quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Garrafão das Scut





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Pronto, acabou a praga das vuvuzelas, e acabou demasiado tarde, para o meu gosto.
Agora, é altura de cair na real, e a real é impiedosa.

Vou começar por vos mentir e escrever um pouco à Hans Christian Andersen, para que fiquem embalados, e depois apanhem ainda com mais força com tudo aquilo que vos vou despejar em cima.

Portanto, era uma vez um país decadente, governado por uma "Princesa" esquizofrénica e com tiques paranóides, que vivia isolada numa Torre do Héron Castilho, e tinha uma mãe muito boazinha, Jeová, que todos os dias lhe dizia que o Fim do Mundo era uma coisa "natural", portanto, podia continuar em frente, porque todo o desenrolar já vinha previsto nos números atrasados da "Sentinela". Essa "Princesa" era muito infeliz, porque vivia cercada de fadas que lhe faziam conspirações negras, quando o coração dela era puro e sucateiro, e tinha uma abóbora no duodeno, que se transformava em impostos, sempre que soavam as doze badaladas da meia noite. A "Princesa" sofria muito, porque não havia macho que a satisfizesse, e ela vingava-se nos seus súbditos, que, entretanto, já estavam tão fartos de golpes baixos, de vilania e de mentira que achavam todos que a "Princesa" se tinha de ir embora, e ser substituída por qualquer coisa, nem que fosse a Maya, em dia de profecias.

E aqui acaba o conto de fadas, e começa a História recente, que assim reza: o primeiro grande corrupto em grande escala que governou Portugal depois do 25 de Abril (excluo Soares, porque era de meios mais limitados) chamava-se Aníbal Cavaco Silva, e fez desaparecer, durante dez anos de Vergonha Absoluta, aquilo que a Europa para cá mandava, com o nome de "Fundos Estruturais", o que, se me não falham os conhecimentos etimológicos, eram dinheiros infraestruturais, para criar os alicerces sobre os quais se deveria erguer o novo Portugal, membro da abastada família europeia.

Cavaco, como todos os mentores da Corrupção, não roubava, fechava os olhos aos roubos, que eram tutelados por criminosos de lesa-pátria cujos nomes, entre muitos, aqui relembro: Torres Couto, Mira Amaral, Ferreira do Amaral, Miguel Cadilhe, Fernando Catroga, João de Deus Pinheiro, Dias Loureiro, Oliveira e Costa, e, só para pôr mais um, o pior de todos, Cardoso e Cunha.

Passados 10 anos, Portugal tinha destruído a sua infraestrutura ferroviária, tinha vendido os Têxteis, a Agricultura, a Metalúrgia, as Pescas, e tinha-se tornado num importador puro, ao nível das audácias do Sr. D. João V, só que este João não era João, era Aníbal, e era plebeu, e plebeu da plebe mesmo plebe, e natural de Boliqueime.

O sr. Aníbal, caso tenham esquecido, acabou num dia em que os Portugueses, povo com matriz de Toureiro, o resolveu tourear, a sério, no Garrafão da Ponte, acho que por causa de 25 tostões (!), se me não falha a memória...

Cavaco, um cobarde, sempre com as mãos transpiradas, teve medo de que os camionistas, os "motards", os audaciosos do volante, os anarquistas, a juventude, os peões e as padeiras exaltadas agarrassem em chuços e lhe fossem buscar a cabeça a S. Bento, pelo que, quando, pelo telefone laranja, o criminoso Dias Loureiro lhe perguntou, "Sr. Primeiro Ministro, posso mandar disparar?...", o Aníbal e a sua vergonhosa Maria de "Centro Esquerda" taparam os ouvidos, e responderam, em coro, "sim...", muito baixinho, mas semioticamente afirmativo, o que infaustamente fez relembrar aos Portugueses, e muito corretamente, os tempos negros da Ditadura.
Estavam, de novo, em Ditadura, e o Ditador, era, desta vez, o Gasolineiro de Boliqueime, que tinha de ser apeado, e o foi, passados uns poucos meses.

Portugal, anestesiado por estas porcarias em que vive permanentemente imerso, a morte do sinistro Saramago, a visita do criminoso Ratzinger, e os passeios da Seleção dos Narcisos pela África do Sul, esqueceu-se de que a boca se não alimenta diariamente dos reflexos dos vidros baratos das orelhas do Cristiano Ronaldo, senhor de uma pele que espelha gerações de fome e miséria, e com umas pernas iguais às do meu avô, antes de ir desta para pior, mas quis o Fado, primo do Futebol e de Fátima, que o sedativo da África do Sul tivesse terminado hoje, o que vai obrigar os Portugueses a olhar, de frente, para os presentes grandes responsáveis pela ruína do seu periclitante bem estar, dos seus escassos bens adquiridos em tempos de vacas ligeiramente gordas, e para o enorme montante de dívidas que tiveram de contrair, porque, em vez de serem aplicados nas estruturas de um país produtivo, culto e civilizado, tinham desaparecido em alcatrão roubado das estradas, em automóveis de grande cilindrada, em vivendas com piscina, em "Fundações", em "off-shores", em Bancos Suíços, em Universidades fantasma, em submarinos, em BPNs e BPPs, em paneleiros e putas de gabinete, pleonasticamente chamados de "assessores", entre 6000, 8000 e 10 000 € por mês, em Zeinais Bavas, em Mexias, em Vítores Constâncios, em Jardins e, sobretudo, em irreversíveis DESERTOS.

Num programa inacreditável, chamado "Prós e Contras", eu, que só vejo os noticiários da RTP2, a pornografia do Goucha e alguns concertos da madrugada, assisti a qualquer coisa de surreal, que era um merceeiro, a quem tratavam por "Sr. Secretário de Estado (!)", a defender que ia haver "des petites bestioles", em Inglês, "chips", que iam ser atracados às matrículas dos carros, para pagarem estradas que já tinham sido pagas várias vezes, com os dinheiros desviados para gerações de ladrões de Estado, inseridos no célebre Latrocínio Autónomo das Estradas.
A pergunta natural, porque desapareceram as fronteiras, é como é que iriam ser inseridos no sistema, em períodos de fluxo turístico, e em rotinas de fortíssimo tráfego mercantil de estrada, num país onde o Cavaco destruiu as vias férreas e o TGV se tornou obsoleto, mesmo antes de existir, todos os incautos que se aventuram neste retângulo de marginalidade, desrespeito pelo cidadão e pela Lei, a que insistem em chamar "Portugal".~

Ora, acontece que o merceeiro tinha resposta para tudo, mas num crescendo de calibre que haveria de pôr Kafka, se fosse vivo, a tirar de ali ideias para um excelente romance póstumo, que nunca se atreveria a escrever. Há limites para o Humor Negro, e para a crítica, através do discurso surreal.

Acho que já me alonguei demais, e vou, portanto, direito à mensagem.
Com os "Narcisos" corridos da África do Sul, o País sobreendividado, as famílias falidas, o Desemprego em rota crescente, a Classe Política a ser ocupada por criminosos, que, ou roubam gravadores ou roubam o que calha, mas roubam sempre e impunemente, o Sistema Judicial refém das cabalas secretas que nos governam, Maçonarias, Pedofilias, Lobbies Gay, Bilderbergers, Traficantes de Armas, Droga, Plutónio e Corpos, o Sr. Sócrates, uma pálida filigrana daquela mulher histérica, que berrava há três anos que estávamos no bom caminho, arrisca-se a ter o seu Garrafão nas Scut, mas um Garrafão em grande, disseminado pelo país inteiro, e com a rolha a saltar nas ocasiões mais imprevistas.

A isto chama-se "Direito de Indignação", e está constitucionalmente previsto.
É uma metáfora que diz que a alma de um Povo, quando esgotados todos os recursos democráticos, jurídicos e de negociação, tem o direito de obrigar o Poder a ajoelhar na rua.
Cavaco, um cobarde, teve um filho da puta que mandou disparar sobre a multidão.
Sócrates, um rato, cercado de ratos, arrisca-se a ver-se sozinho, quando a turba o decidir obrigar a pôr as rótulas na calçada portuguesa.

Os Portugueses vão entrar de férias, e estão forçados a ficar em casa, sem poderem espairecer fora de aqui. São muito e descontentes. Talvez encontrem o seu divertimento de Verão.
Por mim, podem dar já o pontapé de saída: será um dos melhores golos a que assistirei, na minha, não muito longa, mas profundamente desiludida vida.

(Em cada Scut, uma... Vuvuzela, a começar no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 29 de junho de 2010

Augusto Santos Silva e a generosa polinização das papoilas de ópio do Afeganistão através das botifarras de mercenários da NATO





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O Augusto Santos Silva parece uma cadela nojenta, que, em tempos, deu o nó com a Lurdes Rodrigues, mas, depois de baldeado, aquilo rebentou, ficando ela com a cabecinha, e ele com os restos do pescoço... Quer isto dizer que, quando mandaram o cão de água português, para lamber as bordas da Michelle, já cá havia um sabujo, ainda mais rafeiro e servil, que devia ter ido, em vez dele, e não foi.

Eu sei que o Afeganistão tem as maiores reservas de ópio, e que, sem ópio, não há "cavalo", o que é fundamental para desmoralizar certas franjas da juventude, que, sem desvirilização, arriscavam-se a atacar o Pentagrama Mundial, ditado por Bilderberg: menos empregos, mais gente assustada, menos resposta, mais usura e mais miséria... para alguns.

A Cimeira dos G20, coisa que me interessa tanto como os golos da Seleção, na África do Sul, chegou a um consenso sobre um limite dos endividamentos das respetivas economias. Endividamento são números, e nesses números, não há qualquer margem para a balança das emoções reais em que tudo se move.
Eu explico: prefiro ter, nas mãos, um objeto que me dê prazer, e um buraco no cartão de crédito, do que ter o cartão de crédito, objeto que só me serve para me aumentar os prazeres, a zeros, e viver num vazio de emoções.
Eu sei que isto não é o cenário ideal, porque, na realidade, como Cidadão Europeu, eu deveria estar num Estado que me garantisse o suficiente para eu poder viver no grau de conforto que associo à Europa, porque, se assim não for, mais vale que vá para o Afeganistão, e ficar à altura da maneira como sou tratado, e esses G20, ou lá que merda é essa, em vez de andarem a fazer contas amealhadas, deviam olhar para os respetivos interiores e perguntar se tinham cumprido os sonhos de Igualdade, Fraternidade e Liberdade previstos pelo Iluminismo, e os indicadores todos de desenvolvimento humano que distinguem as sociedades avançadas daquelas que as avançadas não deixaram avançar. Aparentemente, numa lógica da estagnação, onde, quem já tinha de ter o que era para ter com ele ficou, e quem não tinha trata de o distribuir da forma mais desigual possível, o que não é crime, evidentemente, desde que não desiquilibre os défices.

Objetivamente, um russo mafioso pode acender um charuto do Fidel com uma nota de 100 dólares desde que esses 100 dólares não sejam retirados diretamente do Orçamento Americano, um orçamento de guerra, como nem Reagan, nem Bush II ousaram, e que é defendido pelo Nobel da Paz, grande organizador de bailes tribais, no seu Salão Oval do Quénia.
Sou grande apreciador de etnicidades, desde que não estejam à frente de uma das mais poderosas nações do Mundo, a comandar friamente o crime no outro extremo da Esfera, e a pedir ao Augusto Santos Silva que envie cobaias para as plantações do Ópio.

