terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Remodelação





Imagem do Kaos


Enquanto o país naufraga, fala-se de "remodelação". Suponho que a remodelação de um governo mau seja para o tornar péssimo, mas já sei que vos ia pôr mal disposto, de maneira que resolvi abordar o tema da única maneira que ele merece, revisteira, ao nível das análises do "paramécias" ou das comunicações à nação do saloio de boliqueime.

Portanto, a haver remodelação, tinha de ser uma coisa séria, de caixão à cova, e devia começar por cima, pelo traste português que ocupa a presidência da comissão europeia e que dá pelo nome de cherne, também conhecido pela mulher, com quem o santana lhe punha os cornos, como josé manuel durão barroso. Era uma remodelação que passava pela higiene e pela eliminação da poluição visual e auditiva. Como não se despede uma pessoa, assim, do pé para a mão, podiam reintegrá-lo no mrpp, ou enviá-lo para a coreia do norte, com o livrinho vermelho na mão, para fazer um daqueles noticiários que eu adoro, em que aparece uma chinesinha, com um rio e umas pontes, ao fundo, de pés amarrados, a falar aos solavancos e soluços, como se tivesse um martelo pneumático enfiado no cu. Acho que chamam "comunismo" àquilo: do meu ponto de vista é uma patologia, do âmbito da terapia da fala, como também têm problemas de artrose, em não dobrarem os joelhos.

A segunda remodelação podia ser o constâncio, que se escapou lá para fora, e merecia uma remodelação especial, daquelas que os hunos faziam, com um pé numa esquina, uma perna na praça seguinte, uma mão pregada numa porta de igreja e a cabeça a servir nos treinos da "catedral", com o mourinho a bater uma pívia com a mão protegida por notas de rublos falsas, para não ficar pegajosa.

A terceira remodelação era reenviar o ferro rodrigues para provedor da casa pia, e voltar a obrigá-lo a mamar no pretinho, como consta do processo, que a maçonaria abafou, e, já que falamos de processo, vou adiantar um nome de um eterno ministeriável, o paulo pedroso, que deveria voltar a ocupar a pasta do trabalho, e tutelar a casa pia, onde foi exemplar, já que conseguiu, discretamente, que o seu nome nunca fosse envolvido em baixarias. Claro que, como desde aristóteles, duas coisas não podem ocupar o mesmo espaço, teriam de correr com a mulher a dias que puseram lá, arranjando-lhe um exílio dourado, sei lá, como lavadora de vidros, daquelas que fazem cem andares numa tarde, talvez em atlanta/USA, com um mba de sopeira incluso.

A quarta remodelação era o aníbal, a quem devia ser dado um golpe de misericórdia, para evitar a longa agonia em que se encontra, desde 1985, é por que não fode, aliás, fode, e não consegue sair de cima. Não poderá ir para o comboio fantasma da feira popular, porque a feira fechou, mas podia ir para o museu da madame tusseauds, fazer o seu próprio papel, com a maria ao lado, a limpar-lhe as babas de cera com um guardanapo.

O quinto remodelado era o alcoólico de águeda, a quem deviam explicar que portugal anda à procura de um futuro e não de um passado que já nem ao menino jesus interessa. Tal como a manuela moura guedes vai para a sic, podiam reenviá-lo para a rádio argel, para fazer aqueles glu-glu-glus com a garganta, como fazem as palestinianas da nazaré, sempre que se livram de mais um filho, oferecendo-lhe um cinto bomba e um paraíso maravilhoso, ao nível dos prémios da júlia pinheiro.

A sexta remodelação era o chefe da oposição, já que ser chefe da oposição ou estar neste governo parece, hoje em dia, ser a mesma coisa.

A sétima remodelação era parlamentar, e passava pela extinção daquelas cercas de gado, a que eles chamam "bancadas parlamentares", permitindo que as poucas cabeças, que lá bem pensam e exprimem, se juntassem, não por traumas ideológicos, mas por analogias do discurso. Presentemente, é muito amis fácil ver jerónimo de sousa sentado com ferreira leite, ou o cds/pp a defender coisas em comum com o louçã do que um camelo entrar pelo buraco de uma agulha. Acontece, e é saudável, ou um sinal de que chegámos a um tal estado de miséria que é mesmo assim.

