segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Carta de Guantánamo


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS, e dedicado ao Kl@ndestino
Eu sei que muita gente andava por aí ansiosa para que eu falasse da carta que o condenado à morte de Guantánamo escreveu à Morgada de Vilar de Maçada. Todavia, a minha avózinha, grande blogger do Estado Novo, ensinou-me que NUNCA se deve fazer um "post" em dias 13, de maneira que este vai mesmo no primeiro minuto do dia 14...
Toda a gente sabe, desde Fernando Pessoa, que todas as cartas de amor são ridículas, não fosse Gertrud Steiner ter depois dito que a "letter is a letter a letter a letter a letter..."
Quanto a mim, tudo depende do contexto da "letter": se fosse recebida num banho turco de um "Clube Seven", antes de uma jantarada no "Eleven", e durante um valente Sessenta e Nove de heterossexuais passivos e musculados (é maravilhoso como os números regem toda a nossa vida, não é?...), dizia eu que se isso ocorresse num Clube Sauna Gay, a primeira interrogação seria se o talibã era "bom" ou não era "bom", já que ninguém, no seu perfeito juízo, vai interceder por um gajo com aspecto de andar a arrumar carros defronte dos Pastéis de Belém, depois de ter dado meia dúzia de pistas falsas à Felícia Cabrita...
Felizmente que o nosso Primeiro-Ministro frequenta outros colos, e mantém aquela relação íntima e duradoura com Fernanda Câncio, um dos nosso arautos dos direitos das minorias, quando lhe convêm, como diriam os velhos do Restelo.
Quanto a mim, a Carta de Guantánamo é mais um "fake", como o telefonema de Alijó -- feito por nós -- e o Vídeo da Adozinda, posto na Net por um professor, só para queimar a Ogreza da Educação. Guantánamo, desta vez, e por esta ordem de ideias, seria uma areia movediça, para que Sua Excelência dos postalinhos da "Independente" se atascasse ainda mais do que já está.
Felizmente que o nosso "Prime" frequenta os colos de uma profissional de defesa das causas minoritárias, e vamos vê-la, desta vez, ao invés de andar a perder-se, em causas regionalistas e desinteressantes, a empenhar-se numa luta de projecção mundial. Resumindo, mal receba a carta, Sócrates deverá enviar a sua Condollezza Câncio imediatamente para Cuba, não para Varadero, mas para o Campo de Abate de Guantánamo, onde os Direitos do Homem, como diria Husserl, sofreram uma "époké", indigna do séc. XXI, pois, mas, como se sabe, a Tortura não é permitida em território americano de raiz, e foi assim exportada para países produtores e colaborantes.
Está no direito dele, e Sócrates no seu, ao enviar a embaixatriz Câncio. Ora, acontece que uma comitiva destas, quanto mais aprimorada for, melhor para nós. Câncio deverá levar consigo a enérgica Ana Gomes, que, esperemos, não vá na fase de rebentar com os balões do teste da operação stop, ou... pensando bem, até pode ir com a alcoolemia no sítio, que uma uma mulher bem bebida fala sempre mais alto do que uma desgraçada a quem extinguiram o posto de trabalho na Retoma Portuguesa.
Obviamente, faz falta um jurista de talento, pelo que Proença de Carvalho, honesto e homem de excelentes causas, deverá integrar o séquito. O Cherne poderá ir, como mascote, dentro de um aquário. Finalmente, para que não se diga que vão só mulheres, talvez a Dina, que ultimamente anda muito sumida, pudesse vir a dar um toque de charme, cantando o Fadinho da Desgraça, numa embaixada deste género.
Decerto que, desde Leão X , não se verá representação externa mais ilustre...
( Edição comemorativa, com dois exemplares numerados, no KL@NDESTINO e nas Vicentinas )

Sem comentários: