domingo, 21 de junho de 2009

Os votos perdidos para sempre do P.S.


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Começa hoje o Verão e só me está a vir à cabeça uma expressão portuguesa que se encaixa nas que mais detesto, e é... "ser corno". Do meu ponto de vista, só lhe encontro uma vantagem: só se é corno uma vez na vida, todas as restantes são meras réplicas.

O Sr. Sócrates, que deambulou por Universidades fanhosas em tempos em que era fácil passear por lá e "ir fazendo cadeiras", o Sr. Sócrates, a quem insistem em hoje chamar Engenheiro, consta, que não vi, portanto, estou à vontade para falar, que quer agora passar por cordeiro manso. Ora isso do querer passar por manso comigo não pega, porque, com ele, já fui corno manso uma vez, e, como não sou pessoa de gostar de réplicas: quando mudo, mudo de vez.

O Sr. Sócrates, que nós descobrimos tardiamente ser um ser invertebrado, sem personalidade, com o caráter traumatizado por estigmas indeléveis, o "boneco de plástico", como muito bem então a Imprensa Española lhe chamava, quer agora fazer o número do bebé chorão, que faz "buá", sempre que é apertado. Acontece que a única coisa que eu lhe apertava com gosto era o pescoço, e rápido, sem ter tempo de ele poder fazer "buá".

O que eu escrevo tem a gravidade de poder ser lido e subscrito por milhões de Portugueses. Depois das eleições mais inteligentes de sempre, faz agora duas semanas, o Sr. Sócrates e o partido esfarelado, e vergonhoso, que ele criou deveriam ter tirado uma dramática conclusão: há votos que voltaram às bases, e nunca mais de lá sairão. Nunca mais haverá um Comunista a pensar que talvez haja um voto útil na "Esquerdice"; os oscilantes do PSD perceberão que agora não se pode nunca mais oscilar, e é enfiar os corninhos em baixo, e marchar, marchar, na direção da Castanha Pilada; do CDS, nada há a dizer: nunca sofreram tanto vexame continuado, como das áreas do Rato, e vai de aqui uma vénia ao Candal, que os ratos levaram para junto de sei, e que não faz cá falta nenhuma: inaugurou, há uns quantos anos, a política baixa do PS, ainda nem nós sabíamos que eles eram capazes disso, e lá epigramou um célebre Manifesto Anti-Portas. Espero que tenha na morrido na ignorância de que lhe faltava escrever um outro, bem mais vasto, o Manifesto Anti-Sócrates, sempre com a agravante de que o Portas fez, faz e fará o que sempre bem lhe apeteceu, nunca inventiu câncios, e não precisa de cortinas de fumo de banhos turcos, nem de vapores de "jacuzzis", para que não reconheçam a cara pública daqueles grunhidos... O Bloco de Esquerda, por sua vez, é um caso à parte: agrada-me que ganhe força, e que tome forma, para se poder assentar, calmamente, nas pastas ministeriais, pelas quais sempre ansiou: enquanto os Portugueses não tiverem essa espantosa visão, nunca acreditarão, pelo que espero que venha depressa, bem sabendo que lá sentirei a difusa sensação de ter perdido mais quatro anos da minha vida a pregar aos peixes.

O problema do Partido de Sócrates, outrora conhecido por "Partido Socialista" é um problema grave, porque mexe com a nossa idiossincracia, e nós não toleramos ser traídos. Somos um bando de filhos da puta, mas lá achamos sempre que os diferendos se poderão resolver, bem no limite da confusão, com uma palmadinha nas costas. Sócrates veio mostrar que não, e que estava mesmo a humilhar, voluntariamente e a agredir, cada um de nós e cada qual, e que achava ainda que estava a fazer bem, e repetia, e até pedia, com cara de cona mansa, que lhe dessem oportunidade de continuar.

Os Portugueses têm de perceber que, quando voltarem às urnas, não estarão a votar num P.S: estarão a votar numa associação criminosa que é capaz de fechar universidades, quando pairam suspeitas sobre diplomas por elas emitidos, que destrói provas e acha isso naturalíssimo, que telefona com ameaças e pensa que a isso se chama Comunicação Social, que gasta milhões a polir bonecos de plástico para palcos dos programas da manhã da TVI, que consegue subverter o Estado de Direito, para não levar a julgamento suspeitos de Pedofilia, que constrange, pressiona, e acha natural que se interrompam, paredes dentro, investigações internacionais sobre a vida financeira e privada do homem que goza do estatuto de Primeiro Ministro, entre um infinito rol de coisas mais.

As Novas Fronteiras, hoje em dia, são uma reunião da Camorra Napolitana, com a ressalva para um punhado de totós que lá esteja, e está uma, pelo menos, de quem eu gosto muitíssimo, e a quem peço, desde já, desculpa por este texto, mas os Portugueses tinham mesmo de ser alertados para que as "Novas Fronteiras" só atiraram mais dejetos cá para fora, na figura do pimenteiro Vitorino, a alegria das saunas "bear", mas mais uma das formas da infelicidade decadente de que este país se revestiu.