Os chamados "Americanos", na realidade, "riqueños", desesperadamente em busca de nacionalidade, alistam-se, para virem de lá sem uma perna ou duas, mas com as restantes americanizadas. Nós, Portugueses, felizmente não precisamos disso, e a história é ganhar mais uns milhares de euros, enquanto a barriga de retaguarda fica à espera de que o paizinho morra num bilhar de bombas, ou a despistar-se num caminho de cabras. O Augusto Santos Silva não pede mais, e felizmente que não, porque pouco mais temos para lhe dar.

Eu sei que os ortodoxos dirão que o Afeganistão está cheio de armas de destruição maciça, e está: basta que algumas levantem a burka, e mostrem os teclados desdentados, para imediatamente o pessoal se pôr a fugir...

Estão-me a perguntar onde é que isto encaixa no défice dos G20: encaixa e bem. Os países compradores de armas comprometem-se agora a não comprar armas nenhumas aos produtores, e os produtores de armas passarão a fazer diretamente plantações de ópio no Vale da Morte, para consumo interno e exportação, em vez de andarem a fabricar cada vez mais pernetas e mutilados, que a Michelle, a Maria de lá, costuma condecorar com um suspiro, como convem a uma ficção.
Suspíria.

(Quarteto dos G20 corridos com uma G3, no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, 22 de junho de 2010

Bagão Félix, o meu Presidente





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Andava eu desconsolado, sem saber onde votar nas Presidenciais, já que acho que, mesmo na Bancarrota, não nos devemos sujeitar a um bêbedo e a uma pessoa que sofre de... deixa-me lá ir confirmar o nome da coisa, na sms... sim, que sofre de "reflexo miotático da mandíbula... com ausência de reflexo de fecho", e que, para além disso, já está na fase de passar os serões a ver programas antigos, do tempo em que o Carlos Cruz era um garanhão, com os pés descalços, dentro de um alguidar de água morna, enquanto a sua Maria lhe cata os piolhos e lêndeas, com muito amor, que o Palácio de Belém já não sofre desinfestações desde que morreu o Marechal Carmona.

Bagão Félix é uma alternativa: conseguiu ficar a parecer razoável, depois daquilo que Sócrates fez ao Emprego, à Segurança Social e às Reformas.
Gosta de Futebol, coisa que eu odeio, mas pode ser que um bom Presidente da República, como ele, finalmente me ensine a metafísica do Esférico, que é ter gente abaixo das barracas, a correr atrás de uma coisa de borracha -- até os cães correm, e sem treinador... --, enquanto os cafres sopram numa coisa vendida nas Lojas dos Chineses, chamada "Vuvuzela", o que, etimologicamente, é um cruzamento de Winnie, uma gaja com quem o Mandela foi casado, enquanto estava preso, e era conhecida pelos crimes, escândalos públicos, e baldas que dava, enquanto o marido encornava silenciosamente no cárcere, com a "Venezuela", daquela fase do "por que no te callás?...", do gajo que subsidia o narcotráfico colombiano, e de quem Sócrates tanto gosta, e vice versa, mais magalhães, menos magalhães.

Bagão Félix é do tempo do "Casa Pia", e talvez tivesse chamado imediatamente ao Palácio Presidencial o "Chefe" do Partido daquele gajo que roubou os gravadores, para lhe perguntar se tencionava, ou não, fazer alguma coisa, ou se íamos continuar a ter "Ética" daquele calibre, como parece que vamos.

Entretanto, Manuel Alegre continua calado, porque sabe que o silêncio é de ouro, nestas ocasiões, e irá continuar calado, até por que houve uns passarinhos que me disseram que o país ia "passos coelhizar-se" mais depressa do que se pensa, e é mehor que não se agite muito, não vá rebentar-lhe alguma veia...

Eu sei que ainda não era o sonho de Sá Carneiro, mas a última vez que tivémos o Sonho de Sá Carneiro, o Sr. Sampaio deu um golpe de estado palaciano, abafou o "Casa Pia" e entregou-nos ao Polvo Internacional, alegremente, como se de um aventalinho, e não de um país, se tratasse.

Cavaco fez muito bem em ir comer cosido (?) à portuguesa para os Açores, enquanto o Saramago, que nunca passou de pó, em pó se tornava. Confesso que eu estava a comer salmão fresco, e a mudar constantemente de canal, para evitar aquela merda, com gente aos gritos de "a luta continua...", onde se provava que se tinham cerrado as cortinas sobre uma lúgubre operação de "marketing" político, muito aquém da literatura dos piores cartazes.

Felizmente, o Tempo já lhe está a apagar o nome da Literatura.

Dividida a Direita, poderemos ter uma Segunda Volta, coisa que é sempre saudável em Democracia, tanto mais que, em última instância, dá para votar em branco, e deixá-los eleger qualquer coisinha com uma base tão miserável que se possa dizer que são Presidentes, não de todos, mas de 100 a 200 000 Portugueses, assim honrando uma instituição que, à parte raras exceções, só produziu subprodutos, com especial incidência no período final.

Com sorte, o Partido Comunista avançará com Odete Santos, e toda a Esquerda, Centro e Direita se reunirão, então, em torno da Candidata da Segunda Volta -- seria a primeira vez, desde Carlota Joaquina, que teríamos uma mulher presidente... -- e será fantástico vê-la, nas Cimeiras da Nato, a Chefe Suprema das Forças Armadas, a pôr aquele ar de padeirona de aljubarrota, e a virar-se para aquelas altas patentes do Imperialismo e das máquinas de fabricar mortos e amputados, e a perguntar-lhes, naquele tom de métrica silábica martelada, que ela tem, "o sên-hôr, por à-cà-so sà-bêê que es-táá â-qui rêuni-doo, pâ-ra defen-dêer os inte-rêe-sses do Grande Câ-pi-tààl, e que por cââ-da àr-mââ que a Amééé´-ri-cââ fâ-bri-cââ há umââ criançââ que mòò-rreee de fòò-me no Uzbequistããõ?..."

Ao lado, pode estar a Ana Gomes, perdida de bêbeda, e o "Cherne", com ar de imbecil, a fazer que "sim" com  a queixola. É para isso que servem as Segundas Voltas, e os períodos terminais das... "Democracias".

(Quarteto do ó Bagão, Bagão, que vida é a tua, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 10 de junho de 2010

12 motoristas e meio, de José Sócrates, seguido de uma Galáxia de Chamadas para Tóquio



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Dedicado a um comentário apagado no "Expresso on-line", que vem aqui em ponto grande...

É bom saber que Sócrates está rodeado de Ambrósios, como de moscas estão cheias as chocas da Golegã. Sou mau em contas, mas dizem os emails que o número oscila entre 12 e 20, e todos com apelidos de família.
A minha querida Isabel, que me está aqui a ler, atesta que, pelo menos, um existe, aquele que enfia na garagem do Héron-Castilho o topo de gama de vidros foscos, enquanto, mais ronceira, e proletária, a alibi do Sistema, Fernanda Câncio, calças de ganga dois números abaixo, com as pregas todas à mostra, e as raízes dos pelos a despontar, por debaixo do blusão sebento, subia as moitas envenenadas daquela rua, dizia a Jeová que era para matar os ratos, mas só matava os cães das vizinhas.

O que me censuraram no "Expresso" rezava assim: "3 dos motoristas são cumprir os 3 pratos, o quarto, para a dupla penetração, e os restantes, puramente ditados por parafilias"...

