sábado, 27 de setembro de 2008

Exorcismo de Sarah Palin, seguido de Purificação de Corpo e Alma Titulares de Maria de Lurdes Rodrigues, para que possa repousar em paz

Graças a Deus que o KAOS acordou para Sarah Palin. Sarah Palin tem tudo o que eu adoro numa mulher, embora só a tenha visto uma vez, mas aquele ar iluminado de vidente disse-me logo, "esta tipa vai-se sentar na Casa Branca já para o ano..."
Enganei-me, era na Casa Negra, e lá irá, aliás, vamos todos com ela.
Gostei muito do Vídeo do Exorcismo, e acho que era uma coisa que nós, Portugueses, um dos povos mais avançados da Europa, devíamos aplicar a cada um dos Políticos, antes de os deixar ir às urnas. Adorava ver o Paulo Pedroso e o Ferro Rodrigues serem exorcismados, o Paulo Portas a fugir defronte do Crucifixo, o Louçã a deixar sair a freira que tem lá dentro, a Odete Santos a despejar íncubos e súcubos, e a Ferreira Leite, sim, sobretudo essa, a pesar cada demónio antes de o deixar sair do corpo, com medo de que estivesse a defraudar o Fisco. Quanto ao Constâncio, eram uns simples sapatos de betão, e, a seguir, as bordas frias do Poço de Boliqueime.

Foi então Frei Bartolomeu das Dores, e o Morgado Afonso de Vasconcellos, pela parte secular, acompanhado do Capelão-Mor de Lamego, D. Antão de Pevidém e Araújo, mais dois frades recém-tonsurados, e uma mulher que era sabido provocar milagres, em curas de abortos, e que havia muita fama em todos os lugares das Beiras e Badajoz. Trouxe-se a endemoninhada já imobilizada em tiras de serapilheira benzidas com água trazida das fontes santas de Vimeiro, e um pouco de água-benta da Sé do Porto, e deitou-se em um banco, como cama, a ré. Estavam ainda presentes as custódias da Capela da Senhora dos Navegantes e um fragmento do Santo Lanho, guardado, na Igreja Grande dos Frades Jerónimos, e conhecido por obrar múltiplos milagres na Capital.

Virou-se então Frei Bartolomeu para Maria de Lurdes, e lhe disse "Em nome do Senhor Santo Pai, Patris omnipotentis, te conjuro, Lurdes Rodrigues, a que confesses por tua própria boca estar possuída por todas as formas do Demo, e que de ti saiam os nomes todos dele, mais aqueles com que disfarçado nos queiras, em ti, enganar!..."
E havendo a mulher ficado calada, se avançou D. Antão, e a pronunciou, mais alto, em Latim: "Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei!!!"
E nesse mesmo momento, a mulher chamada Maria, que havia estado numa calma como que morta, começou a agitar-se e o seu corpo a serpentear, embora, como nos autos depois ficou registado, só sua cabeça permanecesse imóvel.

E disseram então, em coro, os dois Padres Exorcistas: "Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Directonis Regionalis Educatione Septentrionalis!!!..."

E foi então que se viram coisas nunca vistas, porque a cabeça se lhe revirou toda para trás, e espumejando, soltava impropérios e outras palavras de que não houvémos registo, enquanto seus membros de cima e de baixo tentavam soltar-se de suas prisões, e então avançaram os frades novos, para que beijasse a Santa Cruz, ao que ela se recusou dez vezes, batendo com a cabeça para trás e soltando pela boca umas babas pestilentas.

"Em nome do Pai Santo, Nosso Criador, nós te exconjuramos, para que libertes pelo nome de cada um, todos os Demónios que se alojaram na tua Matriz!...", e tendo-a todos agarrado naquele corpo que se revolvia como o de uma Besta, Frei Bartolomeu a segurou pela nuca, e forçou-lhe os lábios a beijar o Santo Lenho, enquanto dizia, em voz alta, "Exorcizo te, in nomine Portatibilis Magallanis!!!".

Houve então um sopro pela cela, e aquele corpo, como se ainda mais fosse possível, se retorceu, e as coxas se abriram, como as de uma mulher prenha, que ali fosse prestes parturir, e uma coisa revoltante se lhe soltou do vaso, rastejando pela cama, e pelo chão, com o maior terror das gentes presentes, e se foi encolher num canto, soltando bafos, e roncos como os de sapos em plenilúnio, e Frei Antão levantou a a voz, e disse, "qual o teu nome, IMUNDO!!!... Per eumdem Christum Dominum nostrum, qui venturus est judicare vivos et mortuos, et saeculum per ignem?..."

E a Coisa imunda se revolvia no canto, soltando cheiros pestilentos e grandes gargalhadas, e de cada vez que se movia, era como se a luz desaparecesse, e as suas casquinadas eram uma afronta a toda a Criação.

"Responde, Mulher!!!...", dizia Frei Bartolomeu, e, pela vez dele, aproximava o Santo Lanho, Dom Antão, da Coisa Repugnante, escondida em seu canto: e ambos os demos, a coisa possuída e a enteléquia possuidora, soltavam grunhidos e risadas de mulher perdida, e soltou-se-lhe então uma voz, que era mais de animal do que de cousa humana:

"EGO SUM VALTER LEMINUS!!!..."

E todos caíram de joelhos, em profundas orações, enquanto Frei Bartolomeu beijava a Santíssima Cruz, e lhe dizia pausadamente, como manda o Rito Antigo, "Exorcizo te, Valter Leminus, et omnis spiritus immunde, in nomine Dei", e soltando uma luz de trovoada, a criatura infame ali mesmo se dissolveu, no canto em que se escondera, e os frades novos rezaram o serviço de acção de graças à Virgem de Macao pelo regresso daquele temor ao Limbo do Mal e das faltas injustificadas, enquanto Dom Antão se virava para a mulher possuída, e lançando-lhe sobre a pele respingos de água benta, toda a gente pode ver que, em cada ponto que a água lhe tocava a pele, ficavam manchas verdes, como nas maleitas dos sapos, e outros animais repugnantes do maior desagrado de Deus.

"Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei, libera nos nomine, in nomine Patris omnipotentis, et in nomine Jesu Christi Filii ejus, Domini et Judicis nostri, et in virtute Spiritus Sancti, ut descendas ab hoc plasmate Dei Maria de Lurdes Rodrigues", e ao Morgado de Vasconcellos lhe foi feito sinal de que lhe chegasse aos lábios um pouco da água santa da Sé do Porto, para que fizesse com ela que outra vez com tal água tivesse contacto, mas, ao tocar o santificado pingo, naquela boca imunda, a língua se lhe revirou para dentro, começando a soltar sons guturais, e o corpo tremia, em riscos de rasgar os abençoados panos que a seguravam, para que se fez sinal aos frades novos, para que lhe prendessem mãos e pés com grilhetas de calabouço, mas nem assim ela se repousava, e, quando o segundo pingo de água benta do Porto a alcançou, de novo a matriz se lançou em espasmos de mulher que ia dar à luz, e, no meio das maiores trevas se soltaram dois aleijões, que ficaram, no meio de líquidos pestilentos, a simular coisas que todos os presentes concordaram serem actos contra a Natureza.

E disse então Frei Bartolomeu, "Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei!!!...", e ambas as criaturas simularam coitos e proferiram palavras imundas, ferindo, nos seus termos, a Santa Mãe do Senhor e a divindade do Senhor Santo Cristo. "... ad templum sanctum suum vocare dignatus est, ut fiat templum Dei vivi, et Spiritus Sanctus habitet in eo", e ao invocar do Santíssimo Espírito, se virou a parteira para ambos, e lhes perguntou: "Sois filhos da Besta, mas eu também sou parteira dos homens, e em nome dos santos sacerdotes que aqui vedes, vos ordeno que digais os nomes da Serpente que habita em vós!!!..."