Eu quero ter a certeza de que..., quando..., se..., alguma vez..., me apetecesse votar PS, não estava a pôr a cruz na ponta do icebergue de associações secretas, que, na sombra, manipulam estes fracos fantoches de feira felliniana; não me apetece votar em traficantes de drogas e armas; quero saber que, de uma vez por todas, não estou, com uma cruz, a validar uma criatura, Vítor Constâncio, que, no mínimo, já devia estar demitido; não quero pensar em Educação, e imediatamente me aparecer à frente uma coruja frustrada, que nunca conheceu o pai, e era acordada, de manhã, na Casa Pia, com baldes de água fria, para ir fazer bordados para tristes recantos cheios de umidade: isso não é Educação, são os traumas de uma vida inteira, que nunca deveriam extravasar a dor de quem os sentiu; não quero saber de Valter Lemos, e dos crimes cometidos à sombra do Gang de Macau, nem da "Mariana-dos-lindos-olhos", que, quanto mais velha se torna, mais cobarde, vingativa e medíocre se revela. Não me apetece saber que há um Paulo Pedroso preparado para ir protagonizar um dos mais obscenos momentos da nossa Vida Pública, e sacar 2 a 3% de votos em Almada, desprestigiando, ao mesmo tempo, o Estado de Direito, a Democracia, e a Inteligência do Homem Comum Português. Quando votar PS, quero ter a certeza de não estar a validar os rostos da sombra de uma qualquer Loja Maçónica, que já o tinha decidido antes de mim, e a quem eu vou fazer o frete de fingir que valido, por sufrágio, uma decisão preparada nas trevas. Não quero mais ouvir falar de Ferro Rodrigues, nem de Carrilho, nem de Vital Moreira.

Comigo, estão muitos milhões de Portugueses, que votarão em qualquer coisa, desde que não se chame PS, já que o PS se tornou naquilo tudo anteriormente descrito, e tem hoje uma só uma cara, chamada JOSÉ SÓCRATES.

Este teatro de fim de estação foi um péssimo boneco, ou como diriam as más línguas, a única coisa na qual Diogo Infante o não soube instruir...

Enquanto não se livrar destes flagelos, há batalhões de votos que o PS terá perdido para sempre. Creio que, lá no fundo, haveraá quem disto saiba, mas, quando há um demente à frente de um Governo, todos nós sabemos que isto termina sempre num "bunker", com o Führer a disparar, contra sua própria vontade, contra uma testa que nunca valeu muito, e com o seu último venezuelano, nu, e de buraco na cabeça, a esvair-se em sangue do chão, da última despedida erótica.

Estes são os milhões de votos perdidos para sempre do PS. Com muita honra neles me incluo, ao assinar este texto, que quero lapidar.


(Pentagrama do adeus que agora é demasiado tarde, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

