quarta-feira, 31 de março de 2010

O Profano Sudário



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Quando o país está parado, enveredamos pelas efemérides.
Costumamos ter a memória curta e as costas largas.
Mais coisa, menos coisa, há uns 3 anos, o Sr. José Sócrates, só deus saberá como, detentor de umas cadeiritas do Curso de Engenharia Civil, que lhe davam, e dão, uma habilitação abacharelada, acordava para um dos primeiros sustos da sua vida.

Já não me lembro se a coisa começou na Blogosfera, se foi nos Jornais, mas foi gloriosa: começaram por chover pautas incongruentes, faxes que não se percebiam se eram contemporâneos das notas, se dos pedidos das mesmas, via fax, motoristas do Estado, que ficavam à porta, enquanto o Sr. Sócrates fazia de aluno, e nós pagávamos (?) as horas extraordinárias do motorista,  promessas de declarações bombásticas, trafulhices de toda a casta, e um processo posto a um investigador da Blogosfera, que se tinha esticado demasiado, para a falta de cultura democrática e má consciência do gajo que governava Portugal.
Descobriu-se que se podiam fechar universidades, sempre que pudessem manchar os percursos manchados que os políticos nelas tinham feito, e assim se fez, e deus viu que era bom.

Desde então, as coisas mudaram, se possível, para muito pior. Descobrimos, escandalizados, que havia uma gaja, cheia de pinturas, que branqueava, a partir da sede da Justiça; que a História aceitava ser reescrita, e nós tínhamos de engoli-la; que havia notícias e não-notícias, sendo que as segundas prevaleciam sobre as primeiras, quando convenientes, e, mais coisa menos coisa, o tipo perdeu, depois, a maioria absoluta, percebeu-se que estava no centro de tudo o que era negócio obscuro, e de que havia um Partido refém de uma figura, que seria inaceitável em qualquer sociedade do Primeiro Mundo, exceto naquelas que, como a nossa, se tinham berlusconizado. Acontece que, quando penso em Berlusconi, penso, é claro, num gajo nojento, metido com a Mafia, a viver alegremente entre putas e travestis, mas tudo isso com palácios renascentistas, como pano de fundo, a velha luz de Roma a banhar o todo, e "malgré tout", um bom gosto de milénios, capaz de suportar um palhaço daquela estirpe. 
Nós, infelizmente, nunca conseguimos ir muito além das casinhas de azulejo do emigrante, das Casas da Música, das rimas do Saramago e das Capelinhas das Aparições, de maneira que ter um vigarista a encenar o rei vai nu num cenário destes é infinitamente mais deprimente do que tudo o que queiramos imaginar, mas isto sou eu a pensar alto, que sempre fui Europeu e Civilizado, e que nem nunca quis acreditar que essas coisas fossem possíveis, embora me passassem diariamente debaixo dos olhos. Excesso de Trianons, como diz um amigo meu, aliás, excesso de... Belvedères :-)

Depois disto, ainda houve Lurdes Rodrigues, a tal que enviava os professores para morrer nas escolas -- creio que nos países com leis, se chama a isso homicídio involuntário, mas cá dá-se-lhe o nome de Fundação Champalimaud... -- os presépios da Maria de Centro Esquerda, a Igreja, toda, confundida com uma "Casa dos Érres", os "Freeports", e Comissões de Ética onde pontificavam pessoas sem ética, suponho que, para que, pelo princípio da dupla negação, estando na Comissão de Ética pessoas sem ética, os casos de falta de ética que por lá passassem se tornassem imediatamente éticos, por serem analisados por desprovidos de Ética. Não, esta não foi uma indireta para a Inês de Medeiros: são só as vossas cabecitas malignas a congeminar. :-)

Não sei se vale a pena acrescentar mais alguma coisa. Esta era apenas uma celebração do Tempo Pascal: o Cordeiro de Vilar de Maçada está em plena forma, e é insubstituível. Ninguém lhe dá com uma miniatura do Idolatrário de Fátima nas fuças, como em Itália, porque o Povo é amorfo, sereno e sonso, e, no fundo, até gostaria de ter feito as mesmas coisitas que o Sr. Sócrates fez.

Está no seu direito, e eu, no meu, de achar que vivo numa pura esterqueira a céu aberto.

(Quadrado pascal, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

sábado, 27 de março de 2010

3-0! Vitória sem mácula!

É evidente que já venho um bocado atrasado mas, e isto não é desculpa, a minha vida não me tem permitido acompanhar assíduamente, como gostaria de o fazer, a blogosfera. Mas não queria deixar de assinalar a vitória, sem mácula, do Benfica sobre aquele clube regional que responde pelas siglas de FêCêPê... E não pondo para segundo plano essa mesma vitória, quero aproveitar também para exprimir uma certa indignação, em forma de farpas, sobre certos comportamentos e atitudes dignas de Homo Sapiens. Começando pelas inqualíficáveis atitudes da claque do Porto, vandalizar e destruir, que prazer se retira?... Fica a pergunta.
O vosso reinado está a acabar!...


... E depois ainda existe este indivíduo, o Bruno Alves, que está cheio de sorte por ainda não ter encontrado um tipo como o George Weah que lhe partisse o focinho bem partido, como aconteceu ao Bicho, leia-se Jorge Costa. Eu percebo como é que um sujeito deste calibre chega a líder de um balneário como o balneário do clube das tripas e das francesinhas. Custa-me é a engolir que este arruaceiro fique impune devido à forma ou jeito como se destaca em campo. E ainda me custa mais a engolir que este mesmo sujeito possua "categoria" para representar a selecção nacional! Está-se a perder um exímio lutador de Vale-Tudo.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O Colapso da Herança Maior de São Bento


Imagem do KAOS

Hoje, não viria escrever este texto, se não tivesse sido enganado, e se não tivesse, à minha maneira, visto o solzinho a dançar.
Acontece que hoje perdi quase duas horas das minhas atarefadas vidas a ver uma das maiores porcarias que a máquina de intoxicação cinematográfica ultimamente se dignou produzir, "Estado de Guerra", uma coisa de baixo orçamento e mensagem ainda mais de rodapé que a trituradora anglosaxónica resolveu premiar, em toda a linha, e esplendor.

Antigamente, e quando digo "antigamente" estou a falar no pré obamismo, toda a gente sabia que havia conteúdos subliminares, e que nada era inocente, nem gratuito.
Com o advento da Era do Caneco, as coisas passaram a ser explícitas, e do género, "ou engoles, ou levas".

"2012", uma das maiores pessegadas da Era Vulgar já se tinha dado ao luxo de oscilar entre o Imoral e o Amoral, conseguindo pôr as plateias a vibrar com a salvação dos muito ricos, e a desejar que se salvasse a fina nata do lixo mundial, ou seja, os caniches do Extermínio Global.

Quando rodarem "2012 - II", estou curioso para saber como será um Mundo onde os sobreviventes se chamavam Sócrates, Berlusconis, Sarkozys, Bin Ladens e semelhantes, a viverem numa Nova África, cheia de recursos e exterminada de pretos. Deve ser maravilhoso, e vou-me enrolar num cobertor, à porta do cinema, para ser o primeiro a comprar o bilhete.

"Estado de Guerra" usa recursos estafadíssimos, desde génios, como Riefenstahl e Eisenstein, o grande plano, a câmara ofegante, o escorço da perpetiva cinematográfica, o lavrar da pele, e o claro delimitar dos bons e dos maus. Fica por desencriptar se os marines, à noite, se comiam mesmo entre eles, no meio do álcool, e se as relações dos magalas com os autóctones metiam, ou não, pedofilia, coisa que esta muito na moda.
No fim, entre a amoralidade reinante, prova-se que a Guerra é boa, contra uns primitivos, que inventaram a Escrita, a Matemática, a Astronomia e a Lei, e que degeneraram agora em fabricantes de bombas, para matarem os hamburgueres ambulantes, do Wisconsin e do Dakota, que até tinham famílias e coisas parecida, e..., ah, sim..., sentimentos, que são propriedade exclusiva dos súbditos de Sua Majestade Obama, o novo Bokassa do séc. XXI.
No fim, a Guerra é tão boa, que há quem grite "bis", e volte para lá, conselho que não se via explícito, desde os filmes de propaganda, feitos para atrasados mentais, em meados do séc. XX.

Para quem adorou o filme, aconselho-o a que visite os estúdios AQUI, onde a Realidade reina, e o prazer é ainda mais prolongado, sem efeitos especiais, e também de baixo orçamento.

Isto, todavia, foi só a gota de água, até porque sou insuspeito, e acho muito bem que os cavalheiros que lá tinham posto o Saddam o fossem apear, à custa do que quiserem, até dos mortos todos, e mutilados que conseguirem, para não se esquecerem, mas não contem comigo, porque acho que todos as tempestades colhidas mais não serão do que fruto dos ventos semeados, e eu sou totalmente alheio a essa novela.
Assim como Sarkozy, uma das faces da obscenidade mundial, ganhou, a descer os Champs Elysées, montado num cavalo branco, também deviam pôr a maior fraude do início do séc. XXI, Barack Hussein Obama, montado num camelo, nas frentes de batalha de Bagdad, com o Prémio Nobel da Paz na ponta de um pauzinho, a dissuadir homens bomba de explodir.

Saddam Hussein foi apeado porque cometeu o erro fatal da sua existência de canalha infrahumano: queria pôr o cartel do Petróleo a negociar em Euros, e não em Dólares, e isso custou-lhe a cabeça, aliás, custou-lhe um vergonhoso ato de impiedade do Ocidente, que foi enforcá-lo da forma obscena que todos vimos. Era um sinal dos tempos, a dizer-nos que, a partir de ali, íamos ver só pior, e cumpriu-se a profecia.

O problema do Euro é um problema fulcral, e anda a pairar, sem que o queiramos, no nosso dia a dia.
A mim, pessoalmente, frequentador das excentricidades do Ebay, dá-me imensíssimo jeito que o Euro esteja a valer quase 1 Dólar e meio, mas há quem deteste isso, aliás, há quem deteste o próprio Euro, e a Europa toda, uma Superpotência civilizada e com raízes históricas, ao contrário do Continente dos McDonald's e das pretas com 250 quilos, leitoras de versículos protestantes e fazedoras de abortos semanais, nas vielas de New Orleans. Yes, they can, e vêm hoje por aí fora, mas estilo Átila, porque a América, mais as suas vizinhanças saxónicas, agora que se livraram do mito do Homem Branco, criminoso, que usava a superpotência, para escravizar o Mundo, e têm agora a ficção, do SuperHomem Caneco, que, ideologicamente, se permite continuar a fazer o mesmo, mas já sem a possibilidade de ser atacado, essa América declarou guerra subterrânea à Europa, ao Euro, e à Matriz Cristã que a tornou sólida.

Mais uma vez, me escudo no ser insuspeito: sou pagão, nada tenho a ver com a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana, exceto naquilo que nela me fascina, tudo o que produziu de Artes, Esplendores e Devassidão, ao longo de 2000 anos, mas acho estranho que, subitamente, se conote a instituição com a Pedofilia. Pedofilia sempre houve por todo o lado, desde a Presidência da Assembleia da República de certos países duvidosos, às câmaras de subúrbio, e é estranho que pareça, subitamente, só ter florescido nos terrenos do Vaticano.

A explicação não é imediata, mas é elementar: quem está a minar a Zona Euro, levantando barreiras "morais", onde apenas há corrupção de sul do Continente, e falamos da Grécia, que se deu ao luxo de não fazer autoestradas, mas de refazer as suas velhas estradas, ao custo de... autoestradas, coisa a que nem o criminoso de delito comum, Cavaco Silva, se atreveu, já que poupava só na camada de desgaste, para que enriquecessem os ferreiras do amaral e os miras amarais desses tempos, a Grécia, dizia eu, para além daquela indignação de superfície, em que todos nós embarcámos agora, é o teste à coesão da Zona Euro, ou seja, o calcanhar de Aquiles de quem quer destruir a moeda mais forte do que o Dólar, do Caneco Obama, de quem quer abater a Unidade Europeia, que pode ser um perigo para Os Estados Maçónicos Unidos da América, e, finalmente, a sua própria matriz espiritual e religião, a ICAR, centrada no Vaticano, nas mãos de um Papa intelectual, fraco, cobarde e ambicioso, que pisoteou tudo e todos, para chegar ao Trono de Pedro, e está agora a comer o pão que o Diabo (ele) amassou.

Os senhores Protestantes que se desenganem, mais as suas seitas cientológicas, ou apocalípticas, como aquele antro onde Obama foi inoculado com as ideias de um pregador racista e inculto.
Nós, Europa, temos mais Cultura e História do que essa América inteira de bombas de gasolina, e não temos culpa nenhuma de que ela tenha entrado na rota da Decadência. Entretenham-se com chatear os Chineses e os Russos, mas, com esses, o Caneco Obama, e a sua sopeira, Clinton, borram-se de medo, e preferem vir chatear as condessas parisienses, os civilizados suíços e os nefelibatas monegascos.

Num breve resumo, a pretexto de Grécias e de Pedofilias Eclesiásticas, um qualquer canalha, Senhor do Mundo, um rafeiro bilderberger, deu recentemente ordem de abate à mais velha herança de São Bento, monge do séc. V, e nosso patriarca continental.
Há 60 anos, os Bárbaros Americanos bombardearam o núcleo de Montecassino, para ver se irradicavam a nossa raiz de memória profunda, assim como a Contra-Reforma era destruída na noite mais negra de Dresden, capital desse Barroco que os Protestantes odiavam, e eu tanto estimo.

Não se espante com este texto: ninguém, mais do que eu, execra o décimo sexto Bento, acha miserável a pedofilia, e pensa que, se eles, de facto, detestam mulheres, não se escudem na violação de crianças.
Também eu odeio a Corrupção, mas isso não permite que se extermine o Euro, para o Porco Americano e Inglês vir estender o seu manto de interesses num Continente devastado.
Caro leitor, pense duas vezes, antes de aplaudir este crescente descalabro com que está a ser intoxicado. O seu custo tem um nome, e esse nome é a nossa mais rica e imemorial herança: chama-se EUROPA, uma grandeza que todos temos em comum e que provoca a maior inveja nessas legiões de bárbaros comedores de bifes triturados.

(Quatro trombetas de alerta, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino"  e em "The Braganza Mothers")

sábado, 20 de março de 2010

Novas Escutas do "Face Oculta" - A Ceia dos Robalos, de Manuel Godinho



Imagem do KAOS

Do CD 227, da série mandada queimar pelo Orelhas de Bode do Supremo Avental de “Justiça”

(Protagonistas: o Sucateiro, Manuel Godinho, e a sua Boca da Servidão, Dona Idalina Godinho – por detrás de um grande sucateiro, há sempre uma grande sucateira fêmea)

Manuel Godinho – Lina, querida, vem aí o Natal, e precisava de fazer a lista das prendas…

Dona Idalina – Sim, amor, queres começar por quem?... Pelo “Chefe”, pelo “Major”, ou pelo “Dragão”…

M.G. – Vamos pela classe A, que é a mais barata… Como se chamava aquele taxista que mandaste subir, no outro dia…

D.I. – (suspiro) Que delícia, Manel… para esse, podemos pôr uma corrente de ouro, 200 €. Se voltar, dou-lhe também uma figa, porque tinha a figa bem (suspiro)… grossa…

M.G. – O que damos ao Lello, este ano?...

D.I. – A “Lena” ficou de negociar com ele uns custos a mais, nos IPs da Roménia… Acho que eles podem dar a prenda...

M.G. – (silêncio) O “Chefe” não gosta muito que se fale da “Lena”, de maneira que podemos pôr um bidé de prata, aí coisa para…

D.I. – para?...

M.G. – Classe AA – 2500 €

D.I. – Já escrevi, podes continuar, querido…

M.G. – Que é que damos ao Armando?... Essa dos robalos está muito gasta…

D.I. – Podia ser um livro?...

M.G. – Por amor de deus, o homem mal sabe ler, olha... põe umas bandas desenhadas…

D.I. – Mas isso é muito barato…

M.G. – Sim, mas assenta aí, “bandas desenhadas do Tonecas”. O resto vai em “quilómetros”…

D.I. – Damos alguma coisa ao Sousa Tavares este ano?...

M.G. – Também pode ser um livro, mas com muita bonecada, porque o gajo também lê mal… Olha, até tive uma ideia: damos uns “Astérix” a esse, e, em troca, uns “Equadores” à Ana Paula Vitorino

D.I. – “Equadores”, versão copiada, ou o original?…

M.G. – A copiada, porque ela é como o “Chefe”, mázinha, em Inglês Técnico…

D.I. – E para o Vitorino?...

M.G. – O Vitorino adora passes para as saunas: põe aqui um catálogo de “gay-bears”: álbum de fotos, redondos, peludinhos e de pila pequena…

D.I. – Credo, que nojo!... Isso custa quanto?...


D.I. – O Jorge Coelho leva o quê?...

M.G. – Essse gajo já mamou muito. Põe-lhe um Translator de Bolso, para evitar que ele diga “há dem” e “há des”… 250€, Classe A

D.I. – Ai, amor, é tão chato estarmos nesta lista…

M.G. – Ainda falta o “Pidá”… Acho que o gajo ia gostar duma metrallhadora, mas ainda não sei o preço, vou ter de telefonar ou ao “Major” ou ao Júdice…

D.I. – Fica então em aberto?...

M.G. – Sim, deixa em branco, mas escreve AAA, à frente. Convem ter esses gajos da Noite sempre do nosso lado...

D.I. – O Pedroso leva alguma coisa este ano?...

M.G. – Sim põe um Menino Jesus de Prata, coisa aí para 400 €, AA

D.I. – E o “Major”?...

