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Começa hoje o Verão e só me está a vir à cabeça uma expressão portuguesa que se encaixa nas que mais detesto, e é... "ser corno". Do meu ponto de vista, só lhe encontro uma vantagem: só se é corno uma vez na vida, todas as restantes são meras réplicas.
O Sr. Sócrates, que deambulou por Universidades fanhosas em tempos em que era fácil passear por lá e "ir fazendo cadeiras", o Sr. Sócrates, a quem insistem em hoje chamar Engenheiro, consta, que não vi, portanto, estou à vontade para falar, que quer agora passar por cordeiro manso. Ora isso do querer passar por manso comigo não pega, porque, com ele, já fui corno manso uma vez, e, como não sou pessoa de gostar de réplicas: quando mudo, mudo de vez.
O Sr. Sócrates, que nós descobrimos tardiamente ser um ser invertebrado, sem personalidade, com o caráter traumatizado por estigmas indeléveis, o "boneco de plástico", como muito bem então a Imprensa Española lhe chamava, quer agora fazer o número do bebé chorão, que faz "buá", sempre que é apertado. Acontece que a única coisa que eu lhe apertava com gosto era o pescoço, e rápido, sem ter tempo de ele poder fazer "buá".
O que eu escrevo tem a gravidade de poder ser lido e subscrito por milhões de Portugueses. Depois das eleições mais inteligentes de sempre, faz agora duas semanas, o Sr. Sócrates e o partido esfarelado, e vergonhoso, que ele criou deveriam ter tirado uma dramática conclusão: há votos que voltaram às bases, e nunca mais de lá sairão. Nunca mais haverá um Comunista a pensar que talvez haja um voto útil na "Esquerdice"; os oscilantes do PSD perceberão que agora não se pode nunca mais oscilar, e é enfiar os corninhos em baixo, e marchar, marchar, na direção da Castanha Pilada; do CDS, nada há a dizer: nunca sofreram tanto vexame continuado, como das áreas do Rato, e vai de aqui uma vénia ao Candal, que os ratos levaram para junto de sei, e que não faz cá falta nenhuma: inaugurou, há uns quantos anos, a política baixa do PS, ainda nem nós sabíamos que eles eram capazes disso, e lá epigramou um célebre Manifesto Anti-Portas. Espero que tenha na morrido na ignorância de que lhe faltava escrever um outro, bem mais vasto, o Manifesto Anti-Sócrates, sempre com a agravante de que o Portas fez, faz e fará o que sempre bem lhe apeteceu, nunca inventiu câncios, e não precisa de cortinas de fumo de banhos turcos, nem de vapores de "jacuzzis", para que não reconheçam a cara pública daqueles grunhidos... O Bloco de Esquerda, por sua vez, é um caso à parte: agrada-me que ganhe força, e que tome forma, para se poder assentar, calmamente, nas pastas ministeriais, pelas quais sempre ansiou: enquanto os Portugueses não tiverem essa espantosa visão, nunca acreditarão, pelo que espero que venha depressa, bem sabendo que lá sentirei a difusa sensação de ter perdido mais quatro anos da minha vida a pregar aos peixes.
O problema do Partido de Sócrates, outrora conhecido por "Partido Socialista" é um problema grave, porque mexe com a nossa idiossincracia, e nós não toleramos ser traídos. Somos um bando de filhos da puta, mas lá achamos sempre que os diferendos se poderão resolver, bem no limite da confusão, com uma palmadinha nas costas. Sócrates veio mostrar que não, e que estava mesmo a humilhar, voluntariamente e a agredir, cada um de nós e cada qual, e que achava ainda que estava a fazer bem, e repetia, e até pedia, com cara de cona mansa, que lhe dessem oportunidade de continuar.
