, como Cavaco Silva, Lurdes Rodrigues, o escroque Constâncio, pai, filho e neto (Galamba), ou a viuvinha Pilar del Rio, cujo vibrador tem a forma de uma lombada, na qual eu não alombo, por mais exaltada que ela se exalte, até que a Câmara Monhé de Lisboa lhe dê um pontapé na cona, e ela volte a afocinhar nos vulcanismos de Lanzarote, que ele há cinzas, há, e até se poderiam contar de A a Z, entre pobres, galholhos e estropiados, sendo essa a regra desses tempos, (e estando eu a escrever um pouco à maneira do analfabeto com quem ela, convenientemente, se casou).

Ora havendo um começo de todas as coisas, também os "swaps", que eu, imerso no Sonho, pensei ser mais uma marca dos gelados "Olá", mas não é, por que é... O Cá, e bem cá, e prática muito corrente.

Como é sabido, odeio Economia, uma das sete ciências herméticas, tal como Jâmblico as descreveu, na minha distante Alexandria, e os economistas explicarão, por palavras caras, o sentido económico  financeiro dos "swaps". Para mim, analfabeto funcional, a coisa pode traduzir-se num verbejar simples, que passo a expelir, e se insere na velha máxima de que, em Portugal, tudo é Estado, quando se trata de injetar dinheiro, e tudo passa a Privado, quando se trata de sacar lucros. 

Por estranho que pareça, o processo é um pouco uma Fita de Möbius, já que, sendo infinito, mal o lucro se reverte em prejuízo, o Privado epifaniza-se, por obra e graça do Francisquinho, em Público, e o Estado volta a ter de pagar.

Nada disto seria maligno se o Estado não fosse sustentado pelo contribuinte, e não fosse todo  ele igual, com a ressalva de que até há um Estado mais igual do que outro, ou seja, um Estado da auxiliar não sei de quê, que deve ser taxado e penalizado, e um Estado que circula, na forma fiduciária, pelos "swaps" e putas que os pariu afins, e, não só não é penalizado, como ejaculado, Secretarias atrás e Secretarias de Estado acima, até chegar a patamares relvistas e Quintas da Coelha.

Peço desculpa, mas embora continue -- e espero continuar -- totalmente ignaro sobre o que é um "swap", acho que a Quinta da Coelha, e o cabrão que nela mora, não estão ligados a "swaps", mas a um enorme "swapão". Ora acontece que, quando me falam em swapão -- e eu vou dispensar as aspas, que dão muito trabalho de teclado -- quando me falam em swapão, imediatamente penso no BPN, na SLN, na Galilei, e no cabrão que esteve na génese disso tudo, um bandalho chamado Aníbal Cavaco Silva, que foi o Big Bang, ou o Pesadelo do Início, do qual derivaram todas estas variantes, pouco interessantes, mas de comum ADN, que hoje presenciamos.

Temos de lhe fazer justiça, porque o homúnculo, desde os anos 80, que anda a repetir a frase "depois, não digam que não avisei", e tem avisado sempre, desde os tempos em que vendeu a Agricultura, Indústria e Pescas, por alguns tostões e diversos milhões.

A náusea era tão grande que qualquer pessoa com dois dedos de testa veria que ele tinha razão em estar a avisar-nos, e estava.

Depois, como se sabe, atravessámos um interregno de má e boa moeda, em que, desaparecido da Política -- esta gente nunca desaparece... -- e se enfiou nas trafulhices financeiras.
Ser Ministro dá muito trabalho, pelo que as gentes honestas, que deverão nascer duas vezes, há um momento em que deixam as pastas decisórias, e passam para os gabinetes de decisão, onde cozinham os swaps e os swapões do BPN. São os instantes dos jantares à média luz, em que as putas da antevéspera se tornam nas catrogueiras do leva e traz, nas cadilheiras do conselho grave e avisado, se duartelimam, matando velhas ricas, se purificam, champalimaudizando-se, ou melhoram as habilitações, sob a asa larga da vice reitora copofónica e reles da Lusófona, da escuridão angolana da "Independente", ou de outras, falecidas, e já esquecidas, a "Moderna" e mais umas quantas, onde os Cratos, marxistas albaneses (!), de "aptos"/ "não aptos", de esquina e meia, se multiplicaram, entre palmadinhas nas costas uns dos outros.

