quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pensamento de circunstância

O Povo é mole. Logo pode levar porrada à vontade sem partir.

Calamity Jane

Imagem by KAOS

Tenho andado naquela fase do no-pachorra-man, para televisões: hoje, caí no erro de ligar a SIC-Monhé, e apanhar com um gaja com alguns títulos promissores, a dizer que havia fome no Mundo, como se isso fosse uma coisa que um noticiário pudesse decretar, ou que tivesse assim caído, de um dia para o outro, para o pessoal ficar ainda mais assustado, e a começar a guardar bofes, tripas e chouriços, debaixo do colchão... Por mim, comi hoje entremeada, e felizmente que não estava ninguém do Bangla-Desh ou de Darfur a ver, porque acho que o próximo passo da estratégia de Bilderberg vai ser pôr os que ainda comem entremeada, a serem logo em seguida postos a ser comidos por aqueles que não têm nada para morfar. Avizinham-se tempos lindos: a Múmia de Boliqueime avisa o outro das cadeiras feitas à pressão para equilibrar as contas, como se equilibrar as contas fosse baixar o preço artificialmente subido da gasolina, do trigo, do arroz, e dessas coisas horríveis que as pessoas pobres são obrigadas a comer. Espero que isto não vá provocar um baque no preço do chocolate com trufas, que aí é que a minha dieta para criar estrias e olhos azuis, de boga, esbugalhados vai ao fundo. Nem quero pensar nisso, prefiro acabar ao pé do Louçã, a fingir que grito pelas vítimas da fome, defronte de uma posta de salmão fumado selvagem, e uma taça de Moët...

A montante, Manuela Ferreira Liete já sofreu as intervenções possíveis dos especialistas de imagem... não, não foram cremes, nem botox, nem pasta de pérola moída: aquilo foi mesmo com tosquiadoras, com martelos pneumáticos e com rectro-escavadoras, em força. Aparentemente, assim, do relance das primeiras páginas dos jornais, enquanto estava a engatar no Colombo, deu-me ideia de que lhe fizeram uma desmatação, tipo o que estão a praticar na Floresta Amazónica, e que repuxaram as crinas todas para trás, nuns ondeados que estão agora na moda, e que me fazem sempre lembrar, o Nuno Rogeiro, na fase terminal da Marquesa de Alorna, em que já fazia subir indiscriminadamente os mulatos ao quarto. Ora, ao desmatarem a Ferreire Leite, aconteceu uma coisa terrível: tudo aquilo que a floresta tropical húmida escondia ficou à vista, as rugas, as estrias, as olheiras, aquela estrutura facial, ditada pela Secção de Ouro dos Equídeos, as manchas de muitos anos de exposição às brumas do PSD profundo, e aquela horrível série de verrugas, que, imediatamente, aproveitaram para dar nas vistas, o Pacheco Pereira, a Marcela, cheia de tesão mental, o Rui Rio, com um cadastro de fazer esvaziar Vale de Judeus, mais uns tarecos que estão lá sempre, muitos deles, da Esquerda e da Extrema-Esquerda reciclada, que é a pior coisa que há, porque são capazes de passar uma estreita parte da vida a gritar umas coisas vermelhas, mas, quando toca a Sineta da Realidade, sentam logo as almôndegas no sofá mais próximo que está perto, e que, geralmente, é uma coisa das tias, mete crucifixos, brocados, reposteiros, rezas, morais e decências, tudo o que é o oposto do meu quotidiano e ideal de vida, que também tenho o direito, não é?...

Aquele repuxar das crinas da Ferreira Leite para trás só me faz lembrar quando descobriram Angkhor Vat, com aquelas carantonhas esfíngicas fabulosas, e trataram de tirar o mato todo, mas as marcas das raízes, os buracos que tinham aberto na zona de ciselamento das pedras, os desmoronamentos, estava lá tudo, como na cara da Ferreira Leite, com a pequena diferença de que a Civilização Khmer foi um ponto alto da História da Cultura, e a Manela não passou de um epifenómeno aqui da taberna, um Khmer Laranja, com ar de Civilização em fase de "rebajas", enfim, uma profetisa da Igreja Universal dos Saldos dos Últimos Dias, e com a caixa de esmolas bem controladinha. Para os mais esqucidos, devemos àquela carranca o primeiro grito de tarzona sobre o "Déficit", e recordo que foi a fase em que mais fiz o contrário e gastei tudo o que tinha e não tinha, só para chatear e as contas dela ainda ficarem mais desiquilibradas: lá terei dado de comer às fiadeiras da Dunhill, da "Richard's", da "Osklen", aos "resorts" do Brasil, às Editoras de Luxo Inglesas, Francesas e Americanas, e aos antiquários de Túnis e Fez. Foi uma alegria, mas a verdade é que começo a ficar preocupado: sendo o Português um povo masoquista, com sexualidade difusa, perturbada e mal assumida; sendo esta gente capaz de se lixar a si própria, desde que, com isso, a vida do parceiro se torne mais difícil, o que eu estou a ver, em hipótese, é um Vigarista da "Independente", sem Maioria Absoluta, em 2009, e uma gaja com cara de cavalo, a dar-lhe imediatamente a mão, e a fazerem a pior das coligações "ever", o Centrão, onde estão alojados 90% dos gajos que destruíram este país desde 25 de Abril, para poder pôr em ordem todas as políticas de contenção, mas a contenção do cidadão comum, claro, nunca, jamais, em incarnação alguma, a dos Grandes Interesses, que esses não se contêm, expandem-se, globalizam-se e oprimem, sem qualquer escrúpulo.

No fundo, o Português, votante e eleitoralista, de 2009, vai ser chamado à Emoção: na Manela reverá a esposa, como muitos gostam, masculinizada, autoritária e frígida, para depois poder ir para a rebaldaria com os amigos e as punhetas virtuais. O Português sentimental vê na Manela a esposa à altura que o Cavaco nunca teve, reduzido à sua fraca Maria corcunda, de chitas de Centro-Esquerda. Talvez tenhamos um "ménage", em Belém, o que não deixaria de ser interessante... Por outro lado, a nível de Governo, Sócrates/Manela seria o equilíbrio dos opostos: a masculinizada e frígida, em conúbio -- hymenaeus -- com o homem-senhora, destravado e com tendências histéricas. Talvez fosse maravilhoso, talvez fosse um belíssimo convite para a Emigração, no fundo, España não está assim tão distante, e ficava o Nuno Rogeiro cá sozinho, para apagar as luzes, depois de ter aviado, no seu avatar de Marquesa de Alorna, o último negrinho do "Rapto no Serralho".

Este texto é apenas metade do que tinha para escrever, mas vai ficar por aqui, porque o próximo vai direitinho ao Acordo Ortográphico, e a todas as benesses e inconvenientes que acarreta.

Obrigado pela atenção.

( Edição em forma de mesa-de-pé-de-galo, simultaneamente no "A Sinistra Ministra", "Democracia em Portugal", "KLANDESTINO" e "The Braganza Mothers" )

terça-feira, 29 de abril de 2008

"O partido que estava a ser abalado nos seus alicerces"


Estas palavras de Ferreira Leite, que se apresenta na corrida à presidência do partido a que pertence movida pelo "desânimo, descrença e falta de esperança" é um bom começo. De facto, há que partir para um novo projecto com uma postura motivada...
Bater no fundo, é tramado. E tudo porquê? Porque como dizia o outro "quem não sabe para onde ir, nunca mais lá chega".
"A questão que mais nos deve preocupar é constatar que perdemos credibilidade" diz a candidata. Mas, pergunto eu, como é que se perde aquilo que não se tem?
O seu "profundo conhecimento do partido"??? Mas será que ninguém avisa a criatura de que aquilo é um saco cheio de gatos a ver quem arranha mais?!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Perseguição selvagem e pidesca!




Por muito que António Nunes se desfaça agora em desculpas quando confrontado com aquele documento da ASAE que veio "incomodamente" a público, e que pretende um sistema por objectivos, ou seja, «cada inspector tem de detectar 124 infracções, levantar 61 processos de contra-ordenação, abrir oito processos-crime, fechar ou suspender o funcionamento de pelo menos seis estabelecimentos e ainda fazer duas detenções», estamos perante mais uma prova de como esta "polícia dos costumes" actua, as pressões a que cada um dos inspectores estão sujeitos e como consequência disso, o terror e o inferno que se instalam nos comerciantes que por muito que tentem estar dentro do quadro legal, o mínimo pormenor ou detalhe pode ser fatal e tornar um investimento, sabe-se lá com que dificuldades, numa tentativa frustrada e inglória, nesta luta desigual de dois pesos e duas medidas. É uma perseguição selvagem e pidesca! Já agora, uma pergunta que se coloca: Quantas inspecções aos casinos já foram feitas este ano para ver se a Lei do Tabaco está a ser devidamente aplicada?...