No nível do governo, propriamente dito, josé sócrates devia ter sido remodelado desde que nasceu, e agora já vai tarde, porque foi tão vexado, tão humilhado, tão arrastado pela lama, tão desprezado e desconsiderado por tudo quanto é lugar, e conseguiu sobreviver, que lhe concedo uma espécie de amnistia, ou pena suspensa, com pulseira eletrónica e uma multa de 30 dias, com possibilidade de substituição por uma cena de coito público com fernanda câncio, para ele aprender o que é homossexualidade na prática, e não na teoria.

Na justiça, pode ser qualquer coisa, porque as confrarias deverão continuar a funcionar em sintonia, para salvar cada uma os seus pais da forca, e o marinho pinto a morder-lhes as canelas. Olha, o meu amigo josé maria martins, em ministro, punha aquela merda em ordem em dois tempos, ah, pois punha, sim... :-)

Na economia, não precisamos de ninguém, porque, como toda a gente sabe, já não há economia, aliás, como nem há agricultura, nem pescas, e criava-se um superministério dos ex setores de produção, com um nome de peso, não sei, deixa-me cá ver, podia ser aquele anormal que fala três horas a fio sobre o vazio do futebol, na televisão, ou o Chalana, ou, melhor, o Mourinho.

Marcelo rebelo de sousa seria excelente numa pasta da demagogia, e estou a ver que já vai longa a remodelação. Na cultura, a gabriela tem de ficar, porque, como esteta, foi a primeira, de há largos anos para cá, que mostrou que os pendurados dos subsídios são uma espécie de bpn ainda mais sem fundo do que o bpn original. A educação, para grande desgosto da carrilha, que anda morta para entrar para qualquer coisa... pois, vou-lhe dar uma má notícia, sabida sábado passado, no último grande casamento do clã alçada, no tivoli: a isabelinha está a fazer estágio na educação é só sai para ir ocupar o lugar do marido na gulbenkian, pelo que os sindicalistas de bigode e as setôras mal fodidas vão ter de esperar que o rui vilar meta os papéis... Paciência :-)

Na defesa, acho que já não temos qualquer defesa, pelo que qualquer coisa serve. Pode ser um catalão, para mostrar no que é que uma cultura pode ser bem mais forte do que um blindado.

O homem da américa, o amado, pode ir-se embora, para ter mais tempo para tratar dos olhos, porque merece: cumpriu bem os seus "wikileaks", e mais não digo...

Nas finanças, e este é um posto crítico, em vez de ter alguém que faça favor aos banqueiros, mais vale que ponham, de vez, um banqueiro a fazer favores aos favores. Jardim gonçalves, oliveira e costa, ou... e por que não?..., dias loureiro não nos envergonhariam, bem pelo contrário.

A saúde seria substituída pelo ministério da doença e o nome natural é leonor beleza, que se tornou especialista em despachos para o além.

É natural que me escapem alguns ministérios, mas, se me escapam, é por que também não fazem falta.

Fica a chave de ouro: remodelar a segunda figura do estado, jaime gama, demasiado desgastada pelas suas recorrentes inclusões no casa pia, e voltar a pô-lo nos negócios estrangeiros, já que o futuro, como o foi o passado, da pedofilia, passa por uma forte aposta nas exportações, e preferimos embaixadores que vendam bem os nossos putos lá fora do que andem em telegramas do "wikileaks" a chamar, à bruni, puta, coisa que toda gente, exceto os wikileaks, já há muito sabia.

(quinteto impossível de remodelar e descrever, no "arrebenta-sol", no "democracia em portugal", no "klandestino", no "uma aventura sinistra" e no "braganza mothers", que vai entrar, em 2011, como tudo, em recessão técnica)



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