Este texto é dedicado ao Grão-Titular e ao cabrão do Ricardo, que não me larga as cuecas
A história é perigosíssima, e eu acordei demasiado tarde, como é costume.
Parece que houve uma escola de Freixiande -- valha-me deus, só de escrever isto, é como regressar ao tempo do Camilo, ou do Herculano... -- e, então, Freixiande não queria um Diretor, porque o último de que se lembravam era de um, do tempo do Maior Português de Sempre, que levava as empregas da limpeza para os sanitários das meninas, e "fazia com elas carne (!)", coisa que veio a chocar a comunidade inteira quando de tal se houve saber.
Eras atrás.
Ora anda aí agora uma jiga-joga horrorosa, para ver quem é o mais incompetente que vai suceder ao lugar do Diretor que comia as esfregonas, e como Freixiande -- atenção, que eu estou a contar isto de cor, porque eu nunca ouço metade dos pormenores... -- queria ficar com os cachuchos todos do Conselho Executivo anterior, não apresentou nenhum empalhado novo, para recordar os tempos da Velha Senhora,
e,
ah... aqui é que a coisa me começa a dar pica, mal isso soou lá para as brenhas, imediatamente o Hipopótamo da DREN se fez ao piso, trunca, trunca, trunca, por ali fora, com as tetas todas a arrastar pelo chão, e demitiu toda a gente, cosa rara, porque demitir é fácil, agora arranjar lombo que faça o frete é infinitamente mais difícil.
(O Ricardo tem muita sorte de ser Lisboeta e filo-paneleiro, como eu, senão, quem o despachava para Freixiande era eu...), e, então, à falta de Ricardo, foram buscar uma coisa... quer dizer, eu estou agora a olhar para o retrato, e a tentar perceber bem o que é que ali está... bom, a estrutura é, visivelmente, a da Nádega, mas isso é uma recorrência do Partido de Sócrates (outrora, Partido Socialista), e, portanto, é tão idiota como dizer que o ar cheira a ar.
Portanto, o boato que ontem pus a correr é de que ele era filho natural de Catalina Pestana, coisa que basta confirmar, olhando da cintura, perdão, da queixada para baixo: o mesmo ângulo de aproximação à bochecha, a mesma tendência para o AVC precoce, aquela pose de quem, se não tivesse sido fabricada na Califórnia, e logo espalhada em Mexico-City, enfim, aquela pose de quem adoraria ter sido o foco inicial da Gripe dos Porcos, agora conhecida por Gripe-A, sinal de que, enquanto não esgotarem o lixo todo que têm nas prateleiras, viremos ter gripes de A a Z.
Mas vamos por partes: a estratégia soez do Partido de Sócrates teve duas sábias vertentes, ao nível da chico-espertalhonice lusitana: a primeira, a de arranjar um molho de vitais moreiras de província, que ganhavam lá as câmaras e juntas de freguesia de sítios que eu nem sequer sabia que existiam, porque sou bastante urbano, e percebo, por exemplo, o tempo que leva, de metro, entre o Louvre-Palais Royal e as Tuilleries, agora, Freixiande.... ah, mas não era isso que eu queria dizer: os agentes-sócrates agarraram nesses gajos, com pinta de comunista, que ganhavam os vilórios, e fizeram-nos passar todos para o P.S. (leia, "Partido de Sócrates"), de maneira que, nas próximas autárquicas, haverá "palettes" de caciques comunistas de longa data, que, recém filiados no P.S., irão ajudar a uma coisa que se intitulará "maré rosa" do rai'-qu-o-parta.
Essa foi a primeira vaga, e o vasculho a quem chamam Vital Moreira, um produto de barbearia decadente, do tempo da Morte em Veneza e do Páteo das Cantigas, é a testa do movimento. Quanto à maré de fundo, ainda é mais lúgubre, porque é constituída por um lodaçal de gajos sem coluna, nem nádegas, nem nada, cujos reflexos, quando se lhes dá com o martelinho no joelho, é igual ao dos polvos, quando são atirados para o fundo do alguidar, e pimba, ficam ali, até receber ordem, ora, ordens, neste país, só as dá a Margarida Moreira e a Mãe Jeová de Vilar de Maçada, pelo que agarraram no gajo, demitiram o Conselho Executivo, e puseram no seu lugar uma Lêndea, o chamado Ovo do Piolho, com uma formação CNO, deus me perdoe, e que era Professor Primário (?), daqueles que perpetuam o "há dem" e o "houveram" e o "prontos" na terra dele, e que tinha todo o ar genético de ter nascido de uma aventura da Catalina Pestana com algum frade de um daqueles conventos que, ou ia a ovelha, ou ia a Catalina, e, mal por mal, lá foi a Catalina...
No fundo, o Hugo Cristóvão é uma espécie de pequena Maddie, se tivesse podido chegar aos trinta anos, e não estivesse, coitada, no fundo de um saco de plástico preto, muito arrumadinha e cheia de odor de cadáver.
A Margarida Moreira adorou: tinha ali um ser primário -- literal e figuradamente -- e chamou-o, sentou-o diante de si, e disse, "precisamos de alguém com piloca murcha, em quem eu possa dar ordens e continuar a ser a macha e a dona da rua cá de cima (lê-se "xima")...", e olhou-o muito fixamente nos olhos, como fazia no tempo em que era sindicalista e precisava de um sobe e desce de lua cheia, para lhe acalmar a boca da servidão.
