quinta-feira, 10 de novembro de 2011

La Bella Italia





Imagem do Kaos


A Itália é um país muito bonito, mas  como não há almoços grátis, assim como a Grécia foi o berço da Democracia, já a Itália, ou os selvagens que a habitavam, antes do período terminal das putas de Berlusconi, se pode afirmar, sem grande erro, ter sido o berço das... imparidades.

Eu sei que há muita gente carente de cultura, e não é preciso estar na "Casa dos Segredos", onde a Teresa Guilherme enfarda, com processos condenados por todas as ligas protetoras dos animais, do mundo inteiro, o "fois gras" que, depois, a vai montar, para se saber que o Português comum desconhece, por exemplo, quem foi Quasimodo, não o de Nôtre Dame, mas um dos "Nòbele" da Literatura de Itália, tão inútil para a História da Literatura como Saramago o será, dentro de 20 anos, entre nós. E, assim, havendo gente carente de cultura, talvez seja bom recordar que a Itália, ou os cafres que antes a habitavam, foram acumulando dívidas, sei lá, eventualmente, desde os Etruscos, que foram os últimos que tiveram as contas em dia, depois do regabofe que foi a Grande Grécia, onde os inventores do Número de Ouro e da Filsosofia iam fazer todas as porcalhonices que não podiam fazer nas terras deles.

Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento financeiro e cultura clássica sabe que Júlio César vivia crivado de dívidas, que Augusto, para deixar uma cidade de mármore onde havia uns barracos de tijolo, fez tudo a crédito, que Calígula nunca pagou as suas orgias, nem Nero chegou a cumprir o seu empréstimo a 50 anos, para construir a Casa Áurea, que Vespasiano e Tito nunca saldaram o Coliseu, que Trajano falsificou moeda para pagar o Fórum, tal como Caracala deixou as Termas penhoradas, que Heliogábalo, e as suas putas de família, sempre viveram muito acima das suas posses, que os saques dos Bárbaros nunca permitiram a reestruturação e requalificação do enorme Intendente em que aquilo tudo se tinha tornado, e que toda a Idade Média foi penosamente assim, até os juros atingirem patamares astronómicos, quando Alexandre VI teve de pôr a filha a render, e a sacar dinheiro aos gajos com quem se ia casando, e São Pedro foi paga com as indulgências, que eram tão indulgentes que até davam direito a ilibar de pecado quem tivesse sonhado estar a comer a Virgem Maria, em direto, e outros mimos, que nunca passaram pela cabeça do séquito de pedófilos e sodomitas que Benedito XVI protege, e, por aí fora, passando pela Roma de Mussolini, os calotes do Partido Democrata Cristão, a falência do Banco do Vaticano, até culminarem neste novo Tibério, um palhaço que entretinha Bettys Grafsteins em cruzeiros de luxo duvidoso, e acabou, num percurso misto de Armando Vara com Pinto da Costa, por ficar a imperar na Itália mais corrupta de sempre.
Tudo isto para dizer que o FMI, que agora lá chegou, quando começar a levantar o lençol de milhares de anos de dívidas, vai achar que a Grécia é um pequeno conto de Hans Christian Andersen, ao pé da pesada herança de Berlusconi.

Quando me dizem que o porcalhão se vai embora, a coisa deve estar deveras negra, porque ele sabe que, mal perca a imunidade parlamentar lhe vai acontecer uma kadafização em feio, porque os Italianos não são cornos mansos, como os Portugueses, e, há milénios que matam, e por muito menos.

Em síntese, o Caneco Americano, que o reles e indecente Cavaco Silva, uma das almas mais cobardes que se atreveu a chefiar a ruína lusitana -- o tal que andava em viatura blindada, coisa que Salazar, que tinha muito mais que temer, nunca fez~... -- agora se decidiu ir visitar, conseguiu... enfim, não conseguiu nada, porque o nível de estupidez desse só é comparável com o do Bush filho, enfim, as sombras que estão por detrás dele, finalmente estão a conseguir duas coisas, a primeira, fazer tremer a moeda que estava a fazer tremer o dólar, e, segundo, agora que a América se prepara para mergulhar no seu Fascismo, querer levar atrás o único sonho iluminista do séc. XX, a Europa.