Os Portugueses têm de perceber que, quando voltarem às urnas, não estarão a votar num P.S: estarão a votar numa associação criminosa que é capaz de fechar universidades, quando pairam suspeitas sobre diplomas por elas emitidos, que destrói provas e acha isso naturalíssimo, que telefona com ameaças e pensa que a isso se chama Comunicação Social, que gasta milhões a polir bonecos de plástico para palcos dos programas da manhã da TVI, que consegue subverter o Estado de Direito, para não levar a julgamento suspeitos de Pedofilia, que constrange, pressiona, e acha natural que se interrompam, paredes dentro, investigações internacionais sobre a vida financeira e privada do homem que goza do estatuto de Primeiro Ministro, entre um infinito rol de coisas mais.
As Novas Fronteiras, hoje em dia, são uma reunião da Camorra Napolitana, com a ressalva para um punhado de totós que lá esteja, e está uma, pelo menos, de quem eu gosto muitíssimo, e a quem peço, desde já, desculpa por este texto, mas os Portugueses tinham mesmo de ser alertados para que as "Novas Fronteiras" só atiraram mais dejetos cá para fora, na figura do pimenteiro Vitorino, a alegria das saunas "bear", mas mais uma das formas da infelicidade decadente de que este país se revestiu.
Eu quero ter a certeza de que..., quando..., se..., alguma vez..., me apetecesse votar PS, não estava a pôr a cruz na ponta do icebergue de associações secretas, que, na sombra, manipulam estes fracos fantoches de feira felliniana; não me apetece votar em traficantes de drogas e armas; quero saber que, de uma vez por todas, não estou, com uma cruz, a validar uma criatura, Vítor Constâncio, que, no mínimo, já devia estar demitido; não quero pensar em Educação, e imediatamente me aparecer à frente uma coruja frustrada, que nunca conheceu o pai, e era acordada, de manhã, na Casa Pia, com baldes de água fria, para ir fazer bordados para tristes recantos cheios de umidade: isso não é Educação, são os traumas de uma vida inteira, que nunca deveriam extravasar a dor de quem os sentiu; não quero saber de Valter Lemos, e dos crimes cometidos à sombra do Gang de Macau, nem da "Mariana-dos-lindos-olhos", que, quanto mais velha se torna, mais cobarde, vingativa e medíocre se revela. Não me apetece saber que há um Paulo Pedroso preparado para ir protagonizar um dos mais obscenos momentos da nossa Vida Pública, e sacar 2 a 3% de votos em Almada, desprestigiando, ao mesmo tempo, o Estado de Direito, a Democracia, e a Inteligência do Homem Comum Português. Quando votar PS, quero ter a certeza de não estar a validar os rostos da sombra de uma qualquer Loja Maçónica, que já o tinha decidido antes de mim, e a quem eu vou fazer o frete de fingir que valido, por sufrágio, uma decisão preparada nas trevas. Não quero mais ouvir falar de Ferro Rodrigues, nem de Carrilho, nem de Vital Moreira.
Comigo, estão muitos milhões de Portugueses, que votarão em qualquer coisa, desde que não se chame PS, já que o PS se tornou naquilo tudo anteriormente descrito, e tem hoje uma só uma cara, chamada JOSÉ SÓCRATES.
Este teatro de fim de estação foi um péssimo boneco, ou como diriam as más línguas, a única coisa na qual Diogo Infante o não soube instruir...
Enquanto não se livrar destes flagelos, há batalhões de votos que o PS terá perdido para sempre. Creio que, lá no fundo, haveraá quem disto saiba, mas, quando há um demente à frente de um Governo, todos nós sabemos que isto termina sempre num "bunker", com o Führer a disparar, contra sua própria vontade, contra uma testa que nunca valeu muito, e com o seu último venezuelano, nu, e de buraco na cabeça, a esvair-se em sangue do chão, da última despedida erótica.
Estes são os milhões de votos perdidos para sempre do PS. Com muita honra neles me incluo, ao assinar este texto, que quero lapidar.
(Pentagrama do adeus que agora é demasiado tarde, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")
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