terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ó, Albino Almeida, põe-me uns binóculos, e atualiza-te para o real desastre que hoje é a tua querida... "Família"!...

Imagem do KAOS
Para quem me conhece, sabe que sou bem-humorado, detesto preconceitos e sou tolerante, mas, quando embico com um qualquer quisto, ai do quisto!...
Durante meses, ouvi falar desse Albino, mas pensava que era algum treinador de Futebol, e não percebo peva de Futebol, até que me disseram que esse gajo era... Pai, enfim, pais são como os chapéus, há muitos, mas este era um pai especial, meu deus, o que será ser filho de um gajo com ar de agente auxiliar de uma Agência Funerária)..., e é por isso que as crianças crescem cada vez mais infelizes, complexadas, e esmagadas por superegos que nunca chegarão a entender.
Hoje, durante mais uma das greves bem sucedidas, que haverão de levar a Lurdes a afocinhar no chão, "en passant", pela televisão, antes de ir a mais uns saldos do "El Corte Ingles", comecei a prestar mais atenção ao destaque que se dava a essa figura, algo secundarizada, e que é o "pai", ou a "mãe", conforme queiram. Acontece que, muito para lá de tudo o que se possa pensar, ambas essas figuras são o fulcro do atual problema educativo, não querelas entre docentes e uma ministra deplorável, porque o que sucede nas escolas não é mais do que o posludium do que vem herdado de casa.
Para o Senhor Albino, desde já, um comentário à maneira: acho que tem cara de sacristão das arcaicas crendices de Fátima, e os "sacristães" não procriam, ou se procriaram, violaram o voto de castidade.
Pronto, já mordi, passo adiante, e vou debruçar-me sobre aquilo que, exaltadamente, o fariseu clamava deverem ser os "serviços mínimos das escolas".
Portanto, eu vou-lhe retorquir, já que é tão normativo e interveniente, com o que deveriam ser os serviços mínimos da Família, que ele tão quixotescamente pretende representar:
1) Casa casal devia, antes de trazer algum filho ao Mundo, apresentar uma Carta de Procriação, onde tivesse passado, em teste e exame, e que indicasse estar em condições de procriar, para evitarmos as Esmeraldas, as Maddies e as Joanas deste mundo, pobres desgraçadas, filhas da pior ralé humana que a espécie já conheceu.
2) A Escola é um lugar de formação, não um refeitório, pelo que, antes de enviar o seu filho para a aula, se deve assegurar de que vai convenientemente alimentado. Se não pode, informe a instituição, e cada docente deverá ser avisado de que tem defronte de si um pobre ser humano, a quem a crueldade, ou impotência, familiares, ali despejam, para que a "malta se desenrasque". Sr. Albino: Nenhuma criança alguma vez poderá aprender o que seja, se estiver com fome.
3) Sr. Almeida, vá de porta em porta, e impeça as famílias desestruturadas de despejarem os seus filhos na Prateleira de Costas Largas do Ensino: verifique -- essa é a sua função -- se as crianças não são torturadas, violadas e abusadas em casa. Sabe que são atirados para a Escola putos que sabem que a mãe se prostitui, o pai está preso e o padrasto se droga, e o espanca?... O Sr. não sabe, mas o professor sabe, e também quer ser avaliado, por esse tremendo e surdo trabalho social que desempenha e lhe não incumbia. Caso o desconheça, Sr. Almeida, esse pronto-socorrismo social não vem nos parâmetros de "Excelência" da incompetente humana, que tutela a Educação. Nem isso, nem coisas piores, que não me atrevo a pôr aqui, para não maldispor os leitores.
4) Sr. Almeida, faça um levantamento dos livros e recursos culturais que a criança tem, ou não tem, em casa: evite que o docente tenha de lidar com autênticos "meninos-lobo", que nunca viram um livro, cujo único multimédia foram infinitas glorificações dos analfabetos do Futebol, e cujo horizonte existencial e linguístico é o quotidiano "ha dem" da mãe e o "caralho-foda-se", do pai, quando está a olhar para os calções transpirados de
5) Sr. Albino, pergunte, em cada casa, quais são os hábitos de higiene das suas... "Famílias". Garanta que a criança não é ostracizada pelos colegas, por dizerem que tem... mau-cheiro. Pode acontecer que o primeiro banho que tome seja na escola, e a escola não tem recursos para dar banho a todos os que se sentem humilhados, e tem de erguer uma permanente barreira de defesa deles, que também não faz parte dos "excelentes" e das quotas.
