sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Das lacunas académicas da fêmea de Nuno Crato, e da insegurança que tal gera num país à beira da desintegração social e cultural





Imagem do Kaos


Eu gosto muito de Nuno Crato, como é sabido, aliás, gosto de tudo o que antecedeu Nuno Crato e atrever me ia a dizer que ainda vou gostar mais do que vai suceder a Nuno Crato, embora Nuno Crato seja para mim especial, por que é primo-sobrinho-trineto em 2º grau (?) do 1.º Barão e 1.º Visconde de Nossa Senhora da Luz -- como rezava na "Wikipédia", mas já tiveram o bom senso de apagar.

Eu acho que não é para qualquer um ser primo-sobrinho-trineto, em 2º grau do 1º Barão e 1º Visconde de Nossa Senhora da Luz, a não ser que depois nos prometam uma Bota de Ouro qualquer, ou um lugar no Panteão, com a voz da Marisa, a ganir, como mobiliário sonoro, e, por isso, sou adepto, mas mesmo daqueles de cachecol, "very-light", suástica tatuada, e tudo, das claques do Sporting Clube do Cratismo, um clube da última divisão, como convém a quem tutela o Sistema de Ensino. Entretanto, para que não pensem que me deu alguma travadinha e que, eu, que odeio Futebol e tudo o que com isso se relaciona, me tenha agora tornado, fã, adepto, e evangelista desse branqueamento de capitais.

Não.

Venho mesmo falar do Cratismo, e como o casamento é para casar e procriar, como defendia Manuela Ferreira Leite, e o Papa Francisquinho, venho, mais especificamente, falar da sua boca da servidão, a qual, muito discretamente, como tudo o que é cunha, nepotismo e corrupção, nesta Cauda da Europa, foi, como atempadamente noticiado, nomeada para integrar o Conselho Científico da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Ouviram bem: Conselho Científico da Fundação para a Ciência e Tecnologia, uma coisinha pouca, que se dá ao luxo de dar e tirar mundos e fundos para projetos de índole de investigação, interdisciplinaridade alargada, bolsas de aprofundamento de estudos, doutoramentos e pós-doutoramentos. Um lugar, portanto, que pode ser ocupado por qualquer um, como a Presidência da Liga, a Secretaria de Estado da Cultura, ou a Câmara de Gondomar.

Depois do ato, que foi pacífico -- o povo é sereno -- e anda intoxicado com o bater das botas do Eusébio e do madeirense, a coisa seguiu, com o tal episódio em que o Crato achou que os professores deviam fazer uma prova não sei do quê, para justificar que estavam aptos para o Ensino, posto que o Sr. Crato duvidava das Escolas Superiores de Educação, por algumas razões em que eu até lhe poderia dar razão, porque conheço particularmente bem o "meio", mas só não vou por aí, porque o meu alvo é justamente a Madame com quem ele se casou e diretamente trampolinou para uma alta patente académica. O argumento de base, evidentemente, nunca poderia ser o ataque dos formados pelas Escolas Superiores de Educação, mas que fosse feita uma triagem de quem por lá anda, e do que por lá se faz. Não é validar uma habilitação, primeiro, para logo a seguir pôr em causa a instituição que a validou. Esse é um procedimento à Portuguesa, ou, melhor, à Albanesa, dados os antecedentes do Sr. Crato, pelo que ainda vou ser mais radical. Para acabar com a "coisa", fechava esses antros todos, e arranjava um Ministro da Educação à altura do cargo, mas eu sou sempre muito direto, e radical, por motivos que só depois se compreendem, e já estou como o outro, raramente me engano, e quase sempre tenho razão.

Adiante.

Acontece que, como sei que a fêmea do Ministro vem, justamente, desses antros "superiores" de "educação", e que, como já foi parodiado -- confirmem AQUI... --, há uma larguíssima fatia de gente, na vida política e académica, que tem graves deficiências de percurso, dado ter havido uma revolução pelo meio, e dado que, sabendo que tem defeitos profundos de formação, "socratismos", e"relvismos" de toda a ordem, se tornaram em lapas, que nunca mais largaram o poiso, obrigando a geração mais qualificada de sempre, a estar desempregada, ou a ter de emigrar.