Margarida Moreira, diga-se, tem muito mais testosterona do que Sócrates, e estas gajas com testosterona, geralmente são muito peludas na placa tectónica que vai do joelho até ao umbigo, e por vezes, até meados do esterno, como rezam certos manuais de anatomia. São a alegria da "gillete", e consta que, nos raros dias em que ela despe as calças de ganga, se fala de uma Amazónia em Portugal, como aquela "Paris-em-Lisboa", do alto do Chiado, onde eu costumava roubar fronhas, quando ainda não dormia nos papelões.
Margarida Moreira desapertou o cinto, baixou a ganga coçada, e disse ao Hugo, "anda, toca aqui, que isto não morde...", e tudo isto era camiliano... vá... sei lá, até mais tipo "Manhã Submersa", mesmo, sei lá, até Jorge de Sena, uma iniciação na DREN, mas num nível bastante badalhoco, e ele, com o dedinho transpirado, ai se a minha mãe me vê..., lá tocou no ponto Q da mulherzinha...
Dizem que o solzinho começou imediatamente a dançar, mas eu ainda sou do tempo das danças indígenas da chuva, pelo que vou continuar a despejar água, a ver se isto inunda mesmo.
"Queres ser Diretor?...", perguntou-lhe ela, muito melosa, enquanto roçava o Mato Grosso por um espelho antigo e desplatinado, retirado daqueles milhares de escolas primárias fechadas pelo país inteiro: aulas, em Portugal, agora, ou no contentor, ou na ambulância, ou em Badajoz, se não estiver já a tocar para a saída.
Este tipo de homens, que pertencem ao Ano Chinês da Nádega, são muito dados à submissão da Mulher Peluda, e nem precisam de ir ao circo, pois pode ser num qualquer corredor da DREN,
e foi,
de um dia para o outro, tornou-se Diretor, sem nunca ter dado nenhuma aula.
O argumento, perguntar-me-ão vocês qual terá sido, foi o de Santo Anselmo, mas versão xanxa, "tu nunca deste aulas, mas eles também nunca as receberam, pelo que, logo, tu existes como Professor".
Uma delícia.
"Sabes, quando tu mais eu nos reformarmos, antecipadamente, vamos viver para aquela extensão do Oceanário que estão a construir... (coisa que me esclareceu sobre essa iniciativa, já que, continuando os Oceanos os mesmos, e sendo o peixe cada vez menos, para quê ampliar o Oceanário, a não ser para arranjar lugar para o crescente número de lixo flutuante... pois... ela será o novo hipopótamo, e ele a sua foca de estimação...)
Então, Margarida puxou a ganga para cima, afivelou a imitação Dolce e Gabbana, e assinou o papel de cruz... -- não acho que é "M/M", com curvinhas em baixo, tipo ponto-cruz, e o Grão-Titular sabe bem a que é que eu me estou a referir...
Este é um país de broches e bordados, e faz-me sempre lembrar a dificuldade que eu tinha em perceber o que era uma "enteléquia", até que o falecido Mestre Américo, um dia, se virou para mim, e disse, "pá, se não decoras de outra maneira, decora assim: uma enteléquia é uma alma dotada de cona!..., e, no Mundo há duas categorias de enteléquias, as que a têm e as que a não têm!..."
Há menmónicas, meu deus, que nos levam a fazer inglês técnico, assim, de repente, como se de uma independente se tratasse...
Hugo Cristóvão tem cara de enteléquia sem cona, ou, mais fisiologicamente falando, parece um bidon vazio, quer dizer, faz-me lembrar aqueles prédios que são escarafunchados lá dentro para conservar a fachada, e poder recuperar o interior.
Neste caso, deu-se o milagre do inverso: poderiam ter-lhe perfeitamente tirado a fachada,e deixado só o vazio do interior, porque, com Sócrates, Cavaco, Dias Loureiro, Laurinda Alves, Valter Lemos e Margarida Moreira, pela primeira vez, desde Aristóteles, a Natureza deixou de ter horror ao Vazio.
A outra imagem é muito mais longínqua, mas adequada, que é ter um "Chófer", completamente desvairado, com o prego a 180 à hora, a percorrer a Marginal do Tieté, na direção de Santro André dos Campos, o horror de São Paulo todo para trás, e eu a olhar para aquele caneiro, e ele a dizer, "está tudo morto, com a poluição. Os Japoneses bem tentaram limpar tudo, até raspar e reconstituir o fundo, mas ficou tudo na mesma, senhor. A única coisa que ali vive são as Capivaras do Rio Tieté, que comem e chafurdam naquela porcaria toda, e volta não volta, invadem a auto estrada e provocam acidentes..."
Hugo Cristóvão faz-me lembrar uma capivara do Rio Tieté, saída da lama, e a fugir, a galope, no meio de seis pistas de auto estrada, com enormes camiões TIR a apitar, em riscos de ser esmagada, mas hirta e firme, a caminho do seu terno chiqueiro.
Deve ser isso o "Pugrèsso", e, se pensarem bem, foi um enorme "pugrèsso": de hoje para amanhã, as escolas deste país serão todas dirigidas por manadas de hugos cristóvãos, e, se não se lembrarem do que isso quer dizer, vão ao caderninho que eu vos dei, e lembrem-se da capivara, que consegue sobreviver no esterco, em qualquer esterco, misturada com aquela imagem do polvo que é tirado da rede e atirado diretamente para o fundo do alguidar, onde nunca mais mexe um tentáculo, claro... sim... porque ele é o próprio tentáculo.
A nova gestão escolar não andará muito longe disso.
(Pentágono da puta que te pariu, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")
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