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Dedicado à Kaotica, ao Kaos, ao Baby, à Laura "Bouche", à Pimpinela, à Carmelinda Pereira e à Isabel Pires, e também ao Ricardo e a todos, muitos, os que têm colaborado nesta nossa nave dos loucos
Eu sei que muitas vezes se espantam com o que escrevo, e hoje será mais um desses dias. Aparentemente, e porque julgo José Sócrates como o Primeiro Ministro de Portugal mais execrável que conheci, até nisso conseguindo bater aos ponto o Aníbal de Boliqueime, toda a gente pensaria que ontem não celebrei a sua pirrónica vitória. A verdade é que, ao abrir aquela garrafa de champanhe -- não, não era das caras, nem sequer chegava aos pés do "Dom Pérignon" reserva de 20 anos, que despachei, no dia em que Cavaco apanhou nos cornos, nas Presidenciais de 1995, mas ainda era champanhe... -- a rolha saltou, por múltiplas razões. A primeira, evidentemente, e que colhe a unanimidade de toda a gente a que dediquei este texto, foi o Partido Chavista ter perdido a sua Maioria Absoluta, e o Boneco de Borracha ter de passar agora a andar no ó meu, ó meu, até à sua dissolução total. Manuela Ferreira Leite portou-se com nível, muito mais do que a canalha que agora pede a sua cabeça; a espuma também foi para o olhar perdido de Ana Drago, que ainda não foi desta, e talvez não vá nunca, para o Ambiente, e muito do que escorria da taça estava, é certo, dirigido para um grande sobrevivente da nossa praça, Paulo Portas, o pensador, o orador e o ideólogo, a quem, em grande parte devemos a maturação da Opinião Pública, em Portugal -- o "Independente", lembram-se?... --, e um bombardeamento pesado ao Great Portuguese Disaster 1985-1995, que foram os Anos Negros do Cavaquismo.
Agora o que talvez vos espante é que tenha dedicado, muito secretamente -- estas coisas não se podem confessar -- alguns daqueles goles de champanhe à vitória de Sócrates.
No fundo, que coisa pior poderia acontecer a essa criatura do que suceder, debilitada, a si mesma?...
O País que o primeiro José Sócrates nos legou foi o País das leis que violaram sistematicamente a Constituição, por exemplo, o Artigo 18, no seu ponto 3, que assim reza "As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm de revestir carácter geral e abstracto e não podem ter efeito retroactivo nem diminuir a extensão e o alcance do conteúdo essencial dos preceitos constitucionais"... Meu Deus, quanta retroatividade no Crime de Estado praticado pela Maioria Absoluta de Sócrates..., para já não falar, nas Aposentações, da Violação do Princípio de Prevalência do Regime mais favorável, constitucionalmente previsto, e grosseiramente espezinhado, primeiro, pela cambada de Durão Barroso, uma das piores lepras que Portugal produziu, e depois pelo gajo sem estudos, chamado José Sócrates. Legou-nos o país dos invejosos, a quererem nivelar por baixo; dos frustrados, que achavam que agora tinha chegado a sua hora; dos cobardes e dos delatores, que acham um ato nobre falar da vida dos outros, por eles lhe terem dado um valente pontapé em devido tempo, dos medíocres, que sempre imperaram na nossa cena, mas agora falavam de diploma em punho; que espatifou, à vista de toda a gente, o princípio da Separação de Poderes; que revelou que o Poder Político era gerido por amigalhaços e associações secretas, que, na sombra, de facto decidiam, enquanto nós, os parolos, pensávamos que estávamos a viver "alternâncias democráticas".
Alternâncias de casa de alterna, para ser mais específico.
Historicamente, Portugal, para não variar, sempre andou em contraciclo, e, enquanto pela Europa das Democracias amadurecidas, geralmente eram as Direitas a vir compor os esbanjamentos e os excessos dos momentos "Socialistas", em Portugal, e disso foram prova algumas passagens pelo Governo de Mário Soares, eram os Socialistas que tinham de vir equilibrar as contas de algumas derivas de Baronetes Liberais, que não se tinham entendido no saque.
Com Sócrates, entrámos no ciclo certo: fez o frete ao Governo Sombra Mundial, Bilderberg, entre nós representado pelo homem que é nosso Primeiro Ministro "de facto" desde 1976, Francisco Pinto Balsemão, aprovando o terrível "Tratado de Lisboa", conhecido, entre os Intelectuais, por "Tratado de Bilderberg (voltem a vê-lo, para perceberem onde estão metidos...)", o Tratado do Fim da História, onde desaparecemos, como espaço físico, cultural e económico, deixando de poder pensar, falar e exprimir-nos, desde que não seja de acordo com o politicamente correto ditado pela... NORMA. O pior exemplo disso é um gajo "bronzeado", chamado Obama, a quem sinceramente desejo que os Israelitas deixem rapidamente um menino ao colo, chamado Irão em Chamas, e desapareça de cena.
Com Sócrates, desequilibrámos as contas, com os favores aos amigos, aos grandes potentados, aos criminosos de luva branca, e o Socratismo tornou-se idiossincraticamente despesista. Nada melhor, pois, que viesse a velha senhora, do PSD, para sujar as mãos na cagada que o menino uranista de Vilar de Maçada fizera.
Teve sorte e não veio: todos os partidos ganharam votos, e só o PS (Partido de Sócrates) perdeu.
Desta, o PSD safou-se de boa. Tem agora uns meses, talvez ano e meio, para que o bebé da "Independente", o "Menino de Ouro" do PS, o Cona Mansa da Câncio coma as suas próprias fezes. Vamos estar, na primeira linha, a ver o resultado e a gramar com o cheiro, mas sempre é uma agradabilíssima forma de vingança, creio, a melhor, mesmo, pois suponho que melhor não poderia haver, por mais que isso vos possa espantar, saído da escrita deste meu heterónimo.
Bem hajam, pois, Eleitores Portugueses, o futuro é todo vosso, vosso, vosso!...
(Gargalhado no "Aventar", no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra (Isabel Alçada)", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e num dos grande clássicos do Pensamento Livre (nem maçónicos, nem opus dei: "The Braganza Mothers" )
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