sábado, 29 de setembro de 2012

Dos lambe botas aos lambe golas




Imagem do Kaos


Há os que servem, os que gostam de servir, e os que nem sabem o que estão a fazer.
À segunda categoria, o vernáculo português sempre chapou com o carimbo de "lambe botas", o que, muitas vezes, era uma ofensa ao respeitável calçado, vários furos acima do miserável recheio.
Estimado leitor, se olhar em seu redor, imediatamente poderá fazer uma considerável contabilidade de lambe botas, já que a pirâmide social, ou, mais propriamente, a Mediocracia, é visualmente constituída por uma pirâmide de línguas, que se estende para cima, e mais para cima, patamar após patamar, até chegar às botas do Asco Supremo. Como Deus, o lambe botas está em toda a parte, desde a Loja do Cidadão até ao mero cidadão da Loja, sobretudo na fase em que ainda se encontra no estádio do cinturão aventalado branco.

O lambe botas pode chegar alto, como Manuel (de dia) Maria (de noite) Carrilho, que agora lançou a sua biolambedografia, de como conseguiu ascender na Universidade, de uma média de 10, a sucessivas nomeações em Diário da República, que o levaram à Cátedra. Com se diria, no Direito Canónico, foi uma arrelvação antes da arrelvada, e chegou a Ministro das casas de banho, o topo da base de todos estes pingentes. Brevemente a sua carreira meteórica também inspirará Joana Vasconcelos, que incluirá no Jubileu Carrilho o célebre episódio da telefonista da UNL, que desinfetava as mãos, sempre que ele era chamado ao PBX, "ai, senhor doutor, nunca se sabe se se pode apanhar alguma doença aqui..."

Juro que o álcool não era pago pelo Conselho Nacional de Ética.

Tudo isto é parodiado, porque, como se sabe, em Portugal a tendência é para as coisas encontrarem sempre uma subcave de si mesmas, de que são epifania Teresa Guilherme, as prosas de Clara Ferreira Alves, ou os "romances" de Miguel Sousa Tavares, pelo que, esgotado o lambe botas, o Portugal Profundo resolveu dedicar-se ao Inteligent Design do... lambe golas.

Para que não haja dúvidas sobre de o que estamos a falar, quando falamos de "lambe golas", devemos soletrar "lambe golas", como lambe
go
las,
categoria que, quando os Estados tinham a dignidade, que, sucessivamente, lhes foi retirada por Putines, Barrosos, Sócrates, Sarkozys, Berlusconis, Merkels, Rajoys, Chávez, Dos Santos e escroques afins, era geralmente taxada de "vende pátria", ou "traidores da pátria", uma categoria muito baixa, na hierarquia social, e, sobretudo na história moral dos povos, quando a havia.

Em Roma, eram levados à Rocha Tarpeia, enquanto Lisboa agora se contenta com enfiá-los no Conselho de Estado.

Um lambe golas é um indivíduo, ou respetiva fêmea, que, estando em Portugal, está ao serviço,  mais ou menos descaradamente, de interesses estrangeiros.

O Darwinismo português, desde que Portas não se demitiu com o escândalo da "Moderna" -- o primeiro de todos os políticos portugueses a nunca mais se demitirem, sempre que um escândalo os colocava, na lógica do bom senso, imediatamente fora do tabuleiro da credibilidade -- leva a que os lambe golas cada vez trafiquem, mais às claras, com as potências a que servem.
Evidentemente, não trabalham para o Canadá, exceto Álvaro dos Santos Pereira, que foi tão boa porteira, lá, que resolveram empossá-lo na mesma categoria, cá. Ouvi-o, no outro dia falar inglês, e notou-se que deve ter dito "good morning, sir" e "good evening, mistress" a várias gerações de gente civilizada, a quem fechava a porta do ascensor, assim absorvendo polidez e alguma cultura palatina.
Há os lambe golas, da variante lambe selas, quando traficavam (josés) "magalhães" com o ditador oligofrénico, de Caracas, das Venezuelas, e depois passaram a tentar traficar tudo, TAP incluída, na forma de lambe lombas, ou lômbias, das Colômbias. Havia, e há, o Luís Amado, que lambe de lado, e está ao serviço da América, como é universalmente sabido, mas a pior categoria, é definitivamente, a dos lambe golas, que têm o cromossoma neandertalês típico do lusitano, mas a alma, o coração e a conta, com vista para os musseques.
Dividem-se entre os evidentes, os escandalosos e os que já estão tão metidos naquilo que nem se dão conta.

Miguel Relvas, uma anomalia espaciotemporal, que se consegue estender, dos delírios de Hawking, à mais perfeita das teses quânticas, a do Príncipe de Broglie, é o paradigma do lambe... go...las profundamente escandaloso. Supomos que seja devido à fratura da placa australiana, que o tenha levado a uma deslocação forçada, no tempo e no espaço, porque, a ser-se justo com a era que inaugurou, deveria ter sido colega de Sócrates nos bancos da "Independente", para ter obtido o canudo da catinga, no tempo das licenciaturas gordas. Teve azar, e sobrou para a Universidade dos Orgasmos, onde lhe deram equivalências magras em tudo o que tinha de fraudes, crimes económicos e de lesa pátria, e até saiu barato, porque parece que pagou a propina mínima em kwanza, para que a mulata soltasse uma lagriminha, que nem António Gedeão, com as suas transmutações poéticas, hoje conseguiria converter, de lágrima de sangue, em choro de água chilra.

O lambe golas criminoso, uma subvariante do escandaloso, nesta taxonomia do declínio, é o evidente Migâ Amâghâl, a quem a Glória de Matos, se não estivesse já jubilada, deveria dar aulas de contenção de perdigotos, como deu ao Professor Aníbal, nos tempos em que arruinava Portugal, a partir de uma passeata pela Figueira. Resta-lhe o "personal trainer" de Miguel Esteves Cardoso, que lhe terá de ensinar a aparar as babas dos cantos da boca com a extremidade da língua, sempre que vier defender que, depois do BPN, vendido por uma cortesia, a mulata sonha agora com a Caixa Geral de Depósitos, mas na versão integral.

