sexta-feira, 5 de abril de 2013

O começo do Relvismo, como enciclíca menor, das enciclícas maiores das fraudes académicas generalizadas, em Portugal





Imagem do Kaos


É com profundo pesar que recebo a notícia da demissão de Miguel Relvas, por razões que são simples, e estão muito limitadas pelo meu inconsolável romantismo: ao contrário das figuras pardas que enformam as comissão de gestão angolana, que rege o enclave de Cabinda Norte (Portugal), e que não me conseguem despertar o menor sorriso, caso do facínora Carlos Moedas, do boca torta do Miguel Macedo ou do sinistro Nuno Crato, o Relvas era uma anedota, e uma referência.

Num país sem humor, haver um palhaço de que nos pudéssemos rir diariamente, era saudável, ao contrário da sensação que nos percorre, de cada vez que o Gaspar vem comunicar, com voz de boneco de corda, as últimas diretivas da seita para que trabalha, a Goldman Sachs, destinadas a mergulhar os níveis de vida dos nossos concidadãos em padrões piores do que os do Salazarismo.

É péssimo que a licenciatura de Relvas venha a ser anulada, porque isso vai pôr em causa o Reitor da Lusófona, Fernando Santos, corrido da FCT da UNL por uma longuíssima série de semestres de faltas -- tal o "Professor" Cavaco, quando o escroque João de Deus Pinheiro o salvou do processo disciplinar que tinha no lombo, na Nova -- e, é isso que me toca ainda mais profundamente, pode vir a pôr em causa as provas de agregação de equivalências por orgasmos, das Vice Reitora, Clara Pinto-Correia, conhecida pela sua ascensão horizontal, ao contrário de Cristo, que subiu aos Céus, de pé, e de braços abertos.


Desde Aristóteles que estas coisas se chamam "catarse", ou seja, uma forma engenhosa de descomprimir panelas de pressão forçadas muito para além das resistências das suas paredes, só que, como os tempos mudaram, e estávamos, e estamos, em riscos de uma intervenção militar, para recompor a ordem constitucional, esta pequenina catarse não vai servir de nada, porque os seus verdadeiros motivos são nulos: o Relvas sair, ou não sair, é totalmente indiferente, porque, de facto, já não estava lá, o que estava lá era um governo de tal forma decomposto e desacreditado que até permitia ter Relvas no seu seio. Muito mais me preocupam os dividendos que Nuno Crato, uma sinistra figura pós (?) maoísta, com licenciatura típica, possa vir a tirar deste enxovalho público, do seu colega, já que um Nuno Crato, fortalecido pelo linchamento do idiota Relvas, pode ser prejudicial para o país inteiro, posto que o Relvas ter licenciatura, ou não, era-me totalmente indiferente. Já não me é indiferente o destino que o pernicioso Crato tenha para multidões de licenciados deste país, e para jovens em busca de formação, meramente regido por critério de economicismo, que, na lógica de Bilderberg, nos querem voltar a fazer afundar numa nova Idade Média.

Numa frase, tudo o que fortaleça o Crato é muito mau para Portugal.

O resto ameaça ser pior, porque a tal ideia da "remodelação", que se pressupunha vir depois do chumbo do Constitucional, mas que, ao ter começado hoje, deixa pouco espaço para remodelações maiores, tirados os rumores da Opus Dei, através de Paulo Macedo, se ir deslocar da Saúde para a Economia, de onde sairá a anomalia Santos Pereira, e outras baixaria afins. Ou seja, uma vez chumbadas as contas no Constitucional, as tais contas que evitaram pegar o touro pelos cornos, esse touro, que se chama encarar o BPN, os "offshores" e as parcerias público privadas, que deveriam já, há muito, ter conduzido à prisão de Aníbal de Boliqueime e de muitos dos facínoras políticos que estiveram em campo, nas últimas décadas, pouco fica para fazer, exceto o essencial. 

Mais sucintamente, se fosse séria, essa tal remodelação deveria incluir Cavaco Silva, Passos Coelho e afins, ou seja, limpar o Regime, e isso, obviamente, só à força, não com paninhos quentes: tudo o resto é andar a entreter os ingénuos.