6) Sr. Almeida, sabe que há alunos que foram excluídos de todas as instituições, e caem em estranhas escolas-alvo, onde os professores são forçados a desempenhar o tal papel dos psicotutores, de que a Finlândia tanto se orgulha, mas que não são objeto, cá, de qualquer preparação prévia?... E sabe por que é que as pessoas se têm de tornar em tutores e ser pais alternativos?... Porque as famílias, ou não prestam, ou não servem. Peça-lhes avaliação por esse trabalho, e exija serviços mínimos no... Lar.
7) Sr. Albino, sabe que há alunos que utilizam, com a maior familiaridade e frequência, o pior calão e os tratamentos mais violentos?... E sabe de quem é a culpa: da família, onde o tratamento corrente é de "cabrão" para cima, e de "puta" para baixo. Não sabia?... Deve ser por frequentar famílias de rodoma de vidro. A maior parte dos professores deste país frequenta famílias reais, e filhos provindos de famílias reais, que soltam constantes palavrões, porque esse é o romance corrente dos seus ambientes familiares. Vá lá a casa, e peça aos pais, que adorarão ser filiados no seu clube de exceções, serviços mínimos de educação. Se apanhar com um taco na testa, não se espante.
8) Sr. Almeida, sabe que muitas vezes os meninos se voltam para o Professor e o ridicularizam, dizendo, "você não acha que anda a perder o seu tempo aqui, a ganhar uma miséria, quando o meu pai, numa noite de tráfico, tira o que você saca num mês?..." Vá lá a casa e diga a esses pais que o tráfico de droga não é uma atividade socialmente venerável.
9) Sr. Almeida, quando ouvir um pai reclamar que as greves são um escândalo, porque não têm onde deixar os filhos, vá lá a casa e grite-lhes aos ouvidos que o ambiente familiar tem de ter reservas e sistemas de acolhimento, a chamada Estrutura Familiar, porque as escolas não são depósitos de corpos, são espaços de convívio de gente em idade e emotividade frágil, não prateleiras para famílias que se esqueceram da palavra "amor", "respeito" e "educar". Se não conseguir nada, peça para a SUA Ministra colocar como parâmetro de avaliação o "entreter" meninos. Antigamente, essa função era atribuída a palhaços e o único que eu vejo neste processo é, curiosamente... você.
10) Pobre Albino: sempre que você receber na sua sala um aluno de ténis rotos e jeans fora de moda, e o vir ser gozado pelos colegas, vá ter com a família e pergunte por que o vestiu assim. Se se lhe depararem grupos familares a viver abaixo do limiar da pobreza, deixe-os em paz, e dirija-se diretamente a esse Governo Torpe, de quem você faz tão bem o papel de Comissário, como os havia nas ditaduras de Leste e Oeste, e que tornou Portugal num abismo de Muito Ricos e Muito Pobres. É o professor que tem de perder tempos infindáveis a reequilibrar estes grupos potencialmente explosivos, tempo no qual não ensina, protege o desprotegido e que, curiosamente, também não entra para a Aavaliação. Tempo de gente muito mal paga para evitar que a Sociedade expluda logo ali, no limar dos 5, dos 6, dos 10 dos 11, dos 15 e dos 16 anos.
11) Miserável Almeida -- não te importas que eu te trate por tu, pois não?... -- faz assim: sempre que te chegue aos ouvidos que os alunos vão armados para as escolas, faz o teu papel, e vai, de porta em porta, revistá-los, um a um, com detetores de metais, para evitar que tenha o professor de ser ameaçado nas aulas, os colegas assaltados e um clima de "gang" a instalar-se num espaço que a grande tradição sempre viu como algo próximo de um santuário, mas que a incúria das tais famílias que tu descinheces e da destruturação social dos Governos das Donas Lurdes e afins permitiu que se transformasse num mero antro de facadas.
12) Obsoleto Almeida: vai de porta em porta, e pergunta por aquelas famílias que preferem andar a feijão e arroz, para que os meninos possam ter os seus fins-de-semana de álcool, droga e discoteca garantido, para entrarem, segunda de manhã, em tal estado que passam as aulas a dormir, ou com "feedbacks" de pastilhas e LSD, que chegam a nem perceber estar em calsse. Vai à porta dessas famílias e exige-lhes os serviços mínimos de Família. Se não cumprirem, põe-nas, caso a caso, em Tribunal: é um favor que fazes a 140 000 afrontados.
Não vou ao 13, porque o 13 dá azar: isto é só um prolegómeno de tudo o que tinha para te despejar em cima, Albino Almeida, e sabe que, quando eu ataco, é mesmo de fugir. Pensa que até estou a a ser simpático contigo, e que o teu conselho 13 é hoje substituído -- "surprise!..." -- por uma bonita imagem: sou eu, a ver em ti uma barata rastejante e servil, a quem hoje me deu para pôr o calcanhar em cima, para te acabar com tanto sofrimento. Dizem que as baratas podem transmitir maleitas, e eu não queria que os alunos de Portugal, do mais pobre ao mais rico, adoecessem, só pela causa do teu insistente rastejar.