E o cheiro era muito mau, como aquando do tempo da Peste de El-Rei João, mas quando a mulher sábia lhes lançou uns sais que só eram de sua sapiência e segredo, ambos se quedaram mudos e impávidos.
Disse então Dom Antão: "Fides, quid tibi præstat?"
E como eles se quedavam mudos, todos rezavam: "Caput mortum, imperet tibi dominus per vivum et devotum serpentem! Cherub, imperet tibi dominus per Adam Jotchavah! Aquila errans, imperet tibi dominus per alas tauri. Serpens, imperet tibi dominus tetragramaton per Angelum et leonem. Michael, Gabriel, Rafael, Anael, fluat udor per spiritum Elohim. Maneat terra per Adam Jotchavah. Fiat firmamentum per iahuvehu-Sabaoth. Fiat judicium per ignem in virtute Michael."

E voltou a perguntar-lhes os nomes, e eles se revolviam, de cada vez que o nome dos Arcanjos Miguel e Gabriel e Rafael eram pronunciados, e só com Anael e Elohim se agitaram, espumejando, e, quando lhes aproximaram as cruzes das peles peçonhentas, soltaram, à vez, com voz de almas agonizantes:

"EGO SUM MARIANUM GAGGUM!!!...", e o outro, "DAVID JUSTINUM SUM!!!...", e naquele mesmo instante se tornaram num bafo de campa recente, e não mais foram vistos.

Virou-se então Frei Antão para os homens e a mulher presentes, e lhes perguntou, "creis o Demo afastado deste corpo?...", mas todas as gargalhadas e palavras infames que o corpo exorcismado libertava mais vinham contrariar a ideia de que Satã já o tivesse abandonado. E esgotados todos os meios para que os íncubos e súcubos libertassem aquele pobre despojo carnal, despiu Frei Bartolomeu suas vestes de sacerdote, e de tronco nu, crucifico ao pescoço, molhou o dedo em sua própria boca, e se aproximou da pestilenta, preparando-se para lhe desenhar, com salivas, o Sinal da Cruz, na testa exangue, e lhe dizendo: "Accipe signum Crucis tam in fronte..."

Houve então um horrível trovão, e com a língua toda lançada para fora, e os olhos revirados para trás, a mostrar o branco, que fazia o maior horror dos presentes, o corpo de Maria de Lurdes Rodrigues se cobriu de negros, como os da Peste, e soltando um fedor de todas as podridões da Terra, uma COISA se lhe soltou da boca, tornada numa fossa de cadáver, e se escondeu debaixo da cama, sem que os homens de Deus a pudessem ver. E foi então que a mulher de partos se dotou de um vasculho e espantou a coisa repugnante de debaixo do leito, enquanto ambos os frades menores rezavam "CRUX SACRA SIT MIHI LUX NON DRACO SIT MIHI DUX VADE RETRO SATANA NUMQUAM SUADE MIHI VANA SUNT MALA QUAE LIBAS IPSE VENENA B I B A S", e a coisa se veio, rastejante, e com as mãos todas suadas, teve um ataque como o de uma serpe, agarrada à janela de uma marquise, com seus lábios primeiros se retraindo, como a cloaca de uma galinha antes de poer ovo, e logo se abrindo num O, e voltando a fechar-se, num U virado para baixo, e, antes de que dissesse seu nome, quer Dom Antão, quer Frei Bartolomeu reconheceram Pazuzu, na forma do íncubo ANÍBAL, que há muito atormentava as mulheres castas de Boliqueime, e era tema de muitas lendas de assombro de Lúcifer, pelas terras aldeãs da raia.

E ao ser pronunciado seu nome, cobardemente desapareceu da cela, para trás deixando a exorcismada morta, e quem dela se abeirasse, ao ver uns olhos fechados tão calmos e uma pele branca numa face tão serena, só pensaria na infortunada Desdémona, do grande bardo Shakespeare, da longínqua Albion, qual pequena Maddie, enfim levada em serenidade para seu repouso final, nos próprios braços de quem a progenitara.


(Pentágono satânico, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

Do Primeiro Comando de Portugal à incomodidade do "Google", enquanto Memorabilia

Hoje, a nota é brevíssima, porque, felizmente, tenho uma vida infinitamente mais rica do que esta sinuosa aparição feérica, de que vocês tanto gostam, pela Blogosfera.
Agradeço que gostem de gostar, porque é das poucas coisas que me faz feliz.
Hoje, vem uma pequena nota de rodapé, em forma de observação: como qualquer mortal, recorro ao "Google" com a ligeireza de quem acha que é o mais fácil, embora o mais fácil seja mesmo alguém vir antes falar connosco, e dar-nos logo a informação que lá íamos procurar.
Este texto é filho dessas duas paternidades, e vamos já a ele.
Há meia dúzia de dias, quando o "Correio da Manhã" lançou aquele boato do "Primeiro Comando de Portugal", e chegámos a publicar o vídeo, uma brincadeira de gente brasileira, depois de esvaziar umas garrafas de cerveja, aproveitámos a boleia do "Google", que nos fazia descarregar marés de visitas no "The Braganza Mothers", e publicámos uma hiperligação para ESTE VÍDEO, bem mais interessante do que o do Comando.
Em forma de parêntesis, tenho de dizer que o vídeo, antes de começarmos, há um ano e tal, a sua divulgação maciça, tinha umas miseráveis 60 (!) visitas. Antes de acabar este mês, tudo indica que deverá chegar aos 20 000... O nosso objectivo, óbvio, era a sua visualização por 10 000 000 de Portugueses, e por toda a gente que entende Português, e percebe a gravidade do que lá está contido.
O que se segue é mais sombrio: sempre que se teclava, no "Google" a frase "Primeiro Comando Portugal vídeo", numa das dez primeiras posições disparava o nosso "post"..., o que aumentou brutalmente o número de pessoas que foram forçadas a ver o que eram os verdadeiros Comandos de Portugal, como funcionavam, e como provavam a promiscuidade reinante entre Poderes Políticos e Poderes Jurídicos.
Vem agora o curioso: desde hoje de manhã que, ao escrever a mesma busca no "Google", desapareceu a hiperligação.
Como não sou crente, não acredito em milagres; como cínico, vislumbro braços longos.
Aparentemente, há coisas que têm tais poderes que podem chegar a influenciar motores globais de busca...
Não não é já só o "Casa Pia", é todo um polvo gigantesco, como qual teremos de contar.
Quanto ao "post", será resposto, e desde já vos aconselho a gravar o vídeo e a difundi-lo por "post" e email: brevemente também virá alguma mão fazê-lo estranhamente desaparecer do http://www.sapo.pt/, e provar que nunca, jamais, nada daquilo foi dito, aconteceu, e muito menos, passou num canal de televisão.
Boa noite, e cuidem-se: ELES nunca dormem...

(Pentágono de alerta, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A manipulação dos Media...

...é imoral e perigosa para o nosso país e para o mundo. Os Media são superficiais, não se assumem mas são parciais. O que fazer para vivermos numa sociedade livre e com acesso à informação, mas a TODA a informação e não àquela que passa primeiro pela peneira antes de nos ser "servida de bandeja"?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A triste história de uma porteira de mau porte que andava amigada com um Cabo Raso do 1º Regimento de Vilar de Maçada

