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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Os últimos cem dias de Cavaco Silva, com cheiro de caril, sabor de paprika e licor de fel







Imagem do Kaos


O facto mais relevante da vida política portuguesa terá passado despercebido, ao espectador de Lineu, e refiro-o aqui, apenas com o carinho ditado pelas efemérides, e também por que o saber não ocupa lugar. Falo, evidentemente, dos últimos cem dias da agonia de Cavaco Silva. Para mim, talvez dos portugueses para quem a vida foi ditada pelo maior desastre daquela Democracia em que acreditei, o ocaso cronológico da estirpe de Boliqueime é importante, existencial e obsessivo. Se o mundo não acabar antes, em março de 2016, essa criatura terá sido empurrada para o limbo crepuscular de onde nunca deveria ter saído.

Como muitos sistemas estelares, a época que estamos a viver é uma era de dois sóis, um algarvio, que já está a acabar, e um prodígio estelar de Goa, que pensa estar a nascer em força. Para mim, situado nas bancadas da Terra, ambos não passam de um espetáculo, é certo, ditado pelo ágon, mas substancialmente desfasado da realidade intelectual em que me movo. Une Cavaco Silva, a António Costa, a mesma obsessão de que iriam chegar a qualquer lado, com as diferenças de que o primeiro aspirava chegar a um posto do Antigo Regime, e chegou, numa bolha temporal que a paciente Democracia consentiu, de fingir que continuava lá, enquanto o outro delira com ser o Fim da História, e assumir o lugar de condottieri do Parlamentarismo do faz de conta. Deve-se-lhe a lufada de ar fresco de ter devolvido, ou ter tentado devolver, à Assembleia, o poder de legislar, depois de décadas de caixa de ressonância de governos autoritários e dirigistas. 

Sobre Cavaco Silva, tudo, ou quase tudo já foi dito. Repito "tudo, ou quase tudo", por que ainda há mais bancos para falir, e em três meses ainda pode acontecer muita coisa. O Cavaquismo, uma coisa que minou a Liberdade, arrastou-se, grosso modo, entre 1985 e 2016, o que é muito tempo. Correspondeu ao desmantelamento da Agricultura, das Pescas e da Indústria; à ascensão do novo riquismo e da insignificância, e à proliferação das soluções locais do neo liberalismo chão. Na fase final, o seu entretimento favorito foi levar à falência bancos, e não banqueiros, e tornar o país num pântano de incredulidade. Cavaco Silva, um algarvio típico, autista e miserável, nunca percebeu que estava em Democracia, e menos ainda percebeu que tinha arruinado o país, para os próximos cem anos. A História se encarregará de o reposicionar, com palavras mais duras do que as minhas.

Cavaco Silva foi o ovo da serpente do poucochismo monhé, uma corrente local, que, depois de muitos flagelos, Portugal ainda teve de aguentar. O poucochismo monhé é uma forma de nasrcisismo equivalente à anterior, mas com manifestações mais suaves, mais up to date, e com maiores pretensões. Enquanto um foi a York sacar um doutoramento em arruinar países, o outro ficou por cá, e, entre tirar as putas do Intendente, para entregar o Intendente aos amigos, resolveu transformar o restante país num incidente camarário. A coisa é interessante, já que abalou a monotonia em que o país estagnara com Aníbal, para quem as maiorias absolutas eram um sucedâneo do monocordismo da Câmara Corporativa, e introduziu um novo paradigma, onde os ganhadores das eleições não são os mais votados, mas os arranjismos do dia seguinte, de acordo com os projetos conjugados.

Sendo a Democracia um lugar das surpresas, António Costa mostrou-se supreendente, e conseguiu surpreender-nos. Ficamos, pela primeira vez, a saber que havia um gajo em campo que, quer ganhasse, quer perdesse, ganhava sempre. Suponho que seja isto o estalinismo, enunciado na célebre forma de que o que conta não é quem vota, mas quem conta os votos. António Costa contou os votos, e não os contou sozinhos. A diferença é que o eleitor ficou a assistir à contagem, e percebeu que, doravante, devia votar de modo a que não acontecessem marés de segundo plano. Supõe-se que, esgotado o modelo político de António Costa, também nos devamos acautelar contra os perdedores da segunda fila.