A bem dizer, o swapismo é uma cultura de Estado, e deveria entrar no Panteão, ao lado da Amália, a quem o Espírito Santo (banqueiro) deu o dom da Voz, enquanto ela estendia a cedência das mucosas e acobertava o Regime. Com o tempo, derivou em Capitães de Abril, a tentarem vender a Herdade do Sardão ao Genro do Cavaco

Parece-me estar a ouvir o camarada Álvaro Cunhal, que agora faria 100 anos -- não o tivesse levado para junto de si aquela figura vermelha, de rabo em forma de seta... --, a falar dos swaps do grande capital imperialista, e eu -- sempre no Sonho -- "mas esta gente deve estar completamente doida..."

Não está.

Doidos são os que pagam impostos, os que não veem a Teresa Guilherme, os que não assistem ao "Eixo do Mal" e aos esgares do Medina Carreira, para já não falar dos "derbies", que cada vez mais -- et pour cause -- incluem os clubes turcos, por onde começa a circular cada vez mais dinheiro sujo.

Eu sei que isto poderia alongar-se "ad infinitum", pelo que não me apetece, e estou no meu direito. Não quereria, todavia, já que falámos de swaps e de swapões, de referir os swapinhos.

Os swapinhos, caro leitor, são todos os seus pequenos atos irrefletidos, as pequenas fraudes que faz, para ver se passam, os facilitismo do seu pequeno quotidiano, que, ao longo de 900 anos disto, levaram que chegássemos ao estado em que estamos, e estamos mal, muito mal.
Paciência: meta a a mão na consciência, e veja onde é que está o seu pequeno contributo.
O meu, caros leitores, já acabei de o dar aqui.
Amanhem-se com ele.


(Quatro swapinhos no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Um BPN chamado Boliqueime





Imagem do Kaos

Depois de 500 longos anos de doença crónica, Portugal está em fase terminal. Nada de espantoso, até aqui, não houvesse 10 000 000 de habitantes que tivessem estado a descontar para a História, ao longo de todo este tempo, e se vissem agora na iminência de morrer como cães.


Fomos exemplares na nossa postura, já que nunca nos indignamos, e estamos sempre preparados para transformar tudo em piedosas procissões, como no Pingo Doce, ou na miserável Fátima, de Miguel Portas.

Podemos dizer que também fomos jeitosos, no nosso experimentalismo político, já que andámos pela Monarquia, que se provou ser uma forma decadente da República; experimentámos a República que era uma forma decadente da Monarquia; passámos pela Ditadura, que era uma forma decadente da Democracia, e acabámos a vegetar numa Democracia, que é uma forma decadente de Ditadura.

Até aqui, ainda tudo bem, porque a Polónia conheceu destinos piores, os Curdos e Palestinianos ainda estão à espera, e de Israel é melhor nem falar.

Focando-nos na agonia, o meu problema não é o fim do fim, mas as enfermeiras, os auxiliares e os médicos que temos em redor.

Se me perguntarem quando é que a coisa começou, talvez, algures, quando D. Manuel começou a gastar muito mais do que o que tinha, e, depois de andar pelo Mundo a viver do que o que o Mundo tinha, expulsou os Judeus, para começar a viver com o que tinham os da própria casa. Este sinal, como é sabido nos bairros problemáticos do País, como o do Cerco, o da Bela Vista, o da Quinta da Marinha e da Beloura, que é o começar a roubar no próprio quarteirão, é sempre sinal de que a coisa está em riscos de implodir, depois de ter andado a explodir.

As formas do fim, ou os fenómenos do fenómeno, como diria o Petitot, podem ser polimorfas ou metastáticas, ou “ambas as duas”, à Portuguesa, e as nossas, são de facto, “ambas as duas”.
A minha memória política é curta, tão curta quanto intensa a minha memória ética, e, já que falámos de Ética, o último ministro que se demitiu, já em pleno pântano, foi o Jorge Coelho, depois de cair uma ponte com uma camioneta cheia de almas simples, que iam ver florir as cerejeiras. Acabaram por não ver, e muitos – paz às suas almas – por não voltarem a ser vistos, enquanto o Coelho, dizem as más línguas, encontrou um excelente pretexto para ir dirigir a teia de crime que a Mota-Engil oculta. A partir de aí, se bem se lembram, ética, não politicamente, todos passaram a ficar hirtos e firmes, sem mexer um músculo, na expectativa de que passasse a memória da baixaria em que chavascavam. Houve um Portas que não se foi embora, nem depois de um Reitor xexé, de uma “Universidade” indecente, ter dito que aquilo não era um lugar de aulas, mas de “coisas horríveis, que metiam mulheres, tráfico de droga e armas”.