Não vamos assistir a nada disto: como o Professor Marcelo, o oráculo das banalidades, já anunciou, parece que querem ir buscar o cadáver do Fernando Nogueira, enfiado até ao pescoço nos interesses de Angola, para substituir o Relvas. Em linguagem cinematográfica, vão trocar um canastrão por outro, mantendo o enredo do filme sem qualquer alteração.

Nisto tudo, uma palavra de carinho para Paulo Portas, que Laura "Bouche", através dos oráculos da "Sheila", já antevê no Palácio de Belém. Terá uma vantagem: pela primeira vez, na História de Portugal, não vamos ter de gramar com a galeria de aberrações da "Primeira Dama", e talvez tenhamos acesso a paisagens renovada de escort-boys, ou atletas em pelota.

Outras remodelações, mais modestas, valem-se de truques velhos como o Mundo, como o célebre "golpe da barriga". Quem se atreverá, no meio da ruína da Agricultura, a pôr na rua a prenhe Assunção Cristas, que, depois de cuspir cá para fora o seu pequeno neanderthal, ainda terá direito a licença pós parto, e seis meses de repouso pagos, como mérito de ter despejado para o Mundo mais um foco de poluição humana?... Com um pouco de sorte, continuará Ministra, depois de todo o Governo ter caído.

Ah, o filho vai-se chamar Coreia Cristas, em honra da guerra próxima.

(Quarteto ad majorem angola gloriam, no empancado "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

sexta-feira, 22 de março de 2013

Breve fábula do Papa Francisquinho, e das suas sete bancarrotas cipriotas, chumbadas no Constitucional





Imagem do Kaos e dedicado à Kaotica, que anda com o telefone clonado com o da Maria Cavaco Silva



A minha avó, que era uma senhora... quer dizer, tentou..., um pouco como eu..., tinha uma expressão gloriosa, que caiu um desuso, um pouco mais rápido do que os mofos do Saramago, que era... "mexer no gregório".
Ora, mexer no gregório, objetivamente, levava a que o gregório começasse a ficar em pé, e com alguns comportamentos estocásticos, lá para a fase final, soltava umas babas, idênticas às dos perdigotos do Cavaco.
Parece que, biologicamente, até havia quem engravidasse com as babas do gregório, mas, numa época de milagres e aparições, como a nossa, nada me espanta, e nada me excita, e é verdade que há gente capaz de engravidar com qualquer coisinha, como a mãe do filho do Zezé Castel'Branco, ou a Bárbara Guimarães.
Agora, que o séc XXI já vai avançado, houve um "upgrade" do "gregório", e os últimos "gadgets" incluem uma paranóia generalizada, que é "mexer no francisquinho".

O nojo é o mesmo, embora o objeto,
penso eu
de que
divirja.

O Francisquinho foi uma invenção do Espírito Santo, depois de consultados Vladimir Putin, a alma do defunto Marcinkus, Robert Mugabe, a Irmã Lúcia, a Mossad, a CIA, a NSA, os herdeiros de Kadafi, o Bando do Mensalão, Ahmadinejad, e um aneurisma de Hillary Clinton. Obama só chegou, já depois da votação terminada, e o voto acabou por ser incluído nas contagens do Mourinho.

A Comunicação Social, que precisava de mais uma merda para entreter o pagode, aderiu incondicionalmente, houve freiras a desmaiar, algumas que não tinham quebras de tensão, pelo menos, desde os Beatles, e o homenzinho foi canonizado, ainda antes de existir.

Para mim, que não sou católico, nem tenciono ser, nos séculos mais próximos, o Francisquinho é uma espécie de Justin Bieber, para senis, que o "Intelligent Design" nos forneceu, já na forma de uma mula branca, com garupa, e dar que dar, de mãe negra da Ilha do Sal, e uns defeitos de calçado que já não se viam, pelo menos, desde o Zé das Botas. Está em claro se toma "exctasy", ou se já veio feito mesmo assim, mas inclino-me para a última hipótese, depois de ver aquela irmã que ficou meio favelada, um pouco como a avó do Obama continuou bruxa no Quénia, depois de o neto ir fazer macumbas para a Casa Branca.

Andam todos entretidos com o nome de "Francisco", e toda a gente a "mexer no francisco", o que se avizinha derivar para uma séria franciscofilia, mais uma das parafilias a juntar às muitas dos clubes SM de Berlim.