Ao contrário de Cavaco, figura deplorável, desde sempre, e para sempre, não se pense que sinto o mesmo por António Costa, por que não sinto. Matematicamente falando, acho-o uma figura surpreendente de um tempo monótono, já que afastou o espetro da cardinalidade dos resultados eleitorais e introduziu um novo paradigma em rede, muito mais próximo da Teoria dos Conjuntos. Doravante não ganhará que se enumera em crescendo, mas quem melhor se reúne em grupo, e eu diria que a Democracia é mesmo isso, ou, melhor, também pode ser isso. A coisa ameaça pegar, alastrar às presidenciais, onde ninguém ganhará, mas nos arriscamos a ter um punhado de candidato fracos, muito chegados à primeira fila, e até deixar de ser portuguesa, para ser peninsular, ibérica, e por aí fora, o que ainda concederia ao António Chamuça uma maior singularidade e uma estranha oportunidade histórica. Mais uma vez, enquanto intelectual, e, portanto, incompatível com as frágeis razões da Política, remeto-me ao lugar do espectador, e limito-me a conceder-lhe o benefício do lúdico, mas com uma irremediável reprovação do ético, e quem entender estas palavras que medite bem nelas, pois são clarividentes. Como diz a voz do povo, o mestiço não serve ninguém a não ser a si próprio, com a exceção de Cavaco Silva, um reprovável mestiço de raça única, algarvia.

Após uma primeira planagem, António Costa prepara-se agora para atingir a altitude demagógica do cruzeiro, com os teclados das diferentes sensibilidades: foi erguido ao pódio pelos vencidos da linha de trás, e, agora, sempre que os derrotados da segunda fila imergirem nas suas idiossincrasias próprias, ele escolherá a razão de estado, que mais genericamente rege as correntes conservadoras. Utilizando palavras simples, governará à esquerda, sempre que puder, e encostará à direita, quando tal convier. De um certo ponto de vista, isto é brilhante, e eleva-o à condição de condottieri, já que transforma a tradicional oscilação das alternâncias numa mera questão de sabores, entregues aos paladares do líder único. Na essência, poderia ser uma aspiração a governar muito tempo e para sempre. Creio ser isto o lado Jabba de António Costa, mas a sua Guerra das Estrelas é muito pobre, e muito cheia de banifs, e durará tão só o tempo que durarem as efemérides e as ocorrências.

Mais surpreendente do que tudo, vai ser um cenário em que os próprios partidos do monolitismo vão poder permanecer idênticos a si mesmos. Para os incautos e nefelibatas, o Partido Comunista Português tinha, finalmente, dado o grande salto no sentido do aggiornamento, mas a verdade é que não deu: Cavaco Silva sempre se serviu a si mesmo, António Costa está a aprender como se pode servir, e o PCP continua-se a ser autofágico, através de quem calha. Geometricamente, sempre que o âmago ideológico dos neo estalinistas o leve a dar esticões de veto e de niets, cá estarão os papalvos coelhistas para o suportar, e, quando lhe convierem algumas inovações, lá embarcará na sinistra. Na essência, continuará o mesmo, já que se o povo não quer, ou não pode, mudar, muda-se o povo.

À margem disto, ou, em quarto com vista para isto, o grande mérito de António Costa será o de ter evitado um Bloco Central, através da emergência de um estranho Bloco Descentrado, e nós iremos pagar isso ao preço das inovações.

Como não é interessante perder tempo com previsões, nós vamos deixar as coisas correr, e a realidade banifar-se. Os islandeses puseram todos na prisão, mas nós somos mais modestos, e vamos contentar-nos com pôr todos cá fora, como de costume. Como dizia o outro, creio que já nem um segundo vinte e cinco de abril chegaria para limpar todos estes estorvos.

Reentro na realidade, e relembro ser este um tempo natalício, um tempo da família, daquele primo do Mourinho que deu sem secretário de estado, e lembro que nos devemos preocupar com as coisas íntimas, as coisas do coração, aquelas que verdadeiramente nos tocam, e, se muito não for pedir-vos, por favor, votem a favor da conservação, na Torre do Tombo, do formidável espólio imagético de Maria de Boliqueime, teras de fotografia, que, entre a ternura e apelo do coração, polvilharam de profundidade, de carinho e de muito engenho, estes dez anos de desastre português.

Muito boa noite, e umas festas felizes, sim, muito na graça de Deus.