Na altura, devem ter pensado que era o nome completa da cadeira de Inglês Técnico de lá, e deslocaram o “staff” todo para os antros seguintes, sei lá, a “Independente”, onde os sicários de Isabel dos Santos vinham buscar o diploma, para passarem diretamente de gorilas de dorso prateado, para “senhores engenheiros” e “doutores”. No embalo, passou um Sapatilhas, que era Secretário de Estado do péssimo ambiente em que vivíamos, e sacou um diploma, cuja validade era tão nula como a de muita gente que perceveja a nossa realidade política, como o Henrique Neto, que é “doutor” em causa própria, o Vasco Franco e o Vara, que aspiram, o primeiro, a mestrados da “Lusófona”, a fraude que se seguiu, e o célebre Miguel Relvas, que parece que chegou a um primeiro ano de Direito, e a partir de aí intuiu os restantes que lhe faltavam para Doutor. É, portanto, o Primeiro Ministro sombra, nesta fase de agonia, e é normal que o seja, porque já se percebeu que não é um diploma, que, em qualquer estado do Espaço Europeu, só pela suspeita de falsificação, faria o passarinho ter de sair do poleiro, aqui provoca reação. O Primeiro não se demitiu, e fecharam a “Independente”. Com o Tribunal Constitucional, os Aventalados e os do Cilíco estão agora a intentar a mesma coisa. Por cá, nada disso interessa, entretidos que estamos com o lugar a que Pinto da Costa chegou, com um número mínimo de investimento nos árbitros. Portanto, lá seguimos em frente e a coisa até melhorou, até se estar agora a afundar na Bancarrota.

Sócrates, apesar de ser um canalha, tinha apenas uma ligeira quota parte da culpa, já que, como aquele dissidente chinês, ceguinho dos olhos e da ideologia, a família Sócrates tinha procriado, como coelhos, contrariamente ao padrão oficial chinês, que defende a máxima “um tio, um off-shore”, e havia tantos parentalhos quantos dinheiros ocultos, mas, como se diz na Bíblia, não podemos culpar o sobrinho por serem todos os tios tão maus, nem os primos de pior teor, mãe incluída, já que, como adoradora de Jeová, apenas conhecia as pragas e preceitos do Livro Velho, desconhecendo todas as benesses do Ingénuo dos Quatro Evangelhos.

Por outro lado, e agora vai o texto adensar-se, um tal de Senhor Aníbal, que representa uma espécie de sopa da pedra, feita com todos os restos dos defeitos de regime atrás expostos, mais umas sobras do vomitado da ementa mediterrânica algarvia, um “estrangeiro”, já que não fazia parte do Reyno, mas dos Algarves, lembrou-se de emergir, pelo meio de uma ligeira fresta de liberdade, que estas pessoas, agora em estado final, gozaram, algures, entre meados dos anos 70 e 80, e veio-nos recordar que a nossa vida era um vale de lágrimas, com as paredes cobertas de misérias estéticas de Foz Coa, e as margens do canal recheadas de presépios, com os porquinhos a obrarem directamente na ribeira.

O homem parece que passara diretamente das sementeiras e das snifadelas da última gota, não do piço, mas da mangueira do saloio do pai, para um permanente êxtase, que o levou a York, onde a Universidade, recém formada, dava doutoramentos aos mendigos do Sul – coitadinhos, também precisam… -- e como este era do Sul do Sul, ainda veio com mais tesão, e uma sapiência que era obsoleta como tudo na vida dele, 50 anos de atraso, intelectuais, teóricos e de emoção. Naquele tempo, ter um doutoramento era tão extraordinário como ver o solzinho a dançar, embora, no caso do Aníbal, eu preferisse que ele tivesse ficado a ver o solzinho a dançar, já que, mal se enfiou na Nova, começou a dar faltas em barda, tal como a fêmea fazia, na Católica, onde ensinava João de Deus, aos meninos da samarra.

