segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A agonia de José Sócrates, ou Bilderberg, na forma do pão que o Diabo amassou


Imagem KAOS
Dedicado à Kaotica, ao Kaos, ao Baby, à Laura "Bouche", à Pimpinela, à Carmelinda Pereira e à Isabel Pires, e também ao Ricardo e a todos, muitos, os que têm colaborado nesta nossa nave dos loucos

Eu sei que muitas vezes se espantam com o que escrevo, e hoje será mais um desses dias. Aparentemente, e porque julgo José Sócrates como o Primeiro Ministro de Portugal mais execrável que conheci, até nisso conseguindo bater aos ponto o Aníbal de Boliqueime, toda a gente pensaria que ontem não celebrei a sua pirrónica vitória. A verdade é que, ao abrir aquela garrafa de champanhe -- não, não era das caras, nem sequer chegava aos pés do "Dom Pérignon" reserva de 20 anos, que despachei, no dia em que Cavaco apanhou nos cornos, nas Presidenciais de 1995, mas ainda era champanhe... -- a rolha saltou, por múltiplas razões. A primeira, evidentemente, e que colhe a unanimidade de toda a gente a que dediquei este texto, foi o Partido Chavista ter perdido a sua Maioria Absoluta, e o Boneco de Borracha ter de passar agora a andar no ó meu, ó meu, até à sua dissolução total. Manuela Ferreira Leite portou-se com nível, muito mais do que a canalha que agora pede a sua cabeça; a espuma também foi para o olhar perdido de Ana Drago, que ainda não foi desta, e talvez não vá nunca, para o Ambiente, e muito do que escorria da taça estava, é certo, dirigido para um grande sobrevivente da nossa praça, Paulo Portas, o pensador, o orador e o ideólogo, a quem, em grande parte devemos a maturação da Opinião Pública, em Portugal -- o "Independente", lembram-se?... --, e um bombardeamento pesado ao Great Portuguese Disaster 1985-1995, que foram os Anos Negros do Cavaquismo.
Agora o que talvez vos espante é que tenha dedicado, muito secretamente -- estas coisas não se podem confessar -- alguns daqueles goles de champanhe à vitória de Sócrates.
No fundo, que coisa pior poderia acontecer a essa criatura do que suceder, debilitada, a si mesma?...
O País que o primeiro José Sócrates nos legou foi o País das leis que violaram sistematicamente a Constituição, por exemplo, o Artigo 18, no seu ponto 3, que assim reza "As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm de revestir carácter geral e abstracto e não podem ter efeito retroactivo nem diminuir a extensão e o alcance do conteúdo essencial dos preceitos constitucionais"... Meu Deus, quanta retroatividade no Crime de Estado praticado pela Maioria Absoluta de Sócrates..., para já não falar, nas Aposentações, da Violação do Princípio de Prevalência do Regime mais favorável, constitucionalmente previsto, e grosseiramente espezinhado, primeiro, pela cambada de Durão Barroso, uma das piores lepras que Portugal produziu, e depois pelo gajo sem estudos, chamado José Sócrates. Legou-nos o país dos invejosos, a quererem nivelar por baixo; dos frustrados, que achavam que agora tinha chegado a sua hora; dos cobardes e dos delatores, que acham um ato nobre falar da vida dos outros, por eles lhe terem dado um valente pontapé em devido tempo, dos medíocres, que sempre imperaram na nossa cena, mas agora falavam de diploma em punho; que espatifou, à vista de toda a gente, o princípio da Separação de Poderes; que revelou que o Poder Político era gerido por amigalhaços e associações secretas, que, na sombra, de facto decidiam, enquanto nós, os parolos, pensávamos que estávamos a viver "alternâncias democráticas".
Alternâncias de casa de alterna, para ser mais específico.
Historicamente, Portugal, para não variar, sempre andou em contraciclo, e, enquanto pela Europa das Democracias amadurecidas, geralmente eram as Direitas a vir compor os esbanjamentos e os excessos dos momentos "Socialistas", em Portugal, e disso foram prova algumas passagens pelo Governo de Mário Soares, eram os Socialistas que tinham de vir equilibrar as contas de algumas derivas de Baronetes Liberais, que não se tinham entendido no saque.
Com Sócrates, entrámos no ciclo certo: fez o frete ao Governo Sombra Mundial, Bilderberg, entre nós representado pelo homem que é nosso Primeiro Ministro "de facto" desde 1976, Francisco Pinto Balsemão, aprovando o terrível "Tratado de Lisboa", conhecido, entre os Intelectuais, por "Tratado de Bilderberg (voltem a vê-lo, para perceberem onde estão metidos...)", o Tratado do Fim da História, onde desaparecemos, como espaço físico, cultural e económico, deixando de poder pensar, falar e exprimir-nos, desde que não seja de acordo com o politicamente correto ditado pela... NORMA. O pior exemplo disso é um gajo "bronzeado", chamado Obama, a quem sinceramente desejo que os Israelitas deixem rapidamente um menino ao colo, chamado Irão em Chamas, e desapareça de cena.
Com Sócrates, desequilibrámos as contas, com os favores aos amigos, aos grandes potentados, aos criminosos de luva branca, e o Socratismo tornou-se idiossincraticamente despesista. Nada melhor, pois, que viesse a velha senhora, do PSD, para sujar as mãos na cagada que o menino uranista de Vilar de Maçada fizera.
Teve sorte e não veio: todos os partidos ganharam votos, e só o PS (Partido de Sócrates) perdeu.
Desta, o PSD safou-se de boa. Tem agora uns meses, talvez ano e meio, para que o bebé da "Independente", o "Menino de Ouro" do PS, o Cona Mansa da Câncio coma as suas próprias fezes. Vamos estar, na primeira linha, a ver o resultado e a gramar com o cheiro, mas sempre é uma agradabilíssima forma de vingança, creio, a melhor, mesmo, pois suponho que melhor não poderia haver, por mais que isso vos possa espantar, saído da escrita deste meu heterónimo.
Bem hajam, pois, Eleitores Portugueses, o futuro é todo vosso, vosso, vosso!...

(Gargalhado no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra (Isabel Alçada)", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e num dos grande clássicos do Pensamento Livre (nem maçónicos, nem opus dei: "The Braganza Mothers" )

A ressaca eleitoral

Sócrates só pode querer enganar-se a ele próprio quando afirma que foi uma "extraordinária vitória eleitoral", nas eleições de ontem, quando o seu partido, a par do PSD, foram os grandes derrotados das Legislativas de 2009. Acho que não se podia exigir muito mais do eleitorado, (e em face também da abstenção de 40%), que foi um eleitorado consciente ao castigar o PS dos quatro anos de desordem e de sevícias governativas. Quanto ao PSD, o outro partido derrotado, apenas se salvou de um resultado pior muito devido aos seus fieis e devotos eleitores com a sua antepaixão pelo partido, que bloquearam ainda mais a vista contra as aselhices de Manuela Ferreira Leite. O PSD reforçou ainda mais a ideia de que continua, e continuará, a viajar na maionese. O CDS foi, quanto a mim, uma surpresa desagradável, e temos o dever ou a obrigação de estar atentos e vigilantes em relação ao RP das feiras e mercados, que o é Paulo Portas. Foi roubar votos ao PSD descontente com MFL, aos ingénuos que se deixaram seduzir pelo bem-falante e falso-inquietado com os problemas dos mais carenciados e desfavorecidos, que igualmente o é o líder do CDS. Enfim, beneficiou daquele eleitorado mais indeciso. Será duplamente penalizador e devastador para o país se o CDS vier a formar aliança com o PS, para constituir o próximo governo.
Mas, a luta continua!...

Rescaldo das Legislativas de 2009

Sócrates e o PS pagaram, (e era difícil não pagarem), a factura pelo culto da política arrogante, prepotente e até inconsciente que praticaram ao longo dos últimos quatro anos. Resta saber se irá convidar o CDS para formarem o próximo governo. Parabéns a todos aqueles que contribuíram para a não maioria do PS.
O PSD, penso eu que sabia de antemão que não tinha uma líder que ombreasse com Sócrates. É um partido com muito pouco crédito na minha opinião pessoal, que anda à deriva desde a fuga de Durão Barroso para Bruxelas, e já este não tinha muita solvabilidade enquanto foi primeiro-ministro, no pouco tempo que o foi.
O CDS, para mim (e para as sondagens), a grande surpresa das eleições. Ficará por apurar se foram as feiras, os mercados e as peixeiras, os mais incautos ou distraídos, ou mesmo algum eleitorado descontente do PS e do PSD, que deram este empurrãozinho a Paulo Portas.
Francisco Louçã e o seu Bloco de Esquerda ganharam mais posições, reforçam outras, "mas morrem na praia".
A CDU penso que foi claramente prejudicada pela abstenção, não?
Seguem-se as Autárquicas...

sábado, 26 de setembro de 2009

Dia de Reflexão...

E a minha reflexão é esta: a campanha eleitoral foi a bandalheira geral! Se numa primeira fase, a dos debates televisivos, achei que os confrontos foram mornos, inconclusivos, com pouca substância, très delicat, dava até a impressão que os opositores estavam receosos uns dos outros, ou que havia um pacto de não-agressão arranjado nos bastidores. Já numa segunda fase, a dos comícios, arruadas e afins, o baixo nível imperou e reinou, com insultos e agressões, e aqui o PS e o PSD tiveram o que se poderá chamar de "maioria absoluta". Como se não bastasse, e para ajudar ainda mais na bandalheira, confusão e algum caos mesmo, em plena campanha, juntaram-se os casos ou escândalos, (como lhes quiserem chamar), das escutas de Belém, o alegado envolvimento na compra de votos por parte de Helena Lopes da Costa e de António Preto, que integram as listas do PSD às legislativas do próximo domingo, e ainda, as graves acusações que recaem sobre José Lello e António Braga, por negociatas de cargos em troca de financiamento partidário. Tudo ainda por esclarecer, e a ver vamos se não cai tudo em saco roto, como de costume.
Cada povo tem sempre os políticos (ou o Governo) que merece!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Testamento de Sócrates, ou os 3 Piores Portugueses de Sempre


Imagem do KAOS

Cada povo tem sempre os políticos que merece, aliás, num regime das quintas-essências, os políticos correspondem sempre ao refinamento do que de pior, ou melhor, cada povo tem. No nosso caso, e a acreditar nos pessimistas, nos quais me incluo, estamos em decadência desde o Príncipe Perfeito, D. João II, ou seja, especializámo-nos em príncipes cada vez mais imperfeitos, até acabarmos em coisas rastejantes, como José Miguel Júdice, Rita Seabra ou Fernanda Câncio.
O Primeiro Pior Português de Sempre, num certo consenso da Inteligência Nacional, foi Salazar: no seu tempo, ele incarnou o imaginário rasteirinho dos comedores de urtigas da época. Ser Doutorado, nessas eras, em Santa Comba Dão, era tão extraordinário como uma Pastorinha a ver a Senhora, de saia arregaçada, a esfregar-lhe o clítoris.
Sendo uma mulher mais velha, o vigente regime penal trataria a Aparição como um caso de pedofilia, ocorrido, em 1917, na Cova da Iria.
Nunca nos curámos disso: a miúda gostou, e ficou oitenta e tal anos sem falar, coisa que Salazar adoraria ter feito ao Povo Português, mas só conseguiu 48, alguns deles já por procuração. Ora 48 anos é meio século, e um País, saído de uma Monarquia miserável, que era a risota de toda a Europa, passou para um pardieiro de freiras, calçadas com o mesmo par de botas, enquanto nos passavam por cima a II Guerra Mundial, o Plano “Marshall”, do qual esse cabrão desse Salazar nos excluiu, impedindo que sofrêssemos o “boom” da Europa do Pós-Guerra, continuando embrenhados na apanha da azeitona, no ir ao cu às ovelhas, para fabricar Queijo da Serra, e a deixarmos entregues aos gafanhotos as Províncias Ultramarinas, cujas riquezas, que o velho pensava que iam ser nossas para sempre, nunca foram exploradas, acontecendo o facto mais notável da nossa História Contemporânea, que foi o último Império do séc. XX estar nas mãos do Povo mais miserável de cabeça e haveres que o teve, e os entregar depois, de mão beijada, a um bando de criminosos.
Com isto, perdemos meio século.
A seguir a Salazar veio um gajo que acreditava que ainda vivia no tempo do anterior, e que dizia “Assembleia Nacional”, “Dia da Raça” e bojardas afins, vestindo-se como um manequim dos Anos 50, da Rua dos Fanqueiros, e com uma mulher horrorosa, de “centro-esquerda”, que tinha uma Falha de Santo André ativa, a afastar-lhe, corcundamente, o entre o pescoço e as golas daquelas chitas talhadas em casa, nas quais se costuma embrulhar. Ela é penosa, ele é triste e chamava-se Cavaco Silva, e foi perfeitamente radiografado aqui, e conseguiu que o impulso que a Comunidade Económica Europeia então poderia ter dado a Portugal se esvaísse nas contas bancárias de criminosos do foro económico, como “Migha Âmâghal”, “Feguêiga do Âmâghal” e Cardunha e Coiso, de entre alguns que agora me lembro, embora costume ter a memória extensa. Como Salazar, foi um homem honesto: o primeiro sabia que havia 100 famílias que tinham o monopólio do Roubo; o segundo fingiu que não sabia que as 100 já tinham passado a 200, e baixado muitíssimo de nível. Foi a Era das Piriguetes, e o tempo em que o Taveira e o Bonga arrombavam as "garagens" das senhoras mal casadas da Linha do Estoril.
Cavaco não respeitou nada, nem ninguém: deixou que o cercassem alguns dos piores caráteres da Nação, e roubassem o que, de direito, era da Res Pública. Correu com tudo o que lhe fazia frente, incluindo a mal tratada Ferreira Leite, que se enganava tanto nas contas como ele, e a quem deu, por duas vezes, dois chutos no cu, que ela nunca lhe perdoou.
A Cultura passou a chamar-se La Feria, e a Elegância, Possidonismo.
Num País que vendeu a Agricultura e a Indústria e se passou a especializar no Tráfico das Armas, da Droga e dos Pretos e Monhés, que vinham contruir as grandes obras do Regime, as linhas férreas tornaram-se inúteis, e o Aníbal mandou desmontar tudo. A chave metafísica para essa devastação era um elementar, meu caro Watson: os comboios não abasteciam na Bomba de Boliqueime…
Acabou na Ponte, com um facínora, chamado Dias Loureiro, a disparar -- coisa que não acontecia desde a queda do Velho Regime -- sobre o Povo. Parece que depois deu em Conselheiro de Estado...
E com Cavaco somado com Salazar perdemos 60 anos de um século, o que é muito, demasiado, e irrecuperável. Pouco sobrou desse Período, exceto a Leonor Beleza, que agora arranca os olhos aos coelhos, para fazer experiências à Champalimaud, um filho da puta de um especialista em arrancar outrora os olhos aos Portugueses.
Quis a História que depois tivéssemos alguns sobressaltos, entre os quais produzimos Durão Barroso, um caso de estudo, à parte, neste texto retórico, e que não será aqui incluído. Dante escreveria, muito melhor do que eu, sobre a figura.
Fica para trabalho de casa dele, se não se importam...
Passado o Milénio, caiu-nos em cima o flagelo do Terceiro Pior Português de Sempre, cujo nome evito citar, mas que todos conhecem demasiado bem. Como os anteriores, vinha de um buraco, que não se chamava Santa Comba Dão, nem Poço de Boiqueime, mas Vilar de Maçada, e é nesses momentos em que eu sinto enorme inveja dos povos que, na biografia dos políticos podem escrever, por exemplo, "nascido em Fifth Avenue, 365...". Nunca nos aconteceu, e vinham sempre de buracos: o Guterres, do Fundão; o Barroso, da Cova da Piedade, e o Aníbal, de Poço de Boliqueime: no final dos mandatos, todos tinham transformado Lisboa num simulacro da sua pequena aldeia e transformado o buraco local num buraco global. Bem hajam: foram os dons Afonsos Henriques e os Sanchos I, II e III da empedernização da Cauda da Europa, e lá estabilizámos.
Sócrates conseguiu ser pior do que os anteriores, porque, ao contrário do que desejariam, a História não parou: no tempo de Salazar, o tira-tira e o mete-mete eram regidos pelo Método das Temperaturas, e por camisinhas feitas com tripa de ovelha da Serra da Gardunha. Se a coisa se rompia, havia sempre uma agulha de croché e uma alminha branca, que o cura arrumava ao pé dos desmanchos das senhoras casadas que ele próprio montava. No tempo de Aníbal, já estávamos atrasados na fibra ótica, nas linhas de alta velocidade e nas redes viárias internacionais. Com Sócrates, já imperavam os telemóveis, que ele adorou transformar em postos de escuta e a Internet, esplendorosa e global, para o Zé “Magalhães” lá ter o ouvido permanentemente encostado, como a Senhora Maria, no tempo do Salazar, quando o Cardeal Cerejeira metia putos da Casa Pia debaixo das púrpuras e gemia, de mansinho.
O caso de Sócrates é infinitamente mais grave, porque o Sistema de Asfixia Global, impeditivo do pensamento e da manifestação alternativa, deu ordem de fabrico de políticos de borracha, com forma internacional, de nomes Sarkozy, Blair, Berlusconi e o dito cujo. A diferença sempre foi para o mal: Sócrates é um ser retorcido -- há quem o considere bipolar -– que vive mal a sua sexualidade, penou, com angústia, um curso contrafeito, e sofreu, ainda mais, quando pensava que as mazelas da vaidade estavam todas compostas, uma sórdida perseguição, por parte de gente reles, de muito baixo nível, ou, nas eméritas palavras da medíocre Clara Ferreira Alves, um dos pilares dos Sistema, gente d'“a blogosfera [...] um saco de gatos que mistura o óptimo com o rasca e acabou por tornar-se um prolongamento do magistério da opinião nos jornais. Num qualquer blogger existe e vegeta um colunista ambicioso ou desempregado ou um mero espírito ocioso e rancoroso. Dantes, a pior desta gente praticava o onanismo literário e escrevia maus versos para a gaveta, agora publicam-se as ejaculações
Estou completamente de acordo, sobretudo, sempre que ela abre a boca e ejacula, e acho que todos ejaculámos em cima do “Engenheiro”, estragando-lhe o arranjinho, que ele pensava ter acabado com um célebre postal “cheio de angústia”, e afinal acabou no anedotário nacional, a pior prova de fogo de qualquer político, pelo menos, desde Fernão Lopes e Gil Vicente, se não quisermos recuar às Cantigas de Escárnio e Mal-dizer.
Somadas as contas, temos 48+10+5 mais... mais... um enorme ponto de interrogação, porque enquanto Cavaco sabia que era alvo e mortal, e se fazia deslocar numa viatura blindada (!), Salazar acabou osteoporótico, com os cornos da nuca a bater no chão da cadeirinha, Sócrates julga-se um protagonista do Fim da História, e passou das 100 e das 200 famílias para uma nebulosa de rastejantes das migalhas do Sistema. Tem, por detrás de si, aquele horror chamado BILDERBERG, que lhe promete a mesma Eternidade que Chávez pensa ter alcançado ao pontapé. Durante os poucos e desastrosos anos em que destruiu Portugal, Sócrates ainda não se atreveu aos pontapés de Chávez: ficam para um bisar das urnas, que poderão anunciar a última hipótese de variar governos. Quem se mete com o PS leva, e mais ainda quem se mete com o núcleo da pedofilia que sustenta o PS.
Se tiver a vertigem de votar PS, lembre-se que é também nestes que vota, nos sem rosto, sem vergonha, nem perdão.
Acabo como comecei: como disse um dia Vasco Pulido Valente, “O Povo Português não gosta da Liberdade, mas sim da Igualdade”, e a igualdade é invariavelmente o nivelamento por baixo.
Nisso, Sócrates foi emérito, e nivelou sempre por baixo, e, contas feitas, ao longo destes anos houve um único momento em que, no meio de intromissões no Sistema Judicial, nas pressões sobre os Órgãos de Comunicação, nas perseguições dos funcionários, na trafulhice, nas golpadas, na destruição das sobras da Agricultura, Economia e Pescas, praticou o Socialismo: foi o Socialismo do Diploma, em que deu a tantos, nos famigerados C.N.O.s, “diplomas” do mesmo jeito do dele, e conferiu ao populacho o papel que lhes permitiu, finalmente, comprovar, com selo e assinatura, a célebre postura portuguesa do “sei-tanto-quanto-um doutor”. É verdade, sabem tanto como um doutor, sobretudo na qualidade de doutores que este século perdido da História Portuguesa, na qual reinaram os Três Piores Portugueses de Sempre, gerou.
Vá lá, no domingo, e diga-lhe que gosta dele, que se identifica com ele, e que o considera o melhor líder da Cauda da Europa. Deve ser a única coisa na qual concordarei com esse eleitorado demente, eu, Cidadão do Mundo, completamente alheio a esta miserável gaiola de loucas em que nos quiseram tornar. A pior coisa que pode acontecer a Sócrates é ser reeleito, porque vai ter de comer o pão que o diabo (ele) amassou. Acabará a Propaganda e começará a Realidade, meus amigos, que vos asseguro ser... sinistra.
Vou-me divertir muitíssimo, nesse hipotético cenário.
Faça-vos, a você e a ele, bom proveito, e não contem comigo, mas não contem mesmo, tá bem?... :-)

(Bye bye butterfly, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

Eu não sou masoquista!


Que as sondagens valem o que valem, todos nós sabemos. Umas vezes são certeiras outras nem por isso, mas têm sempre (por regra) de se basear na consulta popular. E as últimas sondagens feitas antes das eleições legislativas do próximo domingo dão a Sócrates cerca de 38% dos votos subindo o PS nas intenções de voto relativamente à sondagem anterior e fazendo com que o seu líder esfregue as mãos e sonhe de perto com uma possível, nova maioria absoluta. Não sei se o, (ainda por esclarecer), misterioso caso das escutas de Belém, que embora tenha tido impacto, teve assim tantas repercussões e contribuído assim para que neste momento haja um pouco mais de optimismo no PS, ou se por outro lado, é pelo facto de Manuela Ferreira Leite ser inexperiente e pouco consistente.
Mas dispensando algum crédito a estas mesmas sondagens, as mesmas trazem-me algum desconforto e até uma visão aterradora de uma hipotética nova maioria absoluta de governo Sócrates. E questiono-me sobre as possibilidades do povo português ser masoquista ou de ter a memória curta...
Parece-me que já se esqueceram do caos em que está o Serviço Nacional de Saúde, na aberração que é a Justiça deste país, a comédia ridícula que o são a Educação e o Ambiente, a trapalhada na Economia e nas Finanças, o desespero ou desencanto no Trabalho e Solidariedade Social, isto já para não referir escândalos como o Freeport...
Bom, eu não tenho a memória curta nem sou masoquista ao ponto de me querer submeter a mais quatro anos de regime rosa. Existem alternativas!

O Partido Camaleão, seguido das metamorfoses de Ana Drago


Imagem do KAOS

Dedicado ao Ricardo, para não adormecer em campanha: filho, a partir de segunda há mais e... pior :-)

Cidadão: se te sondassem a boca da urna, salvo-seja, não seria para ti novidade de que o grande partido vencedor de domingo será o dito Bloco de "Esquerda", e eu respondo que já meti a mão na minha própria urna, salvo-seja, e saiu de lá o mesmo presságio.

A cena seguinte passa-se na cubata de Ana Drago, penosamente construída com ramos de PPRs, e uns tapete antigos, que já nem Trotsky penduraria nas paredes, quanto mais uma "freelancer" do séc. XXI. São 9 da manhã do dia 28 de Setembro de 2009, segunda feira. A Ucraniana de serviço, ilegal, mas metida na Segurança Social naqueles esquemas esquisitos do faz-de-conta que desconta, mas, no fundo, não desconta, e a patroa finge que não sabe, mas quando chega a hora do desemprego é o contribuinte que paga tudo,

dizia eu de que,

Ana Drago está inquietíssima, sentada ao lado do seu telefone Meo-fibra, com ar de minha febra, a ver quando é que a coisa toca.

TRIM-TRIM!!!... (O coração pula, e a vagina pinga)

A Ucraniana atende: sim?... tu querer falar com senhora Drago?... Senhora Drago ir ver se estar... (silêncio. A outra comunica por gestos, faz a célebre boca de fazer broches aos grilos, e mexe muito as mãos, quer saber a cor política do telefonema) Senhora Drago está a perguntar seu partido... (silêncio) Senhora Drago... ser CDS/PP que querer falar com Senhora...

Ai, o CDS/PP!?... Vou já vestir umas calças, para ele pensar que é um fuzileiro que lhe quer comer o esfíncter, e... oferece o quê?... (silêncio) Secretaria de Estado do Turismo!?..., sim, posso..., e quer que vote sempre favoravelmente!?..., claro, mas posso ter motorista, não?..., não, não há problema, não... podem licenciar o país todo de contentores até Badajoz, e desisto das Uniões de Facto, para não fazer corar senhores de fato azul escuro decentemente mal casados com gajas que engolem tudo... Sim, tiramos já isso do Programa!... Telefone amanhã, para acertar os valores e os cargos... (silêncio) Pretos!?... Deus me livre: odeio!... Connosco coligados, não entra cá mais nenhum!...

Toca o telefone.

Senhora Drago estar lá dentro. Querer dar algum recado?... (É a Manela Arenque Fumado, com o seu colar de pérolas pendurado nas peles). Quer fazer passar umas leis?... Pois, toda a gente quer... Oferece o quê?... Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros!?... Bem haja!... Pode ser (vou já tirar as calças e pôr uma saia preta abaixo dos joelhos, porque a velha é puritana... ) Sim, sim, pode estar descansada que voto favoravelmente os diplomas todos durante dois anos. Depois, é negociado diploma a diploma, e tudo em "off-shores", ou no BPN... Não!... Não, esteja descansada, temos um fundo político comum, e também acho que a contenção orçamental é a melhor solução: os outros que paguem a crise.

Toca o telefone.

Sim, querer falar com Senhora Drago, Senhora Drago estar a ver n a Net salário de Secretário de Estado mas vir já... Senhora Drago, Senhor Sócrates querer falar com Senhora Drago (Tira as saias compridas, e vai pôr uma saia-calça, embora ele nem repare nisso: prefere meias sombras e venezuelanos musculados)... Ministério do Ambiente, com certeza Senhor Primeiro Ministro... (Silêncio) Nunca fomos contra a coincineração, até podemos fazer isso nos fornos dos Pastéis de Belém, e na Padaria das B'zanas, na Rua da Rosa... Sim, a Classe Média que pague a Coincineração, pois claro!... Não é para isso que compram lareiras em baiúcas da Margem Sul?... Claro, a Classe Média começa acima dos 500 €/mês!... Os ricos que paguem a crise... Fico então com o Ambiente e o Rosas com a Cultura?... Ótimo... Pode ser... Acha que dá para meter mais alguém?... Sim, votamos favoravelmente todos os temas fraturantes, até a Zoofilia e vamos apoiar a campanha de Paulo Pedroso em Almada... Mas, para isso, é o Miguel Portas com a Educação, em vez da sonsa da Isabel Alçada, que roubou o Programa Nacional de Leitura à Conceição Rolo e à Manuela Malhoa, e temos de negociar mais umas Secretarias de Estado, à parte. Sim, sim... ficamos assim, não é preciso assinar nada, e depois recebemos em pequenas parcelas de dinheiro, como no "Freeport". Quanto ao TGV já começou neste telefonema: resolvemos todas as diferenças à mais alta velocidade. Pode confiar: nós somos MESMO assim!...

Toca o Telefone.

Sim, Sr. Jerónimo, a Srª. Drago vir já!... Senhora Drago, o Senhor Jerónimo ter umas autarquias para coligar com Senhora Drago (A Drago tira as calças-saia e enfia uns daqueles aventais rodados, muito coloridos, que as badalhocas usam na "Festa do Avante"). O Sr. Jerónimo quer lutar contra o Grande Capital!?... Com certeza, mas, em contrapartida, queremos todas as Câmaras Municipais do Alentejo, e com a condição de que o Grande Capital comece 1 € acima do nosso salário de Secretário de Estado, tá quieto, ó meu!...

(Cai o pano, com força, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e no farto de avisar para esta merda chamado "The Braganza Mothers" )

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Agradecimentos sinceros ao renegado do PCP e a toda a sua equipa de espiões informáticos, por me terem fodido mais um computador


Imagem do KAOS

Eu sei que o texto vai passar por cínico, mas é sincero: quero agradecer ao Senhor José Magalhães, ex-Estalinista e ora lambedor de botas do "Engenheiro" de Vilar de Maçada o ter-me fodido mais um computador.

Assim foi, se bem estão lembrados, com aquele disco rígido que foi à vida, no tempo em que, no "Expresso on-line" toureei a Carrilha, até ela perder a Câmara de Lisboa; assim foi naquela célebre manhã, em que depois de um email noturno trocado com o "Xatoo", em que eu prometia publicar as conexões e os dinheiros obscuros dos setores da Opus Dei que iriam eleger Cavaco Silva, me destruíram o computador, de uma tal forma que o gajo da Informática disse que "nunca tinha visto nada assim"... O resto da história já contei noutro lugar. Desta vez, mal se publicou o cadastro de José Magalhães e a Tabela do Voto Útil, voltaram a dar-me cabo do posto de trabalho.

Olha, Zé, já comprei outro, melhor do que o anterior, e fiz questão de que não tivesse uma única componente portuguesa, para não entrar nas vossas estatísticas falsificadas da "recuperação". Recuperação do caralho, amigo: vocês estão piores, de dia para dia, e só desejo que afocinhem, com o Bloco de Esquerda, no bacio que merecem. Quanto ao resto, só me calam, quando me apetecer, e com coisas destas, arriscam-se a que eu tenha ainda mais vontade de falar. Computadores há muitos, seus palermas, e, olha... se o virem, beijinhos ao Paulo Pedroso, da minha parte. Eu amo-o.

(Polígono de mandá-los à merda, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers" )

sábado, 19 de setembro de 2009

Guerra Cirúrgica



Imagem do Primeiro Fax

Pois é, meus caros amigos e amigas: não é necessariamente a estupidez que tem de imperar em Portugal. Chegou a vez da Guerra Cirúrgica, e a massa cinzenta, que tanto nos custou nos estudos, e ao "Engenheiro", nada, senão uns postalinhos, traçou uma carta dos Círculos Eleitorais com uma intenção muito simples: descortinar qual o partido que estava mais a jeito para eleger o deputado que Sócrates caçou. A lógica, agora, é inversa, e chama-se "VOTO ÚTIL". Todos nós estamos sem saber para onde disparar, e a resposta veio cientificamente: voto útil, no partido que mais perto estiver de fazer o PS perder deputados por cada Círculo.

Vamos nessa? Vamos todos divulgar ISTO?... Vamos todos apontar nessa direção?... Força, então!...

(Frente guerreira, no "Aventar", no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "A Sinistra Ministra", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem paga a campanha eleitoral dos Gatos Fedorentos, seguido das Zitas Seabras do Bloco de Esquerda

Há um novo partido, em Portugal, que não está sujeito às regras de tetos de gastos de campanha: chama-se Partido dos Gatos Fedorentos, e tem como única linha programática manter a estupidez média do Português, abaixo da média, num nível de estabilidade médio de estupidez estável.
É uma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia, campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". A Mulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma voz individual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forte audiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros do Sistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA o Sistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode se entretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vai diluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornar agressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são o Sistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o Paulo Pedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se no espetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitude e extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos, como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos, o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Um dia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempo perdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" também poderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesma gaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de Mulher Alibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passo adiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.
Interessa-me agora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a um bando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais o pensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer no meio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias da massa eleitoral, em plena efervescência.
Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...
Para mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa, PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque o que realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro, são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar ao Poder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssima Ferreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência e do levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha a jeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso, nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e no Porto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempo em que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, e esse sonho está agora em risco.
Com Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras, desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, Contenções Orçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. Ana Drago tornar se á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosas irá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda a mamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, e que nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, de pessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta me uma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à porta da vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas a isto chama-re Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, para Portugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.

sábado, 12 de setembro de 2009

Campanha Eleitoral, no tempo do triste remendo em que Portugal se tornou



Criação KAOS
Dedicado ao Eduardo, justamente porque isto surgiu numa imprevista conversa noturna...

Começa hoje oficialmente essa porcaria a que dão o nome de "Campanha Eleitoral": antigamente, traduzia-se em lixo de cartazes e panfletos a esvoaçar pelas ruas. Hoje, é mais sofisticada e mentirosa: reduz-se a horas de "Photoshop", a tentar branquear focinhos, quando os grandes problemas estão, mas é, nas almas e corações.
É verdade que falámos antes destas sondagens, mas o Eduardo ainda acredita nalguns pais natais, e eu também, quando me convém: antes isso do que andar a dar na coca, como o Balsemão e o Miguel Sousa Tavares, ilustre caloteiro, que lá foi, há éons, para o Brasil, com duas golpadas de 500 "contos" -- era muito dinheiro, na altura -- e houve, contaram-me, quem nunca mais o visse, mas isso era agora só um devaneio. A verdade é que, no final deste mês, vai sair das urnas um governo minoritário, que uns querem crer ser do Agente Técnico de Engenharia José Sócrates, outros da Drª. Manuela Ferreira Leite.
Como já expliquei, não sou ferreira leitista, mas, curiosamente, e já que temos de discutir a coisa no nível do escatológico, ou seja, na pequena separação entre o fim do cólon e o princípio do esfíncter, Sócrates já nem nojo me mete, e Ferreira Leite é como tudo na vida: no dia em que isto se afundar, alguém terá de estar ao timão e há um mínimo de patriotismo em que devessemos evitar que um país que começou com um sonhador acabasse com um vigarista.
Os barões do PSD, misóginos, e capazes de trair o próprio partido para sustentar as suas miseráveis vaidades pessoais, são meninos para acender as tais velas negras, para que Ferreira Leite perca: ia ser um "day after" de penas escuras e sangue de galinha espalhado por todo o lado, e, sinceramente, a senhora, nos antípodas das minhas simpatias políticas, não mereceria isso: muito mais gozo me daria ver cair para o lado, com um buraco na testa, um Júdice ou um Proença de Carvalho, mas isso é só porque sim, coisas minhas, embora eu saiba que há quem perceba bem o sentido destas linhas.
O que discutíamos, nessa noite passada, é que a Man'ela lá ganharia, mas teria uma Maioria negativa, de "Esquerda", a servir-lhe o tempo todo, nas Cortes, de travão de mão.
Era isto que fazia o Eduardo chorar baba e ranho,
ora,
acontece que, depois de passar uns tempos a remoer na hipótese, fui assentando nalguns valores, algo excêntricos, mas que solucionariam esta espécie de nó górdio que todos os Portugueses sentem, ao pensar no Dia da Eleição.
No palco de idiotas e palhaços que têm ocupado o nosso cenário político, desapareceu qualquer tipo de valores e de verticalidade. De algum modo, vale tudo, e há prazer em exibir publicamente que tudo vale, como aqueles casalinhos de sexta a noite, em que ele deita o banco todo para trás, e ela finge que está a gostar do que ele lhe pede para fazer. Como na anedota da loura, há aqui muito da diferença entre "mamilo" e "mama". Para ela, o mamilo é onde lhe costumam chupar; para ele, "mama" é uma ordem, a quem ela deve, pura e simplesmente, obedecer. Sócrates pertence à segunda parte da frase.
Suponhamos, pois, um daqueles aldrabões das sondagens, a fazer o papel de Constâncio, e a tentar descobrir, muito perto da meia noite, para onde vão aquelas milésimas que decidirão o vencedor. No Cenário Sócrates -- deus nos proteja de tal... -- lá viria o Bloco de Esquerda a correr, uma espécie de Caster Semenya, com as tetas muito penduradas, mas os colhões todos metidos para dentro. Os estrategas do Aldrabão estão a apostar forte nisso, fingindo que o Bloco de Esquerda é o grande adversário do PS, para os palermas lá irem votar, crendo estar a fazer "oposição".
Era de emigrar, meninos...
O segundo cenário, mais provável, e que teria de ser lido, antes de mais, como o facto incontornável de que a repulsa levantada em Portugal pelo boneco de José Sócrates teria levado a vencer ancestrais aversões pela figura de Ferreira Leite, é a da senhora se apanhar com algumas décimas milésimas de vantagem sobre o Canastrão do "Freeport", o pseudo-diplomado, o ignorante das regras mínimas de convivência democrática, etc., mais um menino ao colo, chamado Maioria Absoluta, PS+PCP+BE, a fazerem-lhe o pleno das Cortes.
Por estranho que pareça, esta plateia de queijos limianos não seria à Direita que se iria esgatanhar, mas sim à "Esquerda", para começar, com o merecidíssimo chuto no cu PARA SEMPRE, de José Sócrates, e do seu bando de marginais e parasitas, e, mal assentasse a poeira, logo se veria. No Bloco de Esquerda há gente que, por promessas de Poder até no PNR se alistaria, e com esses votos, Dona Manuela poderia contar, nas maiorias "à la carte", consoante o tempero das leis. Portas seria dócil, até porque teve berço, coisa que a mior parte desta corja desconhece. O PS, na sua desorientação, sem ter ainda percebido como é que se podia ter passado de um extremo ao outro, pela estupidez, vaidade e falta de nível de uma só personagem, talvez limpasse o "Garrafão" que nunca diz "NÃO", e tentasse perceber que a salvação nacional passa, de facto, pela adoção, razoável, de medidas de fundo, que não agridam mais os Portugueses, mas se centrem nos profundos problemas de Portugal. Por estranho que possa parecer, o partido ainda mais disponível para uma desiqulibração destas, talvez se revelasse ser o PC.
O PCP, em Portugal, já não é um partido, mas uma tradição. Um bando de gajos que anda há décadas naquilo e que nunca mais de lá sairá. São valentes, e morrem pelas ideias. Como na Tradiçaõ, gosta-se, ou não se gosta, e invoca-se, ou não se invoca, consoante nos beneficie, ou não, e aqui começamos já a falar de posturas, e vamos subindo ainda, até chegarmos a um ponto que creio que poderia beneficiar a pálida, desgastada, secundária e apagada, Manuela Ferreira Leite, que é a de ter nível suficiente para perceber que num tempo de angústia, e acima de quaisquer divergências, terão de predominar as razoabilidades, e a isto chama-se, comumente, Razão de Estado. Um político que devolvesse ao Parlamento o lugar da decisão e a necessidade da negociação das muitas trincheiras, caso a caso da legislação, e forçasse convergências entre pensamentos políticos geralmente inconciliáveis, tornar-se-ia notável, e separaria, por inerência, todo o trigo do joio, talvez a maior reforma de que Portugal precise: a limpeza do lixo que prolifera na Assembleia da República e arredores.
Curiosamente, ao contrário de Sócrates, consigo ver Ferreira Leite a incarnar, com secura e minúcia, esse dificílimo papel de mediação: iriam caindo, que nem tordos, os baronetes do cor de laranja e todos os oportunistas dos rosas e dos "vermelhos".
Sim, eu sei que isto parece muita conjetura e gravidez nervosa de uma das nossas mais célebres parideiras, a Marcela quer morcela, e hoje apeteceu-me incarnar o estilo, o tom e a perfídia da dita cuja.
Também eu queria paz, e não termos chegado a este extremo, mas isto está mesmo muito difícil de arranjar. Hoje, deu-me para aqui, e escrevi assim. Dia 27, logo se verá.

domingo, 6 de setembro de 2009

Os novos pivots do Jornal Nacional

(Ela)





(Ele)

A TVI não perdeu tempo e depois de um exaustivo casting aos jornalistas estagiários que abundam lá pela redacção, escolheu, não um, mas sim dois, um casalinho de jovens pivots para substituir a Manuela Moura Guedes na apresentação do Jornal Nacional. A atitude poderá mudar, mas o estilo inconfundível mantém-se (para não descaracterizar muito, para o Jornal Nacional não perder tanto aquele carisma). A "Manela" que se cuide, pois tem dois substitutos à altura. O vídeo demonstra bem o quanto o jovem pivot se esforçou para agarrar tão ambicionado lugar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mais do mesmo!


"Se alguém esperava ficar "esclarecido" ou informado com os dez "debates" de televisão entre o primeiro-ministro e os chefes dos partidos da oposição (os partidos parlamentares, como é evidente) vai ficar desiludido."
(Retirado do jornal Público)

Top Secret!




(retirado do blog Do Portugal Profundo)

Manuela Moura Guedes enquanto último espasmo de botox do final do Regime


Imagem do KAOS

30 de Abril de 1945: "As tropas soviéticas tomam o edificio do Reichtag, e içam a bandeira da União Soviética em Berlim. Para os russos, este é o momento mais significativo da vitória. A esta hora, a pouco mais de 500 metros deste lugar, Hitler está a almoçar, pela última vez [...] Hitler almoça com as suas duas secretárias e o cozinheiro vegetariano. O criado Erwin Jakubek, recordou mais tarde que a última refeição era constituida por esparguete com um molho leve. Hitler fez novas despedidas, tendo dito a Gertrud Junge "Agora, as coisas chegaram ao fim". As tropas russas encontram-se a 500 metros da chancelaria e do abrigo de Hitler. Eva Braun abraçou a secretária e disse por sua vez: "Muitas saudades minhas para Munique. E fique com o meu casaco de peles como recordação. Sempre gostei das pessoas que vestem bem." O coronel Otto Gunsche está de guarda junto à porta da antecâmara que conduzia aos aposentos de Hitler. Nesta altura chega Magda Goebbels, que pede para falar com Hitler. Gunsche não a consegue persuadir e bate à porta. Hitler estava de pé na saleta, e Eva Braun, estava na casa de banho. Hitler ficou aborrecido com a intromissão e diz "Já não quero voltar a falar-lhe". Otto Gunsche sai dos aposentos. Ouve-se um tiro. Martin Bormann foi o primeiro a entrar no quarto, seguido do criado Linge.

Hitler estava sentado numa cadeira e Eva Braunn estendida num divã. O rosto de Hitler estava coberto de sangue. Havia duas pistolas. Uma delas era uma "Walther PPK" e pertencia a Hitler. A outra, uma pistola pequena que Hitler costumava trazer sempre na algibeira.

Niguém pronunciou uma palavra. Só na sala de conferências é dada a noticia: "O Fuhrer está morto".

16:00 - Os dois corpos são envolvidos em lençóis e colocados numa pequena depressão à entrada do abrigo, perto de um misturador de cimento. Deitou-se gasolina sobre eles, e depois lançou-se fogo"

Acho que Manuela Moura Guedes, para o bem e para o mal, está no imaginário de todos nós. Nos tempos de outrora, o marido serviu brilhantemente o Poder, enquanto gestor da televisão pública. Muitas águas correram desde esse dia, e aconteceu-lhe o mesmo que às mulheres de esquina: o Tempo tornou-as marias elisas, e o degradar das condições de informação no território português, sufocado pela máquina de intoxicação e "marketing" do Agente Técnico de Enegenharia José Sócrates fez-nos quase que esquecer ter havido um tempo de maiores liberdades.

De Manuela Moura Guedes relembro aquele breve interregno governamental, que teve Durão, Portas e Ferreira Leite à frente, e onde, de facto, começou a fase final do declínio português, e relembro-o por uma razão hoje quase apagada: a Manuela foi um dos rostos que mais contribuiu para a divulgação da situação de existência de uma Rede Pedófila infiltrada nos mais altos mecanismos do Estado. É verdade que não foi só ela, como poderão rememorar aqui, mas foi, enquanto memória, também ela, e isso paga-se caro, e bem caro.

Curiosamente, embora nos antípodas das minhas ansiedades políticas, senti que, por um breve instante, naquele período, parecia que a Justiça estava a funcionar, em Portugal. Segue de aqui um enorme abraço para o meu amigo, João Guerra, que nos devolveu, por momentos, a ilusão de que íamos ficar a saber, de vez, a porcaria que regia Portugal. Erros nossos, má fortuna, horror ardente.

A ingenuidade do Casal Moniz não era ingenuidade, e dizem mesmo as más línguas que o "Casa Pia" foi um excelente momento para derrubar o monopólio da Produção que a sinistra teia de Carlos Cruz detinha no setor televisivo. Como estarão lembrados, até as películas públicas tinham sido usadas por essa gente para filmar Pornografia e Pedofilia, ou seja, fomos nós que pagámos os infinitos milhões de Carlos Cruz, e Manuela Moura Guedes, com todos os seus tiques e insuficiências, foi, então, um dos corajosos rostos dessas denúncias.

Hoje, calaram a Moura Guedes, como vão calando tudo o que ameace pôr em causa o Crime que governa Portugal. É o margaridamoreirismo, em todo o seu esplendor, mas não se fica po aí, e invade todos os lugares onde a livre opinião se expressa. A nossa escala é outra, mas também já passámos por tudo o que era porcaria, infiltrados, censuras, calúnias, comentários de psicopatas, a típica figura do "troll", da mulher mal fodida, e até aquele espantoso mural, que agora antecipa "The Braganza Mothers", como sendo um potencial sítio de transmissão de vírus (!)...

É verdade: nós transmitimos o Vírus da Verdade, e isso desagrada a muita gente, desde a Maçonaria, o "Lobby" Pedófilo, as ressentidas da Opus Dei, a vérmina infiltrada, os invejosos, os dementes, e todos aqueles que, desde a Santa Inquisição, sonham com um mundo de ficções menores, em vez da pura e dura realidade, e que desconhecem existir o direito do "Outro".

A verdade é que há muito que me começou a faltar a paciência. Este texto é, evidentemente, de solidariedade para com todas as formas de Liberdade de Expressão, venham elas de setores alinhados mais à Direita ou à Esquerda, e, especificamente, dedicado a Manuela Moura Guedes: é-me totalmente indiferente, desde que essas ideias, justamente, não colidam com a possibilidade de expressão de todas as outras. Hoje, mais uma vez, presenciámos que ainda nos falta um longuíssimo caminho até à Maturidade da Opinião, coisa que criou, e tipificou, as sociedades avançadas, como, por exemplo, a Inglesa, onde é muito difícil fazer passar gato por lebre, e, quando querem que passe, dá direito a demissões ministeriais e quedas de governo, de um dia para o outro.

Como diz a fraquíssima Margarida Rebelo Pinto, "não há coincidências", e não há, e esta veio mesmo a calhar, para eu antecipar um texto que estava reservado para meados da Campanha Eleitoral: o heterónimo "Arrebenta", algures nascido nas caixas de comentários do "Expresso", onde pontificou, desde 2001, introduzindo a variedade e exuberância, e de lá corrido, em 2005, quando se atreveu a fazer campanha cerrada contra aquele horror que é Cavaco Silva, entendeu que tinha chegado ali o fim do seu tempo útil. Os seus leitores e apreciadores, entenderam o contrário, e ofereceram-lhe o Blogue Eleitoral "The Great Portuguese Disaster 1985-1995", cuja função findou com a desastrada eleição do Ogre de Boliqueime, sendo ainda hoje um um dos ossuários mais visitados da Blogosfera. Poderia ter aproveitado essa segunda deixa, mas, mais uma vez fui incentivado para avançar para o primeiro "The Braganza Mothers", que se afundou naquilo que de pior a natureza humana consegue produzir. O resto já vocês conhecem, e lá fomos sobrevivendo, no meio dos ataques, das sabotagens, dos insultos da canalha, mas sempre sustentados pela força dos nossos leitores, e dos adversários que nos respeitam como tal.

Enquanto autor do heterónimo, e a pretexto do episódio Moura Guedes, de aqui lanço um desafio e um ultimato: caso, nas Eleições de final deste mês, saia um Governo com esta aberração chamada Sócrates à frente, minoritário, amuletado pelo Bloco de Esquerda, a fazer o pino, de costas, de lado, ou pintado de ouro, não voltarei a escrever uma linha que seja. Você imagina-se a escrever num país governado por um cacique revalidado nas urnas?... Eu... não. Há limites para a paciência, e não me apetece andar a fazer de parvo para um povo que perdeu totalmente o respeito por si mesmo. Quanto a mim, há, felizmente, muitos mais lugares de diários exercícios de estilo do que andar a deitar pérolas a porcos. Enterro este meu Álvaro de Campos, e sigo para a minha paisagem de Caeiro.

Pois, talvez custe ler isto, mas é mesmo assim. Muito Boa Noite.



(Desabafo de quem anda farto desta merda de país, no "Aventar", no "A Sinistra Ministra", no "Arrebenta-SOL", no "Klandestino", no "Democracia em Portugal" e em "The Braganza Mothers")