(Quarteto da teoria dos conjuntos, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Lendas dos Bosques de Viena, seguidas das lêndeas do Largo do Rato e do braço esquerdo do Sr. Aníbal de Boliqueime, coitadinho, que agora já se nota bem que mal se mexe





Imagem do Kaos



Creio estar a viver uma singularidade política, aliás, uma recidiva de um certo estado de singularidades políticas, posto que já as vivi de outras formas, e passo a explicar, para não vos deixar nessa angústia de não perceberem do que estou a falar.

Sendo a minha ideologia política votar sempre CONTRA qualquer coisa que se tornou nauseante, tenho acompanhado, com especial atenção, todos os debates entre António José Seguro e António Costa, e, como não vi nenhum, estou particularmente à vontade para os marcelizar à minha maneira: acontece que o problema é vagamente ontológico, posto que, estando António José Seguro na esfera do não-Ser, seria suposto, pelo equilíbrio dos opostos, que António Costa representasse a esfera do Ser. A realidade, todavia, antecipou-se, e com a maré de lixo, que, imediatamente se lhe montou às costas, António Costas, perdão, Costa, passou as ser as costas de muitas das coisas que antes de o serem já estavam fadadas a não ser, pelo que o lugar do Ser, antes de poder ser, não chegou, à pala do Costa, a ter possibilidade de ser.

Creio que os levaram para as televisões, onde um fez de merceeiro indignado, e o outro de rancoroso mal contido. A coisa, já que uma imagem vale mil palavras, esteve naqueles patamares das gajas, que, na América que Obama fez desaparecer, para a substituir por uma ainda pior, se digladiavam em lutas de lama, ou seja, o ímpeto da porcina que tenta lançar ao esterco o chiqueiro em que ambas se atulharam.

Há quem pague para ver, e se masturbe com o olhar. Comigo, é como com o Saramago: não li, e não gostei, alço a perna, e faço como os cães, mijo, sempre que a Pilar del Rio passa e me tenta vender o "último" (the last, but not the least) "inédito", como os pares de Jeová me tentam meter nas unhas o número do mês da "Sentinela".

Voltando às costas do Costa, as costas do Costa revelaram-se subitamente largas, e mal houve um sopro, um mero soprozinho, de que a coisa se podia encaminhar para aí, imediatamente saltaram de uma fossa qualquer, que eu creio ser a pura, a verdadeira, idiossincrasia da Grécia do Feio, tudo e todas as coisas que de mau o pós 25 de abril produziu em Portugal. Ainda não li a lista completa, mas anda lá tudo o que oscila entre o péssimo e muito péssimo: o Rui Vieira Nery, creio que em nome da musicalidade dos sanitários de Lisboa - todos os que o Costa mandou fechar --, a Catarina Portas, decerto em nome do monopólio dos quiosques de Lisboa -- todos os que o Costa mandou abrir --; Almeida Santos, em nome de toda a sujidade dos negócios de Moçambique, e da sua protegida Luísa Campos, a anã pedófila, que assombrou toda a rede escolar de Lisboa, até se afundar na noite de Miraflores; Manuel Alegre, o garrafão de Águeda, duas vezes responsável pela presença de Aníbal de Boliqueime em Belém; Sá Fernandes, a quinta essência do oportunismo e da vilania política e cultural -- o tal que queria tirar os brasões da Praça do Império, para lá instalar retretes de Trotsky e réplicas berardianas da múmia de Lenine --; Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso -- que desde o célebre vídeo dispensam apresentações... --; António Victorino de Almeida, que já está na fase do Lá-lá-lá-lá da Amália Rodrigues terminal, e creio que, honestamente, apenas a pensar no futuro das filhas, a Inês -- a mulher mais estúpida de Portugal, logo, a forte aposta de Bilderberg 2014 --, e a outra de que me não lembro o nome, mas só me faz lembrar velhos babosos que lambem a rata de meninas de 15 anos, perdão, 7 anos; e, nem a propósito, Nicolau Breyner, responsável pela ruína dramatúrgica do esgoto televisivo; Lídia Jorge, um remendo mal bordado dos brutos "enxertos" dos Capitães de Abril, também conhecida pelo Saramago dos remediados; Júlio Pomar, que nunca conseguiu chegar a qualquer lugar, apesar da fábula de ter sido compagnon de cela de Soares, o velho, e de os boatos o terem declarado várias vezes "a morrer", para valorizar a obra, e o genro do Cavaco, Luís Montez, que dispensa apresentações, já que, para todos que pensam que o Cavaquismo se esgotará com a morte neurológica do cavaleiro da triste figura, se alerta deverem estar muito enganados, posto que o genro da triste figura já assegurou, em vida, o monopólio de todos os festivais do Norte, Este, Sul e Sudoeste, na forma de uma geração de "agarrados" aos ácidos, à "bolota" e à coca, tudo numa nice, que fatura para a Patrícia e para a Perpétua, ou, resumidamente, ter o apoio do genro do Cavaco é o mesmo que quando se descobriu que a eleição do Sarkozy tinha sido uma generosidade do defunto Kadafi.