A parte pior vem que o Francisquinho não tem nada a ver com o Francisco de Assis, que gostava de animais, e não de cardeais, mas de outras paragens, já que Jorge Videla só não se chamou Francisco Videla, porque a mãe estava entretida a fazer contas de cabeça, quando o registou, Jorge Videla, versus Jorge Bergóglio. Para além disso, e indo aos étimos, "Francisco" é mesmo "aquele que nasceu em França", sendo que Francisco I, seguindo esta lógica do "non sense", nas suas disputas com Carlos V, para comprar a eleição do Santo Império Romano Germânico, foi o primeiro grande príncipe europeu a fazer alianças com o Grão Turco, Solimão, o Magnífico, o que deixa prever que o Papa Chico finalmente dê a volta ao travão Ratzinger de entrada da Turquia nos escombros da União Europeia, e passe do "relativismo" ao "pragmatismo," de deixar entrar um caco de Europa e a Ásia Menor, uma potência em ascensão, para consolar as bordas da cona da Angela Merkel, se não tiver sido já corrida do panorama teutónico. Como diria a Aura Miguel, se os Turcos já invadiram a Alemanha, por que não deixá-los passar a ser agora o motor do resto da Europa.

O périplo é simples, porque o branqueamento de capitais da Mafia Russa, Turca, Moldava, Búlgara e Romena, entre outras geografias que não me apatece teclar aqui, passa de Istambul diretamente para o Dodecaneso, via Dardanelos, os paraísos fiscais das ilhas dos cegos gregos, e Chipre, onde a Europa, com o beneplácito do Papa Francisquinho, que nos quer ensinar "a perdoar", está a ensaiar uma Argentina miniatura, com bancarrota, congelamento de depósitos bancários, e direito a levantar 10 €, por semana, já desvalorizados, após longas horas de espera em filas, e bichas, de bancos falidos.

Se isto não era o sonho de Obama, então onde é que está o sonho de Obama?

O Francisquinho manda rezar, como mandou rezar N vezes, durante a primeira bancarrota argentina, do séc. XXI, e como mandará rezar, durante a segunda, que está aí a vir, e as almas dos crentes, as freiras prenhes de fé, as mal casadas, as crianças que perdoarão a quem lhes estreou os esfíncteres e todos os neo chinesados europeus irão ajoelhar, perante esta enorme páscoa que aí vem, guerra inclusa. Ao pé de Chipre, é evidente que o colapso da branqueadora de capitais do Banco do Vaticano será um  colossal espirro.

Para mim, um cético, começa é a tornar-se preocupante como é que esta tentativa de fecho de lugares de branqueamento poderá ter influência no boneco Cristiano Ronaldo, ou no boneco Mourinho, embora, como se sabe, pelo sistema de vasos comunicantes, sempre que fecha um "offshore", abrem logo dois ou três. Um dia haverá em que os financiamentos da Quinta do Lago se farão na Antártida, debaixo dos severos protestos da Greenpeace, e espero estar vivo, para presenciar essa enorme aurora austral.

Sei que este texto vos poderá deixar inquietos, mas não há razão para isso: deveis perdoar, e esperar que a boa nova venha dos novos pregadores, velhas verdades em novas bocas, ou velhas bocas cheias de velhas mentiras, ou vice versa, ou, nominalmente, esperai que a Palavra brote da boca do Francisquinho, ou do seu sucedâneo da RTP, José Sócrates, ultimamente, muito conhecido das caves de "Le Dêpot", e da Mulher Barbada, Nuno Morais Sarmento, em trânsito, de "Le Macho", a juntar-se à súbita invasão dos ecrãs de televisão de fantasmas recentes da "escroquerie" nacional, decorrentes do chumbo, no Constitucional, da fraude orçamental. Crentes, preparai-vos, porque o Galambismo vem aí, na forma dos jovens turcos, que farão Miguel Relvas parecer um homem decente, tal como Miguel Relvas conseguiu que Sócrates acabasse por se tornar respeitável.

Quantos aos étimos, e voltando à minha avó, que, tal como eu, nunca conseguiu ser uma senhora, se pensarmos bem, a distância entre "mexer no gregório" e "mexer no Bergóglio" talvez não seja assim tão grande...