O próprio Sr. Crato, como reza o seu panegírico oficial, também foi uma licenciatura tardia (a data também foi apagada...), mas, do que me lembro, já foi tirada perto dos trinta anos, dado que, até lá, nos anos 80, Sua Excelência andava a tentar convencer os cafres do paraíso que era a Albânia, uma coisa parecida com a Coreia do Norte, ou pior. Depois lá fez aquele célebre percurso de branqueamento americano, e apareceu como luminária de Matemática, quando a sua formação é em Gestão, ou seja, muito pouco de Epistemologia e de Axiomática, e muito mais de cortes cegos.

Quanto a Luísa Borges de Carvalho, a coisa, como dizem os Franceses, ainda está mais bemolizada, posto que a senhora, num currículo formal, com estrutura e ordenamento de acordo com a norma europeia (parabéns), tem mais fragilidades do que o gajo que está, com voz melosa e ar de lêndea, a destruir o Sistema de Ensino. Como escreve, e podem confirmar, posto que é o seu currículo público, exposto na página oficial da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a dona trabalha numa "Institution of Higher Education" -- traduzido para Português, a língua dela e de todos nós--, "Escola Superior de Educação", por acaso, o Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) -- mais um... -- e é formada... ah, atenção, aqui começam os problemas... a acreditar no tal currículo oficial da Fundação para a Ciência e Tecnologia, começou como "Elementary School Teacher", o que, em língua de Camões, quer dizer "Professora Primária" -- com todo o respeito pelas gloriosas, mas mesmo gloriosas, que tive, no colégio que frequentei -- depois, tirou um "Bachelor's of Science in Education", vulgo BACHARELATO em Ciências da Educação (1989-1990, quando o macho também andava a fazer o seu curso tardio...), e depois... depois... depois... há um hiato, onde cremos que a defunta Lúcia tenha tido um papel decisivo, e aparece, por obra e graça, em 1994-1995, um "Post-graduate Certificate in Teaching English as a Seconde Language" (O Cambridge e o Bristish passavam disso, assim com eu tenho um da Universidade de Toulouse, com as mesmas aptidões para o Francês), ora a puta que a pariu, e, então, sem que em parte alguma venha o grau de LICENCIADA, arrelva-se, subitamente, um "Doctor of Philosophy in Education" (1995-2000), o que me daria imensa tesão, se já não me tivessem brochado hoje duas vezes hoje, dois valentes queixos com barba...

Seguem-se as linhas de topo, já mais complexas, que é ser Professora Associada (2003-2009), um grau relativamente elevado, da carreira universitária, com coordenações de Mestrados (!), até ao presente, e a célebre integração do Conselho Científico da Fundação para a Ciência e Tecnologia, devida ao empurrãozito, suave, de quem lhe o pode dar. Creio que muito disto explique por que estão desempregados tantos licenciados, e tantos outros tiveram de emigrar.

Não vou adiantar mais, já que este texto não é propriamento para os seguidores do "Eixo do Mal", nem dos que acham muita graça ao fedor dos "Gatos Fedorentos", mas deixo no ar uma pergunta, querida, elementar, cândida e afetuosa: assim, no meio de tanto cargo, tanta cunha, tanto empurrão, tanta tralha, traduzida para Inglês, ó, Luísa, afinal, tu és licenciada em quê?...



(Quarteto do grande relvado Português, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Glória e esplendor de Pedro Miguel Cruz, enquanto utente dos serviços mínimos da fase terminal da Cauda da Europa





Com dedicatória para o "Kladestino", que lançou esta maravilha, na Blogosfera





Portugal é uma fronteira europeia, extremamente permeável a tudo o que é mau, e especialista em consultorias externas, geralmente, se forem caras, inúteis e tiverem um amigo, intermediário, que irá receber umas notas, pelo meio. No fim, como é sabido, fica tudo na mesma, e o Erário Público ainda mais delapidado.

