sábado, 4 de junho de 2011

Conselhos de Civilidade, para Meninas de Lisboa, Viciadas em Votar no Bloco Central, d'après Pierre Louÿs





Imagem do Kaos




Manda a norma que a menina honrada vá virgem, do hímen da frente, para o casamento. Quanto aos outros hímens, a norma é omissa, pelo que pode ir toda rota, como geralmente vai, excetuada a nossa querida jornalista Aura Miguel, cobridora libidinosa das visitas pontificais e até dos bispos auxiliares, quando a protuberância do avental litúrgico é assumidamente túrgida.

5 de junho, como sabem, vem aí, e vai ser um dos dias mais divertidos da Democracia Portuguesa, ou deste estado de coisas em que ronceiramos, e que insiste em manter esse nome.

Como sabem, somos zelosos cumpridores das regras, pelo que não faremos mais campanha, a partir das 00.00 deste dia, assim como nos compete fornecer aos estimados leitores o conteúdo de um email, recebido da Comissão Nacional de Eleições, e especificamente destinado aos eleitores de Lisboa, do PS e do PSD, cidade onde tudo se decide, desde a ruína da própria à ruína das restantes.
Como se sabe, e existindo constitucionalmente a figura da "objeção de consciência", passamos a citar: "aos eleitores registados pelo Círculo Eleitoral de Lisboa, e sendo cabeça de lista do Partido Socialista, referenciado em 4ª (quarta) posição, nos boletins de voto devidamente emitidos por esta entidade, de acordo com as normas da República Portuguesa e a Lei Eleitoral em vigor, o cidadão Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues, e em resposta a diversas dúvidas colocadas por eleitores, sobre se poderiam continuar a votar no Partido Socialista, no Círculo Eleitoral de Lisboa, sem a obrigatoriedade de votar na sua cabeça de lista, por questões deontológicas, morais ou de dúvida casuística, por nunca ter sido dado devido trânsito a matéria processual contida em processos públicos, nomeadamente no comummente conhecido "Processo Casa Pia", vem a Comissão Nacional de Eleições esclarecer que tal é possível, desde que, à frente do quadrado reservado ao Partido Socialista, e após imposição da cruz, o eleitor redija o seguinte texto, anexo: "declaro, por minha honra, estar a querer votar no Partido Socialista, e só no Partido Socialista, desvinculando-me, por este meio, de votar no seu número 1 (um), da lista por Lisboa, cidadão Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues, e, passando, por conseguinte, o meu ato de escrutínio para o número 2 (dois) da mesma lista, cidadão Alberto Bernardo Costa (e esposa), pelo que inscrevo neste boletim, como certificação, o meu nome próprio e número de bilhete de identidade, ou documento de identificação afim".
No que respeita ao Partido Social Democrata, "em 7ª (sétima) posição nos mesmo boletins de voto emitidos por esta entidade, e querendo o eleitor votar no referido partido, mas não no nome que encabeça a sua lista, Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre, por considerar já ter sido voluntariamente induzido em erro sobre o caráter suparpartidário do mesmo, no ato eleitoral para a Presidência da República, de janeiro do corrente, e não querendo voltar a ser confundido, achando que o cidadão Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre tem mais perfil para emplastro do Dragão do que para Presidente da Assembleia da República, e receando que possa vir a abandonar as funções parlamentares para as quais fosse eleito, deverá o eleitor de Lisboa, após imposição da cruz no Partido Social Democrata, o seguinte texto: "declaro, por minha honra, estar a querer votar no Partido Social Democrata, e só no Partido Social Democrata, desvinculando-me, por este meio, de votar no seu número 1 (um), da lista por Lisboa, cidadão Fernando José de la Vieter Ribeiro Nobre, e, passando, por conseguinte, o meu ato de escrutínio para o número 2 (dois), da mesma lista, cidadã Paula Teixeira da Cruz (e respetivo esposo), pelo que inscrevo neste boletim, como certificação, o meu nome próprio e número de bilhete de identidade, ou documento de identificação afim.

Crê a Comissão Nacional de Eleições, no cumprimento do exercício pleno das suas funções, simplificar assim situações que poderiam gerar dúvidas, ou qualquer tipo de ambiguidade, durante o decurso do ato cívico de 5 de junho.

Votar é um dever, da maturidade cívica de qualquer Democracia. Vote no dia 5 de junho. Vote Portugal."

(Quinteto do quero que vocês vão todos mas é apanhar no bocal do intestino grosso, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Uma Aventura Sinistra", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

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