Um pequeno esclarecimento

Este blog é relativamente novo. Mas tenho constatado, (e não entendo bem o porquê), que já anda a fazer comichão e confusão a muita gente, que escondendo-se cobardemente sob a capa do anonimato, vão deixando comentários intimidatórios, pouco abonatórios e de alguma perversidade com que brindam certos membros do painel do Kl@ndestino, como se nos conhecessem de lado algum. Se pretendem com esta perseguição denegrir a imagem do blog e dos seus contribuidores, se pensam que nos fazem desistir deste projecto, estão a perder o vosso tempo. Eu da minha parte vou continuar a dar o meu contributo ao blog, dentro das minhas possibilidades. Aceitarei diplomaticamente e democraticamente quem me queira fazer uma crítica construtiva, mas jamais alimentarei diálogos com os dementes que ultimamente têm visitado a nossa caixa de comentários. Até porque a minha especialidade, e penso que a dos meus colegas também, não é a psiquiatria. Espero que tenha sido esclarecedor. E a propósito, a moderação de comentários foi activada pelo administrador do blog. Infelizmente temos a necessidade de nos defender e de poupar os nossos leitores a incómodos, a situações desagradáveis e tristemente doentias.

As escolhas do Marcelo

As escolhas do Marcelo
Publicado no Wehavekaosinthegarden

domingo, 27 de abril de 2008

O país do faz de conta

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Hoje, naqueles dias prolongados do "jour-de-lenteur", passei pela F.I.L., para ver o típico espectáculo do faz-de-conta nacional. É público que eu eu não percebo nada de carros, mas percebo perfeitamente que uma gaja enfiada em cima do "capot" de um carro é para tentar vender gato por lebre. Se fosse a minha amiga "Laura", aproveitava já para fazer uma escandaleira e era elementar: bastava dizer ao labrego-só-sorrisos do pavilhão, das duas, três: "olhe, quero o carro e a gaja"; "olhe, levo o carro e quero que me troque a gaja por uma "atençãozinha" no preço, ou, pior ainda, "levo a gaja e o carro não me interessa".
Portugal move-se em redor disto: Carros, Futebol e Gajas, e hoje era dia de plena assunção nacionalista, já que vinha tudo ao mesmo tempo, num pacote simplificado.
Eu costumo sentir-me mal nestes momentos, tanto que o carro de que mais gostei -- e eu não gosto de carros -- era cereja, e tinha, em cima, uma tronchuda que não valia um caracol, e não compreendo como se podem levar tantas horas de minúcia de "design", tanto estudo aerodinâmico, tanta engenharia mecânica de ostentação e economia, para depois enfiar em cima... aquilo. É suposto que a Natureza, no seu "Intelligent Design" -- teoria de que sou fervoroso adepto, desde que vi a Manuela Ferreira Leite, os lindos olhos de Mariano Gago e a Inês Pedrosa -- nunca devesse ter criado um obscuro objecto de desejo com bigode, celulite e uns cms a mais naquelas célebres medidas das "passerelles". Acontece que o Português médio é insensível a isso, como a tudo: para ele, uma mulher são duas mamas, sem volante, com um buraco, e, de preferência, com um grande cu: o bigode, obviamente, não conta, e não estou bem a ver os engenheiros daquele espantoso Alfa-Romeu a colocarem, sequer, a hipótese do modelo ter buço, mas isso para o Português não interessa, porque o Português de Lineu acaba por nunca perceber o que está a acontecer, nem é sensível ao que o rodeia: quando Neanderthal terminou, não deu por nada, e casou-se com Cro-Magnon, dando origem aos lindos espécimes que nos rodeiam; quando o outro bateu na mãe, não percebeu o que estava a acontecer, e pensou que eram só umas assinaturas, um chamar "cabrões" aos gajos do lado de lá da fronteira, e toca a andar; quando houve umas Rainhas enfiadas na cama com Espanhóis, acharam natural, já que o sonho de qualquer Português "d'époque", antes da maré das Brasileiras e das Pretas, era ter uma; quando D. Sebastião agarrou na tralha toda e vou para Alcácer-Quibir, toda a gente achou natural, e depois apanhou com os Filipes em cima; quando puseram uma mulher-a-dias como Rainha, dizendo que mais valia ser Rainha um só dia do que mulher-a-dias em forma de Duquesa toda a vida, também acharam que fosse um fenómeno natural; quando veio a Revolução Francesa, não perceberam nada, e acharam que era mais um pretexto para a Carlota Joaquina arranjar homens, e meteram os tarecos todos nuns navios semi-naufragados, e foram para o Rio de Janeiro, tentar conquistar o Uruguai; depois, mataram um Rei, e acharam que era uma coisa que só estava destinada a vir nas capas de revista; apanharam logo com uma Ditadura em cima, durante 48 anos, e pensaram que aquilo não era com eles, desde que ainda houvesse uma côdeazinha de pão, e um copinho de vinho; quando veio o 25 de Abril, ninguém percebeu o que estava a acontecer e os tanques até paravam nos semáforos vermelhos (!), porque o respeitinho é uma coisa muito boa; quando deixaram as colónias ao deus-dará pensaram que era um bocado como um divórcio, e depois até iam arranjar uma "gaja-mais-boa", para as substituir; quando Cavaco fez a P.A.C. -- um tal de Arlindo, se bem me lembro, que a vendeu em troca de 80 milhões de contos, e quer agora desfazê-la, porque parece que Bilderberg, com os bancos a especular no preço da Alimentação, nos vai fazer regredir até ao estado do arado e da charrua, e de roer cenouras e enfardar batatas -- toda a gente não percebeu o que tinha acontecido. Ele vai agora tentar explicar aos jovens, duvido é que eles entendam...; quando foram sendo assinados todos os tratados que tornaram Portugal uma zona ainda mais periférica da Europa, toda a gente achou natural, desde que houvesse carros, Futebol e gajas, até que, de repente, de há meia dúzia de anos para cá, quando começaram a perder os empregos, a ver os salários em plena derrapagem, a Corrupção a ferver, como uma panela de pressão, os Fundos Comunitários a esvaírem-se, e todos os males a baterem à porta, subitamente, tiveram ataques de sonambulismo, e toca de começar a votar no partido do lado, para fugir com o rabo à seringa: assim, fugimos do Cavaco, para cair nos braços do Guterres -- que nem era mau gajo, mas tinha uma corte sinistra --; depois, fugiram do Guterres, para cair no País da Tanga, do "Cherne"; depois, deram o golpe do baú, e foram-se entregar, em forma de rendição incondicional, nas mãos da pior coisa que Portugal já produziu.
Quanto ao P.S.D.m sou eu que não percebo nada: só vejo um camafeu, o Santana, em regime de paródia, e até lamento que, paródia por paródia, finalmente não ponham o Alberto João, para usar aquela boca gordurosa e desbocada, a insultar os "cont'nentais". A mim, pode insultar de tudo, porque adoro a adrenalina dos insultos, e acho que fazem falta no nível político a que chegámos. Infelizmente, para o ano, é esta nau desgovernada que vai ter de mudar as velas, se velas ainda houver, ou se não andarmos já no regime forçado das galés, 24 horas por dia de remo, como prevê o Novo Código de Trabalho.
(edição em forma de tripé de pitonisa no "A Sinistra Ministra", o "KLANDESTINO" e "The Braganza Mothers" - prometo que, com tempo, e quando o Braganza já estiver firme, farei textos diversos para cada um )

sábado, 26 de abril de 2008

Renascer

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Fica sempre uma sensação estranha: em 3 anos, já sigo no meu quarto blogue. "The Great Portuguese Disaster" desapareceu, no dia da eleição de Cavaco Silva: era um blogue finito, e eleitoral, e esgotou-se no acto da votação. Seguiu-se o primeiro "The Braganzzzzza Mothers", que representou uma real rotura com uma certa pasmaceira blogosférica, e acabou num acto de horríveis sequelas, que jamais descobriremos, na sua inteira polifonia.
"As Vicentinas de Braganza" foram o resultado de um momento de desânimo, e já era minha intenção, no 1º aniversário da sua fundação, que a equipa voltasse a vestir a camisola que a celebrizou. A vida dá estranhas voltas, e, por vezes, os que, por nós, só conseguem nutrir negatividade acabam por nos favorecer, pelo que reabrimos, dia 25 de Abril, em parto prematuro, mas oportuno.
Não é mau, é só uma sensação estranha: eu, abaixo assinado "Arrebenta", não passo de uma mera ficção literária e blogosférica. Várias vezes, pela noite dentro, e pelo mar afora, me questionei sobre quando se cumprirá a minha missão. Aparentemente, criei uma figura com uma aura mítica. A fama é-me indiferente, já que sou tímido, discreto e odeio o estrelato, mas compreendo o carácter de catarse que possa assumir a Escrita, e a Escrita é o começo da História, ou seja, da Tradição que se comunica por signos. Não sei quando terminará "The Braganza Mothers", nem qual o destino do... "Arrebenta".
Há três meses, ao inaugurar-se o ano que antecede as Eleições, pensei que o nosso horizonte de legitimidade fossem as próximas Legislativas: com uma vitória, altamente provável, de Sócrates e de todo o Sistema sinistro que representa, objectivamente teremos de admitir que falhámos, e reflectir, em conjunto, se valerá a pena continuar.
Talvez, nesse dia, por curioso que pareça, o "Arrebenta" se reforme, o mesmo "Arrebenta" que já fez a vida negra ao Governo do "Cherne", que picou as picardias de Guterres, que alterou, de vez, o clima amorfo que se vivia nas caixas de comentários do "Expresso on-line", o "Arrebenta", que não largou as canelas da fraude incarnada por Sócrates, e por aí fora. Convidaram-me para mais blogues, e aceitei, e só não aceitei para mais, porque não sou do género... honorífico. Por outro lado, não sei se terei tempo, nem paciência, para uma Segunda Maioria, ou uma palhaçada em forma de P.S.D., que se lhe suceda. Será um assunto para pebliscitar e eu aceitarei o resultado do oportuno Plebiscito.
Gostaria de ter contribuído para um Portugal melhor, aquele Portugal onde a Revolução dos Cravos não conseguiu penetrar na Máquina da Justiça, nem impedir que os muitos informadores da P.I.D.E. continuassem a ser informadores dos novos sistemas de denúncia e cobardia implantados. Aparentemente, falhado em tudo, sei que me tornei na companhia das noites de muito boas pessoas, que, atenta, e reverentemente, sentem melhoradas as suas vidas no humor, no acintoso e no certeiro do que escrevo.
É o meu único salário, e agradeço-lhes, sinceramente.
Hoje, parece, Cavaco estava muito indignado com a ignorância dos jovens sobre o 25 de Abril. Eu fico mais indignado com a ignorância dos jovens sobre Cavaco, mas cada um na sua: Democracia é mesmo isso.
Talvez tenha sido um sinal, mas as sombras que aí vêem pouco se compadecem com esse tipo de sinais.
A luta continua, mas não sei quanto mais tempo durará o cenário dessa luta.
De qualquer modo, obrigado pela atenção.
( Edição tripé, no "A Sinistra Ministra", o "KLANDESTINO" e "The Braganza Mothers" )

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Voe para "The Braganza Mothers"


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
"The Braganza Mothers" tornou muitos dos membros iniciais desta equipa como uma imagem de marca de toda a Blogosfera. Reunimos, debaixo de uma mesma bandeira, todas as sensibilidades e credos. Passado este tempo, senti-me, eu, o homem das leituras das coisas por cima e por fora, tentado a considerar os "Braganza" como um metablogue. Não é por acaso que, hoje, goste-se ou não se goste, a frase, "Liberdade e Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas", começou a fazer um sentido especial. Há quem não goste dela, como há quem não goste de qualquer tipo de Liberdade e apenas conheça a palavra "Servidão", "Obediência" e "Resignação".
Quero ser breve, e não vou voltar a águas passadas: os fantasmas são bons para andarem a arrastar correntes pelos corredores frios dos castelos escoceses. A mim, fazem espirrar. Prefiro ir na direcção do Sol, da areia e do Mar, dos espantosos Poentes e das brisas do final da tarde, do rumor das águas que ninguém contém.
A partir de hoje, agradece-se ao membros da equipa, que deixem de postar [neste espaço], e voltem à casa inicial. A todos os leitores, estamos, como sempre fomos e estivemos em "The Braganza Mothers". Podem deslocar os vossos marcadores. Pedimos desculpa pelo trabalho acrescido, mas, como sabem, não foi culpa nossa.
Todos os que ainda não aceitaram o convite, poderão fazê-lo nos seus emails, e voltar a postar, através da porta usual, http://www.blogger.com/.
Obrigado.
Vou agora apagar a luz nas "Vicentinas de Braganza", aliás, deixá-la acesa.
"Lux Aeterna".

Liberdade!


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mais um palhaço para animar o circo


Mesmo contrariando aquilo que ainda há poucas horas escrevi, mas como o meu amigo Raposa Velha diz e com razão: "... actualmente o PSD é fonte inesgotável de humor e isso é imperdível". É que de facto, desde candidatos desistentes a pseudo-candidatos, passando por candidatos a candidatos, tem havido de tudo um pouco. E isto é o reflexo do atabalhoamento, da confusão em que o partido está mergulhado. Começo a desconfiar que nem com um novo líder lá vão. Até porque não é o facto de mudar uma liderança que se operam milagres. As coisas são bem mais complexas. Mas vamos à razão deste post, e ela chama-se Pedro Santana Lopes. Segundo as suas palavras diz-se "pronto para o combate" ou que "já chega de andar por aí". Depreendo por estas mesmas palavras que o Menino Guerreiro quer candidatar-se à liderança do partido. É esta a razão pela qual não resisti em escrever sobre o PSD. Vamos lá então:

Não deixa de ser trágico-cómica a sua tomada de posição. O que é que este senhor, caso se candidate e hipotéticamente ganhe a liderança do partido, tem para oferecer ao próprio partido, ao país, aos portugueses? Não há necessidade de recordar aqui o seu historial político-partidário? Compreendo, por aquilo que se conhece do mesmo, a sua dependência de mediatização. E o melhor canal ou veículo para tal, seria defrontar Sócrates nas legislativas de 2009. Mas isso são interesses pessoais, não serão concerteza os interesses do partido. Achará Santana Lopes que ainda possui crédito junto dos portugueses? Achará que tem perfil para ser o rosto da oposição? Terá ele capacidade para enfrentar Sócrates? Ele diz que sim, e eu acho que, caso Santana Lopes venha a ser líder do PSD, o partido anda de cavalo para burro! O que é que Santana Lopes tem a mais que Alberto João Jardim ou Pedro Passos Coelho, por exemplo? É gritante como algumas pessoas não têm a noção do ridículo, que não percebam que já tiveram a(s) sua(s) oportunidade(s), mas que nunca passaram de um flop como políticos. Insistem em pavonear-se e não entendem que o seu tempo já passou e é hora de dar o lugar a outro, para bem do partido e da sanidade mental do país.

Assim urrava Dona Urraca

Hoje, mais coisa, menos coisa, pelo meio da tarde, Portugal deitou pela janela fora 800 e tal anos de História... não..., até vou tentar ser mais preciso, assim evitando o tom imoral dos emails daquela criatura inacreditável chamada Paulo Querido, e vou a um recurso virtual, neste caso, a carismática, embora contestável, "Wikipédia", cujo artigo, "et pour cause", sobre Portugal, é mais minucioso em Inglês (!) do que em Português. Então, assim sendo, em 23 de Abril de 2008, contando com os anos bissextos, perdemos, a contar a partir da Batalha de Ourique, em que Afonso Henriques achou que já era Rei, 318 009 dias de independência nacional.

O que um conquistou, de espada na mão, foi hoje entregue por dois dos maiores trastes que a nossa História produziu, e ponho-lhes aqui os nomes, para que os soletrem bem, Durão Barroso e José Sócrates. Nada ganhámos, excepto termos sido o Cenário dos Coitadinhos, em que a coisa se passou, um deplorável Teatro de Revista, tão capaz de passar isto como passar Maddies, que, doravante, nos remete para um destino ainda menor do que todos os outros: optar por oscilar entre ser uma região pobre de España, e uma pobre região española.