Contrariamente a esta consuetudinalidade estrutural, que já vem de Dona Urraca, Pedro Miguel Cruz, um brilhante talento do Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e agora pelas terras onde se fala a pronúncia oficial da língua lusitana, resolveu fazer a sua própria consultoria interna, chegando às fantásticas conclusões que apresenta no seu "Eco-Sistema", muito justamente contemplado, pelo seu trabalho de investigação, com o "Prémio Pessoa 2013", da Mafia do "Expresso". Tenho a pequena impressão, mas eu sou um pouco de tiques, quanto a estas "impressões", que não recebeu um pagamento milionário, do "Polvo" que governa o Estado Português, e há décadas desbarata a Coisa Pública, ao ponto de nos ter tornado num protetorado da Goldman Sachs, tutelado por uns gajos falhados dessa instituição, chamados António Borges -- que o Demo tenha --, Carlos Moedas, e a medíocre Maria Luís Albuquerque, "Miss Swaps". Às tantas, o Pedro Miguel Cruz não recebeu nada, mas a verdade é que resolveu criar um monumento, naquela linhagem gnóstica de Pessoa,  em que "Deus quer, o homem sonha, e a obra nasce".

Até aqui, creio que estamos em concordância, por que a estrutura organigramática do seu trabalho assenta numa interatividade oscilatória entre dois pólos, o pântano político, e o pântano empresarial. Segunda a boa regra portuguesa, a coisa está consumada, esgota-se na sua leitura literal, e, na Net, onde a rapidez tem a velocidade do Rápido, já deveria ter tido consequências práticas, mas perdeu-se nos entrefolhos, como seria de esperar.

Para mim, que tenho formação científica, uma investigação deste género não se pode, nem deve, arrumar em qualquer gaveta, mas, aparentemente, já está, onde se prova que São Tomás de Aquino tinha razão, quando afirmava que, sendo a consultoria cara, ou grátis, acabaria sempre arquivada, e é bom saber que um teólogo do séc. XIII continua atual, dado a resistência ao progresso da coisa portuguesa, mais se podendo hoje, alargadamente, dizer que existe noutros centros, como num idêntico trabalho, sobre os drones, no Paquistão, que cresceram abissalmente, desde que o agente da Ultradireita Americana, Obama começou a andar entretido com as fotos de Natal da fêmea, a dar brutos linguados no cão de água português.


Vamos agora à exegese profunda: sendo epidérmico o trabalho de Pedro Miguel Cruz, já seria, num país normal, por si só, explosivo. A coisa, todavia, não explode, pela mais elementar das razões: o dedo que poderia carregar na gatilho é justamente o alvo potencial de tal tiro, e o tema morre por aqui, se não for a Opinião Pública a tomá-lo em mãos: resume-se numa frase, o estar constituído um organigrama que mostra, interativamente, que nomes da Política infestam os meios empresariais e vice versa. Digamos que, enquanto silogismo, é um encadear de premissas que aguarda, do seu visitante uma conclusão, aqual, nunca tendo lugar, nada acrescenta a umas velhas palavras de Almada Negreiros, quando afirmava que todas as ideias que haveriam de salvar o Mundo já estavam enunciadas, só faltava era salvá-lo... Tinha toda a razão.

Mergulhando no sentido da derme, e desculpem lá o tique da metalinguagem do modelo, há duas variáveis internas de análise (político/empresa), associadas a duas equações diferenciais, cujo comportamento e soluções conduziu ao atual estado das coisas. Pouco nos é dito sobre o devir interno, e apenas temos um ponto de partida e um ponto de chegada, o que, volto a ressalvar, na perspetiva da moralização de um Estado -- se estivéssemos num Estado e não num quintal de interesses rasteiros -- já seria mais do que suficiente para chamar à pedra todos os nomes envolvidos naquele polvo asqueroso, e aplicar-lhes sanções, já que entre um país que chegou ao limite da sua sustentabilidade, e aquela permanente circulação de piolhos, alguma penalização teria de acontecer.