Imagem do KAOS
É público que adoro Lurdes Rodrigues e o seu explicando, José Sócrates.
Já escrevi quilómetros de coisas contra a mulher, algumas delas que já deram a volta ao Mundo, ao ponto de me as reenviarem por email, como se não tivesse sido eu o autor... Hoje, pelo contrário, venho dizer bem dela, por uma razão simples: porque sou um romântico incurável, e num momento grave, como o que atravessamos, comoveu-me ver o "Engenheiro", cujos gritos já não impressionam ninguém, e só levam as vizinhas de baixo a bater com a vassoura no tecto, sempre que ele entra em hipoglicemia política... comoveu-me vê-lo de mão dada com Lurdes Rodrigues, sinal de que já nem em Paulo Pedroso confia, apesar de o Estado ir fazer nele um valente esforço de reequipamento de 100 000 €, como se qualquer má reputação se pudesse comprar com cosméticas financeiras...
Gosto de mulheres assim, que surgem nos momentos difíceis da vida de um homem, lhe dão a mão e se sujeitam a aparecer em público com ele, mostrando que, no fundo de cada coração feminino, há sempre uma discreta Penélope, à espera do seu Ulisses.
Maria de Lurdes Rodrigues, dizem os que com ela privam, é uma mulher dócil, tão capaz de ter em casa um marido, corcovado, como 50 gatos, daqueles que empestam uma escada, e estão aluados o ano inteiro.
Como não conheço o marido, optei, nesta ficção, pelos 50 gatos.
Há um ditado que reza que, com os anos, todos os donos se começam a assemelhar com os seus animais, e vice-versa. Presentemente, Lurdes Rodrigues, vítima de uma gravíssima explosão ocorrida há uns quantos meses, em que foi dada como morta, perante 100 000 testemunhas, é a prova viva de que a Medicina da Comunicação tudo pode, e o esforço de plásticas atrás de plásticas, conseguiu que ela recuperasse um pouco daquela figura imponente, sedutora e magnética, que nos levava para diante das televisões, como se as "Twin Towers" estivessem para vir abaixo outra vez.
A verdade é que ressuscitou e anda aluada, como os seus 50 gatos.
Aliás, anda aluada ela e o gajo que costumam tratar por "Engenheiro": não se fala senão de "Sucesso", na Educação, e consta por aí que já há qualquer coisa a "rolar" entre eles... Também era tempo, e não se espantem, se, lá mais para o Outono, ele aparecer de "balão", como a vitelinha da Sarah Palin, nova prova de coragem de ambos, já que, como Ferreira Leite anunciou, "urbi et orbi", o casamento é mesmo para procriar.
Adorava ver o Sócrates a fazer o papel da saloia prenhuda, de chancas, e com a cinta de ligas a aparecer por baixo, depois de inseminado pela sua bela Vaca Charolesa...
Suponho que a criança venha a ter necessidades educativas especiais, mas isso, hoje em dia, é irrelevante, já que funciona tudo ao molho e fé em deus, e logo veremos, quando o momento chegar.
No entanto, não é nada disso que aqui me traz: venho só dizer que AMO o amor que une ambos em público, e que revela que, finalmente, o sebastiânico sonho do Eng. Guterres, a "Paixão da Educação", vai, com 13 anos de atraso, arrancar.
Irá haver milhões para escolas "high-tech", com os professores a cair da tripeça e uma população que continua no nível cultural e intelectual da "Liga dos Últimos", mas isso é totalmente irrelevante, já que, dentro de meia dúzia de anos, talvez menos, tudo será computadores e quadros interactivos, e todos os alunos do 9º Ano irão ter aprovação, quer seja com o abaixamento da fasquia dos exames, quer seja nas Novas Oportunidades, quer seja por terem passado a integrar o contingente dos "Maiores de 23". Em último caso, se a coisa não funcionar mesmo, faz-se um "franchising" com a (extinta) Universidade "Independente", e a coisa passa à pressão, e "cum laude", ou compram-se os árbitros.
Sinceramente, gosto desta espécie de Presidência Aberta que a Lurdes e o Zé andam a fazer pelo País governado pelo Primeiro Comando de Portugal: para mim, que não sou religioso, assemelha-se à Via Crucis do Senhor Santo Cristo, com todas as etapas e apeadeiros da sua errância escatológica, com a pequena diferença de que, no final, os crucificados não serão eles, mas... todos nós.
Com a Educação não se brinca, e nós perdemos qualquer dos comboios possíveis, excepto o da cosmética, que vai em marcha acelerada contra um paredão que todos nós já conhecemos, uma célebre muralha impenetrável, chamada Cauda da Europa.
Nem tudo, no entanto, podem ser rosas, e eu ando numa fase de voltar a provocar os meus leitores, que andam demasiado anestesiados com uma realidade que já se lhes tornou insuportável, e aqui venho eu, com um final para me comerem vivo: ao contrário da maioria dos docentes deste país, não considero Lurdes Rudrigues uma mulher mal informada. Pelo contrário, acho que é das pessoas com maior quantidade de informação sobre a "Coisa" Educativa, uma espécie de lamaçal, que, se tivessem de lhe analisar a "Caixa Negra", como fazem com os acidentes de aviação, iam levar 5 séculos a descodificar toda a trampa que se enredou lá dentro...
O mal de Lurdes Rodrigues não é saber pouco, é saber demasiado, e conhecer até ao tutano certas coisas que as pessoas em causa odeiam que se saibam. Não é nisso que peca, é no mau uso que faz da informação excessiva que lhe forneceram.
Ontem, se não me engano, e a provar isto, veio enfiar aquela mãozinha sapuda dela, de quem lavou muitas escadas com sabão amarelo, numa das feridas mais bem guardadas do Sistema, o flagelo das "Explicações", e de como muito boa gente, aproveitando-se da menor mancha que a leccionação lhes ocupa na vida, adora ter os horários arrumadinhos, de manhã, para ficar "despachadinho/a", e depois ir para casa, enfardar meninos e meninas a quem tornou a vida num inferno, na sala de aula, ou a cumprir a tarefa de treinador/a para os exames, coisa que rende fortunas, com muita da gente que torna os exames enigmáticos e intransponíveis, a ser a mesma, que, a soldo de ouro, depois oleia as engrenagens dos pobres diabos que a eles se têm de submeter. Matemática, Física e coisas congéneres, então, parece que são a galinha dos ovos de ouro. Oficiosamente, há empresas que se dedicam a esse tráfico do Intelecto; particularmente, muitas mesas redondas, com naperon de renda por cima, encobrem uma autêntica economia paralela, que foge ao Fisco, saqueia os Pais, torna explicativo-dependentes os Filhos, e arruina a seriedade do Sistema Público de Ensino, já que o carrasco da aula é, depois, o enfermeiro que, muito solícito, vai a casa.
O paralelo com isto só tem igual nos médicos que, a soldo do Estado, escolhem os melhores doentes, para depois os espremerem nas suas clínicas e consultórios privados, ou noutras tantas outras coisas, que vocês conhecem tão bem como eu, e assim foram tornando este País num angustiante estertor do Terceiro Mundo...
Para que não se sintam desconfortáveis, já que este é um texto notoriamente de provocação, fica-vos o consolo dos aflitos: não fosse a mão dócil da querida Milú, e não se sabe como o seu "explicando" Sócrates teria chegado ao "Diploma" e ao "MBA".
Sabe-se lá com o que terá pago a "explicação": a meu ver, foi com uma Pasta Ministerial, eventualmente a da Educação, mas eu sou uma má-língua, não sou?... Sim, escusam de responder, eu sei que sou: eu sou um genuíno fruto do Sistema de Ensino Português, oh, oh, se sou...