Nada disto é surpresa. bizarro é que tenham sido as chamadas "bancadas internacionalistas", aquelas dos amanhãs-que-cantam, e do insuperável Sol Soviético e suas derivações, a terem votado contra o Tratado de Bilderberg, também conhecido por Tratado de Lisboa. Oficialmente, passámos a ser aquilo em que já nos tínhamos tornado, uma multidão de gente com pouca cultura, a comer as migalhas da mesa dos ricos, futuros prestadores de serviços para turistas senis e ricos, e uma elite nacional, formada nos prostíbulos da Opus Dei e escolas e universidades afins. Não passaremos de uma bandeira de conveniência, como os pavilhões do Panamá, da Libéria, ou da enorme frota mercante, e sede de empresas, do Liechenstein: a estreita faixa de território onde TUDO se pode, e, impunemente, faz, excepto, claro, levantar a voz contra esse estado de coisas.


Não é novidade que aqui tenhamos falado de coisas estranhíssimas, para vocês, que ainda estão na fase de achar que é obra grande punir o tráfico do tabaco (?) ou os fardos de haxixe e coca, que altas horas da madrugada, vão dar defronte da Boca do Inferno, paredes meias com a Quinta da Marinha. Antigamente, fodia-se ali: com o "car-jacking", criou-se a mitologia de que aquelas rochas eram perigosas para dar "quecas", e são, já que esses desgraçadinhos, escravos da tesão fortuita da carne do momento, estavam a começar, com a sua sórdida actividade do mete-e-tira hormonal, a empatar a rota do sacar silenciosamente os sacos trazidos pelas lanchas e pelas marés. Coisa pouca, porque aí está aquilo para que, há muito alertámos aqui: Portugal está na rota do tráfico do urânio e do plutónio, coisa que, como podem imaginar, rende muito mais do que dez maços de "Davidoff"...


Eu sei que não gosta, mas LEIA, no canto inferior esquerdo:


Com este Tratado da Carochinha, no fundo, recebemos a derradeira folha onde ainda assinámos com o nome de "Portugal".


Se fizermos as contas a partir do Tratado de Zamora, ainda são menos do que aqueles hipotéticos 318 009 dias de autonomia, para o bem e para o mal, e com o Interregno dos Filipes pelo meio, o que vai arredondar as contas ainda bem mais para baixo.


Como disse a Quarta Classe de Jerónimo de Sousa, que, alguém, pela banda do "Blasfémias", se não me engano, disse que valia bem mais do que a "Licenciatura" do Sócrates, tornámo-nos meros cidadãos-espectadores dos enredos da "Europa dos Interesses". Interesses de Bilderberg, acrescento eu, vivendo no medo, com o Sistema de Ensino destruído, medievais e a mando de Oligarcas, e ao serviço de Plutocratas, ascéticos e punidores, debaixo de uma moral opressiva e de um quotidiano desgastante, meus amigos, vamos ser ainda ser mais "constancianianos", e vamos subtrair a esses milhares de dias de independência aqueles 10, ou 11, que Gregório XIII retirou, por bula, ao calendário, e ainda ficamos com menos tempo de independência.


No tempo do meu paizinho, avô e avoengos, e por aí fora, dava-se a esses cavalheiros o nome de TRAIDORES, e tinham reservada uma sina própria...


Boa Noite.


( Edição simultânea em "A Sinistra Ministra", "As Vicentinas de Braganza" e "KLANDESTINO" )

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Certificação de precariedade

A precariedade no trabalho "congela-nos" a vida.
Este link mostra-nos uma piada com muito bom gosto.
Já que há tantas certificações de qualidade que as empresas tanto fazem questão de exibir nas suas comunicações com o público acho que deviam adoptar esta também e divulgá-la em press release.


http://www.youtube.com/watch?v=hf34IRMPZng&eurl=http://pimentanegra.blogspot.com/2008/02/certificado-de-precariedade-para-as.html

Se quiser que a sua empresa também tenha este certificado, não perca mais tempo:
Mantenha trabalhadore(a)s indevidamente a recibos verdes, não renove contratos a "colaboradoras" grávidas, esqueça-se do direito às férias ou dos subsídios de Natal e de Férias, dê pulos de contente por saber que os trabalhadores da sua empresa não têm direito ao subsídio de desemprego, deixa o pagamento da Segurança Social por conta dos precários que explora na sua empresa e retire a palavra "folgas" do seu dicionário, et...voilá.

Vieira da Silva "inspira-se" no Livro Branco das Relações Laborais



Aparentemente parece que o Governo "acordou para a vida" e até o primeiro-ministro já acha uma "injustiça gritante" a situação dos trabalhadores a recibos verdes. Esta preocupação do Governo seria de louvar, e aqui tenho de desconfiar, se não estivéssemos a pouco mais de um ano das eleições legislativas, e, como todos sabemos, o desemprego e a precariedade laboral aumentaram para níveis pouco comuns, mesmo desesperantes, neste mandato de Sócrates. Portanto, e para os mais optimistas desculpem-me o cepticismo, não nos iludamos com este repentino e ilusório interesse do Governo. É esperar para ver...

terça-feira, 22 de abril de 2008

A questão n'As Vicentinas de Braganza

Passa-se n'As Vicentinas de Braganza alguma agitação quanto a censura. Creio no entanto que esta não será a palavra mais correcta, já que isso implicaria a subtracção ou alteração de conteúdos contrariamente à vontade do autor.

O próprio Blogger explica no ponto 16 das suas condições de utilização: «nós detectamos o número de vezes que um blog é sinalizado como repreensível e utilizamos essa informação para determinar quais as medidas a tomar. Tenha em atenção que os utilizadores podem clicar neste botão uma segunda vez para retirarem a sua sinalização.» Depreende-se que, possivelmente, o Blogger regista os IP de quem sinaliza o blog como sendo «repreensível» (expressão do próprio Blogger!). Assim sendo, há duas explicações para esta situação:
  1. um grupo de pessoas sistematicamente sinalizou o blog como sendo «repreensível»;

  2. a mesma pessoa repetidamente clicou no botão em causa mas usando diferentes IP ou, mais realisticamente, usando um IP anonymizer.
Se a situação 1 poderá ser encarada como aceitável sendo o grupo de pessoas não correlacionado, já o mesmo não se poderá dizer quando o resultado final for consequência duma campanha organizada, seja nos casos 1 ou 2. Nessa situação, não se está perante censura mas sim cobardia, já que quem discorda do conteúdo opta pela via fácil do automatismo em vez de explanar os seus pontos de vista, em comentário ou em blog próprio.

Penso, no entanto, que o ponto relevante nesta história toda, e noutras semelhantes, reside no próprio facto do Blogger ter decidido incluir esta funcionalidade na sua plataforma. A equipa do Blogger não quer rever os conteúdos, o que de resto seria impossível. Mas pretende que exista um mecanismo que lhe permita remover conteúdos publicados ou condicionar o respectivo acesso. Isto, sim, é censura.

Uma outra questão associada a este assunto é a dos próprios limites. Até que ponto se pode ser livre para publicar o que se pretender? Liberdade infinita não terá que arrastar consigo a responsabilidade infinita?

Defenestre-se

O Rei Sócrates

Para não dizerem que só aqui coloco tralha velha desta vez escolhi um original do nosso Rei Sócretino. Quanto ao texto, devido ao adiantado da hora, fica para quem o desejar fazer.

PS: Amigo Kl@ndestino eu bem avisei que não ia ter tempo para colaborar como gostava e como o blog merecia.

domingo, 20 de abril de 2008

O recado de Federer e o sorriso amarelo do ministro


O Estoril Open chegou ao fim com a vitória de Roger Federer. A partida ficou marcada pela desistência de Davydenko logo no início do segundo set, por lesão. Foi pena porque estava a ser um jogo bastante equilibrado, com o russo a dar grande réplica ao nº1 do mundo. Na entrega dos troféus, quando o speaker anunciou o nome de Manuel Pinho para entregar a taça a Federer, o ministro da Economia não se livrou de umas valentes assobiadelas. E Roger Federer também «lhe deu um recado». O suíço disse que uma prova como o Estoril Open já merece outras condições, já justifica um estádio! Ficou o recado dado, perante o sorriso amarelo de Manuel Pinho...

Nota Constitucional


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Estamos num tempo de alguma borrasca, e não só atmosféricamente. No calendário, aproximam-se datas críticas, e, para o bem e para o mal, a nossa intervenção na Blogosfera tem assumido um carácter determinante, naquilo que se poderia chamar a contra-agenda política, ou, tornando mais simples as palavras, continuamos a falar de tudo aquilo para que os Poderes receberam ordens para que se não falasse.
Ainda ontem, e estavam presentes várias figuras da Blogosfera, foi dito, por um convidado estrangeiro, que havia uma alínea oculta, no Tratado de Bilderberg, também conhecido pelo Tratado das Sardinheiras, ou Tratado de Lisboa, que, brevemente virá a ser ratificado pela Assembleia do Sim-Sim, também conhecida por Assembleia da República, ou se falava do papel futuro do Sindicalismo Tradicional.
Aparentemente, tem-se falado muito de Ensino, mas eu já tinha prevenido que o Ensino aqui era totalmente acessório: o que estava em jogo eram as diferentes frentes em que a contestação de rua, e os riscos de o Poder cair nas Avenidas, se apresentavam como iminentes. Os "posts" da Moriae e as revelações recentes do "Expresso" vêm na sequência do está previsto no Sinistro Tratado -- procurem-no, porque não me apetece -- onde se diz que "Os Sindicatos serão colaborantes" com os Governos. A Educação foi o primeiro pretexto conseguido, para libertar a panela de pressão da rua. Entendam, vociferem, reajam, insultem e reflictam, façam o que quiserem, é isto que eu penso e não sou o único.
A segunda parte, e aproveitando a plateia alargada destes três blogues, vem para um tema sobre o qual também já me pediram pronunciamento, mas tenho evitado fazer, dado não dispor ainda de todos os elementos, e geralmente só gosto de pronunciar uma acusação, quando, realmente, sei qual a proveniência. Trata-se daquela coisa do "Conteúdos-não-sei-quê" que aparece, sempre que se digita o endereço de "As Vicentinas de Braganza". Tenho de confessar que a minha primeira reacção, e para quem me conhece, foi a de dar uma gargalhada, mas isso sou eu, e as "Vicentinas" não são só eu, são mais pessoas, pessoas com obra texto, imagem e posição posta, ou que apenas ali estão, embora silenciosas, como sólido suporte humano. A resposta mais fácil era de essa parvoíce não passaria de mais uma das infantilidades do "Lixo Humano" , que até já tinha idade para ter mais juizinho -- por favor, para quem não sabe, ou já esqueceu, está lá tudo... -- e poderia ser uma resposta. Como sete vidas e milhões de interesses, confesso que um deles não é ler emails, e, ao tentar uma organização mínima do email ligado às defuntas "The Braganza Mothers", encontrei por lá dezenas de coisas, com meses, anos, que NUNCA tinha lido.
Foi um erro estratégico meu, já que as personagens, de certo modo, revelavam como eram e como actuavam. Se eu tivesse sido mais atento, talvez nunca tivesse acontecido o que aconteceu o ano passado.
Em conversa com outros Administradores do "As Vicentinas de Braganza" há uma posição consensual: a de acharem que a ser isto uma sequela de uma pessoa que não consegue desaparecer, e perceber que já perdeu qualquer significado no nosso horizonte, e no horizonte blogosférico, revela uma estrutura cada vez mais complexa e perigosa, pelo que não devemos remeter-nos ao silêncio, e, eventualmente pensar noutras estratégias de posicionamento. Vou explicitar: quando se apresentou, apresentou-se como uma pessoa que tinha pertencido a uma seita, sociedade secreta, a Opus Dei, que tinha traído e abandonado. Nesta fase do campeonato -- imagine-se -- já começámos mesmo a pôr em dúvida que a tivesse realmente abandonado, e fosse, mesmo, um agente dessa coisa sinistra, meramente posto em campo para identificar personagens. Se o não é, os métodos e processos continuam idênticos, tais como os explicita, no "post" de "The Braganza Mothers", que deverão visitar. Ali se mostra que quem trai uma vez trai muitas: trair não é um acto isolado, é como a vingança e a cobardia, revela todo um carácter... Pessoalmente, não tenho tempo nem paciência para isso, e acho que já fiz muito, ao reorganizar o meu email, juntando todas as peças desse defunto emissário na pasta "Messalina", que, aliás, aparecerá nas imagens que publiquei no "The Braganza Mothers". Agradeço que as VEJAM LÁ, -- têm de clicar nas imagens -- porque a ser essa a proveniência é um assunto só de lá, já não de aqui, nem de qualquer outro sítio.
Está lá tudo: a multiplicação das personagens, a usurpação de identidades, a perseguição sistemática e cega, a intervenção em nome de outrem, por todo o lado, para semear má fama, e criar discórdias, o procedimento cobarde, depois de papar uma missinha, para vir de alma lavada, etc...
Já tive oportunidade de, através da Administração-Geral, pedir uma intervenção sobre o assunto, como poderão ler, ou reler, AQUI.
Quando tive, ocasionalmente, de me cruzar com essa pessoa, obedecendo ao meu cavalheirismo, não sabia ainda estar perante alguém, tal como é descrito nas patologias, e passo a transcrever:
"Paranóia (do grego antigo παράνοια, "loucura", composto de παρα-, "desordem" e do tema afim a νοῦς "mente") é uma psicose que se caracteriza pelo desenvolvimento de um delírio crónico (de grandeza, de perseguição, de zelo etc.), lúcido e sistemático, dotado de uma lógica interna própria, não estando associado a alucinações. A paranóia não acarreta o deterioramento das funções psíquicas externas à actividade delirante. Estas duas últimas características a distinguem da esquizofrenia paranóide.
No indivíduo paranóico, um sistema delirante amplo e totalmente desfasado da realidade pode coincidir com áreas bem conservadas da personalidade e do funcionamento social do sujeito, pelo que a repercussão da paranóia no funcionamento geral do indivíduo é muito variável - a bizarria dos comportamentos do indivíduo depende do âmbito mais ou menos restrito do sistema delirante, pois a atitude geral é coerente com as convicções e suspeitas; por exemplo, quando o delírio é amplo, integrando todos os familiares ou colegas de trabalho num conflito prejudicial ao sujeito, as suas atitudes de defesa e/ou de vingança tornam-se tão inadequadas e graves que conduzem a graves defeitos pessoais e sociais. Os conteúdos típicos dos delírios incluem a perseguição, o ciúme, o amor (erotomania) e a megalomania (crença na própria posição e poder superiores). [...] A paranóia crónica pode resultar de lesões cerebrais, abuso de anfetaminas ou de álcool, esquizofrenia ou doença maníaco-depressiva. Pode também manifestar-se em pessoas com distúrbio paranóide de personalidade - pessoas desconfiadas e sensitivas que parecem emocionalmente frias e se melindram facilmente.
A paranóia aguda, uma crise com duração inferior a seis meses, pode surgir em indivíduos já com perturbações prévias da personalidade e que sofrem alterações radicais no seu meio ambiente - imigrantes, refugiados, recrutas no serviço militar ou jovens que saem de casa pela primeira vez. Em tais indivíduos, uma personalidade vulnerável e predisposta a um factor de intenso stress vivencial resultam em ruptura psicótica mais ou menos transitória.
Na paranóia partilhada, a chamada «folie à deux», o delírio é partilhado pelos dois parceiros. Trata-se geralmente de um casal no qual um elemento dominante e paranóide incute as suas falsas crenças no parceiro mais fraco, passivo e sugestionável.",
ou aqui
"Chamado, pelo autores franceses, de "insanité sans délire" (insanidade sem delírio) ou, pelos alemães, de "insanidade moral". O termo descreve indivíduos com marcado egocentrismo que não têm deferência normal pelas outras pessoas, manipulando-as, como quer seja necessário, para atingir seus objectivos. Suas armas são o charme, a sedução, a intimidação e a violência, usadas, assim, progressivamente, de modo cada vez menos sutil, no caso de as outras pessoas não se comportarem da maneira como o sociopata quer.
Existem graus muito variados de distúrbio de personalidade, que vão desde a pessoa considerada apenas "chata", "inconveniente", "patologicamente egocêntrica", até os casos de matadores e estupradores em série, passando por viciados, traficantes e seqüestradores, todos eles muito pouco preocupados com o bem-estar da sociedade.
Algumas pessoas consideram, erroneamente, o distúrbio de personalidade dissocial apenas como doença, quando, na verdade, nada é, também, mais próximo do conceito mais puro de "crime", pois o sociopata tem plena consciência e entendimento dos erros que comete. Existe, actualmente, um movimento nos meios jurídicos da Inglaterra no sentido de enfatizar o dano à sociedade que é tolerar esses indivíduos anormais, mesmo nos casos, muito freqüentes, em que a Justiça ainda não consegue caracterizar, formalmente, seus crimes e comportamento habitual altamente lesivo aos demais (Kendell RE, 2002).
Os sociopatas portadores de distúrbio de personalidade dissocial (freqüentemente chamados de "psicopatas", em sentido estreito) são exímios simuladores e manipuladores, conseguindo enganar mesmo alguns dos melhores peritos e escapar de promotores e juízes severos.
Os manicómios judiciários estão repletos de pessoas absolutamente normais, que, em uma circunstância severamente crítica, cometeram algum crime do qual realmente se arrependem. Enquanto isso, a sociedade convive com sociopatas muito graves que, usando de sua inteligência e manipulação, galgam, por exemplo, cargos públicos e profissões as quais nunca poderiam exercer (incluem-se advogados, juízes, promotores, médicos e professores de medicina).
A segunda hipótese é ainda mais lúgubre, e já a tinha levantado aquando do "Motoratas de Marte", o que foi mal interpretado, devido à falta de elevação das pessoas, mas isso foi ultrapassado: serviu-me de exemplo, e passei adiante: a de que, pelo seu carácter eminentemente impertinente, o espaço das "Vicentinas" estivesse a tornar-se realmente problemático. Nesse caso, estaríamos, não perante um caso de brincadeira dos nossos "inimigos", falhos de coisas mais imaginativas, mas, sim, de CENSURA, com todas as implicações dessa palavra.
Para isso, já temos, e já tínhamos -- e a reflexão já é antiga, não se deveu a este episódio isolado, porque há mais coisas a pairar no ar, e que não são de agora -- algumas soluções e propostas, que, brevemente serão apresentadas aos membros do Blogue, e, atingido um consenso, compartilhadas com os seus inúmeros leitores.
A única coisa que pedimos, neste instante, é paciência, como a que tiveram todos os que conseguiram chegar ao fim deste longo texto.
Obrigado, e desculpa, mas as coisas são para ser tratadas pelos nomes e nas ocasiões próprias.

