domingo, 16 de maio de 2010

Elogio de Bruna Real, Professora de Música de Mirandela, e estagiária da "Playboy", seguido da Grande Orgia do Sistema de Educação Português, durante a miserável regência de Isabel Alçada



Imagem do KAOS

O António José Seguro hoje está com sorte, porque vai ter o arraial de porrada adiado, à pala da Stôra de Mirandela...

Acontece que eu hoje estou com o cio e venho fazer o Encómio de Bruna Real, professora de para lá detrás do sol posto, que acordou um dia, de manhã, e descobriu em que país é que realmente vivia.
Rezam as crónicas que então se pôs debaixo dos sombreros refletores, e deixou disparar os flashes sobre as tisnadas mamas, e isso saiu tudo impresso, em papel caro, no Mês de Maria, como se de uma nova taveirada se tratasse.

Uma coisa chamada "Torre de Dona Chama", se fosse em Madrid, Barcelona, ou até Sevilha, teria uma lanterna vermelha à porta, uns néons, umas montras de gajas descascadas, e seria o nome ideal para uma Casa de Putas genialmente batizada; sendo outra esta eira... Portugal, decidiram lá dar, imagine-se... aulas.

Como é público, defendo que o melhor da Escola é o que se aprende com o corpo, pelo que, quanto melhor o corpo, melhor deverá ser a lição. Acontece que Bruna Real é um avião, e eu adorava ter música com a pichota a bater-lhe o ritmo entre aqueles timbales morenaços..., pronto, já descarrilei, mas é bem verdade.

O dia a dia das professoras é decadente: saem de camas onde pernoitam com inválidos do Comércio e da Indústria, e vão, como naquela ilustração da vaca, que anda a gerar tanta polémica em redor da "Civilização", atrás de um monótono badalo, que pontua o saltar de aula em aula, diante de plateias de gerações perdidas, que só estão ali à espera do rápido chegar do fim de semana, e da discoteca, e regressam depois a casa, tipo Luísa, sobe que sobe, sobe a calçada, para ainda irem cozinhar massa de qualidade média, e feijão bichado, e alimentarem aquelas bocas tão mal educadas, que estão, como passarinhos, à espera de que a mãe docente regurgite o seu alimento. Isto, repetido durante três períodos, chama-se Ano Letivo, e corresponde sempre à perda de um ano de vida e, pelo menos, a um retrocesso de dois, dado o elevadíssimo nível anticultural, assegurado, por televisões, vídeogames, emplastros ministerais, e  permanentes Finais da Taça que rodeia os... alunos.

Ora a Bruna cansou-se, foi aos classificados, e encontrou "procura-se figurante, com boa aparência e cabeça desinibida, para sessão fotográfica em revista de grande tiragem". Quando chegou lá, percebeu que a queriam entre nua e seminua, e comparada, num lapso infinitesimal, a monotonia das campainhas e o estrelato do papel couché, tirou as mamas para fora e mostrou que um bom corpo vale muitas licenciaturas, o que é verdade, pelo menos, desde Cleópatra VII, Semíramis e Nitócris.

Diz-se que, no momento da nossa passagem para o Além, a Vida é rebobinada numa espécie de anti Manoel de Oliveira, e passa a Imensidão na brevidade de um milésimo de segundo, e a Bruna deverá ter visto a diferença entre aquelas cadeiras de fórmica, todas riscadas de palavrões, as mesas, com cábulas, mal apagadas por auxiliares de educação amblíopes, os tetos furados e cheios de amianto, onde chove, quando chove, e por onde os pardais entram e voam, quando o sol os chama, as paredes escuras, de humidade, o quadro negro, com a ardósia toda partida, no canto de baixo, e um ponteiro manchado a meio, pelas mãos sujas de gerações de totós, que pensaram ensinar alguma coisa naquele espaço. A verdade é que nada se ensina em Portugal, muito menos àqueles desgraçados da terreola, incapazes de aprender um Prelúdio de Rachmaninov, mas, em contrapartida, capazes de meterem o dedo no nariz, enquanto tentavam ver mais qualquer coisinha, sempre que o decote da stôra se arrojava.

A Bruna cansou-se disso, e resolveu fazer como a outra, "relaxa e goza", lançou-se toda para trás, em cima de uns cadeirões "kitsch", a imitarem Luís XVI, mas cromossomaticamente afetados por Jeff Koons, umas cores quentes, a chamarem ao Jugendstil, de Klimt, e, em vez de corpos esquálidos, atirou as medidas redondas para cima dos forros, e disse, sou toda vossa, e a Música passou a ser outra.