(Pentágono esotérico, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

sábado, 20 de setembro de 2008

O Primeiro Comando de Portugal e a "Nomenklatura" da III República

Imagem KAOS
Hoje é uma daqueles dias difíceis, em que me encontro encurralado, na situação de ter de me pronunciar sobre um assunto que é um enigmático "puzzle", para mim, e, ainda por cima, um "puzzle" do qual só tenho algumas peças, que nem sequer encaixam.
Hoje de manhã, antes de ter sido retirado do Youtube, tive a oportunidade de ver o vídeo do Primeiro Comando de Portugal: àparte uma parvoíce, em que uns rapazes brasileiros simulavam encostar uma faca ao pescoço uns dos outros, era uma das muitas produções caseiras que os nossos amigos do outro lado do Oceano produzem, em massa.
Os Brasileiros, ao contrário deste Sepúlcro Mental, em que nos encafuámos, há séculos, são sinónimo de expansão, de alegria e de à-vontade com o corpo. Teríamos de aprender muito, a ser felizes com muito pouco, em vez de andarmos com o nosso permanente ar de gatos pingados, e enjoados do passa-fome.
Enquanto escritor e poeta defendo, com radicalidade, que a vida do sotaque português, a querer comparar-se com a jactância das pronúncias espanhola, francesa, inglesa, ou alemã, por exemplo, só encontra paralelo no Hemisfério Sul, onde trocámos o falar para dentro e o che-che-che e o ão-ão-ão, que todos os entrangeiros gozam descaradamente, por uma língua exuberante, contagiante, e capaz de tirar qualquer um do sério.
Tudo isso tem um preço social, e todos sabemos qual é. Independentemente disso, e desde que me divorciei de Paris, considero o Brasil o meu segundo país, até mais ver, e estou a pensar comprar uma casa no Leblon, onde vivo num misto de Lutécia e Nova Iorque, com temperaturas fantásticas, e gente educadíssima, a relembrar-me, constantemente, que nasci num país arruinado e decadente. Volto a repetir: até mais ver...
Quanto aos "gangs", já aqui falámos deles por diversas vezes, e vou regressar enviesadamente ao assunto. Por força das circunstâncias, tornei-me céptico e cínico. Desconfio de jornais que assentam em vídeos do Youtube, que, mal são publicados desaparecem. Tenho pena de não ter feito o habitual "download", senão voltava a chapá-lo no sítio original, ou aqui.
É uma questão de tempo e de eu ir às minhas... fontes.
O resto são fragmentos: mais uma vez, repito, me enerva solenemente que descarreguem as energias sobre os tentáculos menores do Polvo. Este Verão, como a cegada dos Fogos já não pegava, alguém pôs gente a mando, para mostrar aos Portugueses que, se os fogos não lhes faziam arder as suas barracas de betão do subúrbio, já um assalto no banco ou na pastelaria da esquina lhes dizia directamente respeito. E disse.
Quem montou a campanha montou-a bem, e tenho de reconhecer que conseguiu uma coisa rara em mim, geralmente insensível a esses estímulos, que foi sentir ainda maior desprezo pelo "Cérebro Operacional" da Coisa. Fica registado.
Já aqui falei das "pessoas a mando", instituição muito antiga em Portugal, que é dar uns trocos para partir uns braços, uns murros na cara, ou pregar um susto. É fácil, barato e dá milhões. Os Senhores Pinto da Costa, que vamos indemnizar, e o outro cafre, o Valentim Loureiro, sabem bem com a coisa se faz. Até eu poderia saber, se me apetecesse, mas não me apetece.
A realidade é que, com o Desemprego num nível insuportável, com o subemprego em níveis indecentes -- tenho amigos brasileiros, "gente fina", como eles dizem, que têm de saltar de um lugar para o outro, para assegurar dois postos de trabalho... -- daqueles nos quais os Portugueses, gente reles, já não pega. Em qualquer restaurante, ou balcão, imediatamente distinguimos a simpatia, de um brasileiro, do toca-a-despachar do taberneiro ou da vaca portuguesa.
A hora má soa quando o desemprego também bate à porta dos imigrados: esses são a massa fácil para os "crimes a mando de". São baratos, disponíveis, e podem orquestrar um Verão Quente, de velhinhas assustadas, e "barbies" "carjackinadas" às portas de apartamentos comprados com dinheiros duvidosos.
Em São Paulo, matar o bandido que tenta entrar na casa, por cima das vedações electrificadas e dos holofotes, que acendem com sensores, é considerado legítima defesa. Cá, onde os Códigos Penais são alterados para proteger determinados crimes de determinadas pessoas, Códigos Penais feitos à medida, o juíz é interpelado pela polícia e põe o "malandro" imediatamente na rua. É normal que o "malandro" passe palavra, e diga "cara, aqui policial não mata, e juiz liberta logo você!..."
Até eu me tornava marginal Brasileiro, num país destes...
Desconheço a realidade do tal Primeiro Comando de Portugal, e até pode ser a pior coisa do mundo. A verdade é que o tratamento jornalístico dado ao tema irá envenenar, ainda mais, as já tensas relações entre as comunidades do instável País Multicultural. Não é inócuo que ontem -- eu não vi -- estava a "esnobar" duas putas alemãs que tinham vindo engatar para a Baixa de Cascais e que achavam que eu era o alvo ideal para elas: deviam pertencer ao Primeiro Comando Alemão do "Viémos para ser Aviadas". Tiveram azar, mas vamos adiante: parece que passava na televisão uma coisa velha como o Mundo, de um preto que tinha "seqüestrado" um "ónibus" na Cidade Maravilhosa. Essa merdunça passou na SIC, a televisão do Patrão de Bilberberg, e obviamente não estava a dar pistas, pois não, para a próxima coisa a acontecer em Lisboa e Vale do Tejo: um malandrão de São Paulo, a apontar uma pistola à cabeça de um gajo da Carris, e a manter prisioneiras umas velhas com as partes mal lavadas, e uns drogados sem dentes, que iam buscar a dose à Rua do Benformoso.
Tudo isto hipóteses, claro, porque eu até sou ceguinho.
Ora, uma coisa destas, entre outras, vai ter consequências, e vamos às que nos tocam directamente. Por acaso, durante a pequena parte do Verão em que estive em Portugal, cruzei-me com dois mafiosos desses presumível "gang", que estavam onde menos deviam estar, na praia, e parece que são exímios em assaltos, como a Polícia Marítima da Fonte da Telha sabe tão bem como eu. O Carro era vermelho, demasiado novo para o tipo de ocupantes de má catadura que os ocupava, e o discurso reles, ao nível do "Major" Valentim Loureiro. Deviam ter pensado que aquilo era Gondomar, mas não era, era a arriba fóssil da Caparica, e eles eram lixo humano em cenário impróprio... Outro episódio, que desconhecem, mas que vem a talho de foice, é que um dos nosso colegas de blogue, com formação, por acaso, para além da correntemente civil, esteve com uma pistola apontada à cabeça, demasiado tempo, durante um desses assaltos, que se banalizaram.... Mais não posso contar, mas não gostei do episódio nem da sua descrição: três profissionais, encapuçados, nada de amadorismo, nem nos métodos, nem nas palavras, nem nos disfarces, nem no treino: botas militarizadas, uniformes sérios e duas peles brancas e uma negra.
Vem agora a parte mais dúbia: se agem a mando de quem, quem é que os manda agir?
E a pergunta seguinte é: se os mesmos investigadores que, há muito, sabem de organizações deste tipo, por que não agem, como por exemplo, agiram, quando se tratou de associações, como a de Mário Machado, e os "Hammerskins", que, aliás, já estão a fazer a leitura radical do cenário, como poderão confirmar aqui? Acontece que os primeiros estavam a preparar-se para espalhar o terror na População Portuguesa, enquanto os segundos já tinham uma lista, muito pragmática, dos responsáveis políticos a abater... Como se pode imaginar, a prioridade não foi a defesa das populações mas a dos... Políticos. Prisão, pois.
Os nossos Políticos em muito pouco divergem dos Brasileiros: têm menos recursos, um cu de terra, mas sabem bem os sentidos dos "mensalões", dos desviar os dinheiros públicos, e de serem cabecilhas de tudo o que é rede de tráfico de gente, armas e droga. Se há brasileiros sem papéis e cadastro em Portugal, perguntem-lhes quem os meteu cá e com que intenções. Se os bordéis estão cheios de escravas brasileiras, perguntem-lhes quem são os clientes, identifiquem-nos, um a um, e tornem públicos os nomes. Se há gente que vai à Bahia lançar os búzios, para saber como vai "rolar" o ano -- agarra, Cavaco, esta é direitinha para ti!... -- em nada diverge dos Congressistas e Senadores Brasileiros, e já que a hora é tardia, a minha proposta era que, em vez de andarem a sacrificar e a imolar peões de ambos os lados -- esta semana já se suicidaram mais três polícias e um GNR... -- e em vez de nos andarem a transmitir a morte em directo, como no caso do BES, as forças especiais avançassem, com o GOE, a Judiciária, o SIS, e tudo o que investiga em Portugal, pela Assembleia da República, passassem a pente fino as conexões, os negócios, as acumulações, o quem paga o quê a quem, as sociedades secretas, e limpassem, de vez, o País desse "Primeiro Comando de Portugal", que já está instalado, há demasiado tempo nas Bancadas do Poder.
Nós agradecemos.
Sinceramente.