sábado, 19 de abril de 2008

Com um "cromo" destes como braço-direito como é que Menezes podia ir a algum lado?

Deixo-vos esta pérola:




E ainda esta. Há momentos mesmo infelizes! Oiçam com atenção: "Cheira um bocado a condição africana"...




Na morte do Cónego Melo, estamos todos de luto: logo à noite, Lúcifer terá mais um conviva à mesa...


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
[Leia AQUI]

O lixo residual no futebol

O que se passa no futebol português é vergonhoso! A reunião de ontem na Liga de Clubes é um quadro perfeito da javardice e imundice em que está mergulhado o futebol, que fica a dever estes "magníficos" serviços prestados, exclusivamente aos dirigentes desportivos. Mais uma vez o presidente do Benfica quis ser um dos protagonistas, vestindo o fato (que lhe fica curto) do "bonzinho" que vai salvar o futebol português e fez o papel de papagaio de repetição do costume ao lançar para o ar meia dúzia de frases feitas em que o tema gira sempre em torno da suspeição, mas como é de seu apanágio, sem nunca chamar "os bois pelos nomes". Ora, isto teve o condão de levar o major Valentim Loureiro, que todos sabemos que é uma pessoa idónea, a amuar e a abandonar a reunião. Para mim o descrédito é tanto, que só me dá vontade de rir quando eles apelam para que as pessoas encham os estádios. Eu acho que hoje em dia só um palerma é que vai à bola! Veja-se o caso do Boavista, e este é só o exemplo mais mediático destes últimos dias. O Boavista corre o risco de fechar portas, pois está agora a pagar a factura do dirigismo mafioso do major, que não contente com o seu desempenho, o deixou como herança para o filho que levou à letra o célebre ditado: " Quem sai aos seus não degenera". Devido à crise que o clube atravessa, vulnerável a oportunismos e a oportunistas, entrou em cena um tal de Sérgio Silva, empresário, que qual santo milagreiro, se dispunha a injectar no clube 39 milhões de euros mediante certas contrapartidas. O Boavista com a corda ao pescoço, através dos seus dirigentes, escancarou-lhe as portas para "o mecenas" entrar e salvar o clube. Num último instante, os dirigentes do Boavista "abriram a pestana" e o "mecenas" em vez de entrar para história como o salvador, entrou para a história como o homem que foi levado pela PJ para interrogatório. Quando a Red Bull quis investir no clube, João Loureiro não o permitiu, pois a referida marca de bebidas energéticas exigia uma auditoria às contas do clube, queria uma parceria com o Boavista clara e honesta... foi barrada devido às suas boas intenções! Este, como referi acima, é apenas um em milhares de exemplos da decadência do nosso "futebolzinho". Não vislumbro nenhuma intervenção divina milagreira, até porque não acredito em santos nem em milagres. Pedir que o Governo interfira, misturar ainda mais a política com o desporto, é alimentar mais as relações de promiscuidade já existentes. Creio que nem uma ETAR consegue limpar os detritos, esses rejeitos do lixo que estão acomodados e alojados há demasiado tempo no futebol português...

Elogio do Marechal Pétain

Dedicado à Moriae, in angustiis
Há umas alturas do ano em que dou comigo, sozinho, pela rua, a cantarolar mentalmente um célebre "Nocturno" de Chopin, onde toda a tonalidade é instável -- a Opus 27, nº 1.
Hoje, nada parecia haver de especial, chovia, e eu, mais Chopin, divagava pelas minhas Prisões de Piranesi, a pensar no Marechal Pétain, esse resquício de uma era antiga, Herói de Verdun, mas que acabara por negociar com o Chanceler Hitler, uma pequena França, sem Paris -- mas quem quer Paris?... -- e sem "Liberté, Fraternité, Egalité", mas sim, "Trabalho, Família, Pátria", e uma discreta perseguição aos Judeus, coisa que sempre ficou bem a todos os regimes da História.
Para mim, fascista, tenho uma especial estima pelo Marechal Pétain, e pelas suas milícias, fortemente assestadas para atacarem a Resistência Francesa, "Maquis", se bem me lembro das histórias contadas pelo meu paizinho.
Pétain foi um homem generoso: manteve vivo o nome da França, enquanto Hitler instalava a sua demência por toda a Europa. Vichy, ainda por cima, tinha água, e já nisso ele era premonitório, porque toda a Guerra do Séc. XXI será em redor da água, e pensava eu nisto tudo, no meio de Chopin e da chuva sinistra. Pensava que o octogenário Pétain tinha tido todas as glórias da História e seria um exemplo para o Mundo, não tivesse optado por desistir da carreira justamente no nível do Marechalato, sem nunca lhe ter logrado atingir o topo, sim, aquele inalcançável cume... de Sindicalista, com que todos sonhamos.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quem o tramou, Dr.?


"A pedido de muitas famílias" divulga-se o contacto de e-mail do "falecido líder" mas não falecido homem, Dr. Luís Filipe Menezes: luis.filipe.menezes@gmail.com. Vou-lhe já enviar uma mensagem a perguntar quem o "tramou". "Bamo lá ber se de lá bem resposta".

Soberba! Vale sempre a pena recordar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Adeus PSD, olá Gaia!

Estive o dia inteiro à espera de uma notícia assim para escrever no blog. Finalmente aí está qualquer coisa digna que se justifique escrever umas linhas: Luís Filipe Menezes não aguentou a pressão e "arreou"! Menezes sai a tempo do PSD se reorganizar e fazer frente a Sócrates nas legislativas de 2009? O tempo já vai sendo escasso, mas tudo depende também de quem for escolhido para liderar os destinos do partido. Entretanto, o ainda líder do PSD vai solicitar ao Conselho Nacional que convoque eleições antecipadas para dia 24 de Maio, e como é óbvio, não se recandidata. Pedro Passos Coelho poderá ser uma boa opção para a liderança do partido, é jovem, e o PSD precisa de se renovar... De qualquer forma, seja quem for que vier a ser o novo líder do partido, terá que fazer um contra-relógio até às legislativas de 2009. Terá que num curto espaço de tempo demonstrar que é capaz de fazer uma oposição à altura de Sócrates, e preparar-se muito bem para na eventualidade poder aspirar a algo mais do que isso... talvez lá para 2013!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Les amis de Soares