Dizem as más línguas que o problema neurológico de sua excelência o "presidente" da República já lhe está a afetar a mobilidade do braço esquerdo, mas deixo-vos o trabalho de casa de o confirmarem, já que quando ele aparece, leva o mesmo trato do Futebol, do Eixo do Mal e dos Gatos Fedorentos: salto brusco de canal, e um alka-seltzer, para evitar paragens de digestão, portanto, não vi, mas asseguro que é mesmo verdade.

Como podem imaginar, é muito cansativo enumerar a tralha que se pendurou nas costas do Costa, pelo que suponho que devem ser largas, para suportar a avidez de tal maltosa. Pela minha parte, já perdi demasiado tempo a enumerá-los, mas certamente incluiriam o incontornável Figo, o Carlos Cruz, e até o cadáver do Taveira, para assegurar a solidez das retaguardas. Consta que agora já só lá vai com a língua, pelo que a candidatura do Costa não se pode dizer ser uma Guerra das Rosas, mas a  genuína candidatura do botão de rosa...

Quanto ao Seguro, aconteceu-lhe o mesmo fenómeno que ao Sócrates, quando surgiu o Relvas: passou a ser "sério", na Academia, mas não chegou a ter densidade suficiente para ter solidez, na licenciatura, o que deixa augurar, num momento em que a "Tecnoforma" finalmente vai fazer a coisa que Passos Coelho mais deseja, que é dar o fora antes de o país inteiro ser arrumado no "Bes Mau", e ir pau cabindar com a sua Lolita -- tratamento para os íntimos -- que trabalha que nem uma moura, enquanto o irmão pena na miséria, como muitos dos verdadeiros artistas deste país, que não beneficiaram, nem nunca beneficiarão, daquele truque de se pôr a jeito, no momento certo, daquele certo jeito, que só as costas do Costa ainda permitem.

Sinceramente, prefiro falar da Teresa Guilherme, que acho ser quem deveria estar à frente do Partido Socialista, neste momento antecipado de Eleições, porquanto nada nela é turvo, e, mesmo, do ponto de vista da Teoria do Caos, ela é uma genuína geradora de trajetórias estáveis: se é fácil cuidar do visual da Lolita, da Teresona ainda é mais fácil, já que, nesta "Casa dos Segredos" -- 100 000 candidatos, o mesmo que os Antónios" -- não há vencedores nem vencidos, posto que ela consegue ficar sempre... por debaixo. Curiosamente, e pensando em que, dos 100 000, metade são do sexo, e idade, de que ela gosta, pôs-se-me a questão de onde arranjaria a Teté tempo para aviar 50 000 gajos, mas a resposta também vem do lado da Mecânica Quântica: a gaja despacha-os no Tempo de Planck, ou seja, fá-los vir em 10 levantado a –43 segundos (0,00000000000000000000000000000000000000000001 segundos, se não me enganei num zero...), de onde sobre muuuuuuuuuito tempo para fazer o programa, e ainda para aviar o resto da população masculina do planeta, e até de Marte, para onde, consta, já os olhinhos brilhantes agora se lhe viram.