M.G. – O “Major” vai com o Figo e o Pinto da Costa. Temos de falar com o “Chefe” e ver se obtemos um perdão fiscal. O ideal era que os gajos pagassem para aí, sei lá, 5% do que puseram nos “off-shores”, e o resto vinha em perdão fiscal, para enganar o pagode…

D.I. – Isso são montes de robalos, amor…

M.G. – Pois são, querida, mas o populacho é analfabeto, está tudo no nível da Lurdes Rodrigues, mas para o perdão fiscal, no estado em que esta merda está mais robalo, menos robalo, é tudo uma questão de meses, ate à Bancarrota... mas tenho mesmo de falar com o Gajo das Finanças, e tem de ser às escondidas da “Bruxa”, que essa gaja anda a esticar-se muito no que diz para a Imprensa...

D.I. – Não achas que se podia pregar-lhe um… susto?...

M.G. – Não, a gaja tá de saída e o Balsemão já negociou com o Avental pôr aquele chavalo tonto, o Passos Coelho, no lugar da Velha, para esta merda não oscilar muito.

D.I. – Mas damos alguma coisa à Velha?...

M.G. – Sim, põe aí um Galo de Barcelos, mas baratucho, segunda escolha, que ela depois vai ganhar uma pipa de massa, quando for para Governadora do Banco de Portugal

D.I. – A Maria Barroso?...

M.G. – Ai, filha, essa ainda está pior: dá-lhe uma prenda A… Olha, melhor, nem gastes dinheiro: manda-lhe aquele catálogo de “La Redoute” do ano passado… Não deitaste fora, pois não?... Assim, a gaja fica a ver os bonecos, lá em Nafarros, e não chateia.

D.I. – E o “Chefe”…

M.G. – (silêncio)

D.I. – (silêncio)

M.G. – … o “Chefe”?...

D.I. – É sempre um grande problema… Um problema do caralho...

M.G. – Vamos deixar para o fim, mas não te esqueças, amor…

D.I. – Temos a Câncio… Que achas?...

M.G. – Vocês é que são mulheres, sabem melhor do que eu…

D.I. – Querido, eu acho-a nojenta, de maneira que preferia que fosses tu…

M.G. – (risos) olha, por mim… (risos) Por mim… era já um vibrador…

D.I. – Manel, por amor de deus, não sejas ordinário…

M.G. – Querida, EU estou a falar a sério… Acho que lhe faz falta. Há uns da Ferrari, com cinco mudanças, dizem que faz maravilhas de jornalismo…

D.I. – (silêncio) ... amor…

M.G. – Pronto. Tive uma ideia genial: vamos gastar uma pipa de robalos, mas vamos matar dois coelhos de uma só cajadada… (risos)

D.I. – Como assim?...

M.G. – Mandamos a gaja para Barcelona, para falar com o Rubén Noé Coronado, para a aconselhar a fazer um implante de pénis…

D.I. – Amor, isso vai sair AAAAA, caríssimo!…

M.G. – Não vai, querida, ela faz o implante, toma umas hormonas, é um investimento, como qualquer outro, (risos) saiu mais caro mandar matar o Sá Carneiro, e depois… (risos)

D.I. – … depois o quê?...

M.G. – (risos) Ficamos com o problema do “Chefe” resolvido: quando ela estiver … “transformada”…, oferecemo-la como prémio (risos) ao “Chefe”… (risos)

(fim da escuta)

(Quadrilátero, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sábado, 13 de março de 2010

Ainda o fantasma de Maria de Lurdes Rodrigues, como gangrena inoperável do Tecido Educacional Português




Imagem do Kaos

Sou uma pessoa pouco dada a falar de doenças: prefiro o Sol, o Mar, a Música e as Artes.
Só o saber que vou ter de reinvocar aqui o nome de Lurdes Rodrigues é para mim penoso, mas a noite obriga-me, por dever de cidadania, a fazê-lo.

Se me perguntassem quem contaminou, e destruiu, para sempre, o nosso Sonho Europeu, eu responderia, Aníbal Cavaco Silva.
Se me perguntassem quem escolheria para epígrafe de uma futura crónica dos Anos Negros do Chavismo Socratista, eu escolheria Lurdes Rodrigues, o busto da ignomínia de todo este período.

Desde Cavaco, a família tradicional degenerou numa coisa, em forma de alforreca, que inclui, invariavelmente, um drogado, um desempregado de longo curso, um gajo com costumes sexuais exóticos, e muitos rendimentos obtidos na Economia Paralela. Com o tempo, ou seja, com o Socratismo, depois de uma breve deriva guterrista, que foi o Ovo da Serpente, todos se converteram em pensionistas antecipados, alcoólicos, divorciados e proxenetas do Estado.