Sonhar não custa, desde que isso não provoque pesadelos nos alheios, e a situação já passou a fronteira do suportável. Dia 29, os lambe go...las vão ser todos remodelados na rua, se não lhes acontecer algo de pior, porque o Povo já entrou na fase do "Ça Ira!...", por mais que a Maria Cavaca os mande comer pastéis de Belém, já que pão não tem. Sábado será um dia de surpresas, até para Arménio Carlos, que, subtilmente, sonha com pôr os Indignados a reboque dos açaimos da sindicalização.

Já se passou essa era, e quem vai ser rebocado será o politicamente correto, das bandeiras sindicais, por uma maré única de gente, em forma indiferenciada de protesto.

Os lambe go...las vão rememorar uma terrível lição da História, que, no tempo dos nossos pais, e avós, foi ter de, justa ou injustamente, ir defender uma fronteira, nos confins de África, e muitas em Angola, dos lambe... golas, incluídas. Se muitas vozes então se ergueram contra a forma apressada com que os lambe tudo deixaram as fronteiras do último dos Impérios, nem os lambe golas sonhem hoje com uma colonização inversa: se não forem os militares, serão uma coisa bem pior, os populares, a passearem-lhes a cabeça na ponta de chuços, com a autoridade moral do peso de dezenas de milhar de mortos e mutilados, que coletivamente herdámos, desse lúgubre, e indelével, momento.

(Quarteto de abate imediato dos lambe golas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A extinção da Fundação BPN, como contrapartida para a manutenção dos presépios de Maria Cavaco Silva




Imagem do Kaos


Como já Salazar dizia, extinguir uma fundação dá de comer a um milhão de portugueses. Ora, como Salazar já passou, e estamos numa era de políticos infinitamente mais consistentes, persistentes e subservientes, há certas fundações que dão de comer milhares de milhões a um punhado de escroques cada vez menos escrutinados.

Para mim, criado no  bom gosto de uma Fundação Gulbenkian, percebo perfeitamente que, na deriva do país degradado, existam coisas como a Fundação Sousa Cintra, a ver-se intocada, sinal de que o Conde Caria, tinha uma visão de futuro, de cada vez que parava o ascensor entre dois pisos, para aviar de boca o então "lifter", que acabou como fundador da Fundação. Todavia, tudo isto são trocos, já que o leitor, como eu também, já terá recebido, por email, aquela célebre descrição da maior fundação de todas, ou pessoanamente, a Fundação-todas-as-Fundações, também conhecida por BPN.

Dizem as más línguas que dava para fazer não sei quantas pontes, dar a volta à Europa em TGV, pagar subsídios até ao séc. XXII, e até fazer o impossível, como fazer o Cavaco nascer duas vezes, ou devolver a virgindade à Teresa Guilherme, mas vamos ao que interessa: o Governo, num ato de inusitada coragem, que revela a altíssima craveira da nata que nos governa, extinguiu hoje a Fundação BPN, assim retirando, dos ombros dos contribuintes, o mais pesado dos fardos com que arcava.

A decisão é politicamente dura, corajosa, e tem imediatas consequências, posto que, como é sabido, os seus quadros sempre se esmeraram em integrar tudo o que eram os resíduos sólidos do Primeiro Cavaquismo, e, mesmo, as entradas, canapés e aperitivos, do Segundo.
Mas tenhamos calma, e não nos assustemos: Mira Amaral, um criminoso, que pilhou o Estado dos fundos próprios e dos Fundos Estruturais, no meio daquelas babas com que se borra todo de boca, nas televisões, já garantiu um pensionato próprio, assegurado pela bielo-russa ou cazaquistaneza, ou lá de que merda é, Isabel dos Santos, uma empresária de sucesso, dos salões da Nova Desordem Mundial, embora haja muitos que vão ficar de fora, ou a engrossar as fileiras dos fundos de Desemprego.
Sabe-se que a decisão não foi consensual, já que os barões do PSD, depois de queimarem Passos Coelho, dificilmente encontrarão um idiota da mesma estirpe, para representar pacificamente os interesses que nos governam, e a coisa tem de aguentar-se mais uns mesitos, perdão, mais umas semanitas, sei lá, uns dias, até que se ponham a salvo alguns capitais, que o filtro de Cabo Verde -- aquilo é territorialmente pequeno -- ainda tarda em escoar.

Decisivo, foi o telefonema de Belém, em que Cavaco Silva, o padroeiro da "Coisa" disse que já tinha desistido de acabar com decência o mandato, e já se contentava com acabá-lo "de qualquer forma".

Aqui, já o tema começa a tornar-se interessante, posto que o "de qualquer forma" já está na rua, e cada vez mais atento: as caras, as expressões, o movimentar, a adrenalina, o acumular do ódio, o derrubar de todas as barreiras, representam o despertar de um Portugal Profundo, atávico, e assustador, porque imprevisível, que, ao longo da História, atirou, do alto da Torre da Sé, o Bispo de Lisboa, em 1383-85, correu com uma puta, que andava a estender os falópios a um castelhano, e foi por aí fora, defenestrou, maria da fontinhou, regicideu, e até sidonizou.

O país está agora coberto de padeiras de aljubarrota e de alas dos namorados, e, de cada vez que um escroque ministerial tenta sorrir, e pôr a penca de fora, logo tem de engolir uma vaia monumental.

Já não há assessores de imagem que consigam corrigir o incorrigível, e, por mais cosméticas que as televisões sejam pagas para fazer, neste tempo de Penélope, tudo o que eles urdem, durante o dia, é imediatamente despedaçado, pela calada da noite, por uma antiga maneira de estar, muito Portuguesa, a da rebeldia e rebelião.