Se estiver atento, prezado leitor, verá que errei, e que teve razão a mão que censurou o meu texto: havendo José Sócrates só duas bocas do corpo, nunca poderia fazer os três pratos, pelo que a conta estava errada e obrigado ao meu, ou minha, corretora ortográfica, porque eu realmente errei...

Não errei todavia, quando relembrei que, em tempos idos, quando o traste andava a fingir que fazia cadeirões de Engenharia, numa Universidade fechada à pressa, para não haver provas, o motorista ficava à porta à espera de que "suxelência" acabasse as Estruturas Especiais, e os postalecos de Inglês Técnico, como poderá alegremente rever aqui.
Até aqui, eu estou-me a borrifar, porque também havia uma Secretária de Estado, uma tal de Leonor Coutinho, das Mulheres de Aventalinho, que adorava apanhar a trancada do preto, até que um dia o preto acabou numa cena de naifadas, e ela passou a ter de fazer o número do "ambrósio, hoje apetece-me qualquer coisa de especial..." com a alavanca das mudanças do carro do Estado.
Também não sou contra, até por que, se a alavanca das mudanças lá está, pode dignamente ser usada, quer pela Leonor Coutinho, quer pelas nalgas de José Sócrates, mas já me chateia isso sair dos meus bolsos, como, afinal, também saem os Diretores Gerais, os Subdiretores, os Assessores e os Chefes de Gabinete, quando toda a gente sabe que essa corja é filha, não do mérito, mas do empochanço político, e avanço já para o meu PEC personalizado: RUA IMEDIATA com essa gentalha toda, e só podia prestar serviço nos gabinetes pessoal de currículo já comprovado e vínculo seguro na Função Pública. Tudo o que fossem amantes, amigalhaços, filhos e primos de, meninas de apelido com e o raio que as parta, iam direitinhos empacotar grão, massa e farinhas, no Banco Alimentar Contra a Fome, para se sentir, desde logo, a diminuição desses milhares de euros por cabeça no Deficit do Estado.

A questão dos motoristas era só um aperitivo cómico para uma mensagem que tem de ser passada: todos nós sabemos que é muito difícil descortinar uma notícia, no meio do bombardeio de intoxicação de que diariamente somos vítimas. Sempre me preocupou a verdadeira razão de manter em lume brando um Primeiro Ministro que estava mais do que queimado, através de umas porcarias, com PTs, TVIs, Armandos analfabetos Varas, Sucateiros, "Robalos", ladrões de gravadores, bichonas açorianas da Opus Dei, monhés e coisas do género à mistura.
A razão, afinal, era simples: A Telefonica, um gigante espanhol, estava a preparar-se para dominar o mercado das telecomunicações brasileiras, um continente de telemóveis, caso ainda não se tenham apercebido, e nada melhor que fragilizar, em Portugal, a sua concorrente, PT, e o Governo decisório. Enquanto nós temos tudo o que caracteriza o Imbecil, os Espanhóis têm tudo, menos o que caracteriza o Parvo, e perceberam que ser senhores das chamadas para tóquio do Mundo Brasileiro era muito mais do que tudo aquilo com que as nossas pobres caixas craneanas poderiam, alguma vez, sonhar.
Chamam-lhe "OPA hostil", eu chamo-lhe golpe de génio, e é mais uma prova da nossa irredutível menoridade histórica, 6 500 000 000 €, dizem eles, e andam a discutir isso em Assembleias de Acionistas, daqueles que guardam o dinheiro no colchão.

Vá lá, "deiem" mais um pouquinho e a gente até aceita... :-)

Até eu, que sou completamente antizeinalbaviano, estou à espera de que a "mente brilhante" nos desenrasque deste pavoroso crime de lesa pátria.
Um Regime onde figuras como esta, completamente amorais, crêem poder vir a desempenhar os lugares de Pais da Nação e da Virtude só dizem em que estado realmente está a virtude da Pátria...

Povo de merda: muito em breve, estaremos a falar da janela para a rua, com telefones de fio encerado, como no tempo do "Pátio das Cantigas".