Um belo dia, por desfastio, resolveram pôr os filhos na Escola.

Como Foucault dizia, e muito bem, o Sistema de Ensino apenas tende para cristalizar as assimetrias culturais e económicas, fazendo com que os mais miseráveis perpetuem os seus miserabilismos, e os mais ricos, o vazio da sua pobre riqueza. De quando em vez, é certo, há um talento, que dá um chuto no Sistema, e, então, faz-se História, mas, pelo meio, perderam-se gerações, e o "Titanic" rasgou-se ainda mais, na ponta do seu icebergue.

Eu sei que o tema não me agrada, e também não é ingenuamente que a Comunicação Social vem agora desenterrar, simultaneamente, um suicídio de um aluno perseguido, e de um professor acossado, mas eu posso aproveitar a boleia, e dizer o que me apetece, e não o que lhes convem, e vou fazê-lo, embora sem grande vontade.

Há muito que defendo a existência de uma Carta de Procriação, tal como existe a Carta de Condução: ou passa-se, ou chumba-se, e há penalizações por pontos. A partir de um determinado patamar, o núcleo macho/fêmea é, pura e simplesmente, impedido de se reproduzir, e de lançar mais ruído humano, numa sociedade, já de si, traumatizada.
Uma larga faixa de Portugueses devia ser impedida de ter filhos, por incompetência, inexistência de padrões morais e de condições mínimas de Humanidade, e esta frase é fatal, porque vai colidir com uma das mais perniciosas instituições do Ocidente, a Igreja de Roma, coio de criminosos cúmplices do latrocínio, da intimidação, da tortura, de ditaduras, do Nazismo e da Pedofilia, entre outros pequenos luxos.
Para mim, não-cristão, alheio ao valores do determinismo do casamento, fervoroso combatente contra a procriação a todo o custo, e pagão, de emoções e razões, ponho já aqui o dedo na primeira ferida, porque todas as outras não são mais do que obscenas consequência desta.

No séc. XXI, a pior forma de poluição é, portanto, a poluição humana, e todos os discursos moralistas e ambientalistas contornam, um atrás do outro, esta frase, como se de um anátema se tratasse. Para mim, pelo contrário, nem é sequer uma hipótese, e antes se trata de um rígido axioma, no qual radica a maior parte dos problemas mundiais presentes.
Quando quiserem corrigir a crise da Contemporaneidade, comecem por aqui, e enquanto não forem por aí, não contem comigo para nada.

A Família média, portanto, tornou-se num cancro representativo social, e num obstáculo ao desenvolvimento das sociedades: é o berço e a estufa dos vícios, do vale-tudo, da proveta do desenvolvimento dos pequenos monstros, futuros analfabetos funcionais, estrangulados entre dias inteiros de televisão, jogos de violência, e padrões de relacionamento social infetado de todas as porcarias imagináveis, desde os preconceitos de hierarquização aos lugares comuns do politicamente correto sexual.

No fundo, e estava agora a recordar a recente história da Madalena e do pombo, coisa que só eu eu ela sabemos do que se trata, que piedade poderei eu sentir, perante um canalha, de 15 anos, que está, à porta da escola, entretido, a torturar um animal, e sente, como um abuso, quando a mão de uma professora, lhe tenta tirar a vítima da mão?
Objetivamente, se não estivéssemos num mundo que perdeu as defesas, era esbofeteá-lo à antiga portuguesa, com o recado de vai agora contar à tua mãezinha que te partiram, e bem, a cara, à porta da escola.

O Leandro matou-se, porque a Dona Lurdes, quando começou a apertar os cordões à bolsa, esqueceu-se de que a sua tutela era a forma de todas as almas futuras, e, quando ali cortasse nos gastos, estaria a cortar na própria Civilização, como fizeram todas as culturas, quando entraram no seu típico período de decadência.
Maria de Lurdes Rodrigues, esse monstro inominável, com as suas hipóstases, o Hipopótamo da DREN, o Caniche Valter Lemos e mais um quantos afins, pura e simplesmente, procedeu ao enterro dos derradeiros vestígios do Iluminismo, trazendo uma Idade das Trevas, que, aliás, já estava prevista no seu sinistro fácies de figura miserável, criada nos meandros de tortura e humilhação da Casa Pia, dos abandonados pelo pai.