Nas ruas, as "gorduras" do Estado já não são engolir incolumemente os cortes nas pensões de 300 € da Dona Alzira, mas querer ver, por exemplo, o Ferreira do Amaral, esse suíno, espetado naqueles grelhadores da Pita Shawarma, a limparem-lhe os sebos, com um cortador.


Os não alinhados, os que nada têm a perder, os que não estão em pleno emprego, nem em semi, nem em nenhum, por não serem das seitas, dos conúbios, das promiscuidades, decidiram trazer o esboço da Nova Ordem para a rua, por mais que isso chateie os comentadores do "Expresso", as Claras Ferreiras Alves deste... perdão, desse Mundo, e o lambe solas António Barreto, mais os seus números encomendados.

Eles estão desempregados, e sem futuro, e isso é perigoso, porque têm todo o tempo do Mundo, para virem fundar, pelas praças, a Nova Democracia.

Eles são as formigas que querem os postos de trabalho que as cigarras extinguiram, para poderem continuar a cantar o seu autista fado antigo.

Como Mandelbrot previu, nós estamos perante um "Cisne Negro", uma coisa nunca vista, muito menos, para os comentadores do politicamente correto, e as danças de mãos dos sete véus do sofista Marcelo, e das velhinhas ternurentas, que ainda o escutam, enquanto adormecem.

Não se assustem, todavia, os Portugueses. Continua a haver valores seguros, como a virgindade (com mulheres) da Senhora de Mota Amaral, o sacar de bolas da Santa Casa da Misericórdia, da Serenela Andrade, as mamas descaídas até aos joelhos, da Teresa Guilherme e dos seus cobridores de aluguer, dos "Rosso Escort", de só haver um único condenado do Futebol, Vale e Azevedo -- que a Conceição diz que todos eles odeiam, "porque é chique", e é capaz de ter razão... --, as visitas de Dias Loureiro à casa do criminoso agente de Angola, o não diplomado Miguel Relvas (e faço aqui um parêntesis: quando é que a Associação de Agentes da P.S.P. se digna proteger este seu membro, sempre a guardar a porta, que, ao ver entrar, pela garagem, um ladrão, procurado por todos os cantos do mundo, e, sem logo poder sofrer represálias, imediatamente deveria informar a esquadra, de Belém, de que Dias Loureiro estava ali, e para ir a conselho, com Miguel Relvas, para que a boa nova, a seguir, chegasse ao Palácio Cavacal, onde o inconsolável Aníbal já não pode receber o seu protetor do Garrafão da Ponte, de onde mandava disparar sobre a multidão?...) e dia 13 de outubro, se lá chegarmos, a Santa com Cara de Saloia vai voltar a passear-se, no seu andor, com aquele descair de cabeça sobre o ombro, que lhe é tão característico, e representa quase 100 anos de atraso mental dos Portugueses, pura oligofrenia coletiva, sem que um "snipper" lhe faça pontaria à porcelana, e a transforme numa poeira sentimental, isso era bom demais, e não vale a pena sonhar tão alto.

Olhemos, antes, para o calendário, e vejamos o correr dos dias: cada dia é hoje uma efeméride, e, cada efeméride, uma multidão, e tantas haverão de sair para a rua que esta canalha acabará por cair, a bem ou a mal, redonda, no chão.

(Quarteto do Madrid é uma festa, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

21 de setembro: o maior Conselho de Estado, de sempre, da República Portuguesa




Imagem do Kaos


Num país civilizado, uma instituição, que se intitulasse "Conselho de Estado", despertaria, ou deveria despertar, a imediata distância do respeito. Depois, vêm os patamares, por que uma afirmação, como a anterior, requereria a definição de "país civilizado", o que nos poderia levar à listagem de princípios, que, nos dias presentes, Portugal, ou não respeita, ou respeita muito abaixo do decente.

O Conselho de Estado de Portugal, como país em acelerada desagregação, só tem, neste preciso instante, uma virtude: a de, tal a "Casa dos Segredos", ser uma minuciosa amostra do estado a que o Estado chegou.

Um pouco na perspetiva relativista, do centenário Einstein, nunca saberemos se fomos nós que nos afundámos, se foi a envolvente que nos foi engolindo. À maneira de Leibniz, até aceitaríamos um meio termo, e diríamos que este foi o melhor dos naufrágios possíveis, o que sabe a pouco, depois de vermos a Adriana, uma algarvia desesperada, a tentar procriar com um corpo de intervenção, em pleno protesto cívico. Ela dava o corpo, e ele assegurava a intervenção, se isto fosse um conto de fod..., perdão, fadas, mas não é, e Leibniz também aqui está errado, já que o estado de decomposição das coisas entra muita mais na deriva hegeliana, em que, de cada vez que um leva nos cornos à esquerda, haverá um outro a ter de levar nos cornos à direita, o que gerará a síntese, de o seguinte ter de ir aos cornos ao Centrão.

O Conselho de Estado vai reunir-se, amanhã, no Palácio de Belém, mas, a corrigir o anacronismo e a evitar a deriva exótica, pragmaticamente, ele deveria estar reunido em Chicago, nos anos 20, dado o carisma, o percurso e os interesses representados pelas personagens.

Numa simplificação epictetiana, há aquelas que são fruto do Cavaco, e aquelas que não são fruto do Cavaco.

Fruto do Cavaco, há a Leonor Beleza, cujos méritos a aproximam de Valentim Loureiro e Isaltino de Morais, por exemplo. O seu perfil é a inimputabilidade, já que singrou em crimes de sangue, sempre com o mesmo sorriso, para acabar agora a arrancar olhos, a coelhos cobaias, que, não se assustem, não são o Passos, e dado o nosso estado de cobaias, sem olhos, impede que ingressemos nas jaulas de tortura da Fundação Champalimaud. Obviamente, devia estar presa.