A esta hora, o Aníbal de Boliqueime está a brincar aos martelinhos, na ONU, enquanto a sua boca da servidão deve estar a assistir a um dos espetáculos da Broadway, possivelmente, na mesma poltrona onde o Renato Seabra sentou, pela última vez, o cuzinho molhado dos vírus da minhoca invertebrada do defunto Carlos Castro, que o Demo tenha.
Aparentemente, tudo isto é cultura, mas a verdade não é essa, a verdade é que tudo isto, os robalos, o pão de ló, a paz podre, as vacas da Graciosa, as sucessivas prescrições, os sorrisos de gozo e impunidade de todos os facínoras que passam na televisão, os esgares do isaltino, os banqueiros sem pátria, os bragas de macedo, os penedos, os "habeas corpus" dos duartes limas, os filhos da puta dos comentadores, que põem aquelas poses de sapiência à henrique santana, e nos vêm dizer que é normal que o país esteja destruído, por trinta e tal anos de pilhagem sistemática, feita por eles próprios, cheiram, mas muito, àquela efémera alegria e calorzinho de conversas em família que anunciou ou derradeiros dias de Marcelo Caetano.

Cavaco Silva, um cobarde, repito, que transpira das mãos execravelmente, e tem pavor das multidões, sobretudo das multidões armadas com chuços, e mandou os capangas do Dias Loureiro disparar sobre os populares da Ponte, já se pirou para Nova Iorque, e de lá irá para a Califórnia, para a Maria poder satisfazer um dos seus caprichos, que é apalpar as musculações flácidas de Schwarzenegger, que outrora fizeram glória nos ginásios gay, onde os Judeus que gostavam da fruta o tiraram da indústria pornográfica austríaca, para incluir na indústria pornográfica de Hollywood, tal como o James Dean, o "cinzeiro humano", e, depois, levar ainda a uma pornografia extrema, que é a de ser governador da sexta maior economia falida do Mundo, uma imparidade só comparável com a Itália, mas com "mármeres" falsos. A Maria quer apalpá-lo, para ver se aquele grelinho mirrado ainda é capaz de sofrer uma derradeira descarga de adrenalina, embora ela o vá apalpar com a mesma fé com que agitou, no Estádio Nacional, o lencinho à Beata Maria Clara do Menino Jesus, que também gostava, e bem, deles grandes e grossos.
Oh, yes!...
O problema pode estar, e está, em que essa pretensa visita de Estado, que não é mais do que uma das suas permanentes formas de ainda envergonhar mais Portugal no estrangeiro, vai coincidir com o fim de semana em que os militares, o garante da dignidade nacional, fartos, como o resto da população, deste permanente vexame diário, nos obriguem a levar a sério as palavras de Otelo Saraiva de Carvalho, cujas culpas no cartório são mais do que muitas, pois são, mas não deve estar nada, mas mesmo nada, como tantos da geração dele, para engolir um cagalhão, com a dimensão que o sistema de corrupção atual alcançou.

A "visita de Estado" à América, é, portanto, mais uma vez o Supremo Chefe das Forças Armadas que, cobardemente, não estará no País, para receber aqueles que querem, disciplinada, mas friamente, perguntar-lhe o que pensa disto tudo.

Lá longe, na Califórnia, suponho que lhes dissesse, como é costume, que não era a altura certa para se pronunciar, o que, esperemos, os leve a que eles, já que o patrão não fala, se vejam obrigados a falar por ele.

10 000 000 de Portugueses, sinceramente, agradeciam...

(Quarteto da calmaria que sempre antecede a tempestade, no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

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