Para ser franco,  acho, mesmo, que é nula.

(Quarteto, no (avariado) "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e no "The Braganza Mothers")

sábado, 9 de março de 2013

O prefácio de Cavaco, o Advertente


Fica um vazio, um buraco negro... angustiante. Nada, zero, de explosões emocionais!É tudo o que ocorre dizer, acerca do prefácio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Da Vida de Ratzinger, seguida da Belle Époque das mumificações em vida, contraditadas pelos casos anómalos de Miguel Relvas e Franquelim Alves




Imagem do Kaos


Hoje é daqueles dias em que eu sinto que devia ter escrito este texto, que há um mês tenho na cabeça, um dia antes: poderia ter passado por profeta; assim, contento-me com marcelo rebelizar a coisa.


Para aquelas gajas com cabelo tipo piaça, como a Aura Miguel, fundamentalista lusitana, e opusteísta, que se masturbam com cromos do Santo Padre, a frase é exatamente inversa: Ratzinger começou bem, continuou muito melhor, e acabou exatamente na perfeição.
Perguntem-lhe a ela por quê, porque eu já me masturbei com muita coisa, incluindo páginas dedicadas à pastorícia alpina, da "National Geographic", mas, com Ratzinger, felizmente... não.

Dos inaptos, ignaros, servilientes e espantados do Santo Anúncio -- coisa vinda diretamente do Espírito Santo (sem ter passado pelo Ricardo Salgado, nem pelo vigarista do Álvaro Sobrinho, que faz as missas em angolar) -- o dia foi preenchido com as maiores baboseiras dos Vazes Pintos, do Seabra, que adorava apalpar os rapazinhos da "Católica", e de mais umas vozes da beatitude, que me fizeram lembrar que a televisão tem de estar permanentemente ocupada com um dos Três Éfes, senão, não seríamos a Cauda da Europa. Fartaram-se de falar de Gregório XII, um disparate, quando deveriam ter falado de Celestino V, tal Thomas Mann o celebrizou.
Infelizmente, a Cultura continua a não ser para todos.

Parece que o Ratzinger era um intelectual. Para mim, intelectual, ter um intelectual, como Ratzinger, na forma do inter pares, é uma vergonha, pela simples razão de que a minha intelectualidade se resume a tentar encontrar fórmulas e aforismos, que tornem o meu tempo inteligível, enquanto Ratzinger, na sombra dos seus gabinetes, com mais ou menos pedófilos, com mais ou menos mafiosos, e com mais ou menos criminosos, à sua volta, dedicou toda a sua intelectualidade, não a deixar obra, mas a cometer o pior pecado que qualquer pensador alguma vez poderá cometer: o de, sectariamente, tentar substituir o pensamento dos outros pelas fórmulas e imposições vomitadas pela intransigência e verborreia do seu obsoleto cavername craniano.

Isto, contado às criancinhas, e inserido no tempo lúgubre, que atravessamos, resume-se na seguinte frase: no período fundamentalista dos credos do Livro, Ratzinger, enquanto homem, padre, bispo, teólogo e papa, durante mais de meio século, intoxicou toda a doutrina da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Humana com o que de pior poderia produzir o subproduto das palavras deturpadas do dogma saído do Vaticano I.

Se Pio IX foi um flagelo, em ato, Ratzinger, sempre cobarde, e através das suas interpostas figuras, e, só no fim, com o focinho realmente ao léu, foi o Flagelo do Cristianismo durante uma crucial fase dos séculos XX e XXI.
Para todos os que levantam o dedo para as atrocidades e ortodoxias do ayatolismo, bem bastaria que pusessem a mão na consciência, e vissem que o Trono de Pedro foi ocupado por uma alma, que, de falinhas em falinhas mansas, atirou toda a relação de tolerância entre o Clero e os Povos para o caixote do lixo das prepotências medievais.

Agrada-me que tenha protegido os pedófilos, porque, muito para lá de tudo o que de bom possa ter escrito, a História já lhe agrafou, nas costas, esse letreiro.
Melhor do que qualquer das suas encíclicas, ficarão as fotos do fardamento da Juventude Nazi.
No seu necrotério, como já vem sendo hábito, constará a listagem dos muitos mortos da SIDA, bem mais importante do que os santos de fancaria, que disparou, à pressão.