Vem o Vitor Bento, um careca, que ninguém percebe o que está a fazer lá, mas, quando se descobre que é, ou foi, Presidente da Unicre, imediatamente ingressa nos nomeados pelos milagres da fé, neste caso, dos milagres do juro, das taags e taegs, ou lá como é que se diz essa merda, que são uma forma, vitorconstaciana, de às centésimas, a maré da usura ire fodendo a alegria de viver dos Portugueses. Obviamente, devia ser corrido.

Marques Mendes, o "Mister Magoo", é uma obra e graça da defunta reserva pedófila do PSD, Eurico de Melo, que, por sua vez, foi quem empurrou, por causas naturais, o canastrão mor, Aníbal de Boliqueime, para a célebre rodagem do Citroen, na Figueira, que tão nefasta foi para a jovem democracia portuguesa. Obviamente, deve estar lá, já que representa a sombra dos criminosos  "d'époque", entretanto, desaparecidos em combate, Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa.

Passando dos putos para as putas, temos Luís Filipe Menezes, um "médico" dos anos dos cursos do "apto" e "não apto", que adora cirurgias não intrusivas, no corpo de brasileiras, estónias e ucranianas. Por razões evidentes, também deve estar lá, porque representa o matrimónio entre as casas de alterna, os árbitros e a construção civil. (Numa nota, que insiro aqui, embora devesse estar em rodapé, estar ele ali, ou o Pinto da Costa, era totalmente indiferente). Preferiram o Menezes, veio o Menezes, deixá-lo estar.

Dos que não dependem do patrão da Camorra, temos os Presidentes dos Governos Regionais, que dispensam quaisquer comentários, pela sua evidência; o Presidente do Constitucional, que tem  tudo chapado na cara, e um que, com certeza, foi apanhado, por acaso, e a reboque, que é o Provedor de Justiça, que exerce a ingrata tarefa de tentar ali vender areia no deserto.

Os ex Presidentes da República são "study cases", por razões diversas, as quais sintetizo: entre a Maçonaria e a Opus Dei, a Maçonaria é ali maioritária, e mais não digo. Devem lá estar, já que ambas as instituições regem tudo o que há de determinante na podridão do sistema português.

Há, depois os que deviam ter optado entre estar ali, e estar em todo o lado, como o Professor Marcelo, que, do meu ponto de vista, e das incompatibilidades, devia ter escolhido entre andar a fazer bailado de mãos pelas televisões, e não assumir uma postura grave de... Conselheiro de Estado. Estar ele ali, ou a Santa da Ladeira, é o mesmo.

Depois, Bagão Felix, um caráter lúgubre, dado o atual nível de entenebrecimento do país, até parece uma voz radiosa, num pântano de gente triste.

Assunção Esteves, a síntese alquímica entre a Maçonaria e a Opus Dei, também conhecida pela Suricata da "Assembleia Nacional", está, lá, naturalmente posicionada, já que, enquanto estiver ali a espraiar tudo o que tem de ignaro, pelo menos, não anda a chatear toda a gente com vender os seus trapinhos em segunda mão. Quer dizer, "penso eu de que", já que os Conselhos de Estado são caixas negras de onde não se sabe, nunca, o que acontece, e até pode acontecer que saia de lá  bem consolada, depois de vender uns números mais largos, de lingerie, à Presidenta do Arranca Olhos...

Passamos agora aos erros de "casting", António José Seguro, que não devia estar ali, nem em lugar nenhum, e Manuel Alegre, que, mais uma vez, depois de dizer "NÃO", foi forçado a sentar-se no Conselho de Estado. Corrido à vassourada, e com o mesmo ímpeto com que se arreia nos cães, quando "dão o nó" com as mucosas das fêmeas.

O terceiro erro de "casting" é Passos Coelho, já que o lugar devia estar ocupado por Miguel Relvas, em representação da Metrópole Angolana, mas fica para o próximo.

Peça chave, porque "low profile", é o Professor Lobo Antunes, cujos comprimidos têm evitado que o estado de degenerescência neurológica do Saloio de Boliqueime o faça cair, ou desmaiar, como já aconteceu, no meio de alguma cerimónia pública.

Por fim, "the last, and the least", vem a sombra, e verdadeiro poder absoluto do Conselho de Estado, Pinto Balsemão, que governa Portugal, em regime de protetorado, do Clube de Bilderberg, na figura de Imperador Palpatine. Como é a pessoa que realmente detem, ali dentro, o poder de liquidar Portugal, no dia seguinte, ou de cometer um genocídio lusitano, em grande escala, não me vou meter com ele, até por que, consta, a Coca está a cumprir bem o seu papel de erosão.

Se os leitores se reviram nalguma das personagens atrás descritas, salvo aquelas que lá estão por engano, é por que, então, têm exatamente o país que merecem, e acredito que sim, porque não há eleições grátis, e muitos destes figurões já passaram pelas urnas, antes de seren remetidos a este sinistro limbo, pretensamente arcadiano.

Acontece que este grupo, que já era mau, vai amanhã receber o primo, acho, de Francisco Louçã, o próximo trunfo eleitoral do P.S., se esta merda se aguentar mais meio ano, coisa na qual não acredito, mas tudo isso são trocos, porque, cá fora, é que estará reunido o verdadeiro Conselho de Estado, os Portugueses, na forma de Democracia Direta, que, no seu Althing do "parvis" de Belém, vêm dizer à Caricatura, que preside ao Estado, que a Nova Maioria já está na rua, e não no Parlamento, onde apenas se reúnem fantoches representativos dos mais sombrios interesses, que nos arrastaram para esta situação.