Albino: vai-te catar!...
Muito Boa Noite.


(Pentagrama mata-baratas, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mais do mesmo, mas em clima cada vez pior

Imagem do Kaos
É para mim, criador, extremamente entediante ter de andar sempre à volta do mesmo. Já não me lembro de quando isto começou, mas, até onde a memória me acompanha, vem do tempo em que se associou o nome de Portas à "Universidade Moderna": o outro declarou que pagava, sem passar recibos verdes, ninguém se demitiu, instalou-se um impasse sociale judicial, que se foi agravando, e, desde aí, não houve descanso.
Há, hoje, na Sociedade Portuguesa, uma sensação generalizada de que as Leis são só para quem não pode fugir-lhes e quem as faz já as faz de modo a poder ficar impune.
Num Estado Civilizado, o poder oculto de um político não o pode levar ao ponto de se fecharem universidades, para evitar que as provas sejam revistas e revistadas. Em Portugal, pelo contrário, já fecharam duas ("Coisas horríveis, tráfico de mulheres e de armas", dizia o Reitor Xexé, da "Moderna", e toda a gente achou... natural), e a "Independente" também, não se fosse descobrir a verdadeira parideira de Diplomas Farinha-Amparo que lá funcionava a pleno vapor...
Já não vou bater nessa tecla, acho que as decisões do destino do País passaram das mãos dos Políticos para as da Intervenção Cívica: cada um só pode contar consigo mesmo e com todos os que arregimentar em seu redor, e o Inimigo está, potencialmente, em toda a parte, ponto final.
No meio disto tudo, numa sociedade saudável, a Pasta da Educação deveria ser a pasta exemplar: toca na tutela de uma faixa etária onde a formação e os bons exemplos -- o Fascínio, com "F" grande -- são fulcrais. Os bons exemplos têm de vir de cima, e, "de cima" começa no topo, se entretanto não se alterou a Geologia do Mundo, por decreto-lei.
De Maria de Lurdes Rodrigues só se conhecem indecências, e eu vou começar mais atrás, mas, peço desculpa, neste momento, já não é uma mera questão do habitual tiro-aos-patos que pratico contra todo o Poder corrupto, mas algo que migrou para o patamar da indecência pessoal, coisa que me custa, como humano, a suportar. Eu explico: muito antes de alguém ter ouvido falar dessa avantesma, já o nome me era familiar, é só fazer as contas de cabeça, mas eu sou bastante mau de contas de cabeça... digamos... 10 anos. Há 10 anos, no acompanhar de uma Tese de Doutoramento de uma das minhas mais antigas amigas, a qual versava, e versa, a Tipologia Metalinguística das Profissões Técnicas, foi normal que ela procurasse o contacto dos maiores especialistas na Área. Como consta do seu currículo, a Bruxa da Educação tem uma obsessão por Engenheiros, de onde foi normal que, no meio de todas as cartas enviadas aos especialistas das "Hautes-Écoles" francesas, também seguisse uma para a mulherzinha, que, em Portugal, tratava do tema. Não vos vou espantar se vos disser que todas as missivas receberam resposta, exceto a endereçada à... Dona Lurdes: era-lhe insuportável que alguém andasse a fazer uma Tese na Sorbonne, e ousasse dirigir-se a tão alta luminária do I.S.C.T.E., casa de gente duvidosa e de pedófilos mal-esclarecidos.
A tese foi feita, "cum laude", e já faz parte da História; a Lurdes, pelo contrário, reapareceu no cenário das misérias da República, e não deixo de confessar que foi com espanto que ouvi o nome de tal... coisa para uma das pastas-chave da Nação.
Educação e Cultura, aliás, têm, em Portugal o peso devido à Cauda da Europa: qualquer incompetente as pode ocupar, que ninguém dará pela diferença. Para mim, pelo contrário, dão imediatamente o tom do Governo, e seguem dois exemplos: quando soube que Carrilho ia para a Cultura de Guterres, disse logo "é coisa que vai romper por aí, em dois tempos..."; Lurdes Rodrigues, na Educação, deu o que deu, e ainda vai dar pior, porque, como já várias vezes chamei a atenção, Lurdes Rodrigues é a mera fachada de uma espécie de "matrioskas", que estão dentro dela. Tem a particularidade de ser uma "matrioska" geometricamente impossível, porque, quando a abrimos, saltam, lá de dentro, não figuras menores, mas maiores, e cito, assim, de cor, duas, que particularmente me repugnam: Mariano Gago e Cavaco Silva. O segundo, como é sabido, tem paixões mal escondidas por mulheres obtusas e com tiques autoritários; o primeiro, infinitamente mais tortuoso, é o Homem da Sombra, aquele a quem Lurdes Rodrigues se dirige, antes de dar qualquer passo, por duas razões simples: a primeira, porque consta que foi ele que a chamou para lá; a segunda, porque, usando o Secundário como balão de ensaio para fazer implodir o Superior, ela é-lhe, estrategicamente, infinitamente útil, já que não poderia dispor de melhor observatório. Esquece-se, todavia, o Gago, de que há uma pequena diferença: o Ensino Superior está infestado de cunhas, compradios, aventalinhos, opus dei, grupos de pressão, trostkistas, ex-maoistas, comunistas, mulheres e maridos de fulano-de-tal, interesseiros, gente do Antigamente, diplomas à pressão, putas de todo o género, enquanto o ingresso na Carreira do Secundário pressupõe um Concurso Nacional, em nada comparável com a famigerada "abertura de vaga", "à mesure", que anuncia o ingresso de mais um amigo do Sistema na Academia da Universidade.
Houve um tempo em que se disse que o Secundário era o caixote de lixo das licenciaturas. O aumento do mioma, hoje em dia, anuncia que o Superior é o Exílio Dourado do Lixo dos Compadrios, com todas as honrosas exceções, e dou-me muitos bem com algumas, felizmente.
Voltando à vaca fria, esta luta de desgaste com Lurdes tem efeitos perversos, e límpidas vantagens: desentocou, sucessivamente, os que por detrás dela, a cultivavam, como Sinistra Fachada, e ocultavam as suas oscilantes cobardias. Todavia, o Governo, como um todo, e dada a amplitude do conflito, agarra-se ansiosamente a ela, o elo mais fraco, na esperança de que seja o lastro que o possa fazer afundar, no último suspiro de Legislativas Antecipadas, com a Oposição, tirando dogmáticos como Portas, Louçã e Jerónimo de Sousa, que, dentro do possível, marcam a diferença de um discurso moribundo de repostagem. De Manuela Ferreira Leite só me vêm lágrimas aos olhos, pela dimensão da pequenez, e por não perceber que está a ser usada para assegurar a vitória do "Engenheiro", mas será imediatamente corrida, em caso de derrota ou de Coligação "Centrão".
A via estratégica é pouca: as tais anunciadas demissões de cento e tal Conselhos Executivos imediatamente acarretariam a queda do Governo, como toda a gente sabe, mas a luta sábia, pode passar por táticas de maior eficácia: pessoalmente, adoraria uma troca de pastas, pondo o Gago, já que ela não dá um passo sem o consultar, no Secundário e um outro qualquer, no Superior. Ia ser fantástico.
Não me apetece alongar: sou pouco de greves, mas suponho que toda a gente deve estar unidíssima, na luta contra o Flagelo, portanto, todas as greves são agora poucas, e devem ser progressivamente menos lesivas, em termos de perda de remuneração, e explosivas, em extensão e efeitos colaterais.
As passeatas já cansam, exceto uma, a que falta fazer, que é colocar centenas de milhar de docentes, pais e discentes defronte do Palácio de Belém, onde está um indivíduo inseguro, geralmente acobarbado, que transpira constantemente das mãos, e que tem um infinito pavor das multidões. Esse é o próximo passo, aparecer, em massa, à porta de Cavaco, sem lhe dar a margem de manobra que teve, quando, nos Anos 90, mandou, pela mão do criminoso Dias Loureiro, disparar contra a multidão. Houve um ferido, que ficou paraplégico, mas também uma enorme sensação de que o Povo Unido -- e este é o povo mais habilitado de Portugal -- o Povo, Unido, pode mesmo fazer cair as aparentemente invulneráveis muralhas do Autoritarismo.
Assim foi com Cavaco, e assim faremos com Sócrates.
Boa Noite e uma boa jornada de luta.

(Pentágono de solidariedade, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Avaliação simplificada da Equipa da Educação

Imagem do KAOS
Caso não tenham reparado, o Governo de Portugal encontra-se numa unidade de cuidados intensivos. Não, não esfreguem as mãos, por razões várias, muitos de nós fomos responsáveis, com o nosso voto, pela sua existência, e depois, coisa bem mais grave, não é o Governo de Portugal que está nos Cuidados Intensivos, somos todos nós, que à vez, iremos perceber que também já estamos com uma senha de vez, na mão.
Sou cidadão português, adulto, com a minha saudável dose de taras e manias, e um perigoso sentido de análise da Realidade. Pelo gosto, sou bastante exclusivo, e reconheço, a quilómetros, quando uma coisa cheira mal. Há, para casos como o meu, uma alínea constitucional, que me salvaguarda o direito de, ao sentir que há mau cheiro no canal, não ser forçado a aproximar-me mais do que quero. Ora sucede que, neste decorrer dos meses, apesar de cada vez gritar mais alto que NÃO QUERO, há uma máquina torpe, medíocre e teimosa que me diz, "não queres, mas has de comer..."
Não como.
Vamos tratar os bois pelos nomes, e voltamos ao Flagelo da Educação. A Educação, em Portugal, está neste momento reduzida a trincheiras onde se faz tudo menos educar. De um lado, um grupo limitado de pessoas, com percursos humanos, académicos e políticos altamente duvidosos, que, mercê das circunstâncias, se tornaram tão públicos, tão batidos e tão escandalosos que não há uma só pessoa interessada que não os conheça, e pelas piores razões. Do ponto de vista do pietismo, Lurdes Rodrigues e Valter Lemos, por exemplo, esticaram de tal modo a corda, até ao ponto do não-retorno, que se esqueceram de que, de um dia para o outro, poderiam voltar a ser banais cidadãos, com direito a privacidade pessoal e ao direito de circulação e anonimato, mas que, pelos seus comportamentos anómalos, passarão a ter, para sempre, a sua integridade em risco.
Numa leitura de Aldeia Global, abdicaram, no futuro, do Direito à Indiferença.
Não há paralelos, mas há imagens que marcam: detesto duas, a de Mussolini e da amante Claretta Petacci, pendurados pelos pés, e a de Ceausecu e da mulher, mal caídos juntos de um muro, olhos abertos, e vítimas de fuzilamento sumário. Em quadrantes diversos, eram as imagens de horror de dois regimes onde o ódio tinha sido extremado.
Do outro lado da barricada, temos os cidadãos com habilitações mais elevadas da Sociedade Portuguesa, coisa que se tornará ainda mais evidente, quando esta guerra se estender ao Ensino Superior -- e está iminente -- e, portanto, desabituada a tratamentos de feira, de peixaria ou de zaragatas entre rameiras e chulos. De um dia para o outro, todavia, descobriram que estavam a lidar com gente politicamente incompetente, academicamente filha do só-deus-sabe, com intervenções na sociedade totalmente anómalas, e com problemas existenciais do foro clínico, mas tornadas em jogos de opressão do Outro. Esse foi o primeiro 1 a 0 dessa corja, o usar armas sujas, com pessoas que estavam habituadas a corredores de pelica e a discussões de patamar intelectual superior. Foi o primeiro, mas já acabou. Neste momento, não haverá na elite portuguesa quem ainda não tenha percebido que essas pessoas não prestam, de qualquer que seja a perspetiva em que sejam abordadas. De aí deriva, como imediata consequência, que qualquer que seja o método que queiram adotar, já perderam qualquer credibilidade na "avaliação" de quem quem quer que seja, porque avaliar pressupõe, pelo próprio valor axiológico do termo, uma superioridade nascida do reconhecimento, e nem a Dona Lurdes, nem o Senhor Valter e o Pedrosa dispõem de qualquer idoneidade para o fazerem. Tornaram-se demasiado conhecidos, e por aqui acaba qualquer diálogo. Aceitar qualquer proposta de avaliação provinda desta corja equivaleria àquela terrível situação que Oscar Wilde descrevia como "a tirania do mais fraco sobre o mais forte".
Não queremos.
O problema, todavia, como sabem, é mais vasto, e vem de um Governo cujo Primeiro-Ministro sofreu a mesma descredibilização Política, Social, Académica e Humana, desde o Caso do Diploma. Há quase dois anos que José Sócrates perdeu qualquer tipo de idoneidade para governar um País Civilizado. Talvez fosse bom para fazer companhia ao seu amigo Mugabe, que preferiu receber, na mesma altura em que virava as costas ao Dalai-Lama, por exemplo. É um oportunista, perverso, filho de uma má-consciência e capaz de tudo para se perpetuar no Poder. Move-o a Vaidade, a fonte de energia mais inesgotável e infinita do Universo, mas nós estamos cá para lhe provar que ele não tem motivo nenhum para vaidade: é um subproduto de um subúrbio europeu, e só consegue singrar porque a quase generalidade da população está mergulhada numa passividade, insensibilidade e níveis de ignorância tais que não conseguem ver que o rei está nu, e essa é a verdadeira Crise da Educação: a incompetência da Opinião Pública.
