quinta-feira, 24 de abril de 2008

Assim urrava Dona Urraca

Hoje, mais coisa, menos coisa, pelo meio da tarde, Portugal deitou pela janela fora 800 e tal anos de História... não..., até vou tentar ser mais preciso, assim evitando o tom imoral dos emails daquela criatura inacreditável chamada Paulo Querido, e vou a um recurso virtual, neste caso, a carismática, embora contestável, "Wikipédia", cujo artigo, "et pour cause", sobre Portugal, é mais minucioso em Inglês (!) do que em Português. Então, assim sendo, em 23 de Abril de 2008, contando com os anos bissextos, perdemos, a contar a partir da Batalha de Ourique, em que Afonso Henriques achou que já era Rei, 318 009 dias de independência nacional.

O que um conquistou, de espada na mão, foi hoje entregue por dois dos maiores trastes que a nossa História produziu, e ponho-lhes aqui os nomes, para que os soletrem bem, Durão Barroso e José Sócrates. Nada ganhámos, excepto termos sido o Cenário dos Coitadinhos, em que a coisa se passou, um deplorável Teatro de Revista, tão capaz de passar isto como passar Maddies, que, doravante, nos remete para um destino ainda menor do que todos os outros: optar por oscilar entre ser uma região pobre de España, e uma pobre região española.


Nada disto é surpresa. bizarro é que tenham sido as chamadas "bancadas internacionalistas", aquelas dos amanhãs-que-cantam, e do insuperável Sol Soviético e suas derivações, a terem votado contra o Tratado de Bilderberg, também conhecido por Tratado de Lisboa. Oficialmente, passámos a ser aquilo em que já nos tínhamos tornado, uma multidão de gente com pouca cultura, a comer as migalhas da mesa dos ricos, futuros prestadores de serviços para turistas senis e ricos, e uma elite nacional, formada nos prostíbulos da Opus Dei e escolas e universidades afins. Não passaremos de uma bandeira de conveniência, como os pavilhões do Panamá, da Libéria, ou da enorme frota mercante, e sede de empresas, do Liechenstein: a estreita faixa de território onde TUDO se pode, e, impunemente, faz, excepto, claro, levantar a voz contra esse estado de coisas.


Não é novidade que aqui tenhamos falado de coisas estranhíssimas, para vocês, que ainda estão na fase de achar que é obra grande punir o tráfico do tabaco (?) ou os fardos de haxixe e coca, que altas horas da madrugada, vão dar defronte da Boca do Inferno, paredes meias com a Quinta da Marinha. Antigamente, fodia-se ali: com o "car-jacking", criou-se a mitologia de que aquelas rochas eram perigosas para dar "quecas", e são, já que esses desgraçadinhos, escravos da tesão fortuita da carne do momento, estavam a começar, com a sua sórdida actividade do mete-e-tira hormonal, a empatar a rota do sacar silenciosamente os sacos trazidos pelas lanchas e pelas marés. Coisa pouca, porque aí está aquilo para que, há muito alertámos aqui: Portugal está na rota do tráfico do urânio e do plutónio, coisa que, como podem imaginar, rende muito mais do que dez maços de "Davidoff"...


Eu sei que não gosta, mas LEIA, no canto inferior esquerdo:


Com este Tratado da Carochinha, no fundo, recebemos a derradeira folha onde ainda assinámos com o nome de "Portugal".


Se fizermos as contas a partir do Tratado de Zamora, ainda são menos do que aqueles hipotéticos 318 009 dias de autonomia, para o bem e para o mal, e com o Interregno dos Filipes pelo meio, o que vai arredondar as contas ainda bem mais para baixo.


Como disse a Quarta Classe de Jerónimo de Sousa, que, alguém, pela banda do "Blasfémias", se não me engano, disse que valia bem mais do que a "Licenciatura" do Sócrates, tornámo-nos meros cidadãos-espectadores dos enredos da "Europa dos Interesses". Interesses de Bilderberg, acrescento eu, vivendo no medo, com o Sistema de Ensino destruído, medievais e a mando de Oligarcas, e ao serviço de Plutocratas, ascéticos e punidores, debaixo de uma moral opressiva e de um quotidiano desgastante, meus amigos, vamos ser ainda ser mais "constancianianos", e vamos subtrair a esses milhares de dias de independência aqueles 10, ou 11, que Gregório XIII retirou, por bula, ao calendário, e ainda ficamos com menos tempo de independência.


No tempo do meu paizinho, avô e avoengos, e por aí fora, dava-se a esses cavalheiros o nome de TRAIDORES, e tinham reservada uma sina própria...


Boa Noite.


( Edição simultânea em "A Sinistra Ministra", "As Vicentinas de Braganza" e "KLANDESTINO" )

1 comentário:

Anónimo disse...

O "Botas" tratava-lhes da saúde, ao Cherne e à paneleira do primeiro-ministro!