Na voz dos mais radicais, continua a circular uma certa palavra de ordem que é: bastava abater um que os outros imediatamente debandavam, embora a coisa não seja assim tão simples, e até tenhamos mecanismo de regularização legal, que, uma vez aplicados, os permitiria apanhar numa só rede, e de uma só vez. Infelizmente, continuamos a deixar que subam, que grimpem, e ocupem os mais altos cargos do Estado, a começar pela vergonha nacional, que está no Palácio de Belém, e vindo por aí abaixo, por todos os postos chave do remanescente do tecido económico, dos baluartes da banca, da cultura, e, sobretudo, acima de tudo, dos palcos de intoxicação da Opinião Pública. Apenas como exemplo, falaria da FLAD, um órgão gerido por criminosos culturais que permitiu, durante décadas, que a linguagem de criação nacional fosse tomada de assalto e gangrenada por indivíduos a soldo da mediocracia americana. Como sempre, até no servir falhámos, e a coisa cotrreu mal, com os derradeiros episódios, do agente da CIA, Rui Machete, que foi corrido de lá, e também a sua sucessora, Maria de Lurdes Rodrigues, pessoa que dispensa quaisquer comentários...

Ao nível da derme, dizia, não basta enunciar a teia de relações entre políticos e empresas, mas tornar-se-ia fundamental perspetivar os fundamentos de causalidade que foram motor de construção e manutenção dessa rede, e, aqui, chegaríamos aos fundamentos da "Coisa", o lugar topológico em que ela se alicerça, antes de lançar os tentáculos, ou seja, associar cada um daqueles nomes de políticos à sede de poder que foi o seu berço, caindo, naquilo que o formidável trabalho de Pedro Miguel Cruz não pode, não pôde, e não poderia abordar, posto que nenhum daqueles nomes está ali por acaso: são filhos do antro do crime em que a Maçonaria séria se tornou -- como recentemente António Arnaut avisou, usando palavras diretas do Rito: "o Mestre não pode mais ascender na escadaria" (porque os patamares superiores foram ocupados por criminosos), como o prova o atual Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima, associado à coisa mais tenebrosa que já assombrou, depois do Casa Pia, a Democracia Portuguesa, o BPN, como atual condutor da "Galilei", a sociedade de mafiosos que substituiu a sigla SLN. De facto, retomando as palavras de António Arnaut, "não mais o Mestre poderia ascender na escadaria". Pudera...

O resto são titãs da concorrência, na sujidade e obscenidade: Opus Dei, Opus Gay, Opusdófila e toda a tessitura que percorre as diferentes mafias que ainda conseguem sustentar um simulacro de país, assente nos dinheiros turvos das mafias que nos utilizam os territórios, a do Futebol -- que até o Panteão quer agora colonizar... -- a da droga, a dos corpos, a da prostituição, a dos órgãos, a da pedofilia e aquela que ninguém ousa nomear, porque demasiado perigosa, a do plutónio. Num nível ainda mais profundo, está aquela camada geológica que agora constitui o neofascismo europeu, cujos adeptos e membros se encontram transversalmente em todo o espetro político, e vão tomar a Europa de assalto, nos próximos meses. Como dizia uma voz profética, no dia em que esta corja cair e tudo se galambizar, vocês vão então ver o que é a realidade...

Para que este texto não seja técnico e demasiado sério, uma coda de humor: o "Eco Sistema" de Pedro Miguel Ramos, um profundo trabalho de análise da decadência das relações num Estado em vias de se tornar pária, Portugal, deveria estabelecer imediatas parcerias com aqueles muito falados servidores de televisões por cabos, MEOs, ZONs, Vodafones e afins, para que as boxes já trouxessem integrado o organigrama: da cada vez que aparecesse um comentador, de tom e voz salvífica, apresentar mais uma "solução", incluindo velhinhas, funcionários públicos, cortes hospitalares, de segurança e de educação, para "salvar" o país que arruinou, a box tinha um piloto automático que a faria mudar automaticamente de canal. Confesso que seria difícil, e, às tantas, acabaria num daqueles que acabei, por exclusão de partes, por tanto visualizar, em Cabo Verde, a CNN... chinesa, imaginem.
As voltas que o Mundo dá.
Deve ser por isso que ele é mundo...



(Quarteto de pedido de despertar imediato da Opinião Pública Portuguesa, em homenagem a Pedro Miguel Cruz, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")