A deliberação do Conselho de Estado, antevejo, vai ser curta e incisiva: resignação imediata da figura que mais tempo esteve à frente de Portugal, e sempre a destruí-lo, e a traí-lo, o cidadão Aníbal Cavaco Silva, culpado de um inumerável rol de crimes lesa pátria, assim o impedindo de tomar qualquer decisão que aponte no sentido de um governo de "Salvação Nacional", dado que o caráter sinistro do perfil, prontamente o transformaria numa paródia de iniciativa... cavacal.
Arresto -- e esta ideia é roubada a Laura "Bouche" -- de todos os bens, móveis e imóveis, de todos os políticos, familiares e correlatos, da III República, que, direta, ou indiretamente, tenham estado ligados a processos de desvio de dinheiros públicos, quer de origem nacional, quer comunitária, sendo os mesmo imediatamente negociados, com a "Troika", como meio de liquidação de uma dívida, em nada contraída pelos Portugueses, mas pelos referidos governantes.
Cessado o processo sumário de equilíbrio das contas, proceder-se-á, num período máximo de seis meses, a um julgamento sumário dos citados políticos, findo o qual, serão convocadas eleições livres, a que apenas se poderão candidatar cidadãos com declaração prévia de pertencerem a seitas, ou sociedades secretas, ou de qualquer tipo de favorecimento, de interesses, de filiação sexual ou lesiva da coisa pública.




(Quarteto do "Há hêga, pá, não enterres mais, que não há cu que aguente, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Região separatista do Algarve, em forma de ovo nos cornos da Assunção Cristas




Imagem do Kaos



Para quem frequente o meio universitário, Assunção Cristas é um "study case", que na escala de 0 a 5, estaria no nível 4, se tomarmos como bitola a "tristeza" (dos impostos e da impotência) de Cristiano Ronaldo, como um justo evento de nível 5.



Assunção Cristas, do lado estético, é o "missing link" entre os desgraçados criadores dos gatafunhos de Foz Coa, e os desgraçados apreciadores dos mesmos, nossos contemporâneos.
Têm, como corolário, virem, de lá, para costumarem roncar nos filmes do Manoel de Oliveira, que finalmente, apanhou com uma chaparrada de um gajo espanhol, com olhos, que o decidiu trompetear com o que toda a gente já dizia, em surdina.
Parabéns para ambos, já que o segundo acertou, "na mouche", e o primeiro tem, agora, como Passos Coelho em tempos anunciou, uma excelente oportunidade de se dedicar a outra área, que não seja, claro, o Cinema.
Como diria Matusalém, é aos 100 anos que a vida começa, e desejamos-lhe mais cem... longe do sorvedouro dos nossos impostos que aquela porcaria custa.

Assunção Cristas, como já o dissémos, num daqueles textos memoráveis, dos dias, em que, como hoje, estou numa de avacalhar, talvez fizesse bem em encaminhar Manoel de Oliveira para a Agricultura, e ela própria, detentora de uma pasta, que como a Economia, já corresponde a uma área fantasma, reciprocamente, para fora do palco, deste filme.
Sabemos que a sua vida foi um calvário, desde que, obrigada a nascer em Luanda, em 1974, para hoje poder pertencer ao "Clube de Angola", que governa Portugal, conhecido nas ruas do Mussulo, como "Cabinda Norte", para imediatamente ir a Hadar, para ser iniciada, com a Mafia Leakey, como membro honorário da Confraria dos pré hominídeos, com receção dos sinais da Ordem, testa baixa, quase inexistente, toro supraorbital proeminente, abertura nasal ampla, com meio da face projetado para a a frente, através de protuberâncias ósseas em redor da fossa nasal. A partir de aí, deu em crente, e ajoelha perante a Santa com Cara de Saloia, de onde se prova, que, em 1917, até a Aparição estava atrasadíssima, porque já havia fãs dela, pré Cro-Magnon.

O estilo parece que faz muito sucesso, sobretudo na zona do Benelux, onde as campónias, desde Rubens, e Rembrandt, têm traços semelhantes, o que terá nuns meses passados, levado Bruxelas a pensar que Portugal tinha finalmente enveredado pelo gosto flamengo, no que estavam profundamente errados. A última vez em que o género fez sucesso foi com a Vénus de Milo, mas já na forma da balzakiana sem braços, porque o envelhecimento é impiedoso, sobretudo no que respeita às mãos. Connosco, o atraso era tipicamente local, idiossincrático, e representava, de facto, aquele momento da Antropologia, que entrou para a longa história da Humanidade, em que o primeiro Cro-Magnon, da futura Margem Sul, olhou para uma chimpanza peluda, de Neanderthal, que já devia estar extinta, mas ainda andava a fazer pela vida, e disse, "que gaja tão boa, comia-te toda..."
E comeu, à Portuguesa, sobretudo se ela tivesse 13 anos, e ar de três vezes repetente, do Básico. O resto já não é Antropologia, é História de Portugal, e culminou no casal mais perfeito de que há memória, Aníbal, o Mudo, e Maria, modesta e modista, de Boliqueime.

Para que não se diga que só sou má língua, e já que se falou de Boliqueime, vamos refletir um pouco sobre um segmento no qual estamos na vanguarda das dinâmicas europeias, o separatismo, centrífugo e veloz, que tornou o Algarve na primeira região, de facto, apartada da unidade territorial portuguesa.
O fenómeno começou na Quinta do Lago, e em Vilamoura, onde a Mafia Russa instalou os seus primeiros aquartelamentos, e os declarou território livre. Depois desses Suevos, vieram os Visigodos, de tez mais escura, com os esquadrões de Isabel dos Santos, que mandou comprar vastos terrenos, de modo a criar aquilo que, depois do seu iate de sangue, deverá vir a ser o novo padrão Versalhes da casota neocolonial inversa, do futuro que espera as regiões separadas, da Europa. Queimada a Serra Algarvia, os engenheiros florestais estão em intensas experiências de implantações de imbondeiros, de modo a que a moça se sinta em casa. A fronteira, é por agora, a Radial Algarvia, embora já haja alguns condados anexos, como o do Sr. Dom Luís Montez, que, à pala de traficar terrenos com ex militares de abril, irá consumar o separatismo da Costa Alentejana. A sua capital deverá chamar-se Sudoeste, e assegurar, como Roma de Caracala, festividades o ano inteiro, para manter os drogados e alcoólicos desempregados, numa ocupação a tempo permanente. Outro condado, mal a Serra Algarvia seja aterrada, de modo a que Isabel dos Santos estenda o seu condomínio até ao Alqueva, falido, transformando-o no grande espelho de água do seu Versalhes algarvio: o Condado de Alqueva, "manifestis probatum est", constituirá mais um enclave, no retalho de Portugal, supondo-se que a constituição de um Baronato, em Beja -- onde a Clara Pinto Correia aviava os militares alemães, em missão de a cobrirem -- também já esteja na mão de conquistadores chineses, para lhe tornarem a pista na porta de entrada dos seus subprodutos.
Para os negativistas, Portugal, está portanto, a beneficiar deste separatismo, e a renascer.