As Escolas, por inerência, e por isso ela as odiava tanto, ainda são retaguardas de pessoas que defendem valores inalienáveis, os tais medalhados da sombra, cujos atos nunca verão a luz, mas que suportaram os embates dos abdómens de infinitos problemas diários. Como dizia o Poeta, há certas crenças e pensamentos que nenhum machado cortará, e isso era insuportável para essa Besta, pré-humana, chamada Lurdes Rodrigues.

Entre a Família, destroçada, perversa, ou inexistente, e a Cúpula Amoral do Estado, representada por Sócrates, Aníbais, Varas, Pintos da Costa, Júdices, Pedrosos e aberrações semelhantes, havia, e ainda há, uma fina barreira, em forma de filtro, que impediu que a barbárie estendesse a mão de Cima, para encontrar a garra perfilada, de baixo.

Como um chapéu de chuva protetor, em muitas escolas deste país, o jovem foi simultaneamente protegido do flagelo da Família e da chuva ácida dos maus exemplos do Estado e da Sociedade.
Para os canalhas, que nos governam, e para os cegos que, como coelhos, procriam, isto é insuportável.
A gravidade da coisa estendeu-se esta semana à mancha de óleo de outra insuportabilidade: a grande trituradora, posta em marcha por essa não-pessoa, Lurdes Rodrigues, e deixada em roda livre pela medíocre contadora de histórias, Isabel Alçada, começou a minar as suas últimas barreiras protetoras: suicidam-se os alunos, porque a coisa se lhes tornou insuportável, e matam-se os professores, a pretexto de convenientes "fragilidades psicológicas"(!).
A verdade é, todavia, outra: à falta do "Paraíso" Finlandês e do Pragmatismo Empresarial Americano, onde os gajos, quando se chateiam, agarram em metralhadoras e limpam o cenário, nós, Portugueses, vítimas de uma República decadente, de uma não-democracia cada vez mais explícita e de carrascos dos valores morais, como Lurdes Rodrigues, preferimos, país de poetas, morrer às escondidas, sozinhos, como animais encolhidos num canto, os suicidados de uma nova geração perdida, o clube dos poetas mortos deste miserável Portugal do início do séc. XXI, que será, no Futuro, lido como um dos períodos mais vergonhosos da nossa História.

(Quarteto de sombras, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quarta-feira, 3 de março de 2010

Jumências de um País de Jumentos



Imagem KAOS

Como sempre, venho de fora, e venho de uma perspetiva eventualmente totalmente errada, mas assumo que tenho direito a ela, e lá a cumprirei.

O primeiro tema são os amores: os cataclismos, como diz o Kaos, só Deus, o nazi Ratzinger e a defunta Irmã Lúcia saberão se não foram comprados com "robalos", e não vão aparecer na próxima publicação, da Páscoa, das Escutas do "SOL", como mais um ato obscuro do "Polvo" do "Chefe" Sócrates. Na realidada, o Clima, os desastres naturais e as desgraças da Madeira só vieram trazer um breve balão de fôlego a José Sócrates.
Alberto João Jardim, um bom cangaceiros das Ilhas Afortunadas, lá se casou "gaymente" com o "Engenheiro" e juntos vão reconstruir a Ilha Mais Bela com fortes injeções de robalos, e não fazem senão bem. Só lamento os mortos, cujos números nunca saberemos, "a Bem da Nação"...
Por este andar, um dia destes, ainda vemos a Odete Santos de braço dado com a "Nosferata" Nobre Guedes, em grandes beijos e linguados, mas, afora o humor, temos aqui uma prova de postura de Estado, de parte a parte, e isso faz-nos bem, de quando em vez.
Interessante vai ser o prolongamento do namoro: Manuela Ferreira Leite, de saída, dispara petardos por toda a parte, e não precisa de estar disfarçada de "Jumento" para os disfarçar. Aliás, ela não tem nada de jumento, e costumava disparar, quando era menina, sob o pseudónimo de "Arenque Fumado", que lhe ficou até aos dias de hoje, não fossem as Escutas do "Face Oculta" revelar que a Camorra do Largo do Rato falava dela como "A Bruxa". Portanto, para os incrédulos leitores, "A Bruxa", ficou-se hoje a saber, era mesmo Manuela Ferreira Leite, futura Governadora do Banco de Portugal, para assegurar o Noivado Central, e ficar muito caladinha.

A segunda parte deste divagar vai para o lamentável episódio de um jornal recente, o, se não me engano, "i online" versão, mais ou menos, mal atamancada, de um jornal universitário, seu antecessor, como aqui poderão verificar. Pouco imaginativo, portanto, já aí.

