sábado, 10 de maio de 2008

Afinal sempre existe o tal documento por objectivos


Quanto confrontado com o documento que propunha um sistema por objectivos a cada inspector da ASAE, António Nunes mentiu ao dizer que não tinha conhecimento do mesmo. Agora o Inspector-geral da ASAE já admite que tal documento existe... mas foi um engano! Pois, pois... eu acredito!
Já vi cabeças rolarem por equívocos ou enganos menores.

3 comentários:

Anónimo disse...

Acaso já ouviram falar em competência? Em objectivos de trabalho? O documento foi mostrado na tv já há alguns 15 dias mas não diz o que a imprensa e o PP tanto apregoam. Fala em número de inspecções mínimas (e isso é planificação do trabalho) e fala na previsão do número de ilegalidades encontradas nessas inspecções. Sim, porque depois há trabalho a fazer e se eu digo que cada inspector faz 200 inspecções, tenho de estar preparado para processar as 40 infracções que em média são detectadas. Onde está aqui o problema? O problema está em arranjar casos onde eles não existem...

Anónimo disse...

Miguel, neste caso não se trata de competência, mas sim de obrigar os inspectores da ASAE a cumprir determinados objectivos, pressioná-los a atingirem um certo número... dê por onde der! Nem sequer são previsões... são obrigações! Planificação de trabalho? Até poderá ser, mas não acha que existe uma prepotência, um certo abuso de autoridade? Um exagero? Até o próprio António Nunes já veio dizer que foi um "erro de casting" tal documento!

Al Kantara disse...

Caro Miguel, planificar trabalho e estabelecer objectivos é diferente numa multinacional que vende electrodomésticos ou numa polícia que detecta e autua infracções à legalidade. Ou acha que o plano de "marketing" deve ser idêntico para duas instituições que, obviamente, perseguem fins tão diversos? Quantificar e prever o número de infracções que cada inspector irá detectar ao longo do ano, informando-os que estes são os números que deles esperam, é uma forma inqualificável de pressionar os agentes a "cumprir", quem sabe "inventando" casos para fazer numeros. O bom senso deveria ser suficiente para nos poupar os argumentos que apontam para a irrazoabilidade do comportamento estapafúrdio da ASAE e do seu inefável director. Mas se o Miguel insiste em ver competência onde outros vêm prepotência, bimbalhice salazarenta e ânsia saloia de exposição mediática...