(Pentágono nauseado, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", o "Democracia em Portugal", o "KLANDESTINO", e "The Braganza Mothers")

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Da Instabilidade Crescente das Caixas de Comentários à Coacção Assumida da Liberdade de Expressão

Imagem do KAOS
Antes de mais, uma saudação ao "Democracia em Portugal", que voltou a reabrir as portas, justamente num momento crítico, em que somos poucos para uma terrível maré que por aí vem.
As coisas correm com uma velocidade que ultrapassa, em muito, as ordens "superiores" de disciplinar a Visão da Realidade que dominam os tradicionais Meios de Comunicação Social, nalgumas esferas já tratados como "Meios de Intoxicação Social".
Explicitando, e exemplificando, aquilo que, ontem, se assemelhava a uma incontrolável desordem do Sistema Financeiro, já começa hoje a deixar cair a máscara e a surgir como um cenário "catastrofista" onde o cidadão comum ajoelhará, perderá um pouco mais, e achará natural, enquanto os Grandes são devorados pelos Super-Grandes, e uma espécie de Cartel da Especulação toma forma, num Mundo devastado pelo Desemprego, pela Escravidão, pelos papéis em forma de "Diploma", e de endividados até à Quinta Geração.
O Ministro das Finanças, ou da Economia, não vi, contaram-me, do Reino Unido, já soltou a sinistra frase que rege Bilderberg: "Tudo, mas TUDO faremos, para garantir a estabilidade do Sistema Financeiro..." Ora, para mim, que sou tendencialmente Sindromático de Dawn, imediatamente saquei de um guardanapo, enquanto jantava em Cascais, e escrevi "Tudo mas TUDO=GUERRA".
Sim, eu sei que isso é de La Palisse, mas tudo, hoje em dia é de La Palisse, excepto o descaramento com que nos servem a "pizza", embora, revendo esta fantástica súmula do Tratado de Bilderberg, está lá claramente dito que, em que caso de Crise, a precedência, vai, de facto, para a Estabilidade dos Mercados. Ora, a Europa Utopista, filha do Iluminismo Tardio, e que era ensinada nas escolas, quando ainda havia escolas, e não mercados de peixe podre, onde a Dona Lurdes, Porteira, agora vende o declínio da Cultura Portuguesa e o apogeu das técnicas de enfardamento chinês, desapareceu.
Tinha sido fundada com um fundamento, que era terminar com todas as Guerras.
A Nova Europa, dogmática, parda, esclavagista, inculta, drogada, egoísta, devastada e totalitária, apenas sonha com a establidade dos "Mercados", não dos Mercados onde você ia comprar carne, legumes e fruta, mas com o Mercado onde o Capital desenfreado vai lavar os lucros duvidosos, disfarçar falências, e criar Mega-Instituições, que amanhã lhe venderão livros escolares, bifes, e meia-assoalhada a crédito de 80 meses e 80 anos, com juros infinitamente maiores do que os empréstimos.
Na Idade Média, os escravos eram marcados com um ferro em brasa: hoje em dia, chapam-lhes com um "chip" de Lista Negra de Insolvência das necessidades do Quotidiano.
Ora, tudo o que eu acabei de escrever é perigoso, perigosíssimo, porque se trata de uma autópsia antecipada de um Frankenstein que eles ainda estão a montar, mas nós já começámos a esquartejar.
É o papel histórico do Livre Pensamento, e a Coroa de Glória do seu mais recente meio de expressão, a Blogosfera, pelo que a Blogosfera, mais do que qualquer frente de batalha, é hoje um alvo que será submetido a terríveis provações e exercícios de diversão nunca dantes navegados, tão-só porque, ao contrário das pressões sobre jornalistas, não é controlável.
A técnica está em muitos manuais da retórica bélica, e basta folheá-los, um a um: ponham-lhes, pelo meio, uns Processadores da Intel, uns monitores TFT, uns ratos ópticos, e teremos Maquiavel, em todo o seu esplendor.
Há uns pessimistas que dizem que "Mein Kampf" anda agora a ser relido por quem não devia, e os Manuais de Beria, e da Besta Estaline tornaram-se, de novo, actualíssimos. Os meios, de facto, assemelham-se, e parece que regressámos aos tempos do Livrinho Vermelho do Camarada Mao, e às eras em que os infiltrados da PIDE se enfiavam pelos cafés e começavam a falar, muito alto, contra a "Situação", para ver quem eram os parolos que, pela oralidade ou pela expressão facial, caíam na armadilha. Durão Barroso, uma das coisas mais sinistras que a Matriz Lusitana produziu, era nisso exímio, e a tal se deve o reles cargo que ousou assumir: dizem as más-línguas que chegou a estar simultaneamente inscrito em Direito e em Letras, para melhor poder sabotar as reuniões de efervescência académica.
Agora, eu vou passar do implícito ao explícito: gozando de uma invulgar liberdade e popularidade, espaços como as caixas de comentários do "Do Portugal Profundo" tornaram-se em campos de torneio de tal ordem que acabaram nas barras dos Tribunais do Santo Ofício, vulgo, "Justiça Portuguesa". É-me cada vez mais penoso ir lá, e escrever o que quer que seja, porque o amontoado de lixo é tal que qualquer intervenção que queira ser pertinente é imediatamente afundada pela maré negra que lá reina.
O processo também é clássico: os "agitadores" têm, como função, desviar a atenção do essencial para uns certos arredores. "A la limite", conseguem desorientar o próprio dono do espaço, e quando se entra no nível da interpelação pessoal, da ameaça física, do "bullying" e do "cyberbullying", a vontade é de, como no "Democracia em Portugal", de deixar de escrever. Esse é, obviamente, o objectivo do desestabilizador ou desestabilizadores, e eles não perdoam.
Este é um tema que tenho tentado abordar, mas esperei que amadurecesse, e está, como previsto, a amadurecer: no "We Have Kaos in the Garden", outro dos lugares altamente polémicos, pelo imediatismo e qualidade das intervenções imagéticas e de texto, o clima de desordem das caixas de comentários tem vindo a tornar-se efervescente. Contas feitas, e tudo espremido, para lá dos genuínos gestos de apreço e dos aplausos, ao que se assiste agora é a uma série de "sombras", que procuram desviar a atenção da temática abordada, para as suas pequenas quezílias, conseguindo, a médio prazo, paralisar qualquer tipo de diálogo, e evitar que temas candentes ali sofram desenvolvimento, ou que o autor perca tempo a responder a disparates, em vez de CRIAR, a arma mais nociva que ele tem contra essa escumalha escrevinhadora.
É clássico, e premeditado, maligno e coercivo.
Se estivéssemos na Atmosfera, corresponderia a tentativas de boicotar uma reunião, e tenderia para uma limitação da Liberdade de Expressão.
Em termos de níveis sonoros, o processo corresponde à diferença entre SOM e RUÍDO.
Caros colegas, que participais em espaços polémicos, como os já citados, e lhes acrescento agora "A Sinistra Ministra" e "The Braganza Mothers": como já tive oportunidade de escrever AQUI, há uma tipologia dos comentários, facilmente classificável, numa Axiomática de Lineu, e já descontando as patologias próprias de cada um dos nossos espaços de intervenção específicos, com aquelas pequenas sombras, que insistem em perpetuar as suas pequenas frustrações e vinganças de cozinha, e essa proliferação dos comentários erráticos, em crescente tom de violência e ameaça, nada mais ouvimos do que RUÍDO, mas um ruído, em nada, inocente: é uma tremenda e imparável tentativa de importar, do Mundo Quotidiano, para a Noosfera, lúgubres técnicas de Coacção da Liberdade de Expressão.
Aqui fica lançado o aviso, porque em plena guerra já estamos: somos perigosos para assegurar "a Estabilidade dos Mercados", sobretudo do Mercado das Ideias Feitas e do Politicamente Correcto, o pior lesa-majestade em que poderíamos incorrer.
Força e coragem, porque nós não estamos sós.

