sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Manuela Moura Guedes enquanto último espasmo de botox do final do Regime


Imagem do KAOS

30 de Abril de 1945: "As tropas soviéticas tomam o edificio do Reichtag, e içam a bandeira da União Soviética em Berlim. Para os russos, este é o momento mais significativo da vitória. A esta hora, a pouco mais de 500 metros deste lugar, Hitler está a almoçar, pela última vez [...] Hitler almoça com as suas duas secretárias e o cozinheiro vegetariano. O criado Erwin Jakubek, recordou mais tarde que a última refeição era constituida por esparguete com um molho leve. Hitler fez novas despedidas, tendo dito a Gertrud Junge "Agora, as coisas chegaram ao fim". As tropas russas encontram-se a 500 metros da chancelaria e do abrigo de Hitler. Eva Braun abraçou a secretária e disse por sua vez: "Muitas saudades minhas para Munique. E fique com o meu casaco de peles como recordação. Sempre gostei das pessoas que vestem bem." O coronel Otto Gunsche está de guarda junto à porta da antecâmara que conduzia aos aposentos de Hitler. Nesta altura chega Magda Goebbels, que pede para falar com Hitler. Gunsche não a consegue persuadir e bate à porta. Hitler estava de pé na saleta, e Eva Braun, estava na casa de banho. Hitler ficou aborrecido com a intromissão e diz "Já não quero voltar a falar-lhe". Otto Gunsche sai dos aposentos. Ouve-se um tiro. Martin Bormann foi o primeiro a entrar no quarto, seguido do criado Linge.

Hitler estava sentado numa cadeira e Eva Braunn estendida num divã. O rosto de Hitler estava coberto de sangue. Havia duas pistolas. Uma delas era uma "Walther PPK" e pertencia a Hitler. A outra, uma pistola pequena que Hitler costumava trazer sempre na algibeira.

Niguém pronunciou uma palavra. Só na sala de conferências é dada a noticia: "O Fuhrer está morto".

16:00 - Os dois corpos são envolvidos em lençóis e colocados numa pequena depressão à entrada do abrigo, perto de um misturador de cimento. Deitou-se gasolina sobre eles, e depois lançou-se fogo"

Acho que Manuela Moura Guedes, para o bem e para o mal, está no imaginário de todos nós. Nos tempos de outrora, o marido serviu brilhantemente o Poder, enquanto gestor da televisão pública. Muitas águas correram desde esse dia, e aconteceu-lhe o mesmo que às mulheres de esquina: o Tempo tornou-as marias elisas, e o degradar das condições de informação no território português, sufocado pela máquina de intoxicação e "marketing" do Agente Técnico de Enegenharia José Sócrates fez-nos quase que esquecer ter havido um tempo de maiores liberdades.

De Manuela Moura Guedes relembro aquele breve interregno governamental, que teve Durão, Portas e Ferreira Leite à frente, e onde, de facto, começou a fase final do declínio português, e relembro-o por uma razão hoje quase apagada: a Manuela foi um dos rostos que mais contribuiu para a divulgação da situação de existência de uma Rede Pedófila infiltrada nos mais altos mecanismos do Estado. É verdade que não foi só ela, como poderão rememorar aqui, mas foi, enquanto memória, também ela, e isso paga-se caro, e bem caro.

Curiosamente, embora nos antípodas das minhas ansiedades políticas, senti que, por um breve instante, naquele período, parecia que a Justiça estava a funcionar, em Portugal. Segue de aqui um enorme abraço para o meu amigo, João Guerra, que nos devolveu, por momentos, a ilusão de que íamos ficar a saber, de vez, a porcaria que regia Portugal. Erros nossos, má fortuna, horror ardente.

A ingenuidade do Casal Moniz não era ingenuidade, e dizem mesmo as más línguas que o "Casa Pia" foi um excelente momento para derrubar o monopólio da Produção que a sinistra teia de Carlos Cruz detinha no setor televisivo. Como estarão lembrados, até as películas públicas tinham sido usadas por essa gente para filmar Pornografia e Pedofilia, ou seja, fomos nós que pagámos os infinitos milhões de Carlos Cruz, e Manuela Moura Guedes, com todos os seus tiques e insuficiências, foi, então, um dos corajosos rostos dessas denúncias.

Hoje, calaram a Moura Guedes, como vão calando tudo o que ameace pôr em causa o Crime que governa Portugal. É o margaridamoreirismo, em todo o seu esplendor, mas não se fica po aí, e invade todos os lugares onde a livre opinião se expressa. A nossa escala é outra, mas também já passámos por tudo o que era porcaria, infiltrados, censuras, calúnias, comentários de psicopatas, a típica figura do "troll", da mulher mal fodida, e até aquele espantoso mural, que agora antecipa "The Braganza Mothers", como sendo um potencial sítio de transmissão de vírus (!)...

É verdade: nós transmitimos o Vírus da Verdade, e isso desagrada a muita gente, desde a Maçonaria, o "Lobby" Pedófilo, as ressentidas da Opus Dei, a vérmina infiltrada, os invejosos, os dementes, e todos aqueles que, desde a Santa Inquisição, sonham com um mundo de ficções menores, em vez da pura e dura realidade, e que desconhecem existir o direito do "Outro".

A verdade é que há muito que me começou a faltar a paciência. Este texto é, evidentemente, de solidariedade para com todas as formas de Liberdade de Expressão, venham elas de setores alinhados mais à Direita ou à Esquerda, e, especificamente, dedicado a Manuela Moura Guedes: é-me totalmente indiferente, desde que essas ideias, justamente, não colidam com a possibilidade de expressão de todas as outras. Hoje, mais uma vez, presenciámos que ainda nos falta um longuíssimo caminho até à Maturidade da Opinião, coisa que criou, e tipificou, as sociedades avançadas, como, por exemplo, a Inglesa, onde é muito difícil fazer passar gato por lebre, e, quando querem que passe, dá direito a demissões ministeriais e quedas de governo, de um dia para o outro.

Como diz a fraquíssima Margarida Rebelo Pinto, "não há coincidências", e não há, e esta veio mesmo a calhar, para eu antecipar um texto que estava reservado para meados da Campanha Eleitoral: o heterónimo "Arrebenta", algures nascido nas caixas de comentários do "Expresso", onde pontificou, desde 2001, introduzindo a variedade e exuberância, e de lá corrido, em 2005, quando se atreveu a fazer campanha cerrada contra aquele horror que é Cavaco Silva, entendeu que tinha chegado ali o fim do seu tempo útil. Os seus leitores e apreciadores, entenderam o contrário, e ofereceram-lhe o Blogue Eleitoral "The Great Portuguese Disaster 1985-1995", cuja função findou com a desastrada eleição do Ogre de Boliqueime, sendo ainda hoje um um dos ossuários mais visitados da Blogosfera. Poderia ter aproveitado essa segunda deixa, mas, mais uma vez fui incentivado para avançar para o primeiro "The Braganza Mothers", que se afundou naquilo que de pior a natureza humana consegue produzir. O resto já vocês conhecem, e lá fomos sobrevivendo, no meio dos ataques, das sabotagens, dos insultos da canalha, mas sempre sustentados pela força dos nossos leitores, e dos adversários que nos respeitam como tal.

Enquanto autor do heterónimo, e a pretexto do episódio Moura Guedes, de aqui lanço um desafio e um ultimato: caso, nas Eleições de final deste mês, saia um Governo com esta aberração chamada Sócrates à frente, minoritário, amuletado pelo Bloco de Esquerda, a fazer o pino, de costas, de lado, ou pintado de ouro, não voltarei a escrever uma linha que seja. Você imagina-se a escrever num país governado por um cacique revalidado nas urnas?... Eu... não. Há limites para a paciência, e não me apetece andar a fazer de parvo para um povo que perdeu totalmente o respeito por si mesmo. Quanto a mim, há, felizmente, muitos mais lugares de diários exercícios de estilo do que andar a deitar pérolas a porcos. Enterro este meu Álvaro de Campos, e sigo para a minha paisagem de Caeiro.

Pois, talvez custe ler isto, mas é mesmo assim. Muito Boa Noite.



(Desabafo de quem anda farto desta merda de país, no "Aventar", no "A Sinistra Ministra", no "Arrebenta-SOL", no "Klandestino", no "Democracia em Portugal" e em "The Braganza Mothers")

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