Quis o Watchdog moer-me a paciência -- ele julga que ter sete vidas, mais precisar de foder regularmente, não me ocupa tempo... para eu comentar o texto, e eu comento, porque faço sempre o que me pedem, como qualquer submisso típico, e começo pelo comentário dele, que reza assim:
"Andava eu deambulando por essa (vastíssima) blogosfera afora, quando ao acaso acabei por "tropeçar" aqui e encontrei este documento histórico que abaixo transcrevo. Trata-se de uma carta de António Barreto dirigida a Mário Soares, precisamente um dia antes do dia 25 de Abril de 1974. Dada a sua preciosidade e atendendo ao apelo do autor do post para que este documento seja difundido, aqui o deixo, cabendo aos leitores avaliarem a veracidade ou não do mesmo:

«Querido Camarada Mário Soares,

Como te lembrarás, querido camarada, nas nossas reuniões secretas que tivemos com o camarada Duarte, tu vindo de São Tomé e eu de Genebra, num dos palácios que o nosso amado líder tem em Karlovy-Vary, essa bela estância balnear na Checoslováquia, onde tão bem fomos tratados e em boas farras nos divertimos (melhores as regadas a Pilsen que as de água carbónica com gosto a sabão que disseram serem óptimas para nos curarem o estômago dos excessos gástricos), ficou perfeitamente definida a estratégia secreta que Brejnev, em reunião do Politburo do PCUS, definiu para quando nós os três, os portugueses mais revolucionários, na crista do levantamento popular, com ou sem apoio militar, fizermos a revolução e tomarmos o poder.
Lembras-te decerto, querido camarada, que foi então combinado que eu devo, em data a combinar, aderir ao PS, a organização que tu criaste para servir de capa de fingimento oposicionista ao verdadeiro partido revolucionário, o PCP, e, uma vez ou outra, fazer o papel de adversário do camarada Duarte, na estratégia também secreta em que tu e os outros camaradas da direcção darão mais nas vistas. Nos tempos mais conturbados de conflitos entre as massas populares, uns pela revolução e outros pela contra-revolução, e caso o refluxo se avolume e a reacção decidir aguçar os dentes, tu, querido camarada, deves-me nomear ministro da Agricultura, para, em união de facto com o PCP, liderar um simulacro de ataque à Reforma Agrária, cumprindo um plano que é simultaneamente secreto e simples: eu mando a GNR ocupar as herdades colectivas e entregá-las aos antigos latifundiários, fazendo sempre antes, e caso a caso, dois telefonemas de aviso, um para a CAP e outro para o PCP. Assim, quando se der uma ocupação, encontram-se os soldados da GNR, os latifundiários e a célula local do PCP. Presumindo-se que todos irão armados para as ditas ocupações, teremos os mortos e os feridos que necessitamos para acelerar a revolução e justificar o célebre e secreto “plano x” que prevê a passagem à fase do terror vermelho no Alentejo e que, via Beiras Baixa e Alta, há-de levar à conquista do Norte reaccionário.
Sabendo das dificuldades de memória de que padeces, querido camarada, achei oportuno mandar-te este lembrete do nosso plano, que vai por carta em correio registado com aviso de recepção, não vão as massas populares resolverem de um momento para o outro libertarem-nos do fascismo e tu esqueceres-te da tua missão de me nomeares ministro da Agricultura quando a revolução tiver de ser levada às suas últimas consequências. Como sabes, revolução sem terror, com muitos mortos e estropiados, é, politicamente falando e como Lenine nos ensinou, uma espécie de coito interrompido. E nós, se somos revolucionários também somos muito homens e não fraquejamos no momento do orgasmo.
Viva a violência revolucionária!
Fogo na Reacção!
Genebra, 24 de Abril de 1974
O teu camarada sempre ao dispor para qualquer revolução
(assinatura com aspecto de ser legível)
António Barreto»
Ora a carta, tirando os orgasmos de cópula, que estavam muito na moda, por oposição aos organismo de cúpula, é perfeitamente falsa, excepto a presença de Soares em Karlovy-Vary (Cheirou-me a palácio, fui logo lá farejar, mas não me apeteceu pagar o acesso ao artigo, o Watch paga...).
Álvaro Barreto -- acho que também é do Grupo do I.S.C.T.E., vertente não-pedófila, é mais um dos situacionistas, a par de Júdice, Rebelo de Sousa, e outros do mesmo calibre. Nessa altura, quem mandava em Portugal era o ex-Chefe da C.I.A., Franco Carlucci, pedófilo acirrado, que transmitia as ordens de um dos Grão-Mestres de Bilderberg, Kissinger.
O tempo passou, Carlucci está um caco, e Paolo Carluccio faz o seu papel de agente, no Algarve, onde alicia rapazinhos, geralmente brasileiros, com a promessa de pagar 2000 € dia para "oi, quero tua pau agora, brinca com pau em mao eu quero leite em boca" (sic.), e eu já os avisei que isso, no mínimo, é para os levar ao "Velho", que ficou fortemente fragilizado com a crise do Casa Pia, ou para tráfico de órgãos, já que um "boa-noite-cinderela", chapado num pobre paulistano ilegal, ninguém vai dar por nada, e dá mais cinco anos de vida, por tuta-e-meia, a um cadáver judeu adiado, de East Upper Side.
Barreto, em contrapartida, continua em forma: vomita para o "Público", e é daqueles para quem este tipo de cenário é... amoroso.
Por mim, punha-o na prateleira, ao lado do Proença de Carvalho e do Soares, embora o Soares -- o Padrinho -- já esteja demasiado velho.
Quanto ao Watchdog... aprenda a datar e a identificar estilos, ou como é que pensa que eu faço com a senhora adúltera que teima em não largar o "Vicentinas de Braganza"?...

Hoje, um post em verde

geada

Cantas bem mas não me alegras (您是不是要找)



(in Público)

E você? Também vai "desinvestir" no Estado?

Este podia ser o claim duma próxima campanha publicitária.
Hoje lia num blogue que o que está a dar é "desinvestir" no Estado.
Não pedir facturas, não meter o IRS, fazer muitos PPR, muitos seguros de saúde (como diz fazer a grande querida Fátima Lopes no anúncio que agora anda a passar na TV), enfim um chorrilho de barbaridades de quem ainda não interiorizou, sequer vislumbrou, a ilusão neoliberal.
Deixo aqui uma sugestão literária (que não há nada como um bom livrinho para nos fazer voltar à terra) - "A Ilusão Neoliberal" de Ignacio Ramonet (doutor em Semiologia e História da Cultura e Catedrático de Teoria da Comunicação). Esta personalidade é também especialista em geopolítica e estratégia internacional.
"Xô" paranóicos do capital.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Antecipação do nosso triste fado

(cartoon do Courrier International)


Sem uma oposição credível a Itália volta a pôr, pela terceira vez, os seus destinos nas mãos de Berlusconi, oferecendo-lhe uma maioria absoluta... É o que nos espera também em 2009, baseando-me, é claro, na actual qualidade da oposição cá do burgo ao governo de Sócrates...

Memórias Kl@ndestinas

A Mascara

Lembro-me de ter feito esta imagem. Foi em Maio de 2006 e ainda andava eu a iniciar-me nesta coisa de fazer estes bonecos. Alguns deles que, à primeira vista podem parecer mais complicado de fazer, não o são podendo ser somente trabalhosos. Outros, ficam bonitinhos e são feitos em cinco minutos sem a menor dificuldade e com pouco trabalho. Esta imagem do Cavaco, foi na altura um desafio (a cor da cara, a consistência da máscara) e, embora hoje olhe para ela como algo de simples e até nem muito bem feita, lembro-me que me senti muito satisfeito com o resultado. É por isso uma recordação que aqui deixo para me lembrar que vale a pena tentar, que a experiência e o fazer torna o que numa altura pareceu complicado em algo que hoje sabemos ser simples. É por isso que acredito que nenhuma causa está irremediavelmente perdida, que não acredito que temos de seguir um destino traçado. Podemos aprender e podemos lutar porque o que hoje parece impossível amanhã pode ser uma realidade.