Para mim, todavia, que sou uma sensibilidade dos pormenores, fica a vergonha suprema, que foi, depois de ter alimentado até à exaustão o seu Golem, o Frankenstein Polaco, o Papa da Sida, Woytila, rude, agreste e primário, a sua obra prima, o fantoche de tiara, que durante décadas, mergulhou a Cristandade no Fundamentalismo e nas Trevas, substituindo a Religião pela Crendice, depois de ter alimentado esse golem, com o combustível de que a cruz do Vigário de Cristo era para carregar até ao fim, e, depois de nos ter forçado à violência e tortura das imagens de um homem em agonia, João Paulo II, e daqueles esgares de que nunca nos esqueceremos, no meio de um sofrimento atroz, quando lhe chegaram as primeiras dores nas cruzes, e as impiedosas picadas das artroses, resolveu arriar a canasta, já que isso do sofrimento é bom, mas só na forma da teoria, como muito bem, melhor do que eu, poderá explicar o Padre Seabra, nos intervalos dos apalpões dos rapazes da Católica, que, suponho, é ele que apalpa, e não o Espírito Santo.

O objetivo deste texto não era, embora tenha sido forçado a ser, qualquer metralhamento da figura hedionda de Ratzinger. Ratzinger, para mim, não tem qualquer densidade, nem sequer autonomia: é, será, tornar-se-á, com o tempo, em mais um daqueles da longa listagem dos castradores do pensamento e dos censores da felicidade alheia. Foi um canalha de outra época, imposto, pela sua vaidade, ao nosso tempo, e bons estragos causou. A sua eterna cobardia não o quis fazer ficar associado à III Guerra do Golfo, mas ficará associado, pela ausência.

As nossas contas estão ajustadas, porque se vai embora, e não vai durar muito. Terá longas sessões de playstation com Satanás, mas não estarei lá para ver, porque detesto jogos de consola: sou dos clássicos, estagnei no xadrez, ou, mais propriamente, no xadrez do tempo. E, porque Ratzinger não me interessa de qualquer perspetiva, exceto a de ter consumido vários anos da minha vida a suportar o seu mofo, gostaria de abordar a metacronologia em que ele se insere, e o padrão anómalo, de Fim da História, em que, durante algum tempo perorou, e vamos já ao tema.

Neste tempo demente, viciado pela aporia do Final dos Tempos, assistiu-se a um dos fenómenos mais extraordinários da História Humana: ao contrário do Egito, entre muitas culturas, que praticou a mumificação post mortem, o doentio Ocidente Contemporâneo avançou para uma fórmula ainda mais excêntrica e decadente, a da mumificação em vida.

Num mundo dominado pela permanente mentira, e pela ignorância, aos jatos, que brota dos jornais e televisões, fez-se crer, ao grande público, que estávamos em velocidade de cruzeiro de duas das maiores falácias de sempre: o Mito da Eterna Juventude, e o Mito da Eternidade.


Para quem não perceba do que estou a falar, nunca saberemos se Bin Laden existiu, se terá peregrinado, e e se terá, por fim, sido executado, numa manobra de propaganda, do fantoche Obama. Quem diz Laden tem outros milhares de exemplos: o Fidel, que nunca mais morre, nem a gente almoça; o Chávez, que estar vivo, ou morto, é agora totalmente irrelevante para a retórica dos comentaristas e a histeria das massas; os ditadores da Coreia do Norte, os déspotas Dos Santos e respetivos filhos; os Berlusconis, que já deveriam ter sido varridos da História, a par das perenidades Merkels, e, mais próximo de nós, aqueles dinossauros da corrupção nacional, os autarcas forever and ever, o Alberto João Jardim, o Isaltino, o Valentim, o Pinto da Costa, o Balsemão, esse cancro da Democracia e da Informação, e, ainda abaixo de todos, aquele pavor que pena, em Belém, entre a destruição económica, industrial, agrícola e social, dos anos 80, que agonizou, e protagonizou, e as suas recentes recaídas, no BPN, e na dissolução da identidade nacional, pelas quais enveredou, nos anos 10 do III Milénio, através de si mesmo, da Patrícia, do Montez, do Sócrates e do inenarrável Passos Coelho, e respetivos apêndices, de Angola , da China, e da Goldman Sachs.

Infelizmente, neste desvario da perenidade, do durar para sempre, do insubstituível, do não mexer um músculo, no meio das maiores tempestades éticas, políticas e da própria desvergonha social, podemos encontrar sempre um nível mais baixo, o Relvas, no qual Aristóteles teria encontrado uma epifania do Motor Imóvel, e, mesmo, melhor do que isso, do Motor Inamovível, e esta recente anomalia ético partidária, chamada Franquelim Alves, que é equivalente a ter colocado o Carlos Cruz a dirigir a Casa Pia. Nós gostamos, encolhemos os ombros, e seguimos.

No meio de todo este cortejo, que só me faz lembrar o Baile dos Vampiros, do "Por favor não me mordam o pescoço", de Polansky e da lindíssima Sharon Tate, parece que hoje, finalmente, alguém torceu um pé, o papa nazi e pedófilo Bento XVI.

É pena, porque o cortejo ia muito ajeitadinho, e, de repente, uma das múmias tropeçou, e caiu para o lado. Diz ele que "não aguenta mais". Tem graça, que nós também não, e, agora, que caiu um, esperemos que comecem a cair todos. Se há coisa de que não há falta, no Inferno, consta, é espaço.

Podem ir começando a tirar senha, que a primavera está a chegar, e a Aura Miguel vai ter de encontrar um próximo, talvez mais novo, e preto, para se masturbar.

(Quarteto apostólico, do Ratzinger, nunca devias ter nascido, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers", que execra, mas execra, mesmo, o buldogue do Fundamentalismo Cristão)

sábado, 12 de janeiro de 2013

Summa Theologica - Questão XXVI: "Se existem razões para retirar o "Zico" da lista de abate, e colocar, no lugar dele, o Carlos Moedas, e da natureza transubstancial dessas mesmas razões"




Imagem do Kaos



Uma das formas do multiculturalismo do séc. XXI é o modo  como a boca da servidão emprenha, e as diferentes formas de como essa mesma procriação continua a ser uma forma agravada de poluição do Mundo.
Há o Elton John, que faz a coisa às avessas: enquanto o fecundam a ele, há uma fecundada, paga atrás dele, ou nas suas costas, salvo seja, que fica encarregada de fazer o balão que a ausência de ovários nos intestinos lhe não permite a ele.
Há o Cristiano Ronaldo, que, sempre que sai da autocontemplação dos espelhos da clínica cara, onde a mãe da Infanta Leonor estica as pregas da anorexia, se vira para a barriga de aluguer, e lhe diz "vê lá se despachas isso, seguido de um "fuck you", com sotaque provinciano de balneário do Machico", e, finalmente, há Assunção Cristas, que cumpre o ato à maneira tradicional, com um "clap, clap" frontal, entre "ai, jesuses", com conta peso e medida, a dar razão ao saudoso Roland Barthes, que, nas suas "Mitologias" relembrava que, por mais ilustre que a fêmea fosse, não chegava ao limiar da dignidade humana enquanto não cumprisse a vassalagem procriadora.

No meio disto tudo, sem se saber bem como, aparece o "Zico", um cão proveta, daqueles que são enchidos de anfetaminas e estimulantes, e postos a correr, naquelas passadeiras rolantes, para queimar gorduras, e, depois, fechado numa cela, sem luz, nem comida, durante uma semana, para sair de lá, cego de instintos, e comer uma perna à primeira criança que lhe apareça à frente. A criança é qualquer uma, mas poderia ser melhor do que isso, se tivesse sido concebida de uma barriga de aluguer, a 1 000 000 €, do volátil e fútil CR7.

Teve azar, e não era, pelo que o português de Lineu, criado na superescola do Relvas, e nas claques de subúrbio da Lusófona, imediatamente lançou, "online", uma petição para o não abate do Zico (!).
Se a criança viesse da barriga de aluguer do CR7, certamente a petição seria de sinal inverso, e até eu assinaria. Todavia, como defendo que a tolerância é um dos valores da sociedade madura, suponho que a petição síntese, tal Hegel a ensinaria, após uma saudável dialética, seria lançar uma terceira petição, a favor do abate de todos os que assinaram a petição contra o abate do "Zico".