O Mundo, portanto, é muito mais interessante quando esquecidos os Antónios e visto na ótica da Teresa Guilherme, a única que andou à porrada com a Laura "Bouche", por causa do mesmo macho... e ganhou, coisa que o segundo nunca perdoou à primeira, sendo que a Teresa Guilherme, enquanto objeto do "Inteligent Design" é muito mais interessante do que os dois Antónios somados, e os responsáveis pelo guarda-roupa bem o sabem, conquanto, em vez de uma produção à Cleópatra, optaram, desta vez, por uma caracterização à Cleopatra Jones: umas cores de feira indiana, um colar de Amarna, das coisas maravilhosas que  Lord Carnarvon viu, ao descer as escadarias do King Tuth, e que, semioticamente, à luz da Bauhaus, e da Feira do Relógio, obrigava o olhar a desviar-se sempre na direção da rata, sendo que, no estado de descaimento (natural) das partes, se torna cada vez mais -- e excluída a hipótese de ela ser toda vulva -- por que as peças jogam cada vez pior, determinar onde se lhe situa a cona. Atrevo-me a dizer que a queda das mamas, do ponto de vista galilaico, brevemente levará a que as mesmas se tornem nos grandes lábios vaginais, o que será um tormento, para aqueles mancebos de 20 anos, de terem de se pôr na posição do hipopótamo, para a satisfazer -- como se algo a satisfizesse --. No entanto, isto são trocos, já que se torna visível que, por mais espartilhos, botox, molas, ganchos, pregas, suspensões que lhe ponham ela está como a Torre de Pisa, e há uma irreversível tendência para que tudo descaia na direção do solo. A preceito, um dia haverá -- desculpem, mas agora vem uma lição de Física... -- em que o centro de massa da Teresa Guilherme ultrapasse a sua projeção de base, e, então, hélas, toda aquela massa se espapaçará no chão. Esperemos que não durante nenhuma das galas, por que andamos, em demasia chocados com as decapitações do ISIS, e alegremo-nos, por que nesse dia em que aquele sistema dissipativo se converter num ectoplasma, também poderemos falar da "amiba Teresa Guilherme", que, como diria o outro, quando tudo se extinguir no Mundo, ainda a amiba sobreviverá.

Creio, portanto, que, independentemente da dissolução simultânea, em lama, do Governo e da Oposição, seja certo que a Teresa Guilherme ainda sobreviva ao Seguro, ao Costa, aos piolhos das costas do Costa e ao próprio Passos Coelho. Sobreviver ao Cavaco até nem é difícil, é só uma questão de semanas, pelo que o que aí vem, politicamente, pode ser muito divertido, em qualquer dos equiprováveis cenários: ou as pessoas acordam, e empurram o Costa para dentro do latão, como fizeram, na Ucrânia, e, antes do fim do ano, temos o Seguro a empatar com o Coelho, ou o Coelho, no estado em que os Antónios deixaram o PS, a ganhar o País, com terríveis consequências para a Teresa Guilherme, que já não sente nada, muito menos Eleições, ou ganhar o Costa, para perder as Legislativas para o Coelho, ou ganharem até os três, e fazerem um Bloco do Centrão, com todos os emplastros que o Seguro, o Costa e o Coelho conseguiram carregar às costas, o "Livre" incluído

Por mim, no domingo, voto inequivocamente nas expulsões da "Casa" da Guilherme, e, para os indecisos das Primárias, ainda tenho um pequeno brinde, daquelas coisas que se nos escapam, mas de que, felizmente, ainda nos lembramos no fim: creio, e não deve ter sido alucinação, ver em Gaia, uma espécie da balde de toda a merda deste país, imaginem quem... sim, imaginem.. não, acho que não chegam lá, mas eu ajudo: lembram-se da Lurdes, a Puta da Educação?... Dessa lembram, não lembram?... Não, não sei se apoia o Costa, mas, dada a densidade da trampa, até é provável que sim, embora agora esteja no defeso de ter sido enviada para a prisão..., mas quem vinha agarrado, muito agarradinho, ao Costa, ah, valente Costa, que tanto lixo conseguiste polarizar!..., pois, então, quem vinha ali, muito de palmadinhas nas costas, a apoiar também o Costa... pois era o... o... o... o Albino Almeida, o Albino, sim, lembram-se?... O Albino, o badochas, que era pago pela Lurdes cadastrada, para fazer o papel de "Pai". Pois vinham muito agarrados, o que suponho que seja mais um sólido apoio para domingo. Por mim, não quero melhor: falar do Albino Almeida é como falar daqueles 100 000 votos, que, numa inesquecível tarde -- remember -- saíram, em bloco, à rua, para dizer "NÃO!... NÃO!... NÃO!..."


Quarteto do pá, acordem, faz favor, e puxem o autoclismo, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers"