Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS, que errou o título, porque o que ali vejo são três porcos e um leitão...
Hoje, tive de vir mais cedo da "vida", porque me disseram , pelo telemóvel, que o ser deplorável, que é Primeiro-Ministro de Portugal, estava a fazer tristes figuras na televisão.
Ah, antes disso... agora, que se aproximam as datas críticas de Abril e Maio, quero agradecer aos responsáveis, não sei quem são, os jornalistas que investiguem, o terem-me tirado, mais uma vez, o código de segurança do "voice-mail", de me conseguirem congelar o visor, quando quero telefonar, e os ecos... olha... afinal, até podem pôr mais, porque eu adoro ecos!...
Então, telefonaram-me, a dizer que a Madona de Vilar de Maçada estava de cabeça perdida, nas Cortes, onde se prova que, da Bobone só reteve a parte do Bobó. Faz ela bem, para quê ter sopeiras a ensinarem-nos a ser senhoras da sociedade, quando, bem lá no fundo, temos uma peixeira, que só está à espera de que a chaputa dê à costa para poder liberdar os códices de rameira que tem dentro de si?
Santana deu-lhe forte e feio -- "Avant lui le déluge" (fantástico!) --, e o Bloco de Esquerda também toureou a choca, sinal de que o Ciclo Político dos irreais sucessos está a claudicar.
Gostei da voz de Sócrates nas Cortes, aliás, depois da Callas e da Amália, na fase terminal, a voz que mais admiro é a de Sócrates, que já aqui defini como uma porcelana de Sèvres, com acento saloio, a tentar andar de saltos altos, no meio dos cobertores, cheios de sucata, da Feira da Ladra. O problema é que hoje -- e os Desconstrutivistas iriam adorar -- ela se estava a desintegrar, em público, parecia aqueles filmes, nem me lembro da época, mas deviam ser do Neo-Realismo Italiano, em que a Diva, sempre com aqueles cus enormes, à Sofia Loren, de repente, partia um salto, mas continuava a caminhar, até ao ponto de fuga -- uma senhora!... -- com um calçado, e o cadáver do outro na mão.
Crítico é que nos vai afundar com ele, mas adoro quando um ser vaidoso e oco é reduzido à sua ínfima expressão. Já me tinha chegado que os assessores, hoje em dia, dificilmente conseguem controlar as crises de Sª. Excelência, que está em histeria permanente, já que nenhum jactante suporta que lhe questionem a imparidade e excelência. Parabéns aos que o conseguiram, e às televisões, que foram exímias no transmitir a Cena do Ódio. É assim que hoje se pode fazer verdadeira Oposição.
Sócrates é uma senhora, aliás, não é: tenta ser. No fundo, tem dentro dela uma Maria das Dores, e é capaz de se montar no motorista, em qualquer motorista, para fazer a folha ao património que estiver mais à mão, mas... e agora vamos às coisas sérias, aqueles tornados que têm assolado Portugal não são, senão, uma pequena metáfora climática para o que se aproxima.
Ora, para quem vive num E-Portugal volátil, como o "Engenheiro", que fez o Curso com postalinhos de Acção de Graças, e que preferiu fechar uma Universidade a que se pudesse apurar o rasto da verdade, já sabe que as suas fantasias vão ser arrancadas, como uns reles cortinados, mal sopre essa primeira ventania, e, curiosamente, ela já está a soprar, só que ele prefere que andemos entretidos com Adozindas da cachaporrada, com pequenas esmeraldas e com os Jogos da Liga. Por mim, que não percebo nada de Futebol, até o aconselho a continuar: Roma e a pós-Roma também apostaram nisso, para manter a ralé entretida, mas houve um dia em que os Verdes, e os Vermelhos e os Brancos se pegaram numa rixa tal, que Constantinopla foi incendiada -- a revolta de Nike -- e Justiniano esteve em riscos de ser deposto, não lhe tivesse valido a ex-vivandeira com que estava casado, Teodora -- aquela que, reza o Historiador de Cesareia, dizia ter o sexo, não onde a Natureza lhe o tinha posto, mas... na cara, onde se prova que nem Sócrates nem Portas inovaram o que quer que fosse, em quase 1500 anos de História... -- Teodora, dizia eu, que agarrou naquela porcaria, tudo à catanada, e pôs os macacos na ordem. Para os amantes da Arquitectura, a Cidade teve de ser reconstruída, e devemos a essa arruaça de estádio Santa Sofia,
mas eu não vinha para aqui falar de História, mas sim vexar Sócrates: adorei o ser vil a revelar-se naquelas súbitas mudanças de expressão da fronha -- espero que vão céleres para o http://www.youtube.com/, para os assessores de imagem verem que o botox do boneco de corda não dura sempre --; adorei o ar carregado do Pargo das Finanças, e o ar de estupidez cataléptica do Silva Pereira, que está para Sócrates como o merceeiro Jorge Coelho esteve para Guterres.
De Jorge Coelho nada há a dizer, já que as evidências são tão escabrosas que cada vez mais se percebe o tal apelo sobre a Promiscuidade, do Marinho Pinto, mas essas coisas eram tão velhas e tão sabidas que não se percebe o por quê do espanto. O único espanto é a limpeza não ter começado de alto a baixo, de onde fica aqui o segundo remoque para os senhores das escutas dos meus portáteis que não vai ser por aí que vão saber quando vai começar a limpeza, embora já me tenha soado que vai mesmo começar.
Paciência.
Antes de abandonar este teclado, queria deixar um pequeno carinho para o Francisco George, Director-Geral da Saúde, que anda muito preocupado com os casos de dengue, mas antes devia andar preocupado com as escandaleiras públicas que dá nos restaurantes de Campo de Ourique.
Pá, eu vou simplificar: para além de teres um ar sinistro, seres um bêbedo inveterado, daqueles de enfrascar até cair para o chão, coisa que sempre fica bem num responsável da Saúde, devias ter mais cuidado com os comentários que fazes para as mesas do lado: afirmares, com tom jocoso, "então aqui não se fuma, pois não?...", só fica mal a um alcoólico, que, depois, vai ter de ser levado, em braços, para a saída, pelos empregados.
Eras tão só mais um que precisava do tal chuto no cu, que haveria de tornar o ar deste Estado-Nação mais respirável, mas não eras o único...
(Edição simultânea no KL@NDESTINO e em "As Vicentinas de Braganza" )
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