terça-feira, 1 de novembro de 2011

10 000 000 de Gonçalvistas





Imagem do Kaos

Ontem, enquanto estava a assistir àquela escola de imbecilização, que é a "Casa dos Segredos", da rameira Teresa Guilherme, e ia fazendo um aborto espontâneo, por desfastio, e, à moda antiga, com agullha de croché, lembrei-me de que, assim como o crime europeu tinha história, e remontava ao tempo em que Cavaco Silva destruía Portugal, com duas maiorias absolutas, e cadastrados como Duarte Lima, Dias Loureiro, Ferreira do Amaral, Leonor Beleza, Mira Amaral e outros, a fazerem coro, também o subsídio de férias e o subsídio de natal tinham a sua história.
Imediatamente me lembrei da minha queridíssima tia adotiva, Irene Gonçalves, que tantas vezes andou comigo ao colo, e tive um pensamento surpreendente: este imenso coro de justas vozes, que agora se ergue contra a penhora dos subsídios de férias e natal devia ser toda um bando de perigosos comunistas, que se estavam a preparar para implantar em Portugal uma ditadura, sei lá, do tipo da Coreia do Sul, ou uma nova Cuba, como tantas vezes prenunciou o nosso vidente da Madeira, Alberto João Jardim.

Que seria dos meus colares de esmeraldas, se tal acontecesse?...

Vasco Gonçalves, a sombra negra do pós 25 de abril, era então o culpado por essa insanidade, que, agora, o drogado e insomne Vitor Gaspar, vinha retirar f a l  a n  d  o   m  u  i  t  o    l  e  n  t  a  m  e  n  t e,    p  a  r  a    p  a  r  e  c  e  r    v  e  r  d  a  d  e, para salvar o país da bancarrota, e eu fiquei muito confuso, porque, como é sabido, tenho dentro de mim uma Catia, da "Casa dos Segredos", e, por fora, um Titã, capaz de esborrachar qualquer animal cínico que se me cruze no caminho.
Depois, assim, muito lentamente, também me lembrei de que Vasco Gonçalves tinha nacionalizado a Banca, como aconteceu com o BPN, e fiquei muito mais assustado, porque isto estava mesmo a parecer-se com os tempos presentes, e em que Duran Clemente, agora, pelo "Facebook", mas, então, com barbas, anunciava na televisão qualquer coisa do tipo isto agora vai ser... e, subitamente, caiu a ligação, e apareceu uma cavalgadura, chamada Ramalho Eanes, próxima da Opus Dei, e casada com uma égua, que protegia a coudelaria da Casa Pia, onde os Políticos, Intelectuais e gente do Espetáculo ia buscar os rapazinhos, para as orgias da República de Salo, também conhecida por "República Portuguesa", com o Carlos Cruz a filmar, com as películas da RTP.

Mesmo eu, que tive um treino paramilitar, na altura em que era moda praticar, em Shaolin, as artes marciais, com aqueles primos, semiprimos e meios irmãos de José Sócrates, comecei a sentir uns tremeliques, e pensei, "vem aí uma revolução, estamos outra vez no PREC, e os militares, quando se sentirem apertados, vão agarrar na Múmia de Boliqueime, na Marcela Rebela de Sousa, no Portas, e enfiam tudo num avião, para acabar com o Regime", e, ai, ai, ai, o que vai ser de nós, porque o Campo Pequeno seria demasiado pequeno para me enfiar a mim e a todos os outros, que estávamos desfasados do Sistema.

Eu sei que a esta altura já estão desconcertados com o texto, mas eu vou dar algumas pistas, que são elementares: como sempre, em que tudo o que eu escrevo, metade é verdade, e dói muito, e tudo o resto é mentira, e, por isso mesmo, ainda mais dói, o que, objetivamente, se traduz em coisas extraordinárias. A primeira, uma verdade, foi eu saber que havia sociedades, no Algarve, que abriam "off-shores", coisa que eu continuo a não saber exatamente o que é, mas, em contrapartida, tenho plena consciência de que são espaços onde todas as trafulhices, fugas aos impostos, crime económico e fraude agravada se praticam. A segunda foi saber que os órgãos de comunicação social sabiam onde ficavam essas empresas, e que, ao passá-las na televisão, estavam a cometer um crime público, que deveria imediatamente ser investigado por esse gajo, que se intitula Procurador Geral da República, e que já devia ter levado um chuto no cu, não estarem ainda a pagar-lhe uma extensa fatura, que foi o favor de abafar o "Casa Pia", célebre processo onde estava envolvida quase toda a (falta) de Classe Política. A terceira, suponho que a mais evidente para o meu leitor, ao haver a passagem de uma peça jornalística desse calibre, na televisão, imediatamente se deveria ter desencadeado um processo judiciário de selagem dos dados de quem criava "off-shores" para roubar a Nação Portuguesa, com consequente imediato arresto dos bens, e prisão preventiva dos envolvidos nesses processos.
Assim, por alto, creio que os subsídios de natal e de férias, do "Gonçalvismo", ficariam imediatamente resolvidos, e que se conseguiria fazer uma recapitalização dos bancos, e cumprir os tão falados "prumenores", de que o Cabrão Algarvio, responsável primaz pela destruição do tecido produtivo, e, logo, criador imediato da Dívida, referiu no Paraguai, um país à escala e dignidade do seu Poço de Boliqueime.