Fosse vivo Sancho, o Povoador, e gostaria de ver chegar as marés de clandestinos, marroquinos, que a polícia espanhola, que não é de brincadeiras, como os pançudos da Esquadra do Rato, já empurrou do Guadiana para cá, para "povoarem"o litoral algarvio. As romenas, de um estrato etnológico inferior a tudo o que a Europa subproduziu, chegam, aos magotes, à Gare do Oriente, para imediatamente se dirigirem para o novo Estado Europeu, a mais nova nação do Mundo, o Algarve independente, e se entregarem a todo o tipo de atividades marginais.

Enquanto, em Lisboa, e naqueles arrebaldes miseráveis do Norte, que o autarca das putas quer agora açambarcar, como candidato a Vigo, perdão, Porto, como Presidente da Câmara Municipal, e onde a miséria já chegou ao ponto de se andarem a trocar livros escolares por comida (!), na República Livre do Algarve, passa-se o tempo em festas, e, mal cai a noite, todas as janelas das mansões do crime, da economia paralela e dos tráficos cintilam, como a Chicago dos Anos 20.

Enquanto Portugal definha, o Algarve entrou nos seus Anos Loucos: o Jordan fatura que nem um doido, apesar do buraco monumental de Monterrey, que acabará nas mãos de alguma mafia mais discreta, como a Turca, que só se vê de passagem, porque a coca tem de entrar, na Península, e imediatamente ramificar pelo Continente. O negócio está seguro, e devíamos ter um Ministro da Coca, em vez de um Oligofrénico da Economia.
O Algarve, como região separatista, está completamente fora dos devaneios autistas do demente Gaspar, e é hoje a menina dos olhos do último algarvio que ainda foi Português, Aníbal de Boleiqueime, Patriarca deste ciclo final de encerramento da Pátria.

Laura "Bouche", fonte inesgotável destas informações, já que a sua perpétua nudez nas dunas da Praia do Cavalo Preto lhe permite, como a um cão da pradaria, sempre descacada, e sempre com a picha (tromba?), em exibição gratuita nas dunas, ir observando todas estas orchestral manoeuvres in the light, fez o levantamento do povoamento da Ria Formosa, que é notável, para uma área protegida. A tipologia habitacional do novo estado divide-se em dois patamares, as barracas dos "pescadores", e as mansões dos autarcas. Ambas têm em comum uma coisa: as primeiras, serem licenciadas com luvas, em paisagem protegida, pelos autarcas corruptos da Marca de Loulé, que, depois da fuga do labrego de Faro, se tornou na segunda capital do novo estado; as segundas, serem construídas com os dinheiros das "luvas" -- há gavetas e gavetas de câmaras e freguesias, cheias de notas de 100, 200 e até 500 € --, e terem adquirido níveis de mercado consideráveis, já que, enquanto os capitais são branqueados na Quinta do Lago, na ordem dos milhões, uma barraca T2, na área protegida da Ria Formosa, Condomínio da Favela, vale 400 000 €, o que é bom investimento, para a Função Pública, e todos os que apanharam com a ripada do corte de 7% da Segurança Social.

Nestes, os cobardes Passos Coelho, o demente Gaspar e os seus acólitos não tocam, porque este pessoal, quando não mata, manda matar, como diariamente as televisões anunciam, já que, a par de ser um novo país, melhor, uma potência emergente, o Algarve está ao nível das periferias de Caracas, de México e de São Paulo.

O "Gigi", onde a Carolina do Mónaco vinha aos "jaquinzinhos", e depois aos sardões mais grossos, também foi visitado por Laura "Bouche", aliás, os chichis do "Gigi", que são uns dos seus refeitórios, onde se cruza com a pior escumalha que Portugal produz, tirando as graçola com o Professor Marcello, que sempre vem de outra casta. Este mês, foi Vasco Graça Moura que vinha a sair, e apanhou com os insultos nos quais "Laura" nunca é avara, e foi justamente tratado de "filho da puta" para baixo, enquanto, cá fora, uma frota de altas cilindradas anunciava que a Suricata da Assembleia Nacional, Assunção Esteves, tinha estado a desbaratar o dinheiro dos nossos impostos na manjedoura mais cara da República do Algarve, para depois ir a banhos, e vender os trapinhos usados às incautas da praia, exceto a "Laura", que está sempre nua. Fechado o "Sudueste", garante-nos que vai protagonizar o próximo evento do género, que é tentar devolver as quarenta camisas, que comprou nos primeiros saldos da "Zara", para as voltar a comprar, no dia seguinte, por... metade do preço.
Uma alma BPN, em suma, o que é essencial, para poder sobreviver nestes estados amigos e vizinhos, Portugal e Algarve.

Terminemos com Assunção Cristas, que inspirou este texto. Se Portas cancelou a sua presença no "honoris causa" do Fernando Henriques Cardoso, porque o devem ter avisado de que podia ter apanhado com uma coisa mais pesada do que o ovo da Assunção das Cristas de Neanderthal, e podia, aliás, a coisa está a caminhar para aí, como muito bem o mostra o ter sido, finalmente, patenteado, por um russo, o célebre "canhão de merda", e, ou o Portas salta do barco, antes do Orçamento, ou... enfim... problema dele... Mais próxima, está a data de 5 de outubro, simbólica, em que o moribundo de Boliqueime vai ter de vir dar a cara, ou a caricatura dela, e poderá apanhar com uma coisa bem mais severa do que um ovo.

