terça-feira, 18 de novembro de 2008

De como a Educação, em Portugal, acabou engolida por um Hipopótamo que sonhava apanhar uma geral dos "No Name Boys"

Imagem do KAOS
Sim, eu sei, isto parece o período do Diploma do Sócrates: é uma tentação não vir insultar diariamente os "zombies" da 5 de Outubro, mas eu tenho uma fixação ainda maior do que da Milú Rodrigues, que é a... pronto, vou confidenciar... a paixão da minha vida, Margarida Moreira, o Hipopótamo da DREN, que demitiu o Charrua, porque ele terá dito, em público que Portugal era "um país de bananas governado por um filho da puta".
Quando à parte do filho da puta, julgo que todos estamos conversados: há um consenso nisso, desde a Extrema Direita até aos Tiques do Louçã.
O problema, presentemente, começa no "país de bananas".
Acontece que Portugal é como aqueles burros mansos, que alomba, alomba, alomba, se deixa encher e picar por moscas, e alomba ainda, e deixa-se picar, e, de repente, passa-lhe uma coisa pelas orelhas e começa a disparar coices em todas as direcções.
Desconfiai dos povos mansos, pois eles são como as águas turvas, cujos fundos não vislumbramos.
Quando digo "não vislumbramos", estou a referir-me ao cidadão comum, aquele que acredita em que o Marco Paulo tem mesmo dois amores, e nenhum deles é um cabo-verdiano com 23 cms, que a Bocarra Guimarães foi virgem para o casamento, e depois continuou, e que o Sr. Vítor Constâncio é honesto. Há gente que acredita em tudo, e foi assim que a Irmã Lúcia, uma mentirosa compulsiva, sobreviveu eras, enfiada num convento, onde só teclava com Deus e com os Papas mais libertinos.
Depois, há o reverso da medalha, e parece que os Serviços Secretos estão a ficar inquietos com certas coisas que se sussurram por aí. Não... não vou falar de José Miguel Júdice, nem dos grandes traficantes de armas. Não vou citar os nomes dos bancos onde se faz o branqueamento do dinheiro da droga da Venezuela, onde parece que se trocam "Magalhães" por linhas da "branca"; nem vou falar das casas mais caras, que já estão vendidas, ainda em planta, enquanto a empregada de caixa do hipermercado acabou de declarar a sua insolvência à hipoteca do Millennium-BCP (boa safra, essa, também...)
Os Serviços Secretos estão inquietos porque consta que há franjas de descontentamento entre as elites do músculo, gente que foi atiradora especial na Bósnia, Comandos altamente preparados, para cenários de guerra dura, nada de polícias novatos que se suicidam, porque 600 € não pagam ter de enfrentar a Morte. Estamos a falar de gente que está farta, mas que não são reformados, nem professores, nem alunos, nem enfermeiros, nem mangas de alpaca da Função Pública, nem velhinhas que ainda acham que o Sr. Cavaco é um homem honesto. São pessoas de corpo invejável que tratam a Morte como um cão caseiro, e que têm convicções tão rígidas, como alvos certeiros.
Eu, pacato cidadão, subversivo, escritor nefelibata e de luva branca, fartei-me, à minha maneira, e disparo com a minha pior arma, a Escrita. Outros há que escrevem, como em todos os períodos críticos da História, com palavras que não são letras.
O rumor anda aí: começaram pelos Nacionalistas Radicais, que enfiaram na prisão, e o Povo olhou, sem ter percebido o que estava a acontecer. Neste momento, o pânico é mais visível: uns quantos cavalheiros, a cumprirem ordens, foram a um dos mais fervilhantes fóruns de insurreição de que o País dispõe: as claques futebolísticas, e resolveu agir... mal.
Desde Roma que se sabe que os estádios são meras metáforas para exercícios de outras virilidades. Está por aí escrito que nos anfiteatros e hipódromos se fizeram cair tiranos e Imperadores. Muitos houve que foram arrastados pelas arenas por ululantes plateias cansadas de coisas muito semelhantes ao nosso tempo.
Não percebo nada de Futebol, mas sou altamente sensível a rumores. Fartei-me de ligações lentas da Net, quando o assunto não convém, e de ecos de telefone, quando a conversa não agrada. Fecham-se bares, onde a adrenalina era descomprimida, e julga-se que os bebés vão para a caminha mais cedo. Proíbe-se, fiscaliza-se e oprime-se, para dar a ideia de que o Estado é eficaz e faz cumprir as Leis. Acontece que o Estado não é eficaz, e muito memos em cumprir as leis. As leis são para chatear o cidadão comum, e servir de pano de fundo a infindáveis noticiários de operações de balão-stop, onde ficamos com a vaga sensação de que a Ordem reina. Em Portugal, não reina a Ordem, reina a Ordem da Camorra, e o Estado está putrefacto, como vos relembram nomes como Paulo Pedroso, Vítor Constâncio, ou toda a chusma de corruptos, que diariamente, nos vem mostrar que há toda uma classe acima da lei. A definição de Democracia é a de Igualdade perante a Lei. Em Portugal, pelo contrário, reina uma devastada Impunidade de certos cavalheiros, na sua quotidiana actividade de Crime.
Como disse, nada percebo de Futebol, mas sei que, quando se prendem No Name Boys, a pretexto de não terem matrícula num cartório qualquer, o verdadeiro motivo está a ser iludido: há pessoas, nos mais altos postos do Estado que estão muito assustadas, e não com os rumores que eu ouço, mas com algumas peças da Realidade, que os Serviços Secretos lhes comunicam. Acontece que essas peças são isso mesmo... peças, peças esparsas de um estado de coisas muito mais vasto, que arrepiaria qualquer um que a eles tivesse acesso, na totalidade.
Nunca vi, mais gordos, os chefes dos No Name Boys, que agora insistem em deter. Eu prenderia primeiros os cavalheiros que vão jantar ao "Eleven" e a outros restaurantes semelhantes. Investigaria os passageiros de certos voos de Angola, Cabo Verde, Brasil e Venezuela. Passaria a pente fino alguns jactos particulares e as mercadorias que todos os dias, iludindo a Alfândega, passam as fronteiras aéreas de Faro; trataria da lista dos cartões de crédito dos cavalheiros que frequentavam os Sites Pedófilos, que o FBI nos enviou, e que nós imediatamente deitámos para o lixo, e outras coisas mais que não caberiam nos dedos todos das minhas mãos e pés.
Sou pouco de previsões, mas vou lançar outro rumor, para acabar, como comecei: parece que Lurdes Rodrigues arranjou uma paixão nova, disseram-mne, e tenho de confirmar, por quem anda por aquelas célebres... festas. Até lá, é boato; depois de confirmado, passará a ser explicação por mais este insuflar de vida, que lhe querem comunicar, e esta alegria branda, de uma mulher simples e de bom coração, que em público... se desculpa. Amanhã, com mais paciência, achincalharei essa "paixão". Agora, volto ao terreiro de caça: o país inteiro é uma maré de rumores, emails e sms suspeitos. Por outro lado, e para acabar, quando o Sistema, ainda este mês, lançar a bomba que vai ser o Branqueamento do Casa Pia, eu não gostaria de estar na pele de certas pessoas. Porque ainda há claques e são, deus meu, numerosíssimas, ocultas, incontáveis, incontíveis...

(Pentagrama em forma de panela de pressão, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

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