Dado o estado de desastre da Educação em Portugal, arruinada por uma neurótica, Lurdes Rodrigues, que apanhava, na "Casa Pia", com baldes gelados, para acordar, de manhã, e a Sorrisos de Camelo, a "Leopoldina" das Aventuras da Educação no País da Cauda da Europa, é bom começar a ver que as professoras se despem, e que ainda há gajas com corpo capaz, a lecionar, e não uma infindável brigada de baixas psiquiátricas, esgotamentos, mal casadas, pergaminhos e osteoporoses, a falarem de Gil Vicente, das crises da Molécula, do múltiplo da Fração e da Educação Sexual, como um rosário de doenças venéreas.

Estou a adorar imaginar com que sorriso de dromedário a sinistra Isabel Alçada irá falar deste caso...

Bruna Real cansou-se, e foi brincar às pastorinhas, tal qual a Maria Antonieta Joana Josefa de Lorena, Arquiduquesa de Áustria, e Rainha de França, mais as suas amigas de "rave", as Princesas de Lamballe e Polignac. Deitou-se nua, no seu Luís XV, e depois espojou-se no Luís XVI, versão cabeleireiro, enquanto atirava o cabelo para trás, e dizia, hoje está quente aqui, não está?...
Pois estava, e, no dia seguinte, ao soar a sineta rouca da Torre de Dona Chama (!) mal ela sabia que os alunos já vinham a arder, cada um com as fotocópias na mão, e os telemóveis carregados de miniaturas e mms daquele maravilhoso Evangelho da Lascívia, a Paixão Segunda Bruna, que vai vender milhões, assim nos ajude o engenho e a arte, e, quando ela berrou, dá-me o telemóvel já, o Antoninho, a jogar blhar de bolso, estendeu-lhe logo o Nokia, muito coçado, e lá estava ela, toda espojada, no canapé, uma Recamier da perna aberta e mama estendida.

Diz-se que a indisciplina é inversamente proporcional à autoridade do professora na aula: em Maio de 2010, Bruna Real inaugurou uma pedagogia avançada, muito para lá da Escola Finlandesa, e das metralhadoras nas salas de aula americanas: ou vocês calam-se, ou eu dispo-me!..., e o ruído na sala dispara então para níveis muito próximos do Eyjafallajokull, quando está de flatulências, ultrapassando as portas da escola, e levando a fechar a própria autarquia, por poluição sonora, próxima do nível da dor e da morte.

Vão perdoar-me a má língua, mas sendo a responsabilidade da contratação da Bruna Real, da Câmara local, fica por saber se ela foi contratada, por se saber que, mais tarde ou mais cedo acabaria nua, ou se começou nua, e foi por isso engajada, porque este país é o maior especialista nesse tipo de assessorias.

A resposta, suponho, também fará parte do Terceiro Segredo de Fátima, se não for já do Quarto..., quarto, cardinal, entenda-se, e não quarto da Bruna.

O evento merece chave de ouro: para lá das fronteiras pedagógicas, ela, que nunca conseguira que os alunos lhe trouxessem, a tempo, o "Frère Jacques" fotocopiado, para poderem desafinar em conjunto, viu-os, mansamente, todos com a revista fotocopiada no bolso, pelo que a coisa pode ir já da Música para o Português, por exemplo, para tanto, bastando que a "teacher" ponha as mamas de fora e anexe a cada mamilo um Canto do Cegueta dos "Lusíadas", e até o "Memorial" entrará melhor, se tiver um púbico no rodapé.
No fundo, esta revolução ultrapassa o "Magalhães" e porá o Sistema de Ensino a funcionar em rede, com as titulares, todas descascadas, a animarem as salas de docência, as diretoras de turma a receberem os pais austeros com as tetas em cima da mesa, e o Albino Almeida, esse carrapato, a babar-se diante dos novos manuais.

Bruna Real pecou por não ter apostado mais alto: o número de Maio da "Playboy" devia ter sido lançado em Fátima, na Procissão do Adeus, quando as mulheres-javali agitam os lencinhos brancos.
Teria sido lindo: o Patriarca da Pedofilia, a arrastar as artroses no seu papamóvel, e ela aparecia, como a Rainha de Sabá, transportada em ombros, numa cadeira neo Zsa Zsa Gabor, por cristianos ronaldos, nus, pelados e nakeds, e a multidão das ratas de sacristia abria-se então, como o Mar Vermelho, perante Moisés, e o Povo Eleito, o que diariamente vive destes encantos e fantasias -- olha, a Stôra de Música, com a rata toda à mostra!... -- conseguia passagem, diante do Santuário, para a margem segura da sua verdadeira essência.

Parabéns, pois, Bruna Real. :-)

Parabéns, Portugueses: sede bem vindos à Realidade :-)

(Afinal o Quarteto era de mamas, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

1 comentário:

Tio do Algarve disse...

LOL,
Que descrição!!! O texto está avassalador,parabéns! Só não posso concordar com a utilização do Acordo Ortográfico num texto desta natureza! Atrevo-me a sugerir o uso da palavra "baptizada", grafia antiga mas quiçá adequada a uma forma de subistência também muito antiga...LOL :D