Eu sou mais modesto: atiro-lhes, dia após dia... palavras mortais, não é?...

Quanto a Assunção Cristas, e porque estamos em Portugal, onde a iliteracia é um processo incentivado pelo inapto Nuno Crato, houve um anacronismo, por parte de quem lançou o ovo: sendo a Ministra de Neanderthal, o ovo deveria ter sido de dinossauro, e eles estão caríssimos, garanto-vos, até no eBay, onde eu me costumo abastecer, sempre que me apetece uma boa omelete de... calhau :-)

(Quarteto do, finalmente ovos podres, no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rádio Televisão da Grande Loja das Cervejas do Huambo




Imagem do Kaos

Há um axioma da Política que diz que é uma questão de tempo até Paulo Portas se tornar Primeiro ministro de Portugal.

Isso tem duas consequências, que é a inevitável pergunta "quanto tempo?...", que, desde logo, encaixa na seguinte, que é, simultaneamente, pergunta e afirmação, "e em que circunstâncias?..."

As circunstâncias para qualquer cidadão comum, que não viva na economia paralela, e tenha de comer, de pagar água, luz, empréstimos, filhos para sustentar e todas essas pequenas incomodidades, que nos separam do interior do Ghana, apontam para que, já ontem, este governo se devia ter ido embora.

Quando o tempo de Portas chegar, se quiserem um pouco de reflexão, será por duas razões, a primeira, porque a Política desceu mais um degrau, e isso é corolário de outro axioma da Política Portuguesa, a de que podemos sempre descer mais um degrau; a segunda que, embora não praticante, tenha havido um reacender de a necessidade de um certo padrão ético renascer na Sociedade Portuguesa, coisa que o Centrão desconhece, o PC acha que pratica, e até pratica, na sua maneira obsoleta, e o Bloco Desfazente gostaria de  poder fazer, mas acaba sempre na forma, ou de alcoólicos, ou de brochistas de grilos.

Até Sócrates, o último boneco de plástico com resistência suficiente para não se desintegrar, sob permanente chuva de granizo, os Interesses tinham tido o cuidado de escolher figurantes com um tempo de vida suficientemente amplo e discreto, para se manterem no seu papel de fantoches, até que pudesse vir a fornada seguinte, deixando a coisa evoluir, suavemente, na continuidade. Desta vez, e a começar por Passos, os erros de "casting" são de tal modo evidentes que me levam a recear pela próprio estado de saúde do Sistema, e eu exemplifico: Passos Coelho, o jotinha das "Docas", que só, à força, nesse tempo, repito, os amigos conseguiam levar para casa -- obrigado pela informação, Laura "Bouche"... --, por causa daquele magnetismo do "deixa-me-lá-tentar-mais-uma-cona-de-preta, por favor, não sejam mauzinhos, só mais uma...", ciclo hipnótico que podia chegar à alvorada, Passos Coelho, dizia eu, começou por envelhecer uma década, e, agora, já vai na segunda. Dada a proximidade fisionómica, corre o risco de, lá para outubro, até já estar parecido com o criminoso António Borges, agente a soldo da "Goldman Sachs", para assassinar as sobras da Economia Portuguesa, e se ver, numa noitada de sofreguidão do sundo negro, abordado por um dos "mr. smith", que estão encarregados de dinamitar esta porra toda, e lhe passar, por engano, as instruções para o passo seguinte do desmantelamento de Portugal.

Se calhar, até já lhe passou, e ele nem se apercebeu...

Como as coisas, agora, são rápidas, eu arriscaria dizer que, os estimados leitores, se conseguirem não se afogar nas semanas mais próximas, vão ter algumas... surpresas.

A última surpresa, de relativo mau gosto, mas que se insere na típica maneira barroca de expor as coisas, foi aquele lapso da divulgação da lista (?) dos aventalados de um determinado patamar. Quem fez a coisa fez para fazer estrago, mas mal feita, ou seja, mais uma vez, barroca, e à Portuguesa: dando razão a Salazar, que foi o Maior Português de Sempre, a coisa mete não recenseados, não aventalados, e até os mortos ali usam avental, de modo a que produza o efeito ambíguo de ficarmos sem saber qual a intenção e de que cabeça(s) saiu. Também já discuti com o João que a intenção inicial não era atacar o "Casa das Aranhas", excelente blogue, mantido por um intelectual insurreto -- desculpem... cometi um pleonasmo... -- mas chapar com o lençol num espaço de visibilidade e histórico mais alicerçado, e estou-me a referir ao "Democracia em Portugal" e ao "Braganza Mothers", já mais do que habituado a pagar com as faturas todas dos jantares dos outros...
Infelizmente, e circunstancialmente, os autores do ato tiveram azar, dado as caixas de comentários de ambos se encontrarem, temporariamente, encerradas, mercê de diversas investigações em curso, algumas sérias, porque de âmbito judicial.
Pessoalmente, e esta vai direta para os autores da brincadeira, a lista, para surtir efeito, devia era ter sido publicada nas caixas de comentários do blogue da Laurinda Alves, onde as rendas, os bordados e a estupidez natural imperam, embora, bom, mas mesmo bom, era chaparem com a coisa no "Abrupto", para o ex maoista se borrar todo pelas pernas abaixo.

Adiante, porque já estamos naquela fase do hipotético e falacioso de "o que teria sido a História, se não tivesse ocorrido o facto tal?..." O facto já ocorreu, está aí, e vamos ver que consequências terá neste chiqueiro em que estamos imersos até ao pescoço. Aparentemente, a caixa de comentários tornou-se em mais um lugar para que testemunhemos o que é o Português reles, no seu pior, vingativo, cobarde, interesseiro, e aproveitando-se da oportunidade de ver o adversário caído no chão, para ainda o pontapear mais...
Fica o conselho para quem o fez: da próxima, não despejem listas telefónicas, -- até já há uma versão completa, que vai até ao "V" -- façam uma coisa bem feita, tipo organigrama, com três entrada, "fulano de tal, da Loja tal, ocupa o cargo tal, para onde foi levado pela mão de cicrano de tal".