Como se sabe, Política e Ensino são incompatíveis, embora a Política seja um enorme escola, e a Escola um enorme convite a NUNCA enveredar pela Política, quando a Opus Dei fez um golpe de estado, através do Partido Alien de Ramalho Eanes – um tal de P.R.D., se não me engano, que era um coio de oportunistas, ressaibiados e pedófilos – já o Sr. Aníbal estava a navegar como Primeiro Ministro, com um valente processo disciplinar em cima, do Reitor, Fraústo da Silva, por nunca pôr as mãos suadas nas aulas da Universidade. Felizmente, Deus e a sua profetisa, a Irmã Lúcia, são grandes, e João de Deus Pinheiro, outra nódoa do regime, ocupava a Pasta da Educação, o que fez com que o processo se evaporasse, o que pôs o Senhor Aníbal em estado de permanente agradecimento, elevando a nódoa Pinheira a Ministro dos Negócios Estrangeiros, onde se dizia que “le Ministre Portugais des Affaires Étrangères est étranger à ses affaires”, a Comissário Europeu, e a uma longa série de cargos vegetativos, que se torna difícil enumerar, já que representam uma espécie de Princípio de Peter, em forma de montanha russa.

Aqui, já vocês devem estar a pensar que me perdi, mas não me perdi, e quero que se centrem no lado de gratidão que o Sr. Aníbal demonstra, para com todos os que o servem, ou serviram, tal como o de vingança, já que, mal se apanhou na sua Maioria Absoluta, tratou de desvincular da Carreira de Juízes a Carreira de Professores Universitários, provocando um choque remuneratório nesse nojento Reitor, que se atrevera a mover-lhe um processo disciplinar.

Como ele próprio diria, se duas vezes voltasse a nascer, duas vezes o faria, e fez, já que, como na Política deve imperar a Ética, exceto nos momentos em que a emergência possa levar a invocar Maquiavel, mal se apanhou, na segunda metade de 80, com a sua primavera salazarista nas garras, tratou de se rodear da pior escória que Portugal já conhecera à sua frente, pelo menos, até à primavera socratista.

É evidente que as pessoas envelhecem, e os anos as tornam sérias. Cavaco Silva é uma puta cujos anos nunca conseguiram tornar séria, e, quando, com a maior desfaçatez, nega ter alguma vez ter tido alguma coisa com os canalhas que lhe preencheram os alvéolos dos governos que destruíram o aparelho produtivo, tornaram Portugal num canal de circulação de todos os tráficos, e arruinaram la feericamente a Cultura, está a renegar a cama onde todos se esfregavam, o que revela uma ingratidão vaginal, indigna do mais alto útero da Nação.

Claro que todos nós sabemos que o cidadão Cavaco Silva nada teve a ver com o BPN, que provocou o colapso do Estado Português, mas, em contrapartida, o BPN tinha, e tem, tudo a ver com o cidadão Cavaco Silva, já que se trata de uma anomalia financeira, um “Cisne Negro”, na terminologia de Taleb e Mandelbrot , criado pela gentinha e gentalha a quem ele deu a mão, para ascender na escada descendente dos últimos 30 anos da ética política portuguesa, os tais Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o traidor Mira Amaral e o assassino Duarte Lima, entre tantos outros.

Numa Europa civilizada, um Presidente sobre o qual recaísse uma simples suspeita de jogadas financeiras, saltava fora, como aconteceu com o Alemão. Este… não, e para provar que nada tinha a ver com essa gente, nomeou-os para o Conselho de Estado, e nasceu duas vezes, quando os segurou por lá, até depois do impossível.

Alguém teria de explicar a esse homúnculo, cobarde e retorcido, que é a Ética, e não a Política, que, neste momento, o impede, definitivamente, de continuar a manchar o elevado cargo que ocupa.

A agonia de Portugal é, pois, esta: ao pé do BPN, o “Freeport” não passa de uma brincadeira milionária, destinada a alimentar uma família numerosa. Se me perguntassem se gostava de ver Sócrates, ao lado do vende pátrias, Miguel Relvas, na prisão, é evidente que gostaria disso, como qualquer Português dotado de um mínimo de sensibilidade, mas, para este novo Pedro de Boliqueime, que, cobardemente, nega e renega tudo o que, ao logo do seu miserável percurso, fez e promoveu, num permanente papel de possidónio do Monte das Oliveiras, eu, sinceramente, gostaria de um castigo mais refinado, mais à altura, mais ao nível rasteiro em que a sua existência se construiu: a marquise de cobertura, do topo da base.

Aparentemente, estão-lhe a prepará-lo para 12 de maio.

Assim seja.

(Quarteto do tenha vergonha e vá-se embora, seu manequim dos anos 50, da Rua dos Fanqueiros, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")