Telefone para fora cá dentro, como diz o Saloio de Boliqueime...

(Quarteto  de trompas mórbidas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sábado, 5 de junho de 2010

O Avatar Porno



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Hoje estou satisfeito, porque a televisão deu-me uma prenda lindíssima, e disse que "Obama estava furioso", com a BP.
Furioso, na Teoria dos Rancores, é uma coisa muito séc. XVIII, com sequelas pelo XIX, como aquela Violeta das Camélias, que ainda cantava, já a esvair-se em sangue, e as heroínas de Puccini, a rastejarem pelo chão, mas a soltarem ainda gemidos, em sobreagudos.
Tudo isto é Arte, e gosto de que Obama fique furioso, quando eu já não solto mais do que uns sorrisos cínicos, e ele estava furioso, porque uma empresa de petróleo lhe rebentou uma veia, e estava a despejar "gasoil" no Mediterrâneo Americano, enquanto, na Casa Branca, um Beatle, já senil, cantava "Michelle, ma belle", olhando para a chimpanza que agora faz o papel de First Lady na Paródia Americana.

Fosse o Bush, e teria caído o carmo e a trindade.

O interessante disto é que tem um lado científico, como Cameron bem mostrou, no seu "Avatar", e, para que o avatar Obama possa estar "furioso" é porque, num buraco qualquer, há uma multinacional, pior, um "Trust" de megaempresas, que tem uma alma qualquer a sonhar, com solavancos freudianos, enquanto o seu boneco caneco circula pelos palcos do Mundo.

Eu vou passar à explicação seguinte: a Europa é um Continente muito doente, que nunca se livrou do seu Maio de 68, e que continua a acreditar nas histórias da carochinha, desde que lhe cheirem a Maio de 68, uma coisa que tem atualmente cem anos de idade, e está tão em sintonia com a contemporaneidade como a esposa do Sr. Aníbal, de Boliqueime.

A América, e quando eu falo de América, falo dos Senhores da Sombra, que vão substituindo fantoches, umas vezes chamados Reagan, outras, Clinton, outra, Bush, e, agora, Obama, perceberam que a dinâmica do Desastre Mundial tinha de ser, aliás, como a Cartilha de Bilderberg ensina, chefiada por um condottieri de meia tigela que tivesse os ingredientes todos, para o resto do Mundo não rosnar. Tinha de ser de "Esquerda" (cof, cof, cof), não podia ser branco, tinha de ter humores, parecer um self made man, ma non troppo, e uma energia enorme, alimentada por uma desmesurada vaidade. Isso foi o que a "Empresa" decidiu, e lá enfiou a coisa do costume no casulo, fez as conexões cerebrais, e, do outro lado, houve um estremeção, e saiu aquela coisa feia, obscena e oca, a quem chamaram, na língua indígena, Obama.
Maa Obama.

A Europa, os selvagens que continuam a viver nas raízes da Grande Árvore de 68, adorou, e achou que vinha ali um Messias Caneco, baixou as calças, disse, anda, que hoje é grátis, engraçou-o, encrençou-o, cristiano ronaldizou-o, deu-lhe o Nobel da Paz (!), e deixou que o Avatar cumprisse o plano da "Empresa", aliás, elementar: tudo o que Bush sonhou, mas sem Bush, porque esse estava completamente desacreditado, como convinha, na construção de um qualquer cenário salvífico.

Os custos da produção de armas americanas atingiu o seu zénite; foram enviados para proteger as Rotas da Droga do Afeganistão mais futuros bocados de rapazes a menos; apalpou o cu à Rainha de Inglaterra, recebeu o Messias da Pedofilia, Ratzinger; foi pedindo desculpa; pôs os Americanos a pagar uma coisa que ninguém sabe o que é, mas fazia parte do seu Sonho Mexicano, e custava triliões... aos contribuinte; deixou que, no Alabama, por exemplo, se se suspeitar de que um tisnado é imigrante, tenha de mostrar "os papéis", como no tempo das SS, e a máquina judaica de propaganda deu os Óscares todos a uma das maiores merdas da História do Cinema, o "Estado de Guerra", realizado por uma qualquer Eisensteina, ou Leni do "Triunfo da Vontade" dos Bastidores de Obama.