Breve nota sobre o Dia "D"


Sou pouco de militâncias, e geralmente deixo andar as carruagens até àquele ponto em que dou os meus célebres coices de caixão à cova.
A palavra "Sindicato" faz-me sempre lembrar a República de Weimar, e a Rosa Luxemburgo, e mulheres a preto e branco, com saias até aos pés, e uns gajos feitos em sangue na rua. Não se ouvem tiros, porque o cinema é mudo.
Desde então, o filme variou muito.
Acho Lurdes Rodrigues execrável, e duvido de que seja um ser humano, tal como eu entendo "ser humano": ela não passa de uma espécie de desenho animado maligno, e negativo, que, se tivesse qualquer ponta de sentimento, ao ver 100 000 gajos, na rua, a cantar o Hino Nacional, teria imediatamente dito, "demito-me, não porque abdique das minhas ideias, mas porque senti que a massa profissional a que as queria aplicar não as suporta, ou as rejeita. Outro que venha, e continue o meu trabalho, ou negoceie aquilo de que eu, por convicção, não posso abdicar".
Teria sido a sua derradeira hipótese de ter saído deste inferno de cabeça erguida, mas esses são os códigos do meu mundo, que, evidentemente, nada tem em comum com essa... criatura, nem com os seus sequazes. Para quem, nessa mesma noite, viu aquela cabeça de viuvinha, com uma fenda no lugar da boca, impávida, como se o Mundo se não tivesse desfeito numa só tarde, percebeu que não estava a lidar com ninguém no seu perfeito juízo: tínhamos, perante nós, uma tarada, e quem negoceia com taradas coloca-se exactamente ao mesmo nível.
Este meu juízo é quase alheio a lutas de docentes: é um figurino para quaisquer duelos sociais. Há pessoas que recusamos, e recusámos, de tal forma, que não é possível continuar a alimentar-lhes quaisquer esperanças de continuidade. Não são muitas, são raras, e Lurdes Rodrigues, como Sócrates, o Vigarista dos diplomas comprados, acabaram por se ter tornado em infelicíssimos exemplos disso.
Recorrendo à História recente, e menos recente, gente com esta catadura não teria resistido muito, nem, debaixo do sombrio consulado de outro ser insuportável, mas que já os teria posto na rua, perante tal pressão social, e falo de Cavaco, figura que execro, quer hoje, em que está velho, quer enquanto Primeiro-Ministro. De Salazar, já nem falaremos, porque há muitos os teria chamado para uma conversa privada, e dito "os senhores não reúnem as condições para poder continuar..."
Portanto, no meu sistema de valores, Lurdes Rodrigues, Valter Lemos e José Sócrates já há muito são meros cadáveres, que aflitivamente persistem em deambular pelos monitores de televisão.
Os Sindicatos desse sector, em contrapartida, mole heterogénea -- e como a Sinistra Ministra muito bem entreviu, em muitos casos, incapaz de cumprir as suas funções docentes, portanto, refugiada em pseudo-poleiros de contestação -- mostrou agora o que já toda a gente sabia: têm preço, e são capazes de se casar por conveniência, e casaram-se com a pior noiva do Mundo, e até vão passar a dar ração ao seu caniche Valter.
Estava a lembrar-me de 100 000 pessoas, por acaso da fina flor das habilitações académicas deste ajuntamento de gente, que ainda persiste em ter o nome de "País", a cantarem o Hino Nacional. Estavam, em coro, a dizer o que, qualquer ouvido decente, numa nação decente, de um tempo decente, imediatamente deveria ter compreendido: há cabeças para rolar, e vamos fazê-las rolar, antes de que a coisa expluda. Nesse dia, num óptica técnica, Valter Lemos e Lurdes Rodrigues faleceram politicamente.
Quanto aos Sindicatos casaram-se agora e casaram-se bem: casaram-se, para defender os seus interesses, não os das classes que pretendiam defender. 100 000 pessoas é muita gente, que não saiu à rua para agora ser hoje açaimada por um bando de gajos com tão pouco pudor como a Senhora com quem acabaram de contrair matrimónio.
A minha proposta para o Dia "D" é, pois, elementar: 100 000 -- tal é o estado de decomposição do Estado -- não foram suficientes para erradicar o Cancro da Educação, pois, então, vamos começar por erradicar outros cancros, que talvez tenham muito a ver com o mal-estar e a má fama de certas classes deste país: amanhã, Dia "D", os docentes sindicalizados deveriam abandonar, em massa, as associações que alardeiam defendê-los, e agora se acasalaram com o Tumor. Se não foi a Ministra a cair primeiro, pois que antes caiam os Sindicatos, e depois vamos ver o que esse Poder apavorado e titubeante fará, sem Sindicatos, e com 100 000 vozes a cantar em uníssono, debaixo da janela, um épico guerreiro, chamado "A Portuguesa".
Boa noite.

(Edição simultânea em "A Sinistra Ministra", o "KL@NDESTINO" e "As Vicentinas de Braganza" )

segunda-feira, 14 de abril de 2008

9 contra 8






Um bom exemplo, descomplexado, aqui ao lado no país de nuestros hermanos: o novo governo de Zapatero é composto por nove mulheres e por oito homens. Para além das mulheres estarem em número superior, é de salientar ainda que a ministra da Defesa está grávida. Esta superioridade rebenta com qualquer escala da Lei da Paridade...

A Carta de Guantánamo


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS, e dedicado ao Kl@ndestino
Eu sei que muita gente andava por aí ansiosa para que eu falasse da carta que o condenado à morte de Guantánamo escreveu à Morgada de Vilar de Maçada. Todavia, a minha avózinha, grande blogger do Estado Novo, ensinou-me que NUNCA se deve fazer um "post" em dias 13, de maneira que este vai mesmo no primeiro minuto do dia 14...
Toda a gente sabe, desde Fernando Pessoa, que todas as cartas de amor são ridículas, não fosse Gertrud Steiner ter depois dito que a "letter is a letter a letter a letter a letter..."
Quanto a mim, tudo depende do contexto da "letter": se fosse recebida num banho turco de um "Clube Seven", antes de uma jantarada no "Eleven", e durante um valente Sessenta e Nove de heterossexuais passivos e musculados (é maravilhoso como os números regem toda a nossa vida, não é?...), dizia eu que se isso ocorresse num Clube Sauna Gay, a primeira interrogação seria se o talibã era "bom" ou não era "bom", já que ninguém, no seu perfeito juízo, vai interceder por um gajo com aspecto de andar a arrumar carros defronte dos Pastéis de Belém, depois de ter dado meia dúzia de pistas falsas à Felícia Cabrita...
Felizmente que o nosso Primeiro-Ministro frequenta outros colos, e mantém aquela relação íntima e duradoura com Fernanda Câncio, um dos nosso arautos dos direitos das minorias, quando lhe convêm, como diriam os velhos do Restelo.
Quanto a mim, a Carta de Guantánamo é mais um "fake", como o telefonema de Alijó -- feito por nós -- e o Vídeo da Adozinda, posto na Net por um professor, só para queimar a Ogreza da Educação. Guantánamo, desta vez, e por esta ordem de ideias, seria uma areia movediça, para que Sua Excelência dos postalinhos da "Independente" se atascasse ainda mais do que já está.
Felizmente que o nosso "Prime" frequenta os colos de uma profissional de defesa das causas minoritárias, e vamos vê-la, desta vez, ao invés de andar a perder-se, em causas regionalistas e desinteressantes, a empenhar-se numa luta de projecção mundial. Resumindo, mal receba a carta, Sócrates deverá enviar a sua Condollezza Câncio imediatamente para Cuba, não para Varadero, mas para o Campo de Abate de Guantánamo, onde os Direitos do Homem, como diria Husserl, sofreram uma "époké", indigna do séc. XXI, pois, mas, como se sabe, a Tortura não é permitida em território americano de raiz, e foi assim exportada para países produtores e colaborantes.
Está no direito dele, e Sócrates no seu, ao enviar a embaixatriz Câncio. Ora, acontece que uma comitiva destas, quanto mais aprimorada for, melhor para nós. Câncio deverá levar consigo a enérgica Ana Gomes, que, esperemos, não vá na fase de rebentar com os balões do teste da operação stop, ou... pensando bem, até pode ir com a alcoolemia no sítio, que uma uma mulher bem bebida fala sempre mais alto do que uma desgraçada a quem extinguiram o posto de trabalho na Retoma Portuguesa.
Obviamente, faz falta um jurista de talento, pelo que Proença de Carvalho, honesto e homem de excelentes causas, deverá integrar o séquito. O Cherne poderá ir, como mascote, dentro de um aquário. Finalmente, para que não se diga que vão só mulheres, talvez a Dina, que ultimamente anda muito sumida, pudesse vir a dar um toque de charme, cantando o Fadinho da Desgraça, numa embaixada deste género.
Decerto que, desde Leão X , não se verá representação externa mais ilustre...
( Edição comemorativa, com dois exemplares numerados, no KL@NDESTINO e nas Vicentinas )