Para os apreciadores destas tricas, gente geralmente sem interesse, terá havido um serviço prestado ao País. Para mim, que leio muitos poucos blogues, exceto o do Kaos, onde vou roubar as imagens, e dois os três blogues culturais nossos vizinhos, posso arriscar que nada sei do que estava a acontecer no "Jumento", ao ponto de meter Judiciárias (!) e Interpol (!). Ignoro, portanto, se por lá se estavam a passar atos de divulgação pública de matéria classificada, e haveria qualquer indício de infração disciplinar, portanto, não me pronunciarei sobre isso. A ideia que conservo do "Jumento" é de há 4 anos atrás, quando se andava em guerra contra o Diploma de Sócrates, e ele se aliou à Grande Coligação, que desmascarou a fraude da "Independente", tempo gloriosos, e, já que estamos na fase das confissões, sempre vi nele um blogue esfusiante, pletórico, e com uma voracidade de disparos imagéticos e textuais do tamanho do Mundo. Resumindo: era precisa muita paciência, para manter aquele ritmo, e sempre imaginei -- deus me perdoe... -- por detrás da imagem do autor, um gajo reformado precocemente, sentado numa cadeira de rodas -- perdoe-me também o autor... :-) -- e que necessitava de um feroz contacto com os outros, passando o dia inteiro na sua obra. Parece que me enganei, e o tal Jornal "i" veio agora dizer que se tratava de um membro da Máquina do Estado, próximo da "Situação" PS, o que, desgraçadamente, coincidia com as informações que já me tinham passado, e que em nada adiantou à minha, nem à felicidade dos outros. Cada um na sua, e amigos, como sempre, embora continue a achar que a minha posição final, sobre o caráter dos blogues, é a que então expressei na "Carta a António Balbino Caldeira", igual vítima de perseguição, e a da Blogosfera Futura, e por aí me fico.
Quando era menino, e ouvia, através de um pesadíssimo rádio móvel, da minha avó, coisas hoje completamente perdidas e obsoletas, como o "inspetor Varatojo" e "Os Parodiantes de Lisboa", sonhava cm as faces que estavam por detrás daquelas vozes imateriais, mas o sonho era dúbio, porque, no fundo, sabia que qualquer daquelas faces, quando reduzida à poeira da sua mortalidade, deveria ser irremediavelmente desinteressante, perante a formidável (i)materialização que eu tinha construído das suas imagens.

Esse é, desde o tempo dos grandes textos e dos grandes filmes, o pecado mais mortal de todos, o de confundir as personagens com o/os autores.
Em geral, o criador é sempre inferior à ficção criada, pelo que esse caminho de "investigação" é sempre um empobrecimento do nosso imaginário, e só se aconselha a pessoas que querem sofrer, pela segunda vez, o desgosto de descobrir que o Pai Natal, afinal, não existe, e os meninos não vêm, mas não vêm mesmo, no bico da cegonha.

Para mim, como para milhares de leitores, "O Jumento" é, foi, e será, sempre... "O Jumento", e podem repetir-me dezenas de vezes o nome do seu imaginativo criador que serei incapaz, por mais que o tente, de o fixar, e tenho orgulho neste lapso da minha memória, porque é sinal de que continuo a acreditar que é pelo sonho que vamos, e iremos, ai, prometo que sim :-)

Resta o cavalheiro do jornal, um aprendiz de Avillez, que poderia ter evitado ser aprendiz de avilão. Tem, em sua defesa, o estado de decadência a que chegámos, de incitamento à delação, à carta anónima, ao email vergonhoso, aos comentários ignóbeis e sem rosto, cuja tipologia já um dia abordei, em forma de esboço, enfim, à alma profunda do Socratismo das "Faces Ocultas".
Em nada adiantou, esse pôr-se hoje nos bicos dos pés, do Sr. Avillez, para o bem-estar do cidadão comum.
Melhor do que eu, sabe que os químicos, "contra o bichinho", prolongam a vida, mas todos morreremos, mais tarde, ou mais cedo, num tempo que é demasiado breve, para que insistamos em cultivar o baixo nível. Para isso, basta-nos a Política e os seus soturnos arredores.
Talvez tivesse pensado, num rasgo de coisa equívoca, que estava a recriar os grandes "furos" do inimitável Paulo Portas, dos tempos do "Independente".
Não estava e não chega lá: por mais dinheiro, publicidade e cunhas que tentem empurrar o "i" para a frente, os tempo áureos dessas coisas já passaram, e a sua primeira página, hoje, caro Martim, não foi mais do que um triste solavanco dos muitos sinais de entropia desta "aurea mediocritas" dos Idos de Março, de Portugal acelerado ao fundo.

(A quatro cascos de "Jumento", no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")