Como todos os pavões, foi depois gozado na sua vaidade, e atiraram-lhe com manchas de petróleo, nos seus Armanis do Illinois.

A coisa não fica por aqui, porque o avatar Obama tinha, como missão, o assassinato, à queima-roupa, do mais velho sonho da Europa: uma moeda que rivalizasse com o dólar maçónico, e pudesse ser usada em transações mundiais.
As duas anteriores tentativas tinham falhado: quando o velho De Gaulle sonhou pôr o Franco Francês a ser utilizado como moeda de troca do Petróleo, os Senhores das Sombras exportaram-lhe de Berkeley uma revolução estudantil, que o fez fugir de Paris, e colocar a Île de France sob Lei Marcial, enquanto se esquecia da sua fracalhota moeda.
A vez seguinte, já em pleno Euro, quando o criminoso Saddan Hussein teve a  mesma ideia, levou imediatamente em cima com um ignóbil enforcamento, e uma guerra sem fim.
Ou o Petróleo, e o Ópio, continuavam a ser pago em Dólares... ou nada.
Parece que os Chineses acabarão por negociá-lo em yuans, mas isso está ainda na forja, e será pós-obamiano, ou seja, quando já não restar pedra sobre pedra do Hemisfério Ocidental.

A senil Europa, enfeitiçada por um gajo que não é o tal Presidente Negro, do I have a dream, anunciado nos livros todos de profecias de Cohen-Bandit, porque preta é ela, e ele é só caneco, ou seja, misto de duas raças, às quais nunca serve em tempo inteiro, porque a genética tanto lhe dá para uma, como para outra, como estava previsto na encomenda do avatar à "Empresa", não percebeu que vinha ali o alien destruidor da Moeda Única, através de termómetros de bancarrotas, de dívidas públicas, de agências de rating e de merdunças afins, e continuou a abrir noticiários com ele "zangado", e a sua Michelle ma Belle, a Maria Americana, e a tribo toda invadida de avatares, porque Obama foi, tão só, o último, na sequência dos Berlusconis, dos Gordons Browns, dos Durões, dos Blairs, dos Sarkozys, das Brunis, todos eles corpos compósitos e geneticamente modificados de velhas almas de velhas sombras, que dormem nas profundezas da "Empresa". Quem não se avatizava, era polaquizado...

Das duas, uma: ou a Europa acorda, ou é acordada, e levanta as armas contra o mais perigoso inimigo que alguma vez lhe foi posto à frente. Aparentemente, continua entretida com o seu Verão Indiano, enquanto os produtores de armas criam as crises das Coreias, colocam em risco a ténue fragilidade da ponte entre o Ocidente e o Mundo Muçulmano, que é o Caso Turco, e se preparam para "passeatas" soissantehuitehardes, em lanchas, com jornalistas, fotógrafos, putas e realizadoras de cinema brasileiras (?). Falta levarem a Senhora de Fátima e o Mourinho, mas lá chegaremos. Países em bancarrota não deveriam ter tempo para ir passear, sem olhos, em Gaza, como poderia Huxley ter dito.Vão passear para terrenos de guerra, e sonham com apanhar com flores. Vieram de lá com as saias todas cheias de buracos. Israel já percebeu quem é Obama e a quem serve. Mordeu, por agora, as patas aos imbecis europeus.
Por mim, devia ter ido diretamente morder os... avatares, mas em plena Casa Branca...

(Afinal, o quarteto era de Obamas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")