Sei que isto é uma pista, mas no estado em que estamos são trocos, e vou já para a altura e velocidade de cruzeiro deste texto: hoje mesmo, o dominó de mentiras financeiras em que vivemos, fez falir a MF Global, prisioneira do JP Morgan e do Deutsche Bank, este último, por sua vez, refém da Bancarrota Grega, ou seja, o bater das asas de uma Bancarrota no Mediterrâneo já está a provocar um tufão de nível 5, na Cacilhas de Nova York, tal como estava previsto na Teoria do Caos, e aconteceu mesmo. Sendo o sistema americano impiedoso com estas coisas, e sendo umas exemplo das outras, como poderia escrever o Padre António Vieira, o que se anuncia é que, a exemplo desta uma, comecem a chover uma chuva de outras, e isso vai ser fantástico, dado que a América, tal como Portugal, está desprovida de Presidente, e tem uma coisa, em forma de sucedâneo, que está lá só para entreter, justamente na altura em que precisamos de tudo menos de entretimento.

Na América, o processo é simples, e linear: numa questão de meses, a ultadireita, uma coisa que nem imaginamos o que seja, porque é umas mescla de fundamentalismo moral com usura absoluta, vai pôr fora o caneco do Illinois, mais a sua preta, e impor o fascismo americano, um facto que será novidade na História do Mundo, e pela qual toda a gente anseia, embora não assuma; por cá, infelizmente, creio que não chegaremos a 2012, muito menos ao momento de ver o penoso Sr. Aníbal das Vacas ser substituído por um ranhoso ainda pior, já que estamos em pleno PREC, e é provável que, um breve dia, os militares agarrem nos Lopos Xavieres, nos Pachecos, nos Vitorinos, nos Borges de Macedo e lhes interrompam o Processo Sistemático em Curso e lhes digam que vai ser posta ordem na coisa, porque a ordem tem de ser posta rapidamente, com Cavaco preso, Constâncio preso, Dias Loureiro preso, Armando Vara preso, Mira Amaral preso, Sócrates preso, Pinto da Costa preso, Duarte Lima preso, etc., tal como preconizava a "Velha", ou a "Bruxa", das Escutas do Face Oculta, que o maçónico Noronha do Nascimento mandou queimar, mas de que há, felizmente, várias cópias, e em sítio seguro, e a Senhora de Mota Amaral, essa excrescência da Opus Dei, decidiu que não tinham valor legal.
Foi recompensada com um BMW e um caralhão por aquela peida seráfica acima, ao contrário da "Bruxa", que advogava uma suspensão da Democracia, por seis meses.
Acontece que nós já não vivemos em Democracia, posto que a nossa sociedade é tão só governada por diferentes sociedades secretas, que utilizam os métodos das mafias chinesa e italiana, como é visível em coisas recentes, como os sequestros e torturas, de que nunca se soube nada, exceto tardiamente, ou a naturalidade com que agora se faz rebentar uma caixa multibanco por dia, com recurso a botijas de gás.

Há um enorme silêncio sobre tudo isto, já que o importante é a mudança da cor do cabelo do Hulk, um anormal que Lombroso adoraria ter podido estudar, tal como os casos Mourinho e Pinto da Costa, e é este silêncio que deixa supor uma sociedade ainda mais estranha do que aquela que nos é vendida nos monitores da mentira diária positiva, onde o nascimento do 7 000 000 000 poluidor humano da Nave Gea é apresentado como uma vitória e não mais um gravíssimo crime ecológico.

O Mundo, tal como o conhecemos, está a acabar. Como dizem os comentadores de muitos lugares, em vez de perdermos tempo a escrever, seria mais útil que agíssemos. Eu explico: o tempo que me demorou a compor este texto teria sido mais útil ao mundo se eu tivesse assestado, enquanto Vítor Constâncio, outro que deveria ter mandato de captura internacional, estivesse a mentir às centésimas, a pistola, e ele tivesse recebido duas unidades, bem no centro da testa. Acontece que não tenho arma, e sou péssimo em pontaria, mas sei de quem é bom, e, em contrapartida, não consegue escrever, pelo que lhe deixo a ele a parte dele, enquanto eu cumpro, e creio que não mal, a minha aqui...
A verdade é que a coisa não vai durar muito, porque os sistemas monitorizadores da globalidade estão fartos de ouvir falar de números e querem agora ver liquidez, em cima da mesa, equivalente a esses números. Acontece que essa liquidez não existe, e, se, alguém, ou alguéns, amanhã, se lembrasse de nos agarrar no ombro, e disser, pague já tudo o que deve, o Sistema desmoronava-se, pior, o Mundo afundar-se-ia numa nova guerra.
É dessa guerra que eu tenho medo, e é essa guerra que se está agora a anunciar. Talvez para o filha da puta de Boliqueime seja só um "purmenor" do seu autista "pügrèsso".

Só tenho pena daqueles, que, com eu, e vocês, vamos estar, sem qualquer defesa, no meio do fogo cruzado, deste iminente armagedão.

(Quarteto do Halloween no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

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