É mais difícil, mas entraria no campo da boa política e do jornalismo a sério, não no enxovalhamento por igual, porque pertencer à Maçonaria não é um crime, crime é haver setores da Maçonaria que se direcionaram, pura e exclusivamente, para as atividades criminosas, e é isso que está a destruir a nação, e, de aqui, como podem imaginar, já vamos diretamente para Miguel Relvas.

Faço um pequeno parêntesis para acrescentar um dado que revela bem o povo asqueroso em que estamos obrigados a permanecer: num estado regido pela ética, o cidadão normal exerceria o seu direito, e dever, de indignação, afastando-se de uma instituição, como a dos orgasmos de Clara Pinto Correia -- para os curiosos, ela está ausente, não por mais uma cura de desintoxicação alcoólica, mas porque teve um esgotamento nervoso, queira lá isso dizer o que quiser --. Os Portugueses, em contrapartida, quando a "Lusófona" começou a libertar o seu odor natural, numa maré completamente desvairada, ficam a saber, entraram numa corrida às candidaturas, o que potenciou ainda mais o que já era o que era.
Nós somos assim, e foi este assim sempre ser que nos conduziu à fossa em que estamos. Aquando do "Freeport", também o espaço suspeito, em vez de ser mal visto, passou a ser ostensivamente invadido pelo típico descerebrado cabeça rapada da margem sul, com o saco dos ovários pela mão, e a tralha no carrinho de bebé: parecia época de saldos, e aqui fica mais um alerta para os brincalhões da "Lista" Maçónica: com o que fizeram, arriscam-se a que Portugal tenha uma feroz retoma, na forma de... "Lojas"...

A R.T.P., que durante anos andou a fazer concorrência ao pior esterco da SIC e da TVI, numa daquelas melhoras da morte, de repente, decidiu que ia fazer serviço público, o que é uma chatice, porque a pessoa, que já tem a vida tão ocupada, subitamente, começa a ver passar documentários na "Dois", como já não via, desde o tempo em que a Maria Elisa Domingues era virgem, e filmes, que nos obrigam a ficar sentados, impedindo-nos de exercer o nosso dever, de serviço público, de trazer a Verdade para os blogues. Deu-lhes agora para isso.

A nomeação de... deixa-me lá ir ver o nome, porque não me interessa nada... ora... sim... Alberto da Ponte, que, tendo entrado pela mão do criminoso maçónico Miguel Relvas, e estando pública uma lista de maçons alfabéticos, e estando o "A", de Alberto da Ponte incluído nessa ordem alfabética, a tentação era de ir ver imediatamente, naquela correnteza, que só os parolos se darão ao trabalho de ler, de que Loja vinha Alberto da Ponte, sendo de supor que, ou era da "Loja Mozart", desculpem... "Universalis", ou era uma cooptação, ou um jeitinho, já que ninguém vem prestar serviço público de cervejas a um país de tradição alcoólica...
Pessoalmente, penso, e, como sabem, adoro semear falsas pistas... pessoalmente, acho que Alberto da Ponte vem da Grande Loja das Cervejas do Huambo, e que a sua nomeação esteve minuciosamente à espera de que o bando de criminosos que governa Angola, contra o seu povo, fosse revalidado para mais 30 anos, tempo suficiente para os Chineses, os Russos, os Americanos, os Brasileiros, Cubanos, Venezuelanos e castas afins, pilhem aquela merda, completamente, e remetam o preto de Lineu para a cubata, de onde a História, maquiavelicamente, insiste em não o deixar sair.
Para que a coisa não tenha um tom poético, parece-me estar a ouvir, e ver, Isabel dos Santos, na esplanada do seu iate, coberta de diamantes de sangue, a espreitar para terra, por uns binóculos Balenciaga, e a perguntar ao pai, "pai, aquilo que eu estou a ver com estes binóculos é um... pobre?... Um pobre... preto!?... Em Luanda?... Pensava que os pobres eram todos brancos, e já os tínhamos arrumado em Portugal..."

Com Portas comecei, com Portas terminarei: aparentemente, não há rasto do nome de Portas no "Caso dos Submarinos", como muito atempadamente revelou a Procuradora Geral da República, que, aliás, ao longo do seu meritório trabalho, em prol do Sistema, nunca encontrou rasto de coisas nenhuma, onde quer que fosse, de onde a sua meteórica ascensão política. Damos-lhe já os parabéns, dado que tem sido exemplar. Portas, também, coitado, tem passado as passas do Algarve num país onde só há um político paneleiro. Teve azar, e coube-lhe a sorte a ele. Quando isto se degradar mais, será Primeiro ministro, e talvez revele as contas da Suíça, onde o dinheiro dos submarinos foi avençado a Durão Barroso. Nessa altura, a Procuradora Geral, Cândida Almeida, coberta de rimel e baton -- uma espécie de Amália, versão 2.0 -- exercerá fortes pressões, e, como já não chegará a chantagem de desenterrar o "Processo do Parque", talvez vá buscar aquela célebre tarde de escândalo, em que o Diretor do "Independente", mais uma quantas "manas", teve de ser corrido dos wcs do 2º andar do então "Fórum Picoas", onde muito boa gente decente de Lisboa ajoelhava, até que a organização se chateasse, já que aquilo, como se sabe, estava destinado à apoteose do aleijão Zenal Bava, e não a fazer broches...

Outros tempos, outras eras: nessa altura, ainda era a Irmã Lúcia que sustentava o Mundo. Hoje em dia, e mesmo depois da colonização angolana, podemos dar-nos por felizes, porque acho..., acho..., que quem agora o sustenta deva ser a... Serenela Andrade.



(Quarteto do, se os militares não põem ordem nisto, não sei como vamos acabar..., em edição simultânea no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")