O "Sol", e agora o "Público", começaram a desenterrar o "menino" que estava em coma induzido. O blogue de Joana Morais é exemplar, e faz a estranha "linkagem", em que temos vindo a insistir, entre as coisas duvidosas do "Caso Maddie" e uma estranha ocorrência, a meter Sócrates e a mãe (!) -- Freud sempre tinha razão... -- os advogados e autarcas do costume, e o usual varrer para debaixo do tapete. A coisa não era nova, e também já tinha circulado pelo "Diário de Notícias" e pelo "Expresso", e anda agora pelas mãos de Cândida Almeida, que até é capaz de ser uma excelente pessoa, mas que, perante os ouvidos incrédulos dos Portugueses, mandou, um dia, arquivar o Caso do Diploma (!)
Quem arquiva um diploma mais facilmente arquiva um "Freeport", mas isso é-me indiferente, porque já não conto com a Justiça Portuguesa para nada, exceto para os desânimos e as anedotas de corredor. No fim, já todos sabemos, haverá sempre um Bibi e um Vale e Azevedo que serão sempre os culpados, e o resto continuará paisagem e gente de mente suja a lançar suspeitas sobre cidadãos honestos.
A porca torce o rabo a ser iminente a Justiça Britânica estar a desenterrar o "Freeport", o que viria ferir de morte Sócrates e os seus ridículos penduricalhos governamentais. Aliás, suponho que esta escalada de tensão entre Poderes Nacionais é já prenúncio de que os senhores se sentem perdidos. Em caso de desespero total, tentarão uma "berlusconização" do Regime, uma antecipação de Eleições, e uma coisa com a qual vocês nunca sonharam, mas a Itália já tem em vigor, que seria um Sócrates, imunizado, por uma Segunda Maioria Absoluta, e colocado acima de qualquer Lei da República.
Não, não se riam: esse é o filme a que poderemos assistir em 2009, e está nas vossas mãos evitá-lo.
Na Blogosfera, ergue-se um movimento que intenta utilizar o voto como arma de protesto, destruindo as massas eleitorais, e entregando os resultados a estranhas derivas, que poderão conduzir a combinatórias parlamentares inesperadas (Pode ler AQUI).
A luta pela Cidadania, todavia, tem de se tornar mais certeira e minuciosa: caso vos interesse, voltei a relembrar o papel do maçónico Jorge Sampaio no 1º Golpe de Estado do Regime Constitucional Português. Todos nós assistimos, e não percebemos o que era, mas já então era.
Há, igualmente, pela Blogosfera, um rumor crescente de que é necessário desmascarar as Sociedades Secretas que governam Portugal. As mais conhecidas são, como é sabido, as diferentes tonalidades da Maçonaria e da Opus Dei, mas não são as únicas, e vamos já a uma verdade de La Palisse: sendo o Supremo Magistrado da República maçónico, e não sendo o Grão-Mestre dessa... coisa, sucede, por silogismo simples, que ocupa uma posição inferior na sua Loja, ou seja, acima do Presidente da República existirá alguém a quem ele deva OBEDIÊNCIA, ou, seja ainda, por transitividade, haverá alguém, na Sombra, que manda em si, cidadão, porque manda no SEU Presidente da República.
Vire o disco, e onde escrevi Maçonaria, escreva agora Opus Dei, ou qualquer coisa afim que lhe venha à testa.
Uma coisa destas é incompatível com DEMOCRACIA, e, ou se clarifica, ou vamos ter de agarrar em chuços e acabar com ela, à força.
Talvez este parágrafo lhe torne mais claro o que aconteceu com Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, Sanatana Lopes, Paulo Portas, José Sócrates, e uma estranha dissolução da Assembleia da República, a pretexto de um Governo que não fez nem a centésima parte do que esta corja tem feito.
Mais do mesmo vem, e torna claro os sorrisos e impunidades de Fátima Felgueira e Armando Vara, quando nos revelam que foram, em idos de 90 sócios fundadores de uma porcaria chamada "SOVENCO" -- depois, obviamente, falida -- com o Sr. Sócrates. Se não acredita, leia aqui, pesquise no "Google", e far-se-lhe-á imediatamente luz sobre muita coisa.
São os Ovos de Colombo da Situação.
Vamos voltar à base: a vaidade de Sócrates não suporta viver sob pressão. A Justiça Britânica, a ser verdade que o está a investigar, e suponho que isso deverá ser a fotonovela das próximas semanas do "SOL", irá pô-lo numa situação igual, ou pior, àquela em que já deveria ter sido colocado, no "Caso do Diploma", porque a Justiça Inglesa não vai lá com telefonemas, gritos histéricos e ameaças. Mais, uma visão atmosférica de toda esta porcaria só me dá vontade de aplicar aqui a mesma bitola do tão criticado Sistema Americano: peneirar, até à exaustão, todo o passado pessoal, politico e quejando dos candidatos a voos políticos. Uma vez descoberta a mácula, afasta-se, e ponto final.
Uma tremenda frente de batalha é a dos Professores: este mês vai ser decisivo para combater um inimigo torpe, desclassificado, e que a História já avaliou como um dos piores períodos políticos da nossa existência, enquanto Nação. Pode parecer que estamos num impasse. Não estamos: até pode suceder que, depois de conquistado o terreno, entre as ruínas, e chegados à porta onde julgamos estar a terrível fera inimiga já só encontremos, depois de um pontapé de arrombamento da porta, três corpos mortos no chão, e já em adiantado estado de putrefação. Até lá, toda a UNIDADE e imaginação serão fundamentais.
Boa Noite.
(Pentágono de resistência, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", "Klandestino" e "The Braganza Mothers")

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um Ótimo 2009, seguido de Alguns Conselhos para Meninas Delicadas conseguirem atravessar o Ano em segurança

Imagem do KAOS
Em todas as Cosmologias, há sempre um Princípio e um Pai. O Pai era Cavaco, um eurocético que se meteu num Citroen reles e acabado e foi fazer rodagens para a Figueira da Foz, para imediatamente se tornar europeísta e atraiçoar Soares, o homem que assinara a Adesão, quando o Espírito Santo subitamente lhe assoprou vir ali um tufão de Fundos, e nesse tempo todo o Universo vivia imerso nas trevas dos Fundos. Com os Fundos, o Pai Nosso disse "Fiat Lux!...", e a Luz fez-se por tudo o que eram mãos de amigos e compadres. A mulher, que nunca devia ter saído de fazer cortinas, acabou num mini, para onde ia, no banco de trás, para a Católica, com o pai a fazer de "chófer". Ao fim de 10 Anos, já toda a Terra estava mergulhada num tal clima de pré-insurreição de rua que estoirou, e o Pai, cobarde e de mãos suadas, apanhou com duas valentes carimbadelas na tromba, a dizerem-lhe "NÃO" e mais "NÃO". Quanto ao resto do país, já se tornara num paraíso de consumidores de droga e suas rémoras, em certos meios conhecidos como traficantes, noutros, como membros da Ordem dos Advogados. Fátima, Futebol e o Fado atingiam os respetivos zénites, coisa nunca de antes sonhada nos tempos do Pai do Pai, o Maior Português de Sempre.
Finda a Guerra, nascera a necessidade de traficar armas, e quem trafica armas e droga necessita de novos bancos e casas caras para branquear, mas era só, como Moisés disse, o Começo, porque quando chegava o divertimento, havia que ir buscar a putalhada aos asilos, para satisfazer os caprichos das peles relaxadas e lascivas dos plutocratas da nova Cauda da Europa. As barracas enchiam-se de raças novas, escravos, fora do sistema de Segurança Social, e que construíam as Novas Pirâmides, deste Egito de Esgoto. Depois de usados, eram deitados para o cano da rua. Após um Interregno de meia dúzia de anos, e depois de percecionar a horrorosa desgraça em que isto estava mergulhado, o Guterres da Franja pôs-lhe um carimbo de "Pantano", e foi-se embora. Há países que são insuportáveis para certos caráteres.
Com a extinção destes primeiros dinossauros, começava a Idade da Tanga, coisa belíssima, inventada pela Tríade Barroso, Leite, Portas. O Portas era o único que se divertia, porque não pode haver maior fetiche para um uranista do que estar acima de todas as fardas.
Com Santana Lopes, assistimos ao primeiro golpe de estado do Período Constitucional, já que havia o risco da Classe Política ser envolvida no Escândalo Casa Pia, e houve que colocar um tampão, que conseguisse abafar tudo. Meteu-nos medo a todos, quando o seu único programa eleitoral era uma frase simples "Abafar Tudo". Mercê disso, brevemente, teremos Carlos Cruz a apresentar o "1, 2, 3, ora agora engula tudo o que faz de conta que nunca aconteceu outra vez", e Marluce, "et pour cause", substituirá Maria João Avillez nas entrevistas dos apêndices do Regime.
Depois de Sócrates já vocês sabem o resto: só doenças raras, chamadas Lurdes Rodrigues, e espécies em vias de extinção, na forma de Pargos das Finanças, e -- ó, maravilha das maravilhas!... -- um gajo com cara de cágado, que à frente da Economia, confirmou, com a entrada do Novo Acordo de 2009, que não era um Ministro, mas mesmo um... cagado.
Os conselhos são poucos e simples, e destinam-se a todas as meninas bem-aventuradas:
1) Ria-se, sempre que lhe disserem que Sócrates foi com a Câncio para Veneza: foram praticar natação, numa cidade que se afunda. Como se diz em Futebol, treinos de balneário, para depois praticarem o aprendido num país naufragado. Para as más línguas, fica a versão de que foram para Veneza praticar o coito, depois de esgotados todos os recursos masculinos da América do Sul.