(Pentágono esotérico, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e no "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

As Três Gloriosas

Imagem do KAOS
Bom, há dias em que realmente eu tenho de jantar, e não posso imediatamente escrever sobre tudo o que de bom o KAOS produz. O Sr. Aníbal, que as pessoas agora tratam por Presidente da República, mas que eu, que sou distraído, quando oiço falar de "Presidente da República" tenho sempre de fazer um esforço, olho para trás, antes de me lembrar de que é, mesmo, o... Sr. Aníbal, está definitivamente enfiado na sua Máquina do Tempo, e quer-nos, à viva força, fazer recuar ao tempo da Mocidade Portuguesa e da sua "Estrudes" Thomaz.
O último disparate, se bem estão lembrados, é um solene apelo à confiança nos Tribunais, os mesmos que acabaram de pôr o Estado (nós), a pagar indemnizações a pessoas mais do que duvidosas, chamadas Pinto da Costa e Paulo Pedroso.
Inibo-me de tecer comentários sobre isso.
Recentemente, no "The Braganza Mothers", o Methateorique escreveu um texto lapidar sobre o Imperativo Categórico, coisa que, simplificada, é mais ou menos um "não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti", mas numa escala ética de ampla projecção social: "age sempre de modo que a tua acção possa ser encarada pelos outros como exemplar".
Um juiz que atribui qualquer tipo de indemnização ao Pinto da Costa não tem a mínima noção de que o seu acto, para além de estar abissalmente longe do Imperativo Catgórico é uma pura afronta contra o sentir comum da População Portuguesa, e, no clima que se vive, até mais uma acha para uma fogueira iminente...
O Imperativo Categórico, como já perceberam, está como o Lince da Malcata, no panorama Socio-Político do nosso actual chiqueiro: foi substituído pela Áurea Pragmática que diz "lixa o teu próximo, antes de que ele tenha tempo de te lixar a ti". Suponho que esta frase -- fez-se-me agora luz, irá ser um dos princípios notáveis que irá reger a Avaliação Docente do Ensino Secundário... -- mas reflictam vocês um pouco sobre isso, porque eu vou ter de seguir adiante.
Com pompa e circunstância, a Sarah Palin de Sócrates veio anunciar que as autarquias passavam a ter responsabilidades, ete. e tal, sobre o Sistema de Ensino, e para o pagode, que continua a ter habilitações baixíssimas, mais uns néons e holofotes, e uma valente carga de maquilhagem em cima da Bruxa da Educação, aquilo soou a dádiva.
Não é: trata-se de um presente envenenado a sub-sistemas de gestão local, e, em metáfora caseira, é o equivalente a eu bater à porta da minha vizinha, com um grande sorriso e as televisões atrás, a dizer-lhe, "Olhe, Dona Cesaltina, a partir do mês que vem, é a senhora que vai pagar as minhas contas de água e luz, e toda a gente vai ficar, à pala disso, a viver bués melhor no prédio", a Dona Cesaltina agradece, diz umas baboseiras para as televisões, apagam-se os holofotes, volta tudo para casa, e só a meio da noite, já com os rolos na cabeça, entre os roncos e os encostos do pénis curto e grosso, e semi-teso, do barrigudo do marido, é que ela acorda, em sobressalto, e percebe a desgraça que lhe aconteceu.
Parte do país está assim, e há parvos que ainda não perceberam o que aí vem. Foi dessa mesma forma que Sistema Inglês naufragou. Problema deles, e nosso, porque vamos apanhar por tabela, mas enfim.
Quanto ao Aníbal, que cada vez mais se confunde com as suas piores caricaturas, aparentemente teve uma "nuance", mas se calhar era só uma madeixa, que o oporia ao Tumor da Educação: ela diz que não queria 12 º Ano, suponho que a contar com o a-ver-se-te-avias das Novas Oportunidades, e ele disse que, afinal, até queria o 12 º.
Isso rapidamente se resolverá, quando Sócrates puser a sua Sarah Palin a dialogar com a Sarah Palin do Cavaco, a Ogreza do PSD, e descobrirem onde podem poupar mais uns centavos, se na Solução A, se na B, e ganhará a poupança do centavo...
Termino com a minha posição pessoal: todos nós conhecemos, ao longo da vida, pessoas notabilíssimas, que, quando questionadas sobre as suas habilitações académicas, as tinham bastante baixas, e daí saíamos surpresos. Há uma generosidade e uma compensação sociais que são inerentes ao Sistema de Certificação das Novas Oportunidades: por fim, conferem um Grau digno a quem soube aprender o melhor da Escola da Vida.
O reverso é tão sinistro como a Sinistra Ministra: é o "vocus populi" daquela gentinha que, volta e meia, solta a célebre frase "eu cá sei tanto como um doutor!..."
É verdade, sobretudo devido à qualidade de muitos "doutores" que campeiam entre nós. Para esses, a certificação das suas jactâncias é tão-só mais um pretexto para oprimir o seu semelhante e empolar um fraudulento sistema de hierarquias do espezinhamento, em que somos mestres e exímios catdráticos.
Consta que há escolas em que, no PBX, se houve, repetidamente, a pergunta "é de aí que dão diplomas de...?".
Suponho que as primeiras reacções das funcionárias tenham sido de indignação. Isso passa-lhes: o Imperativo Categórico triunfará, e, brevemente, assumirão um tom majestático de resposta: "É, sim. Quer um do Básico, do Secundário, ou da "independente?..."

(Pentágono, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", melancolicamente, não, no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

domingo, 14 de setembro de 2008

Da Natureza dos Deuses Paralímpicos

Deturpando Epitecto, diria que há as coisas obscenas e aquelas cuja obscenidade não depende de nós.
A Bota de Ouro, de Cristiano Ronaldo, numa jactância de televisões e aspirações de gente baixa, a viver erotismos por procuração, não depende de mim: é filha da decadência cultural de um Povo que assenta todas as suas expectativas na zona do corpo mais afastada da sede do Pensamento: os pés que arrasta pelo chão.
Os Jogos Olímpicos, que marcaram a reentrada da China no concerto das Nações de História e Bom-Gosto milenares, fizeram esquecer a miríade de lúgubres episódios da sua longa Epopeia. Infelizmente, estava longe, de cá, e de lá, mas pude ver como enviámos uma equipa de excelentes atletas, carregados com o tremendo Pessimismo Nacional, que varre este destroçado rectângulo. Muitos deles treinam com parquíssimos recursos, outros, com a boa-fé e o esforço solitário de quem vive à margem dos holofotes.
A glória da alma das Nações traduz-se nas vitórias dos atletas, cujo ânimo está estimulado. As sociedades deprimidas só trazem para casa derrotas.
São assim três níveis: o do narcisismo das estirpes de cristianos ronaldos e do povo de imbecis que os bajulam, tratando gente limitada como se de deuses se tratasse, com eles se identificando, e neles gastando milhões de coisas ocas.
A Glória é outra coisa: não são os Narcisos da barraca, nem os deprimidos atletas que não trouxeram medalhas, antes se manifesta naqueles que, à partida, limitados em pequenas parcelas do Corpo e da Alma, tentam mostrar à multidão cega a sua enorme paridade. A essa atitude chama-se Dignidade, e o seu esforço é realmente Olímpico. Reconquistam, de cada vez, e por cada acto, o seu devido lugar na vanguarda da nossa vanguarda atlética. Mais do que todos, cobriram-nos de medalhas, de medalhas de gente humana, altíssima, a quem geralmente pouca atenção conferimos, e que estranhamente crismámos de "Paralímpicos", coisa cujo significado prefiro ignorar.
Com eles, finalmente estamos de parabéns.
( Pentágono nostálgico, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", na sombra do "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e no "The Braganza Mothers" )

sábado, 13 de setembro de 2008

CONTRA CAVACO


Imagem do KAOS


É público que não suporto o Sr. Aníbal, nem um pouco, e não suporto de ontem, de hoje nem de amanhã.

Ele teve a sorte de eu andar bem longe de cá, quando fez o tal ridículo discurso à "Nação", que depois me contaram ter sido um dos momentos mais baixos da já corroída "passerelle" política.

Objectivamente, ando, há anos, à espera de que o Cavaco se foda, e expie, de uma vez por todas, o mal que fez a Portugal, enquanto protagonista do "The Great Portuguese Disaster", de 1985 a 1995.