O cão era sereno, e só teve um repente, de repente, ao fim de oito anos. No caso do Renato Seabra, teve de esperar vinte.

Parecendo que não, a questão é metassocial, e algo transcendente, já que nos obriga a repensar o papel do cão nas relações entre raças, e o papel das raças, nas relações entre cães.

No princípio, quando o verbo ainda era verbo, e não aqueles gesticulares neuróticos do Professor Marcelo, o cão surgiu como o aliado das caçadas do humano livre: partilhavam a presa, e a mediação fazia- se pelo afeto. Foram ficando, e criaram uma das mais longas alianças da história da humanidade.


Falha de mais etapas de progresso, essa aliança enveredou agora pela narrativa da desumanidade: assim como os laços humanos se foram convertendo em arenas de genocídio, desprezo de valores e de um vale tudo sem limites, o cão passou de aliado a aliado da agressão do direito de existir do próximo, a chamada lei do cão mais forte, onde o cão que era dono prolongou o seu braço secular nas mesmas fauces com que o seu cão sem fronteiras decidiu erguer cortinas de ferro na proximidade dos afetos humanos.

Fui, durante muito tempo, amigo de um leão da Rodésia, um dos extremos desta perversidade de contacto homem/animal, mas, na verdade, apesar do convívio, ele, aliás, uma ela, nunca passou de leoa da Rodésia, e eu de um nefelibata, paciente da sua presença.

Se há hipóstase da lei da selva, os nossos tempos primitivos espelham-se no modo em como o nosso mais antigo aliado se converteu no mais recente risco para a segurança do nosso semelhante. Como se sabe, tem-se hoje um cão, não para pôr onde faz falta, mas para pôr onde faz vista, ironizando o nosso saudoso Sérgio, e descarta-se depois o bicho com a mesma ligeireza com que as goyescas portuguesas calçam aqueles matacões de 20 cm, para imitarem falsas louras, ou, sendo mais direto, falsas putas, à pala de uma falha genética do esplendor brasileiro da fêmea. 

Certos cães não existem, hoje, para estar perto de certos donos, mas, para, com a anuência de certos donos, obrigarem certos vizinhos a confinarem-se a fronteiras de mau convívio e quarteirões envenenados.

O fenómeno nada tem de novo, exceto o ter chegado cá com as décadas de atraso do costume. Brevemente, haverá um suplemento pseudo assético, do "Expresso", a tratar do assunto, num tom desgastado de alguma hemeroteca de um jornal de "banlieu" de Chartres, ou Berlim, e a inevitável análise estatística de mais uma manifestação de crescente estupidez humana.

Novidade, novidade, talvez só esta disputa entre o cão e a criança, uma forma fulgurante de mostrar como a impiedade das lotarias, o palco das lutas assassinas, e o despudor das correntes de opinião, que, realmente nos regem, mas, outra vez, hegelianamente, a nossa sociedade contornou o problema, empurrando-o para cima, e colocando, só à laia de exemplo, cães, capazes de fazerem o que o Zico fez à criança, nas bancadas da Assembleia "Nacional", onde pulula todo o crime que a imunidade parlamentar consiga apadrinhar.

Pessoalmente, acho que seria tempo de lançar ainda uma outra petição sobre a anterior, onde o "Zico", os donos do "Zico", os amigos do "Zico", os peticionários pelo "Zico", e os cães de crianças, na forma de parlamentados, travestidos de formas de Não "Zico", fossem todos para abate.

Eventualmente, estarão a perguntar-me onde cola o nome do Carlos Moedas no meio desta verborreia, o que, meus caros watsons, é relativamente elementar: o "Zico" arrancou um bocado de carne à criança; o Carlos Moedas é vultuosamente pago, pela Goldman Sachs e associações criminosas afins, para nos tentar arrancar a carne toda.

Suponho que, para marcar coerência nas suas manifestações de civismo, os apoiantes do "Zico" devessem lançar agora uma petição mais vasta, para impedir que o Carlos Moedas, cuja segurança está seriamente em risco, fosse abatido.

Pode ficar a ideia. É uma ideia. E uma ideia é uma ideia, uma ideia, uma ideia, uma ideia...

(Quarteto do "Zico", devias mas era ter arrancado as carótidas ao traidor da Pátria, Carlos Moedas..., no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal, no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")