2) Nos três atos eleitorais de 2009, a mensagem é simples: em vez de votar em Partidos, leia atentamente, as listas de candidatos. Mal encontre um nome suspeito numa delas, passe para o Partido do lado, e, se, depois de ter percorrido todos, só encontrar coisas duvidosas, passe uma cruz grande em cima do boletim de voto, ou grafe-lhe, caligraficamente, um carinhoso "vão à merda".
3) Como corolário do anterior, será natural que a habitual conceção do Espetro Eleitoral se esfrangalhe, e comecem a saltar da cartola distribuições de bancada que não lembrariam nem ao Menino Jesus; só deus sabe se não teremos uma Coligação de Salvação Nacional CDS/PP versus PCP, com Manuel Alegre a arrancar os cabelos e a perceber que a sua estratégia de virgem impoluta afinal cheirava tão mal como o restante esgoto. Odete Santos sorrirá, nos braços de Paulo Portas, como Vice-Primeira Ministra.
4) Haverá um poslúdio para as Europeias. O conselho, aí, é votar completa e totalmente, em branco, para que o Parlamento Europeu perceba que há um país que desapareceu do Mapa do Velho Continente. Seria adorável ver o lugar de Portugal cheio de cadeiras vazias, em Estrasburgo, mas ainda é um sonho.
5) Quando chegar a hora do rebate do homem que nunca deveria ter saído de detrás da sua marquise, de 2005, e a quem nunca deveria ter sido permitida a infâmia de deixar hastear uma bandeira de croché, no Palácio de Belém, vote na Carmelinda Pereira, pelo menos, sempre foi Professora, e já percebeu que a Política acabou.
6) Una-se em Movimentos de Protesto e Cidadania. Assine todas as petições. Atafulhe oe emails oficiais com casos que conheça. Denuncie associações mafiosas da CP, contratos do Ex-Bastonário, Germano de Sousa, com Hospitais Centrais, para assegurar "forever" (20 anos é muito tempo...) o exclusivo e o monopólio de certas análises. Sempre que houver um Presidente da ASAE vindo da Corrupção das Estradas, investigue-o, e ponha-o de quarentena.
7) Nunca vote em nenhum membro ou ex-membro do BPN, BPI, BCP, e qualquer banco ou empresa que comece por "B" ou tenha "B" no nome. São também de excluir "R" -- incluindo todos os frequentadores da "Casa dos Érres" e "Pês".
8) Pratique o protesto televisivo: corte, sempre que aparece um anúncio, e mude de canal. Vá aos livros de Manuel Alegre e rasgue a página onde está o poema que apareceu nas publicidades do BPP. Faça o mesmo, e pelas mesmas razões, a todo o lixo associado aos nomes de José Pacheco Pereira, general Vasco Rocha Vieira (ex--governador de Macau), a jornalista Maria João Avillez, o escultor João Cutileiro, o advogado Proença de Carvalho, o pintor Julião Sarmento, o músico Pedro Abrunhosa e o director das Produções Fictícias (e moderador do programa "O Eixo do Mal", da SIC-Notícias, mais ao Miguel Esteves Cardoso, Clara Ferreira Alves, Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Agustina Bessa-Luís, Pedrito de Portugal, Ana Salazar, Maria de Lourdes Modesto, entre outros. Pode juntar a esse esterco os plágios de José Saramago, Margarida Rebelo Pinto e Sousa Tavares e outros, que agora se me falham.
9) Desligue a televisão, sempre que apareça um suspeito de crime, ou uma cara que apareceu sem justificação óbvia. Em vez disso, dirija-se para a Net, para tentar perceber de quem é, ou já foi, amante, e se pertence, ou não, a alguma das associações secretas que nos governam . Se não aparecer nada na Net, é porque é tão secreta que ele pertence mesmo. Risque-o/a do seu mapa intectual e visual.
10) Desconfie antes, durante e depois da tomada de posse de Obama. O Vice dele, John Kerry, é um habitual frequentador do Clube do Crime de Bilderberg, pelo que já se sabe quem vem mandar aí.
11) Se se sentir realmente indisposto como que o acabei de escrever, compre, pela http://www.ebay.com/, um daqueles cintos que os inocentes Palestininanos do Hamas usam para visitar as escolas israelitas, e vá à 5 de Outubro pedir um autógrafo ao Valter Lemos. Não sabe como fazer?... A parte do Ebay é fácil. Quanto a aproximar-se do Valter, faça um sorriso rasgado, abra os braços, e corra na direção dele, gritando, muito alto, "meu querido amig...
BUUUUUUUM!!!!!!!!"


(Estrela dos Três Reis Magos, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")