Pode ser que me engane, mas os ventos andam de feição a que se lhe quebrem os mastros. Tudo o que funda o meu texto foram coisas que ouvi, portanto, tanto melhor, porque desconheço se são fundamentadas: para mim, foram inspiradoras, e os meus textos são fruto de inspirações, não de quaisquer minúcias jurídicas, ou factuais. São textos de Opinião e Intervenção, Intelectual, Escritor e Maduro.


Parece que o Sr. Aníbal, que pouco se preocupa com o declínio das condições de vida do Povo, do qual, desgraçadamente, é o mais alto magistrado, está solenemente preocupado com que retirem uma lasquinha de talha ao dourado da sua idealização da figura do "Presidente da República", ou seja, há um narcisismo obsoleto, que só interessa a ele, à Maria e ao Menino Jesus, ou seja, à patética manjedoura em que quereriam que nós permanentemente participássemos.

Eu quero que essa manjedoura se foda, mais a Maria, o Menino Jesus, e o Burrinho, mas o grave da coisa é que essa ridículo par -- ele, cada vez mais parecido com o defunto pai, que era um ícone de provincianismo das feiras do Interior Algarvio, e ela, uma modista "on-line" e "on public", com a Falha de Santo André entre a gola dos penosos casacos, os "tailleurs", e o cachaço, cada vez mais acentuada, e as pernas em arco, num truca-truca vergonhoso, de peixeira de balcão decadente -- esse ridículo par é o rosto público do Estado Português, de si, e de mim, no Exterior do Séc. XXI.

Simplificando, era como se Portugal, de cada vez que aparece no actual Palco do Mundo, enviasse sistematicamente o Zé das Botas e a sua Governanta Maria. Acontece que Portugal somos todos nós, e o ridículo é colectivo, portanto, penosamente nosso.


Agora, vamos à dissecação: a coisa não é difícil de entender. Nalguns anos, posteriores ao Solavanco dos Cravos, muitas vezes se disse que Freitas do Amaral era o herdeiro presuntivo do Marcelismo, e o suposto transitório do transitório, que levaria Portugal a uma modalidade democrática "soft". Não sei, não sou desse tempo, mas até aceito a versão.

Com o tempo, Freitas do Amaral, como tantas outras figuras do CDS, que raramente gera Partido, mas frequentemente fabrica notáveis Estaturas Individuais, Freitas do Amaral tornou-se respeitável, e não vamos ser maus e fazer analogias com o ditão das putas... Pelo contrário, o Sr. Aníbal, quando, com os tostões da bomba, lá foi esticar os conhecimentos na praça britânica, trazia, no âmago da sua ambição, a ideia de que, regressando a Portugal, imediatamente ingressaria num alto poleiro da "Nomenklatura" do Estado Salazarista, ou Marcelista, ou o que quiserem.

Teve azar: pelo meio, houve uns tantos visionários, mais um loucos, uns opostunistas e uma maré de gente, saturada de vir com um braço, um olho, ou uma pila a menos, do "Ultramar", que deitaram abaixo um andaime que já estava muito para lá do podre.

Na carreira prevista do Sr. Aníbal, isto foi um... contratempo, e eu percebo, perfeitamente, quanto lhe deve ter custado regressar a um Portugal, no qual não havia espaço para mentes neo-salazaristas virem expor os seus "Doutoramentos-feitos-lá-fora". E ainda percebo mais que ele nunca tenho percebido que tinha acontecido "qualquer" coisa.


O Sr. Aníbal é um analfabeto funcional, cujas competências se limitam a uma pequena clareira, em redor das banalidades do seu Doutoramento. Como diria o saudoso António Silva, "Doutoramentos há muitos, seu palerma!...", e palermas ainda mais, e cada vez mais, ao ponto de termos hoje uma plateia indiferenciada, de olhos postos no Futebol e nos "Gatos Fedorentos".


Pelo contrário, eu, Cidadão Europeu, por coincidência, Português, do Início do Séc. XXI, não tenho a mais pequena culpa de que o Sr. Aníbal tenha tido as suas expectativas goradas, e que justamente na altura em que ele ia pôr o pézinho no degrau mais alto, a escada se tenha desmoronado, debaixo dos seus suados joanetes de Boliqueime.

Eu sei, eu sei, isso custa, mas a mim e a 10 000 000 de Portugueses ainda há coisas que custam mais, e o Sr. Aníbal está-se zenitalmente nas tintas para isso. Na aparência, o que o preocupa é que venha diminuído, numa maravilhosa região ultra-periférica da Europa, chamada Açores, o seu arquétipo de "Presidente da República", o seu proviniciano EU promovido.


Já várias vezes afirmei que, com a sua aziaga eleição, Aníbal atingiu o Topo da Base, ou seja, subiu ao ponto mais alto que a sua limitada mundividência deixaria antever, e fê-lo fora de prazo, "atrasado" -- uma chatice -- por causa das "forças de bloqueio", gentes que lutavam desesperadamente para ter um pouco de vida melhor, uns bens materiais, de que tinham sido privados durante meio século, mais educação, acesso às maravilhas da Cultura, e um digno lugar no Concerto das Nações.

O Sr. Aníbal estava-se nas tintas para isso: nunca deu com os costados em infectas masmorras, como Cunhal e tantos outros militantes dos "Ismos", filhos do Marxismo, não teve de fugir, como Soares e a sua família política, não teve de andar a batalhar, e a arriscar o pescoço, como Sá-Carneiro, os Monárquicos, os Centristas Indiferenciados, e os muitos, muitos, pobres desgraçados, Democratas de todas as cores, que por cá ficaram, a penar um atraso estrutural, que lhes custou os melhores anos da vida, quando não custou a própria vida.

A Democracia Portuguesa nada deve a Cavaco Silva.

O tecido Económico, Cultural e todas as frentes de Produção, da Agricultura aos Serviços, só têm nele a figura do Coveiro.

Em contrapartida, devem-lhe o apadrinhamento da Droga, do Desvio de Fundos, do Novo-Riquismo, da Corrupção de Estado, e do início de todos os tráficos, que hoje nos corroem.

Aquando do período em que se traficaram livremente escravos para executar as Obras do Regiem, uma das mensagens de sanitário mais xenófoba, fria e sarcástica que alguma vez li, rezava o seguinte: "O Cavaco deixou vir os pretos, que te roubaram os empregos, as casas e as gajas, e tu agora tens de ficar no teu quarto, a bater uma punha".

Reservo-me não comentar este comentário: fica a coisa para vocês.


Anti-europeísta, até lhe cheirar a dinheiro fácil, Cavaco Silva, não tivesse sucedido esse "azar" chamado 25 de Abril, continuaria, sem perceber, sequer, que isso era uma anomalia, o conhecidíssimo "Orgulhosamente Sós"... Porque Cavaco estagnou, naquele tempo mítico, em que o seu doutoramentozito, sobre uma pequena partícula das preocupações do Mundo, lhe iria assegurar um bom poleiro (1973), num Regime Defunto, exctamente aquele que tanto confunde os Jornalistas, de cada vez que ele abre o emissor de perdigotos, e, freudianamente, lhe escapam a Assembleia "Nacional" (sic.), o Dia da "Raça" e outras tantas outras que lá vão ficando pelo caminho, porque é para isso que servem os consultores de postura e imagem, que bastante trabalho devem ter em tentar "aggiornar" um cangalho que parou nos Anos 60.


Quando se preocupa com que o Estatuto dos Açores, aprovado por uma Câmara inteira do Sistema Democrático Português, lhe retire uma partícula de Poder, está desfasado no tempo, nas funções e no cenário: todos sabemos que dificilmente iria além de um Américo de Deus Thomaz, mas ele está mais atrás, e sonharia ser um Marechal (da Bomba) Carmona.

Vai ter de se "desenganar", como dizem as varinas: as sociedades democráticas, com todos os sintomas de crise que a nossa atravessa, continuam a dispor de sistemas de regulação para Chefes de Estado que... "desregularam".

Nenhuma Democracia poderá aceitar que um Presidente -- sobretudo a nossa, que é Parlamentarista, e não Presidencialista -- venha declarar que "irá vetar sucessivamente uma coisa que não lhe agrada".

