terça-feira, 22 de junho de 2010

Bagão Félix, o meu Presidente





Imagem do Kaos

Andava eu desconsolado, sem saber onde votar nas Presidenciais, já que acho que, mesmo na Bancarrota, não nos devemos sujeitar a um bêbedo e a uma pessoa que sofre de... deixa-me lá ir confirmar o nome da coisa, na sms... sim, que sofre de "reflexo miotático da mandíbula... com ausência de reflexo de fecho", e que, para além disso, já está na fase de passar os serões a ver programas antigos, do tempo em que o Carlos Cruz era um garanhão, com os pés descalços, dentro de um alguidar de água morna, enquanto a sua Maria lhe cata os piolhos e lêndeas, com muito amor, que o Palácio de Belém já não sofre desinfestações desde que morreu o Marechal Carmona.

Bagão Félix é uma alternativa: conseguiu ficar a parecer razoável, depois daquilo que Sócrates fez ao Emprego, à Segurança Social e às Reformas.
Gosta de Futebol, coisa que eu odeio, mas pode ser que um bom Presidente da República, como ele, finalmente me ensine a metafísica do Esférico, que é ter gente abaixo das barracas, a correr atrás de uma coisa de borracha -- até os cães correm, e sem treinador... --, enquanto os cafres sopram numa coisa vendida nas Lojas dos Chineses, chamada "Vuvuzela", o que, etimologicamente, é um cruzamento de Winnie, uma gaja com quem o Mandela foi casado, enquanto estava preso, e era conhecida pelos crimes, escândalos públicos, e baldas que dava, enquanto o marido encornava silenciosamente no cárcere, com a "Venezuela", daquela fase do "por que no te callás?...", do gajo que subsidia o narcotráfico colombiano, e de quem Sócrates tanto gosta, e vice versa, mais magalhães, menos magalhães.

Bagão Félix é do tempo do "Casa Pia", e talvez tivesse chamado imediatamente ao Palácio Presidencial o "Chefe" do Partido daquele gajo que roubou os gravadores, para lhe perguntar se tencionava, ou não, fazer alguma coisa, ou se íamos continuar a ter "Ética" daquele calibre, como parece que vamos.

Entretanto, Manuel Alegre continua calado, porque sabe que o silêncio é de ouro, nestas ocasiões, e irá continuar calado, até por que houve uns passarinhos que me disseram que o país ia "passos coelhizar-se" mais depressa do que se pensa, e é mehor que não se agite muito, não vá rebentar-lhe alguma veia...

Eu sei que ainda não era o sonho de Sá Carneiro, mas a última vez que tivémos o Sonho de Sá Carneiro, o Sr. Sampaio deu um golpe de estado palaciano, abafou o "Casa Pia" e entregou-nos ao Polvo Internacional, alegremente, como se de um aventalinho, e não de um país, se tratasse.

Cavaco fez muito bem em ir comer cosido (?) à portuguesa para os Açores, enquanto o Saramago, que nunca passou de pó, em pó se tornava. Confesso que eu estava a comer salmão fresco, e a mudar constantemente de canal, para evitar aquela merda, com gente aos gritos de "a luta continua...", onde se provava que se tinham cerrado as cortinas sobre uma lúgubre operação de "marketing" político, muito aquém da literatura dos piores cartazes.

Felizmente, o Tempo já lhe está a apagar o nome da Literatura.

Dividida a Direita, poderemos ter uma Segunda Volta, coisa que é sempre saudável em Democracia, tanto mais que, em última instância, dá para votar em branco, e deixá-los eleger qualquer coisinha com uma base tão miserável que se possa dizer que são Presidentes, não de todos, mas de 100 a 200 000 Portugueses, assim honrando uma instituição que, à parte raras exceções, só produziu subprodutos, com especial incidência no período final.

Com sorte, o Partido Comunista avançará com Odete Santos, e toda a Esquerda, Centro e Direita se reunirão, então, em torno da Candidata da Segunda Volta -- seria a primeira vez, desde Carlota Joaquina, que teríamos uma mulher presidente... -- e será fantástico vê-la, nas Cimeiras da Nato, a Chefe Suprema das Forças Armadas, a pôr aquele ar de padeirona de aljubarrota, e a virar-se para aquelas altas patentes do Imperialismo e das máquinas de fabricar mortos e amputados, e a perguntar-lhes, naquele tom de métrica silábica martelada, que ela tem, "o sên-hôr, por à-cà-so sà-bêê que es-táá â-qui rêuni-doo, pâ-ra defen-dêer os inte-rêe-sses do Grande Câ-pi-tààl, e que por cââ-da àr-mââ que a Amééé´-ri-cââ fâ-bri-cââ há umââ criançââ que mòò-rreee de fòò-me no Uzbequistããõ?..."

Ao lado, pode estar a Ana Gomes, perdida de bêbeda, e o "Cherne", com ar de imbecil, a fazer que "sim" com  a queixola. É para isso que servem as Segundas Voltas, e os períodos terminais das... "Democracias".

(Quarteto do ó Bagão, Bagão, que vida é a tua, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

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