sábado, 13 de junho de 2009

As Mais Belas Eleições do Mundo


Imagem do KAOS
Dedicado a um montão de pessoas que não posso enumerar, porque não cabem aqui... Obrigado
Nada há de mais maravilhoso, numas eleições, do que a Abstenção. Ela representa aquilo que, no falar comum, indica estar-se a mandar à merda o Sistema, sem rodeios, e por atacado.
Não foi por acaso que os cágados e os dinossauros do Regime imediatamente lançaram as mãos à cabeça, quando a coisa subiu para níveis insuspeitados.
Meus amigos, em Democracia, não há níveis insuspeitados, e o ideal seria que ninguém tivesse posto os pés nas Europeias, para que, no hemiciclo de Estrasburgo, de repente, uma multidão de eleitos olhasse para um molho de cadeiras vazias, e perguntasse, "mas o que é que sucedeu ali?...", e logo se ergueriam as atávicas vozes, a clamar, "ali houve uma coisa, de seu nome, outrora, Portugal, e que, hoje, para mais nada serve do que ser uma bandeira de conveniência, para o Crime Organizado poder continuar a singrar..."
Curiosamente, em 2009, os candidatos com perfis e carismas mais interessantes situavam-se do Centro para a Direita, e cito-os, com algum orgulho: Nuno Melo, o excelente próximo líder do CDS/PP, e Paulo Rangel, um daqueles que, em muitos dos últimos anos, talvez por ter um ar de gajo que nunca cresceu, me não fez virar a cara imediatamente para o lado.
O Eduardo sabe que lhe fiz um voto com dedicatória, num dia complicado da minha existência...
À Esquerda, Louçã é um brilhante orador, embora tema que as missas laicas o lancem para os braços de um PS em desespero. Já estou, como alguém alguma vez disse, o Bloco de Esquerda devia chamar-se apenas Bloco e preocupar-se mais, como tem feito, com uma minuciosa e eficaz remoralização da Vida Pública. E fazer uma severa limpeza interna dos oportunistas que por lá garimpam. Quanto às Ideologias, era mandá-las diretamente para o Das Caldas, porque nós vivemos na Era do Civismo, e não das prateleiras dos cadáveres das Ideias.
O PCP tem, e suponho que desta vez o perceberá, de arranjar um candidato com nível europeu, em vez de insistir numa gaja com ar de mulher a dia para nos representar lá fora: bem basta que, quando se fala em Portugueses, ainda venham as célebres "concièrges" de Paris (a última deixou a casa do meu amigo Julien, para ser substituída por dois seguranças, mas suponho que isso faça parte da decadência das grandes urbes europeias. Brevemente, todos viveremos dentro, ou à porta, de condomínios fechados. Adorável Europa...)
Vital Moreira merece um lugar à parte.
Do meu humilde ponto de vista, representa o Nojo do Nojo, e apanhou nos cornos com uma altíssima subtileza, como, suponho, só as Mais Belas Eleições do Mundo lhe poderiam ter dado. Aquele partido, que, outrora se chamava Partido Socialista, e que hoje é o feudo dos Pedófilos, dos Maçóniços, das Bichas Morte-em-Veneza e dos jovens abutres sem excrúpulos, quando nós pensávamos já ter batido no fundo, na efígie do Homem de Plástico do Heron-Castilho, ainda conseguiu arranjar uma epígrafe para a efígie do Asco, que foi ir buscar aquele subproduto de cabeleireiros rascas, o Renegado, para quem já estava enojado finalmente poder vomitar-lhe, e vomitaram-lhe, e bem, com vinte e tal por cento em cima. Espero -- e agora é o meu lado profundamente humano a falar -- que o PS seja justo com Vital Moreira, e assim como arranjou uma política de proximidade com as Saunas "Gay", para Carrilho, e um acesso de 4 estações de "Métro", para aquelas famílias miseráveis "du XIII ème", de extensa prole muçulmana, para Ferro Rodrigues, também dê a Vital Moreira uns fundos "freeportianos", para abrir um cabeleireiro de caniches, em Chipar de Baixo, de onde nunca devia ter saído. Nisso, o PSD foi muito generoso, já que deu a Rita Seabra uma Editora, quando ela não merecia mais do que uma esfregona e um balde, para tratar das escadas de tanto prédio devoluto de Lisboa...
Resumindo o que aconteceu no dia 7: Santo António, afinal, não era o "Quebra Bilhas" de que tanto se falava, mas, há, e isso só se saberá quando se recuperarem as caixas negras do AF 447, uma forte probabilidade de ter sido mais uma metempsicose histórica do célebre Heterossexual Passivo. Deus quis que fosse santo, nesta real impossibilidade de quebrar bilhas, e sobretudo na dignidade que teve, ao longo da vida, de não deixar que lhe quebrassem adele, ao contrário de António Calvário e Artur Garcia, que, ontem, nas Marchas, mostraram estar em plena forma, cheios de dois e três amores, como o Marco Paulo... ah, mas eu estava era a falar de Eleições, e o que sucedeu no Dia 7 foi um genial gesto de Civismo: dois movimentos, os daqueles que, maduramente, perceberam que a forma mais elementar de assustar o Papão do Autoritarismo era enconstarem-se ao Bloco mais forte, e pregarem-lhes um susto, chamado PSD, que, por mais esfrangalhado que esteja, se mostrou à altura de uma renascença democrática; o outro, ainda mais subtil, foi o daqueles que disseram "NÃO" ao Partido de Sócrates, recostando-se, confortavelmente, nas suas zonas de emocionalidade política, e de aqui um sincero abraço de parabéns aos eleitores do Bloco, do PCP, do CDS/PP, e das forças de menor expressão: todos vocês deram um exemplo de espantosa maturidade democrática, ao mostrar, que, um dia, será impossível fazer Maiorias, sem, pelo menos, três partidos decentes...
Venha depressa esse dia...
O meu último carinho é uma citação de Laura "Bouche", que tantas vezes me diz que aquilo de que precisamos não é de mudar de Governo, é de mudar de Povo. Estas Eleições vieram mostrar que isto é quase verdade: basta que 60% desse Povo fique em casa, em dia de votar, 20% a olhar para os milhões de Cristiano Ronaldo -- num Mundo normal, não era imediatamente aberta uma investigação, para saber quem é esse Presidente do Real Madrid, e dos Bancos que estão por detrás dele?... Mas quem sou eu para pedir uma coisa dessas, numa terra onde se sabe que o Caso Heron-Castilho está nas mãos de uma gaja casada com um mafioso procurado internacionalmente?... --, outros 20% a irem de joelhos, a Fátima, e os restantes, à falta de Fado, a consumirem "pastilhas" nas discotecas nacionais, "ad aeternum".
Para dizer verdade, talvez ainda devessem ficar em casa mais uns pózinhos percentuais: uma abstenção de 70% talvez, finalmente, pudesse começar a revelar resultados eleitorais à altura de uma Comunidade de cariz Europeu, no início do séc. XXI.
Maturidade.

(Pentagrama do ó meu rico santo antoninho anda cá quebrar-me a bilha, porque eu estou tão precisado..., no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")