Em teoria, poderá fazer o que quiser, e votar quantas vezes quiser, até afrontar a Constituição e o Regime: aí, meus amigos, entre um braço de ferro dos Poderes Legislativo e Executivo, e um Chefe de Estado com "manias", alguém terá de ceder. Sócrates e os seus estrategas, só se forem totalmente imbecis -- e não o são -- não cederão, e a parte fraca sobrará para o homem que vive no, e do, Passado.


Desconheço quais os mecanismos constitucionais para o porem em cheque, mas espero que os leitores deste texto me ajudem, no clarificar da situação.


Brevemente, haverá eleições regionais nos Açores. Espero, com a maior sinceridade, que o P.S. Açoriano as vença, como prova de resistência a um cangalho obsoleto, assim como espero, tal como no Passado já aconteceu, que as Ilhas venham pôr ordem num Continente que está entregue a si mesmo.

O desafio não se confina aos Açores: muito saudável seria para a Democracia que, dada a paralisia, e a entrega do "Centrão" a interesses sinistros, como a Ortodoxia Religiosa da "Bruxa", e os da Casa Pia, viessem os Arquipélagos refundar os dois Grandes Partidos do Centro, P.S. e P.S.D.

Aqui fica lançado o desafio ao cómico Alberto João e a Carlos César.

Lembram-se de como a Pedofilia foi resolvida, em dois tempos, no meio do Atlântico, sem quaisquer indemnizações nem afrontas à Opinião Pública Nacional?...


Pois que venham os Arquipélagos, se assim tiver de ser, e acho que vai mesmo ter de ser, para evitar sangue nas ruas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Considerações intempestivas, seguidas de discretas descargas de autoclismo, ao telemóvel

Imagem do KAOS
Segue-se o texto..., aliás, desde ontem que se abriu uma boceta de pandora no meu imaginário.
Ficámos na parte da paz podre, e vamos continuar pela meditação do papel dos blogues no silêncio presente.
Há altursa em que me sinto no papel do marido ausente, e este ano acho que passei tempo, em excesso, fora de Portugal, de maneira que as mazelas caseiras me vieram ainda mais à vista.
Não sou Anti-Português. O meu pendor crítico deriva de coisas mais básicas: deriva de só vivermos uma vez, e nos ter cabido, em sorte, e por azar, um tempo degenerado. Ainda não falei aqui da Moriae e do que um tal de Pedro Rolo Duarte escreveu sobre o "Sinistra Ministra".
Acontece que a Moriae eu sei quem é e o Pedro Rolo Duarte já ouvi falar, mas ignoro totalmente quem seja.
Talvez seja melhor assim. Com certeza não é nenhum Brad Pitt, nem físico, nem mental, e deve ter pouco que fazer do que andar a comentar se o nome do Blogue devia ser "Sinistra Ministra", ou não. Pagam-lhe para isso, e à Moriae... não, profunda diferença. Ela é lida, e ele... não. Quanto a mim, Sinistra Ministra até devia ser um nome pior, mas nós achamos que somos pessoas bem educadas, e somos, mas este plural refere-se a NÓS, que estamos do lado oposto a esse tal Pedro Rolo Duarte, e que não lhe reconhecemos qualquer critério, ou reparo, nas designações.
Esses universos -- o dele --, que não frequento, mas que sei bem como funcionam, são sórdidos. Têm sempre no fim um evitar a palavra "sinistra", mas permitirem-se sinistras maquinações, capazes de vexar um Povo inteiro ao achar, por exemplo, natural pagar uma indemnização a um indivíduo cuja reputação está totalmente destruída, no senso do homem comum da rua.
Esta é uma consideração intempestiva, e antecede já a seguinte: a crise, ou o nome que lhe quiserem dar, é uma coisa demasiado avançada, e que nos está a ser sistematicamente ocultada. Um dos seus sinais é, obviamente, o desastre do Sistema de Ensino, que se manifesta em... passagens de ano. Os outros são piores, são o Estado Americano ultra-neo-liberal a "nacionalizar", "in extremis", organizações de fundo, que bem sabe fariam colapsar todo o sistema de exploração e usura vigente. Em España, faliram as principais especuladoras imobiliárias, Um punhado de Estados Europeus entrou em Recessão Técnica, e eu juntaria... Crónica. Portugal, sempre discreto e educado, como gostam os Rolos Duartes deste Mundo, deslocou, por exemplo, para Angola, todos os Negócios de Cafres que cá já não davam. Traduzido para miúdos, os ladrões do imobiliário e dos bancos cansaram-se de ter cemitérios de casas e créditos mal-parados, e voltaram a território cafre.
Não é o meu meio, deixo a análise técnica para a e-ko, o fado, o quink e o paulo, que voltou.
O que apenas quero dizer, porque este é tão-só um de muitos textos que vêm aí -- não os de comentar notícias, mas de mostrar que não perdemos a capacidade de intervir, e de reflectir sobre o nosso papel -- vai já agora: com sinais crescentes de evidência, torna-se claro que os Políticos, independentemente dos seus quadrantes, são meros servidores de Sistemas e de Ordens Supra-nacionais. (Há uns cómicos, pelo meio, como o Chavez, que hoje representou um excelente Almodóvar, mas não passou de aí). Ora, sendo os cavalheiros servos da Servidão, é indiferente andarmos em quaisquer quezílias políticas.
Aparentemente, o papel da "Normalização" (estrangulamento) do Pensamento, coube aos tais Socialistas estranhos, e eu vou passar já à metáfora para me fazer entender: a Política, hoje em dia, desenrola-se tal qual aqueles prédios que foram para obras, e tiveram desenrolado, diante da fachada, uma pintura "trompe-l'oeil" gigantesca, para não "inquietar" os transeuntes. A esse período, deu-se o nome de Culto da Imagem, e já era filho do tempo em que votávamos em Ideologias. Passámos a votar em melhores, ou piores aparências: votou-se em Santana, porque era um galã de tias; votou-se em Portas, porque era o que se vestia melhor e ainda discursava mais briosamente; em Sócrates, porque nele confluia o sonho inteiro de um povo de pelintras e mal-vestidos; em Aníbal, porque parecia o célebre cabide que nunca verga, dos Anos 50 da Rua dos Fanqueiros.
Enquanto nos concentrávamos na pintura, as verdadeiras obras decorriam por detrás.
O Ciclo, todavia, está a chegar ao Fim. Está para breve o fim do tempo em que nos davam caras recatadamente decentes para votar. Em breve, qualquer coisa servirá. Obama, talvez o tipo que mais desconfiança me provoca, para além de Sócrates, já representa o misto da Imagem com a mensagem subliminar, que não é Política, mas toca na tecla dos atavismos étnicos, coisa grave, porque já não votamos em ideias, nem em aspectos, mas em quotas de híbridos de coisas que se inserem num imposto politicamente correcto, como adoram os Rolos Duartes desta parvónia.
Não vou mais além, porque amanhã segue e vai seguir, mais, até que o teclado me doa.
O último carinho é para o Paulo Pedroso, que voltou ao porta-aviões. Aqui dentro, vamos resistir, e permito-me acabar com uma história daquelas extraordinárias: durante o tempo em que Portas, a minha saudosa "Miss Fardas", ocupou o Forte de São Julião da Barra, várias vezes lá passei à porta, só para o gozo, para tentar descortinar, na cara do militar de serviço ao portão, se ele os mandava subir ao quarto, como a gloriosa Carlota Joaquina, a última Primeira-Dama decente, deste país de putas sonsas. Invariavelmente, sobretudo o mulato, que era realmente bonito, e que eu costumava achar que era uma esplêndida escolha, tinha sempre um enigmático sorriso. Não me perguntem as fontes: a realidade é que quem exigiu ir viver para São Julião da Barra não foi o filho, foi a mãe, a devassa Sacadura Cabral...
Estava explicado o sorriso do militar: cavalo do bom, depois de despachar o filho, lá ia repousar também na... "matriz" da mãe.
País de Messalinas.
Bons tempos.
(Quadrado delineado no "Arrebenta-Sol", no "Sinistra Ministra" (que nome horrível, não é, para uma pessoa tão boa?..., no "Klandestino", e no "The Braganza Mothers", com honras de memória para o "Democracia em Portugal")